TERF
A palavra TERF (ou terf; pl. terfs ou terves) é uma ofensa usada predominantemente por ativistas transgênero e seus aliados contra pessoas que criticam o movimento transgênero com base em argumentos feministas. Como essa ofensa é usada para referir-se a pessoas com argumentos feministas, seu maior alvo costuma ser mulheres. Como tal, ela é normalmente entendida como sendo uma ofensa anti-feminista, sexista e misógina.
A palavra foi inventada como um acrônimo para Trans-Exclusionary Radical Feminist (inglês para "Feminista Radical Trans-Exclusionária"), onde a parte "trans-exclusionary" ("trans-exclusionária") refere-se a essas pessoas serem da opinião de que mulheres trans não deveriam ser incluídas dentro da definição feminista de feminilidade, e a parte "radical feminist" ("feminista radical") foi aplicada de maneira neutra para referir-se àquelas pessoas que de fato se descrevem como feministas radicais no seu verdadeiro sentido. Com o tempo, o acrônimo tornou-se um termo ofensivo. Atualmente, a capitalização dessa palavra frequentemente não é feita, e o significado já ambíguo de seu sentido original é inteiramente ignorado. Ainda assim, usuários do termo costumam alegar que se trata de um termo neutro. A parte "trans-exclusionary" ("trans-exclusionária") agora pode se referir a qualquer pessoa que pense que mulheres trans não deveriam poder ter acesso irrestrito a espaços exclusivamente femininos (como vestiários), participar em esportes femininos - onde elas possuem vantagens injustas -, a relacionamentos com lésbicas etc. Apesar de a maior parte do público poder considerar essas posições como minimamente sensatas, levando em conta que uma "mulher trans" pode ter uma anatomia masculina intacta, ativistas transgênero veem todos esses tipos de "exclusão" como inaceitáveis.
Um termo associado de maneira próxima a esse é SWERF, que supostamente significa Sex-Worker-Exclusionary Radical Feminist (inglês para "Feminista Radical Exclusionária de Trabalhadoras do Sexo") e é usado para referir-se àquelas pessoas que veem a indústria sexual (prostituição, pornografia etc.) como altamente exploratória e sexista. Assim como TERF, esse termo é quase sempre proferido como uma ofensa e para deturpar a posição política do indivíduo contra a qual ele é usado. Ironicamente, algumas dessas pessoas chamadas de SWERF são comumente mulheres que trabalharam na prostituição e tornaram-se ativistas anti-prostituição como resultado de suas próprias experiências como as chamadas "trabalhadoras do sexo".
História
Origem
O uso mais antigo do termo foi feito por Viv Smythe aka "tigtog" em um blog post de 2008.[1] Ela defendeu o termo em 2018, num artigo para o The Guardian.[2] Ativistas transgênero frequentemente tentam defender o tempo sob a justificativa de que Viv Smythe é uma mulher que alega ser feminista radical, e parece ter usado o termo pela primeira vez de uma maneira que não é depreciativa. Obviamente, as origens benignas do termo não implicam que ele não possa evoluir de forma a tornar-se uma ofensa.
A evolução para discurso de ódio
A evolução do termo de 2008 até o início e meados dos anos 2010 não foi bem documentada. Em sua maior parte, feministas tiveram que defrontar o termo em redes sociais, onde ele passou a ser regularmente usado para rebaixar as suas posições políticas. Em julho de 2014, o site Feminist Current publicou dois artigos que faziam referênciam ao termo. O primeiro, escrito por C. K. Egbert e entitulado Defending the 'TERF': Gender as political ("Defendendo o 'TERF': Gênero como política", em tradução livre do inglês) explica e defende a teoria política por trás das ideias defendidas por feministas que são chamadas de "terf".[3] O segundo, escrito por Sarah Ditum e entitulado How 'TERF' works ("Como o 'TERF' funciona", em tradução livre do inglês), analisa brevemente a situação na qual uma mulher é pressionada a retratar uma declaração em oposição à violência contra a mulher, sob a justificativa de que a declaração veio originalmente de uma feminista que é considerada uma "terf".[4] Como o Feminist Current é altamente elogiado por feministas radicais, a sua decisão de apoiar as mulheres que foram chamadas de "terf" pode ser vista como um momento decisivo.
Em agosto de 2014, Vice publicou um artigo intitulado I Am Now Officially a Transphobic Twitter Troll - "Agora Sou Oficialmente um Troll Transfóbico do Twitter", em tradução livre do inglês - (subtítulo: At least according to the 'Block Bot' I am, ou "Pelo menos, de acordo com o 'Block Bot' eu sou"), do autor Martin Robbins.[5] No artigo, Robbins fala sobre como o projeto do "Block Bot" no Twitter, que foi criado para ajudar as pessoas a evitarem trolls abusivos, incluiu autoras e jornalistas feministas como Caroline Criado-Perez e Helen Lewis entre as pessoas que deveriam ser bloqueadas. Ironicamente, Lewis parece ter sido incluída na lista por reclamar sobre trolls abusivos, já que como "evidência" para bani-la incluem-se objeções a tweets como "kill TERFS" ("matem TERFS"), "burn TERFS" ("queimem TERFS") ou piadas odiosas como "what's better than 1 dead terf? 2 dead terfs" ("o que é melhor que 1 terf morta? 2 terfs mortas").
Outro artigo do Feminist Current defendendo as pessoas chamadas por essa ofensa foi publicado em novembro de 2015, escrito por Penny White e entitulado Why I no longer hate 'TERFs' ("Porque eu não mais odeio 'TERFs'", em tradução livre do inglês).[6] No artigo, White explica como ela própria costumava acreditar que as chamadas "TERFs" mereciam ser desprezadas, mas mudou de opinião após começar a olhar com mais cuidado para esse problema. Essa experiência parece repetir-se entre muitas mulheres e alguns homens socialmente liberais na atualidade, que começaram sendo apoiadores do movimento transgênero para depois tornarem-se céticos após experiências e observações negativas, por fim levando-os a também serem denominados de "terf" e desprezados por ativistas transgênero e seus aliados. Após isso, o Feminist Current começou a publicar artigos críticos do movimento transgênero com frequência, muito para o enraivecimento dos ativistas transgênero.
Em junho de 2017, o ativista transgênero Mya Byrne foi a San Francisco Pride Parade com uma camiseta com o escrito "I PUNCH TERFS" ("EU SOCO TERFS", em tradução do inglês), decorada com uma grande mancha de sangue falso. Byrne fez o upload de uma selfie sua vestindo a camiseta na parada e com o subtítulo "This is what gay liberation looks like #pride #yesallterfs" (inglês para "Isto é o que a liberação gay parece #orgulho #simtodasasterfs"), o que ocasionou muitas reações negativas.[7] A camiseta seria mais tarde exibida em uma "exposição de arte" na San Francisco Public Library, montada pelo grupo de ativismo trans The Degenderettes. Após reclamações, a biblioteca removeu a camiseta da exibição, apesar de que itens similares mostrando uma mentalidade violenta permaneceram, como um taco de beisebol enrolado com um arame farpado e pintado nas cores da bandeira de orgulho transgênero.[7]
Em abril de 2019, o video gamer profissional Dominique McLean aka SonicFox realizou o upload de um vídeo no Twitter com a legenda "what I do to terfs" ("o que eu faço com terfs"), no qual um personagem de video game atinge o pescoço de uma personagem com tanta força que a pele do pescoço dela sai, enquanto a câmera mostra o seu rosto agonizante. McLean pode ser ouvido gritando "terf!" em seu microfone juntamente com cada golpe dado na personagem, no que faz lembrar um linchamento.[8] O tweet ganhou centenas de milhares de visualizações e milhares de retweets e curtidas.
O tweet de McLean tornou-se ainda pior pelo fato de que esse ódio não é somente direcionado a uma personagem "terf" imaginária, mas à voz da atriz por trás da personagem, Ronda Rousey. Rousey, que é uma lutadora de MMA (artes marciais mistas), é considerada uma "TERF" por ter dito, com palavras bruscas, que é injusto o lutador de MMA do sexo masculino Fallon Fox competir contra mulheres.[9][10][11] Um ano após a declaração de Rousey, a lutadora de MMA Tamikka Brents sofreu uma concussão e uma fratura do osso orbital durante uma luta contra Fallon Fox,[12] mas isso não parece ter mudado a opinião dos ativistas trans.
Após o tweet de McLean ter sido denunciado por discurso de ódio, o Twitter inicialmente decidiu que ele não quebrava as suas regras. Somente após repetidos protestos e várias outras denúncias o Twitter reagiu, removendo o tweet e emitindo a SonicFox um banimento de meras 24 horas.
No final de 2019, uma tendência nas redes sociais denominada "POV you're a TERF in my mentions" ("ponto de vista de você ser uma TERF nas minhas menções") teve início, na qual ativistas trans posavam com uma arma (taco de beisebol, espada, machete ou outras), às vezes preparando-se para golpear ou mostrando-os no meio de um golpe, tiradas como se fossem uma fotografia de ponto de vista e com a legenda "POV you're a TERF in my mentions" ("ponto de vista de você ser uma TERF nas minhas menções"), ou alguma variação.[13] As fotografias supostamente representam o ponto de vista de uma "TERF" sendo agredida pela pessoa retratada. Em outras palavras, mulheres chamadas de "TERF" que olham para a foto deveriam imaginar a si próprias sendo violentamente agredidas.
Vandalismos, assédios e agressões na vida real
Em fevereiro de 2017, a recém-aberta Vancouver Women's Library foi recebida por um pequeno grupo de vândalos, incluindo uma pessoa que era claramente do sexo masculino e que alegava ser uma trabalhadora do sexo. Eles arrancaram um pôster, derramaram vinho em um livro e assediaram aqueles que tentaram participar da cerimônia de abertura do estabelecimento. A justificativa que deram foi de que a biblioteca incluía livros que eles diziam supostamente apoiar a ideologia "TERF" e "SWERF".[14]
Em setembro de 2017, um grupo de feministas quis marcar uma reunião para discutir as mudanças propostas pelo Gender Recognition Act (GRA), na biblioteca comunitária New Cross Learning de Londres. A biblioteca teve de cancelar o evento após o assédio de ativistas transgênero. As organizadoras da reunião decidiram encontrar-se na Speakers' Corner, antes de ir ao novo local da reunião, que não havia sido anunciado de forma a protegê-lo de assédio. Na Speakers' Corner, elas foram recebidas por um grupo de ativistas transgênero gritando frases como "when TERFs attack, we fight back" ("quando TERFs atacam, nós revidamos", em inglês). Maria MacLachlan, que estava filmando os protestantes com a sua câmera digital, foi atacada por uma pessoa vinda do grupo de ativistas trans e que então tentou tomar a sua câmera. Após não ter sucesso, o atacante correu para trás de seus amigos, e MacLachlan tentou aproximar-se do grupo para filmar o seu rosto com a câmera. Vários dos ativistas começaram a agredi-la nesse momento. Um dos agressores, que após o evento revelou-se ser Tara Wolf, foi acusado de agressão física. Anteriormente ao evento, ele havia postado que queria "f*der com algumas terfs" em uma rede social. Esse evento pode ser considerado como um marco do ódio crescente que ativistas transgênero demonstram contra feministas, já que nenhuma outra agressão havia sido documentada claramente com relação à ofensa "TERF", e o evento ganhou atenção generalizada nas notícias, sendo coberto pelo The Guardian,[15] The New Statesman,[16][17] The Telegraph,[18] The Times,[19][20] The Evening Standard,[15] e pelo Daily Mail.[21] Foi também, é claro, coberto pelo Feminist Current.[22][23] Como resultado do evento, muitos ativistas transgênero defenderam e até mesmo celebraram a agressão, levando Meghan Murphy a publicar o texto 'TERF' isn't just a slur, it's hate speech ("TERF não é só uma ofensa, é discurso de ódio"). Algumas publicações, ao defender os ativistas transgênero, tentaram alegar que o agressor estava na verdade agindo em legítima defesa, e tentaram provar essa alegação através do upload de cortes cuidadosamente editados da gravação mostrando a agressão,[24] ou descrevendo a agressão como "revidando contra bullies" que "provocaram" os ativistas transgênero (ao terem opiniões das quais estes não gostaram, presumivelmente).[25]
Em dezembro de 2018, a advogada de defesa dos direitos humanos, Prof. Rosa Freedman, encontrou a porta de seu escritório coberta com urina após participar de debates relacionados às mudanças propostas ao Gender Recognition Act do Reino Unido. Ela também alegou ter sido chamada de uma "nazista" (ela é judia) que "deveria ser estuprada" (ela é uma sobrevivente de violência sexual) e de receber telefonemas abusivos anônimos.[26]
Em 2018, o ativista transgênero Dana Rivers foi a julgamento por homicídio triplo.[27] As vítimas eram um casal de lésbicas e o seu filho adotivo. Rivers esfaqueou e atirou nas vítimas, antes de tentar colocar fogo em sua casa, em novembro de 2016. Ainda não está claro se Rivers foi motivado pelo ódio contra feministas e lésbicas disseminado por ativistas transgênero. Rivers era, no entanto, membro do grupo Camp Trans, que foi criado para protestar a regra de apenas mulheres poderem participar do Michigan Womyn's Music Festival (aka MichFest).[28] A Autostraddle descreveu Rivers como um "ativista transgênero muito conhecido".[29]
Em junho de 2019, Julie Bindel foi fisicamente agredida por uma pessoa do sexo masculino após dar um discurso sobre a violência de homens contra mulheres, na Universidade de Edimburgo, junto com a Prof. Rosa Freedman.[30] "Ele estava gritando e reclamando e esbravejando, 'você é uma p*** do c******, você é uma cadela do c******, uma Terf do c******' e outras coisas. Estávamos tentando andar até o táxi para levar-nos até o aeroporto, e então ele apenas saltou em minha direção e quase me deu um soco no rosto, mas um segurança afastou-o de mim". Essa pessoa do sexo masculino, que diz se chamar "Cathy Brennan" (por causa da advogada lésbica e feminista radical de mesmo nome, a quem ele despreza), já havia chamado a atenção em redes sociais por defender agressões físicas contra feministas em paradas de Orgulho Gay.
Em 16 de agosto de 2019, a conta no Facebook do Vancouver Rape Relief and Women's Shelter relatou que um rato mortou havia sido pregado na moldura de sua porta.[31] Em 26 de agosto, a sua conta no Twitter seguiu relatando que as suas portas e janelas haviam sido vandalizadas com frases como "FUCK TERFS" ("FODAM COM AS TERFS") e "KILL TERFS" ("MATEM AS TERFS"), assim como "TRANS POWER" ("PODER TRANS").[32] O repetido assédio e vandalismos chamaram a atenção local e nacional.[33][34][35]
Galeria
Outra imitação do tweet. O GIF é do personagem de Mortal Kombat 11 Scorpion queimando viva a sua oponente.
"It's Pride punch a terf" ("É o Orgulho soque uma terf").
Arthur Chu defendendo o discurso de ódio de SonicFox.
Analysis of the term
The original acronym could be split in two halves: "trans-exclusionary" and "radical feminist." Though many people targeted with the word do not see themselves as radical feminists, their ideals most often tend to align with radical feminism anyway, making that part somewhat accurate. The "trans-exclusionary" part however is rather ambiguous, and its meaning seems to change at the whim of the person using the term.
When those using the term want to justify it as an objective and accurate description, they will use rather mundane and basic definitions of "exclusion" that applies easily to most people the term is used against. Examples of this might include:
- Wanting transwomen with unfair anatomic advantages to be excluded from women's sports
- Wanting transwomen with an obvious male anatomy (such as intact male genitals) to be excluded from sex segregated spaces of privacy, such as changing rooms
- Not considering transwomen to be literally women, by pointing at the dictionary definition that is "adult human female"
- Wanting to exclude transwomen from some political groups that want to focus on struggles unique to people born with female anatomy
- Wanting to exclude crimes committed by transwomen from being recorded as female criminality, especially since the crime patterns of transwomen seem more in line with crime patterns of men,[36] who commit the vast majority of violent crimes, specifically sexual violence[37]
However, once the term "TERF" is applied to someone on the basis of them holding these opinions (which many people including non-feminists would agree are sensible), the definition of "exclusion" is quickly sharpened to justify expressions of hatred. Sometimes, the "trans-exclusionary" is even hyperbolically turned into "trans-exterminatory" to increase its panic-inducing effect. The website (or should we say whacksite) The TERFs goes as far as claiming that the people labeled "TERF" want to:
- Exclude trans people from housing (make them homeless)
- Exclude trans people from employment (make them unemployed)
- Exclude them from education
- Exclude them from accomodation equality
- Exclude them from local, state, national and United Nations protections(!)
As such, the women labeled "TERF" are represented less as women who simply want to uphold women's sex-based rights, and more like fascist monsters, which is then used to incite hatred and violence against them. It's also noteworthy how exclusion of transwomen (from female-only spaces etc.) turns here into supposed exclusion of all trans people (from whatever). As a matter of fact, women targeted as "TERFs" will frequently say explicitly that they welcome transmen in their groups, since transmen also face the sex-based oppression all women face from birth.
The strategy of transgender activists of using simple definitions of "TERF" to make the term look accurate, but then twist the definition to justify hatred, is quite similar to a "troll" strategy that has been noted by philosopher Nicholas Shackel, and dubbed the Motte and Bailey Doctrine in a paper titled The Vacuity of Postmodernist Methodology:
"Troll’s Truisms are used to insinuate an exciting falsehood, which is a desired doctrine, yet permit retreat to the trivial truth when pressed by an opponent. In so doing they exhibit a property which makes them the simplest possible case of what I shall call a Motte and Bailey Doctrine (since a doctrine can be a single belief or an entire body of beliefs).
A Motte and Bailey castle is a medieval system of defence in which a stone tower on a mound (the Motte) is surrounded by an area of land (the Bailey) which in turn is encompassed by some sort of a barrier such as a ditch. Being dark and dank, the Motte is not a habitation of choice. The only reason for its existence is the desirability of the Bailey, which the combination of the Motte and ditch makes relatively easy to retain despite attack by marauders. When only lightly pressed, the ditch makes small numbers of attackers easy to defeat as they struggle across it: when heavily pressed the ditch is not defensible and so neither is the Bailey. Rather one retreats to the insalubrious but defensible, perhaps impregnable, Motte. Eventually the marauders give up, when one is well placed to reoccupy desirable land.
For my purposes the desirable but only lightly defensible territory of the Motte and Bailey castle, that is to say, the Bailey, represents a philosophical doctrine or position with similar properties: desirable to its proponent but only lightly defensible. The Motte is the defensible but undesired position to which one retreats when hard pressed. I think it is evident that Troll’s Truisms have the Motte and Bailey property, since the exciting falsehoods constitute the desired but indefensible region within the ditch whilst the trivial truth constitutes the defensible but dank Motte to which one may retreat when pressed."
In our case, the Motte is an easily defensible statement like: "You don't consider transwomen literally women, therefore you are trans-exclusionary, which makes you a TERF." Whereas the Bailey is: "You want to exclude trans people from housing and employment, therefore I'm justified in hating you with a passion!"
It could also be called a "bait-and-switch" argument, where one is "baited" into agreeing with the claim that someone is a "TERF" by using a mundane definition of "trans exclusion," and then the definition is switched into something bad, to justify expressions of hatred.
Inspection of the claims on The TERFs
It should be noted that The TERFs offers little more than out-of-context quotes from several decades ago as "evidence" for its hyperbolic claims regarding so-called "TERF" ideology. It also showcases a small number of cherry-picked tweets, half of which are from right-wing sources that also happen to oppose the transgender movement, which trans activists claim proves that feminists are secretly allied with them in a big conspiracy. (This line of thinking is often ridiculed as: "Hitler was a vegetarian, therefore vegetarians are Nazis.")
Regarding supposed evidence of "real-life violence motivated by TERF ideology," the website lists six examples, of which three don't actually present any violence. Those which do, relate to incidences from several decades ago, in which women tried to evict transwomen from female-only groups or spaces, using physical force or face-to-face threats. Since women are expected to be always nice and passive towards males, even when trying to form radical feminist groups and keep males out of them, this is of course seen as unacceptable. Two examples are about verbal threats, which is a run-of-the-mill experience for feminists opposing transgender activists, and the last one is about the deaths of trans people that are assumed to be related to lack of access to health care, which to be very blunt has fuck-all to do with feminist ideologies.
To summarize: there is not a single documented instance of a feminist group going up to a transgender group to assault or threaten them. Any claims of "violence by TERFs" refer either to women trying to evict transwomen from female-only spaces, extremely rare verbal threats, and lots and lots of fabrication. In comparison, transgender activists have gone to women's libraries to vandalize them,[14] went to feminist meetings to assault women,[22][23] appeared with face masks at feminist conferences to intimidate women,[38] and the ubiquitous verbal abuse they send in the direction of women fills up a whole website set up solely to archive it.
The term 'SWERF'
The word SWERF is a close relative to TERF and is applied in a similarly dishonest, misrepresenting way. Women (and men who care about women's rights) who are critical of the sex industry for its exploitative nature are accused of being "sex-worker exclusionary" in an attempt to make them seem hateful towards an oppressed group.
In fact, the people slurred as "SWERF" tend to be supporters of the Nordic Model against prostitution, which sees a high-quality welfare system as a necessary component in tackling prostitution, and in alleviating problems faced by women who would otherwise choose to do prostitution out of economic desperation. Further, many of those slurred "SWERF" tend to be women who worked in prostitution themselves.
Notably, one of the biggest anti-prostitution and anti-pornography feminists Andrea Dworkin was an ex-prostitute herself, and not ashamed of admitting so. Another notable example is Rachel Moran, who was in prostitution between the ages of 15 and 22, only to become one of the most notable anti-prostitution, pro-Nordic Model activists in recent years.
See also
External links
References
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- ↑ Viv Smythe (aka tigtog) (November 28, 2018). I'm credited with having coined the word 'Terf'. Here's how it happened. The Guardian.
- ↑ C.K. Egbert (July 16, 2014). Defending the ‘TERF’: Gender as political. Feminist Current.
- ↑ Sarah Ditum (July 29, 2014). How ‘TERF’ works. Feminist Current.
- ↑ Martin Robbins (August 8, 2014). I Am Now Officially a Transphobic Twitter Troll. Vice.
- ↑ Penny White (November 10, 2015). Why I no longer hate ‘TERFs’. Feminist Current.
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- ↑ After Being TKO’d by Fallon Fox, Tamikka Brents Says Transgender Fighters in MMA ‘Just Isn’t Fair’. Cage Potato.
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