https://feministwiki.org/pt/w/api.php?action=feedcontributions&user=Deleted&feedformat=atomFeministWiki - Contribuições do utilizador [pt]2024-03-29T11:37:43ZContribuições do utilizadorMediaWiki 1.39.6https://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=FeministWiki:Todo&diff=869FeministWiki:Todo2020-06-21T15:20:58Z<p>Deleted: Tradução do título de um dos tópicos, remoção e acréscimo de outros</p>
<hr />
<div>=== Ideias de páginas ===<br />
<br />
* '''Prostituição''': fundir as páginas [[Feminismo anti-prostituição]] e [[Modelo nórdico]] numa página geral sobre prostituição;<br />
* '''Pornografia''': uma página sobre pornografia e todos os seus aspectos, como prostituição, conteúdo, efeitos na sociedade etc.;<br />
* '''Pornhub''': https://traffickinghub.com/ provavelmente uma página com material o suficiente para fazer desta uma página separada de [[Pornografia]];<br />
* Lista de feministas famosas: simplesmente uma lista de todas as feministas bastante conhecidas nas quais podemos pensar, talvez divididas por época, com algumas poucas frases resumindo a sua significância;<br />
* '''Teoria queer''' (e suas ligações com a pedofilia): estudar e citar o artigo de quatro partes de DrPankhurtEM's sobre TQ e pedofilia;<br />
* '''Cotton ceiling''': http://www.gettheloutuk.com/index.html<br />
* '''Sexismo na esquerda''' (negação do sexismo, da cultura do estupro, do liberalismo centrado no homem, na teoria queer etc.)<br />
* '''Censura de feministas críticas de gênero''': listar/discutir mulheres que sofreram consequências por serem críticas de gênero - mulheres que perderam plataformas em eventos, perderam empregos, foram visitadas pela polícia ou expulsas do Twitter. Ver a ''thread'' no Twitter de Sam Barber e também a conta ''Enough is Enough'' no mesmo site. Agora são 390 contas de mulheres no Twitter que foram suspensas/banidas? (18 de junho de 2019);<br />
* '''Censura de feministas''': talez este deveria ser um artigo genérico onde a censura de feministas críticas de gênero é apenas uma de suas subseções. Ver e.g. https://4w.pub/the-striking-similarities-between-the-treatment-of-modern-gender-critical-feminists-and-british-suffragettes/;<br />
* '''Tratamento hormonal para a disforia de gênero''': sumário das descobertas científicas que temos sobre o uso de hormônios sexuais do sexo oposto, assim como o efeito de bloqueadores de hormônios sexuais em crianças. Essa página poderia começar com o artigo no bmj do Prof. Carl Heneghan: Gender-affirming hormone in children and adolescents https://blogs.bmj.com/bmjebmspotlight/2019/02/25/gender-affirming-hormone-in-children-and-adolescents-evidence-review/ Há algum outro artigo bom?;<br />
* '''Opressão baseada em sexo''': aspectos biológicos e a base da opressão feminina. Talvez esta deva ser uma subseção da página [[Sexismo]];<br />
* '''Sexo binário''': debates sobre a ideia de que sexo é não-binário (rever o tratamento na Wikipédia primeiro - não duplicar/replicar os artigos bem-embasados e balanceados lá). Talvez essa possa ser uma subseção da página [[Sexo]];<br />
* '''Mulheres trans em prisões femininas''': Discutir o posicionamento de ativistas trans e campanhas que eles empregam para colocar certas mulheres trans em prisões femininas (e.g. Synthia China Blast). Apontar mulheres trans e pessoas que alegam ser trans que foram colocadas em prisões femininas e causaram problemas (e.g. Karen White);<br />
* '''Mulheres trans e a violência masculina''': Discutir tanto como mulheres trans são o alvo da violência masculina quanto como também podem ser os autores dela. Fonte útil: verificar dados sobre a população prisional trans e crimes sexuais: https://www.bbc.com/news/uk-42221629;<br />
* '''Violência doméstica''': diferenças de sexo, vieses no tribunal e assim em diante;<br />
* '''Violência masculina''': visão geral do termo, que se ramifica em diferentes tópicos e ''links'' para outras páginas relevantes, como a de prostituição, violência doméstica e assim em diante. <br />
<br />
=== Bugs ===<br />
<br />
* Consertar a senha do fórum (se mudada após o primeiro login, a página de edição das configurações da conta quebra);<br />
* Algumas usuárias não são capazes de salvar rascunhos no RoundCube.<br />
<br />
=== Estabilidade ===<br />
<br />
* Backups independentes (i.e. não depender do Strato).<br />
<br />
=== Privacidade / Segurança ===<br />
<br />
* Proteção mais severa contra ataques de força bruta a clientes de ''e-mail''.<br />
<br />
=== Documentação ===<br />
<br />
* Atualizar a página de ajuda sobre problemas com a senha;<br />
* Melhorar as páginas de ajuda.<br />
<br />
=== Features ===<br />
<br />
* ''Single sign-on''<br />
* Encaminhamento de ''e-mails''<br />
* Filtro de ''spam'' nos ''e-mails''<br />
* Integração do phpBB com Jabber<br />
<br />
=== Serviços adicionais ===<br />
<br />
* Newsletter<br />
* Mastodon<br />
<br />
=== Outro ===<br />
<br />
* Usar ferramentas no Twitter de forma a otimizar o engagamento nas redes sociais;<br />
* Olhar como melhor utilizar o Facebook.<br />
<br />
__NOTOC__</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=FeministWiki:Todo&diff=868FeministWiki:Todo2020-06-20T12:29:01Z<p>Deleted: Remoção de item em inglês</p>
<hr />
<div>=== Ideias de páginas ===<br />
<br />
* '''Prostitution''': fundir as páginas [[Feminismo anti-prostituição]] e [[Modelo nórdico]] numa página geral sobre prostituição;<br />
* '''Pornografia''': uma página sobre pornografia e todos os seus aspectos, como prostituição, conteúdo, efeitos na sociedade etc.;<br />
* '''Pornhub''': https://traffickinghub.com/ provavelmente uma página com material o suficiente para fazer desta uma página separada de [[Pornografia]];<br />
* Lista de feministas famosas: simplesmente uma lista de todas as feministas bastante conhecidas nas quais podemos pensar, talvez divididas por época, com algumas poucas frases resumindo a sua significância;<br />
* '''Teoria queer''' (e suas ligações com a pedofilia): estudar e citar o artigo de quatro partes de DrPankhurtEM's sobre TQ e pedofilia;<br />
* '''Cotton ceiling''': http://www.gettheloutuk.com/index.html<br />
* '''Sexismo na esquerda''' (negação do sexismo, da cultura do estupro, do liberalismo centrado no homem, na teoria queer etc.)<br />
* '''Censura de feministas críticas de gênero''': listar/discutir mulheres que sofreram consequências por serem críticas de gênero - mulheres que perderam plataformas em eventos, perderam empregos, foram visitadas pela polícia ou expulsas do Twitter. Ver a ''thread'' no Twitter de Sam Barber e também a conta ''Enough is Enough'' no mesmo site. Agora são 390 contas de mulheres no Twitter que foram suspensas/banidas? (18 de junho de 2019);<br />
* '''Censura de feministas''': talez este deveria ser um artigo genérico onde a censura de feministas críticas de gênero é apenas uma de suas subseções. Ver e.g. https://4w.pub/the-striking-similarities-between-the-treatment-of-modern-gender-critical-feminists-and-british-suffragettes/;<br />
* '''Tratamento hormonal para a disforia de gênero''': sumário das descobertas científicas que temos sobre o uso de hormônios sexuais do sexo oposto, assim como o efeito de bloqueadores de hormônios sexuais em crianças. Essa página poderia começar com o artigo no bmj do Prof. Carl Heneghan: Gender-affirming hormone in children and adolescents https://blogs.bmj.com/bmjebmspotlight/2019/02/25/gender-affirming-hormone-in-children-and-adolescents-evidence-review/ Há algum outro artigo bom?;<br />
* '''Opressão baseada em sexo''': aspectos biológicos e a base da opressão feminina. Talvez esta deva ser uma subseção da página [[Sexismo]];<br />
* '''Sexo binário''': debates sobre a ideia de que sexo é não-binário (rever o tratamento na Wikipédia primeiro - não duplicar/replicar os artigos bem-embasados e balanceados lá). Talvez essa possa ser uma subseção da página [[Sexo]];<br />
* '''Mulheres trans em prisões femininas''': Discutir o posicionamento de ativistas trans e campanhas que eles empregam para colocar certas mulheres trans em prisões femininas (e.g. Synthia China Blast). Apontar mulheres trans e pessoas que alegam ser trans que foram colocadas em prisões femininas e causaram problemas (e.g. Karen White);<br />
* '''Mulheres trans e a violência masculina''': Discutir tanto como mulheres trans são o alvo da violência masculina quanto como também podem ser os autores dela. Fonte útil: verificar dados sobre a população prisional trans e crimes sexuais: https://www.bbc.com/news/uk-42221629.<br />
<br />
=== Bugs ===<br />
<br />
* Consertar a senha do fórum (se mudada após o primeiro login, a página de edição das configurações da conta quebra);<br />
* Algumas usuárias não são capazes de salvar rascunhos no RoundCube.<br />
<br />
=== Estabilidade ===<br />
<br />
* Backups independentes (i.e. não depender do Strato).<br />
<br />
=== Privacidade / Segurança ===<br />
<br />
* Proteção mais severa contra ataques de força bruta a clientes de ''e-mail''.<br />
<br />
=== Documentação ===<br />
<br />
* Documentar como desabilitar IPv6;<br />
* Documentar o uso do Fail2Ban;<br />
* Atualizar a página de ajuda sobre problemas com a senha;<br />
* Melhorar as páginas de ajuda.<br />
<br />
=== Features ===<br />
<br />
* ''Single sign-on''<br />
* Encaminhamento de ''e-mails''<br />
* Filtro de ''spam'' nos ''e-mails''<br />
* Integração do phpBB com Jabber<br />
<br />
=== Serviços adicionais ===<br />
<br />
* Newsletter<br />
* Mastodon<br />
<br />
=== Outro ===<br />
<br />
* Usar ferramentas no Twitter de forma a otimizar o engagamento nas redes sociais;<br />
* Olhar como melhor utilizar o Facebook.<br />
<br />
__NOTOC__</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=FeministWiki:Todo&diff=867FeministWiki:Todo2020-06-20T12:28:22Z<p>Deleted: Tradução da página completa, incluindo suas alterações mais recentes</p>
<hr />
<div>=== Ideias de páginas ===<br />
<br />
* '''Prostitution''': fundir as páginas [[Feminismo anti-prostituição]] e [[Modelo nórdico]] numa página geral sobre prostituição;<br />
* '''Pornografia''': uma página sobre pornografia e todos os seus aspectos, como prostituição, conteúdo, efeitos na sociedade etc.;<br />
* '''Pornhub''': https://traffickinghub.com/ provavelmente uma página com material o suficiente para fazer desta uma página separada de [[Pornografia]];<br />
* Lista de feministas famosas: simplesmente uma lista de todas as feministas bastante conhecidas nas quais podemos pensar, talvez divididas por época, com algumas poucas frases resumindo a sua significância;<br />
* '''Teoria queer''' (e suas ligações com a pedofilia): estudar e citar o artigo de quatro partes de DrPankhurtEM's sobre TQ e pedofilia;<br />
* '''Cotton ceiling''': http://www.gettheloutuk.com/index.html<br />
* '''Sexismo na esquerda''' (negação do sexismo, da cultura do estupro, do liberalismo centrado no homem, na teoria queer etc.)<br />
* '''Censura de feministas críticas de gênero''': listar/discutir mulheres que sofreram consequências por serem críticas de gênero - mulheres que perderam plataformas em eventos, perderam empregos, foram visitadas pela polícia ou expulsas do Twitter. Ver a ''thread'' no Twitter de Sam Barber e também a conta ''Enough is Enough'' no mesmo site. Agora são 390 contas de mulheres no Twitter que foram suspensas/banidas? (18 de junho de 2019);<br />
* '''Censura de feministas''': talez este deveria ser um artigo genérico onde a censura de feministas críticas de gênero é apenas uma de suas subseções. Ver e.g. https://4w.pub/the-striking-similarities-between-the-treatment-of-modern-gender-critical-feminists-and-british-suffragettes/;<br />
* '''Tratamento hormonal para a disforia de gênero''': sumário das descobertas científicas que temos sobre o uso de hormônios sexuais do sexo oposto, assim como o efeito de bloqueadores de hormônios sexuais em crianças. Essa página poderia começar com o artigo no bmj do Prof. Carl Heneghan: Gender-affirming hormone in children and adolescents https://blogs.bmj.com/bmjebmspotlight/2019/02/25/gender-affirming-hormone-in-children-and-adolescents-evidence-review/ Há algum outro artigo bom?;<br />
* '''Opressão baseada em sexo''': aspectos biológicos e a base da opressão feminina. Talvez esta deva ser uma subseção da página [[Sexismo]];<br />
* '''Sexo binário''': debates sobre a ideia de que sexo é não-binário (rever o tratamento na Wikipédia primeiro - não duplicar/replicar os artigos bem-embasados e balanceados lá). Talvez essa possa ser uma subseção da página [[Sexo]];<br />
* '''Mulheres trans em prisões femininas''': Discutir o posicionamento de ativistas trans e campanhas que eles empregam para colocar certas mulheres trans em prisões femininas (e.g. Synthia China Blast). Apontar mulheres trans e pessoas que alegam ser trans que foram colocadas em prisões femininas e causaram problemas (e.g. Karen White);<br />
* '''Transwomen in women's prisons''': Discuss the position of trans activists, and campaigns they ran to put certain transwomen into women's prisons (e.g. Synthia China Blast). Point out transwomen and trans-pretenders who were put in women's prisons and caused problems (e.g. Karen White);<br />
* '''Mulheres trans e a violência masculina''': Discutir tanto como mulheres trans são o alvo da violência masculina quanto como também podem ser os autores dela. Fonte útil: verificar dados sobre a população prisional trans e crimes sexuais: https://www.bbc.com/news/uk-42221629.<br />
<br />
=== Bugs ===<br />
<br />
* Consertar a senha do fórum (se mudada após o primeiro login, a página de edição das configurações da conta quebra);<br />
* Algumas usuárias não são capazes de salvar rascunhos no RoundCube.<br />
<br />
=== Estabilidade ===<br />
<br />
* Backups independentes (i.e. não depender do Strato).<br />
<br />
=== Privacidade / Segurança ===<br />
<br />
* Proteção mais severa contra ataques de força bruta a clientes de ''e-mail''.<br />
<br />
=== Documentação ===<br />
<br />
* Documentar como desabilitar IPv6;<br />
* Documentar o uso do Fail2Ban;<br />
* Atualizar a página de ajuda sobre problemas com a senha;<br />
* Melhorar as páginas de ajuda.<br />
<br />
=== Features ===<br />
<br />
* ''Single sign-on''<br />
* Encaminhamento de ''e-mails''<br />
* Filtro de ''spam'' nos ''e-mails''<br />
* Integração do phpBB com Jabber<br />
<br />
=== Serviços adicionais ===<br />
<br />
* Newsletter<br />
* Mastodon<br />
<br />
=== Outro ===<br />
<br />
* Usar ferramentas no Twitter de forma a otimizar o engagamento nas redes sociais;<br />
* Olhar como melhor utilizar o Facebook.<br />
<br />
__NOTOC__</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=TERF&diff=866TERF2020-06-19T01:08:42Z<p>Deleted: Pequenas mudanças na estruturação da frase</p>
<hr />
<div>{{PageSeo<br />
|description = TERF é uma ofensa usada por ativistas transgênero para depreciar qualquer pessoa que critique esse movimento com base em argumentos feministas.<br />
|image = Sonicfox.png<br />
}}<br />
[[File:Terf-slur-02.png|thumb|300px|Um ''tweet'' típico contendo do termo "TERF"]]<br />
<br />
A palavra '''TERF''' (ou ''terf''; pl. ''terfs'' ou ''terves'') é uma ofensa usada predominantemente por ativistas transgênero e seus aliados contra pessoas que criticam o movimento transgênero com base em argumentos feministas. Como essa ofensa é usada para referir-se a pessoas com argumentos feministas, seu maior alvo costuma ser mulheres. Como tal, ela é normalmente entendida como sendo uma ofensa anti-feminista, sexista e misógina.<br />
<br />
A palavra foi inventada como um acrônimo para ''Trans-Exclusionary Radical Feminist'' (inglês para "Feminista Radical Trans-Exclusionária"), onde a parte "trans-exclusionary" ("trans-exclusionária") refere-se a essas pessoas serem da opinião de que mulheres trans não deveriam ser incluídas dentro da definição feminista de feminilidade, e a parte "radical feminist" ("feminista radical") foi aplicada de maneira neutra para referir-se àquelas pessoas que de fato se descrevem como [https://pt.wikipedia.org/wiki/Feminismo_radical feministas radicais] no seu verdadeiro sentido.<br />
<br />
Com o tempo, o acrônimo tornou-se um termo ofensivo. Atualmente, a capitalização dessa palavra frequentemente não é feita, e o significado já ambíguo de seu sentido original é inteiramente ignorado. Ainda assim, usuários do termo costumam alegar que se trata de um termo neutro. A parte "trans-exclusionary" ("trans-exclusionária") agora pode se referir a qualquer pessoa que pense que mulheres trans não deveriam poder ter acesso irrestrito a espaços exclusivamente femininos (como vestiários), participar em esportes femininos - onde elas possuem [[Mulheres trans em esportes femininos|vantagens injustas]] -, a relacionamentos com lésbicas etc. Apesar de a maior parte do público poder considerar essas posições como minimamente sensatas, levando em conta que uma "mulher trans" pode ter uma anatomia masculina intacta, ativistas transgênero veem todos esses tipos de "exclusão" como inaceitáveis.<br />
<br />
Um termo associado de maneira próxima a esse é ''SWERF'', que supostamente significa ''Sex-Worker-Exclusionary Radical Feminist'' (inglês para "Feminista Radical Exclusionária de Trabalhadoras do Sexo") e é usado para referir-se àquelas pessoas que veem a indústria sexual (prostituição, pornografia etc.) como altamente exploratória e sexista. Assim como ''TERF'', esse termo é quase sempre proferido como uma ofensa e para deturpar a posição política do indivíduo contra a qual ele é usado. Ironicamente, algumas dessas pessoas chamadas de ''SWERF'' são comumente mulheres que trabalharam na prostituição e tornaram-se ativistas anti-prostituição como resultado de suas próprias experiências como as chamadas "trabalhadoras do sexo".<br />
<br />
== Origem ==<br />
<br />
O uso mais antigo do termo foi feito por Viv Smythe aka "tigtog" em um ''blog post'' de 2008.<ref name=terf-origin/> Ela defendeu o termo em 2018, num artigo para o The Guardian.<ref name=guardian-smythe/> Ativistas transgênero frequentemente tentam defender o tempo sob a justificativa de que Viv Smythe é uma mulher que alega ser feminista radical, e parece ter usado o termo pela primeira vez de uma maneira que não é depreciativa. Obviamente, as origens benignas do termo não implicam que ele não possa evoluir de forma a tornar-se uma ofensa.<br />
<br />
== A evolução para discurso de ódio ==<br />
<br />
[[File:Mya-byrne-punches-terfs.jpg|thumb|right|200px|Não é de forma alguma uma ofensa!]]<br />
<br />
A evolução do termo de 2008 até o início e meados dos anos 2010 não foi bem documentada. Em sua maior parte, feministas tiveram que defrontar o termo em redes sociais, onde ele passou a ser regularmente usado para rebaixar as suas posições políticas. Em julho de 2014, o site [https://www.feministcurrent.com/ Feminist Current] publicou dois artigos que faziam referênciam ao termo. O primeiro, escrito por C. K. Egbert e entitulado ''Defending the 'TERF': Gender as political'' ("Defendendo o 'TERF': Gênero como política", em tradução livre do inglês) explica e defende a teoria política por trás das ideias defendidas por feministas que são chamadas de "terf".<ref name=fc-egbert/> O segundo, escrito por [[Sarah Ditum]] e entitulado ''How 'TERF' works'' ("Como o 'TERF' funciona", em tradução livre do inglês), analisa brevemente a situação na qual uma mulher é pressionada a retratar uma declaração em oposição à violência contra a mulher, sob a justificativa de que a declaração veio originalmente de uma feminista que é considerada uma "terf".<ref name=fc-ditum/> Como o Feminist Current é altamente elogiado por feministas radicais, a sua decisão de apoiar as mulheres que foram chamadas de "terf" pode ser vista como um momento decisivo.<br />
<br />
Em agosto de 2014, Vice publicou um artigo intitulado ''I Am Now Officially a Transphobic Twitter Troll'' - "Agora Sou Oficialmente um Troll Transfóbico do Twitter", em tradução livre do inglês - (subtítulo: ''At least according to the 'Block Bot' I am'', ou "Pelo menos, de acordo com o 'Block Bot' eu sou"), do autor Martin Robbins.<ref name=vice-robbins/> No artigo, Robbins fala sobre como o projeto do "Block Bot" no Twitter, que foi criado para ajudar as pessoas a evitarem ''trolls'' abusivos, incluiu autoras e jornalistas feministas como [[Caroline Criado-Perez]] e [[Helen Lewis]] entre as pessoas que deveriam ser bloqueadas. Ironicamente, Lewis parece ter sido incluída na lista por reclamar sobre ''trolls'' abusivos, já que como "evidência" para bani-la incluem-se objeções a ''tweets'' como "kill TERFS" ("matem TERFS"), "burn TERFS" ("queimem TERFS") ou piadas odiosas como "what's better than 1 dead terf? 2 dead terfs" ("o que é melhor que 1 terf morta? 2 terfs mortas").<br />
<br />
Outro artigo do Feminist Current defendendo as pessoas chamadas por essa ofensa foi publicado em novembro de 2015, escrito por [[Penny White]] e entitulado ''Why I no longer hate 'TERFs''' ("Porque eu não mais odeio 'TERFs'", em tradução livre do inglês).<ref name=fc-white/> No artigo, White explica como ela própria costumava acreditar que as chamadas "TERFs" mereciam ser desprezadas, mas mudou de opinião após começar a olhar com mais cuidado para esse problema. Essa experiência parece repetir-se entre muitas mulheres e alguns homens socialmente liberais na atualidade, que começaram sendo apoiadores do movimento transgênero para depois tornarem-se céticos após experiências e observações negativas, por fim levando-os a também serem denominados de "terf" e desprezados por ativistas transgênero e seus aliados. Após isso, o Feminist Current começou a publicar artigos críticos do movimento transgênero com frequência, muito para o enraivecimento dos ativistas transgênero.<br />
<br />
Em junho de 2017, o ativista transgênero [https://en.wikipedia.org/wiki/Mya_Byrne Mya Byrne] foi a San Francisco Pride Parade com uma camiseta com o escrito "I PUNCH TERFS" ("EU SOCO TERFS", em tradução do inglês), decorada com uma grande mancha de sangue falso. Byrne fez o ''upload'' de uma ''selfie'' sua vestindo a camiseta na parada e com o subtítulo "This is what gay liberation looks like #pride #yesallterfs" (inglês para "Isto é o que a liberação ''gay'' parece #orgulho #simtodasasterfs"), o que ocasionou muitas reações negativas.<ref name=fc-tra-violence/> A camiseta seria mais tarde exibida em uma "exposição de arte" na San Francisco Public Library, montada pelo grupo de ativismo trans ''The Degenderettes''. Após reclamações, a biblioteca removeu a camiseta da exibição, apesar de que itens similares mostrando uma mentalidade violenta permaneceram, como um taco de beisebol enrolado com um arame farpado e pintado nas cores da bandeira de orgulho transgênero.<ref name=fc-tra-violence/><br />
<br />
[[File:Sonicfox.png|thumb|right|300px|O ''tweet'' de Dominique McLean glorificando a violência contra as mulheres.]]<br />
<br />
Em abril de 2019, o ''video gamer'' profissional Dominique McLean aka [https://en.wikipedia.org/wiki/SonicFox SonicFox] realizou o ''upload'' de um vídeo no Twitter com a legenda "what I do to terfs" ("o que eu faço com terfs"), no qual um personagem de ''video game'' atinge o pescoço de uma personagem com tanta força que a pele do pescoço dela sai, enquanto a câmera mostra o seu rosto agonizante. McLean pode ser ouvido gritando "terf!" em seu microfone juntamente com cada golpe dado na personagem, no que faz lembrar um linchamento.<ref name=sonicfox/> O ''tweet'' ganhou centenas de milhares de visualizações e milhares de ''retweets'' e curtidas.<br />
<br />
O ''tweet'' de McLean tornou-se ainda pior pelo fato de que esse ódio não é somente direcionado a uma personagem "terf" imaginária, mas à voz da atriz por trás da personagem, [https://pt.wikipedia.org/wiki/Ronda_Rousey Ronda Rousey]. Rousey, que é uma lutadora de MMA (artes marciais mistas), é considerada uma "TERF" por ter dito, com palavras bruscas, que é injusto o lutador de MMA do sexo masculino [[Mulheres trans em esportes femininos#Fallon_Fox|Fallon Fox]] competir contra mulheres.<ref name=rousey-fox/><ref name=rousey-marysue/><ref name=rousey-reddit/> Um ano após a declaração de Rousey, a lutadora de MMA Tamikka Brents sofreu uma concussão e uma fratura do osso orbital durante uma luta contra Fallon Fox,<ref name=fallon-fox/> mas isso não parece ter mudado a opinião dos ativistas trans.<br />
<br />
Após o ''tweet'' de McLean ter sido denunciado por discurso de ódio, o Twitter inicialmente decidiu que ele [[:File:Sonicfox2.png|não quebrava as suas regras]]. Somente após repetidos protestos e várias outras denúncias o Twitter reagiu, removendo o ''tweet'' e emitindo a SonicFox um banimento de meras 24 horas.<br />
<br />
No final de 2019, uma tendência nas redes sociais denominada "POV you're a TERF in my mentions" ("ponto de vista de você ser uma TERF nas minhas menções") teve início, na qual ativistas trans posavam com uma arma (taco de beisebol, espada, machete ou outras), às vezes preparando-se para golpear ou mostrando-os no meio de um golpe, tiradas como se fossem [https://en.wikipedia.org/wiki/Point-of-view_shot uma fotografia de ponto de vista] e com a legenda "POV you're a TERF in my mentions" ("ponto de vista de você ser uma TERF nas minhas menções"), ou alguma variação.<ref name=pov-terf/> As fotografias supostamente representam o ponto de vista de uma "TERF" sendo agredida pela pessoa retratada. Em outras palavras, mulheres chamadas de "TERF" que olham para a foto deveriam imaginar a si próprias sendo violentamente agredidas.<br />
<br />
Em maio de 2020, foi feita uma publicação num ''blog'' do Medium.com comparando as chamadas TERFs a nazistas em um tom aparentemente verossímil e explicando como vários métodos, tais como infiltração, censura, danos patrimoniais e violência física deveriam ser usados contra elas.<ref name=medium-izaguirre/> A conta utilizada para a publicação do artigo foi suspensa do Medium.com no mesmo dia e seu conteúdo republicado no WordPress um pouco depois.<ref name=wp-izaguirre/><br />
<br />
== Vandalismos, assédios e agressões na vida real ==<br />
<br />
Em fevereiro de 2017, a recém-aberta Vancouver Women's Library foi recebida por um pequeno grupo de vândalos, incluindo uma pessoa que era claramente do sexo masculino e que alegava ser uma trabalhadora do sexo. Eles arrancaram um pôster, derramaram vinho em um livro e assediaram aqueles que tentaram participar da cerimônia de abertura do estabelecimento. A justificativa que deram foi de que a biblioteca incluía livros que eles diziam supostamente apoiar a ideologia "TERF" e "SWERF".<ref name=vwl/><br />
<br />
<youtube dimensions=500 alignment=right description="A agressão de Tara Wolf a Maria MacLachlan (September 13th, 2017)" container=frame><br />
https://www.youtube.com/watch?v=9_d3ozhSE-U<br />
</youtube><br />
<br />
Em setembro de 2017, um grupo de feministas quis marcar uma reunião para discutir as mudanças propostas pelo [https://www.feministcurrent.com/2018/09/14/never-mind-reforming-gender-recognition-act-theres-no-need-gender-recognition-certificates/ Gender Recognition Act] (GRA), na biblioteca comunitária [https://newxlearning.org/ New Cross Learning] de Londres. A biblioteca teve de cancelar o evento após o assédio de ativistas transgênero. As organizadoras da reunião decidiram encontrar-se na Speakers' Corner, antes de ir ao novo local da reunião, que não havia sido anunciado de forma a protegê-lo de assédio. Na Speakers' Corner, elas foram recebidas por um grupo de ativistas transgênero gritando frases como "when TERFs attack, we fight back" ("quando TERFs atacam, nós revidamos", em inglês). Maria MacLachlan, que estava filmando os protestantes com a sua câmera digital, foi atacada por uma pessoa vinda do grupo de ativistas trans e que então tentou tomar a sua câmera. Após não ter sucesso, o atacante correu para trás de seus amigos, e MacLachlan tentou aproximar-se do grupo para filmar o seu rosto com a câmera. Vários dos ativistas começaram a agredi-la nesse momento. Um dos agressores, que após o evento revelou-se ser Tara Wolf, foi acusado de agressão física. Anteriormente ao evento, ele havia postado que queria "f*der com algumas terfs" em uma rede social. Esse evento pode ser considerado como um marco do ódio crescente que ativistas transgênero demonstram contra feministas, já que nenhuma outra agressão havia sido documentada claramente com relação à ofensa "TERF", e o evento ganhou atenção generalizada nas notícias, sendo coberto pelo The Guardian,<ref name=guardian/> The New Statesman,<ref name=statesman1/><ref name=statesman2/> The Telegraph,<ref name=telegraph/> The Times,<ref name=times1/><ref name=times2/> The Evening Standard,<ref name=standard/> e pelo The Daily Mail.<ref name=dailymail/> Foi também, é claro, coberto pelo Feminist Current.<ref name=fc1/><ref name=fc2/> Como resultado do evento, muitos ativistas transgênero defenderam e até mesmo celebraram a agressão, levando Meghan Murphy a publicar o texto [https://www.feministcurrent.com/2017/09/21/terf-isnt-slur-hate-speech/ '''TERF' isn't just a slur, it's hate speech''] ("TERF não é só uma ofensa, é discurso de ódio"). Algumas publicações, ao defender os ativistas transgênero, tentaram alegar que o agressor estava na verdade agindo em legítima defesa, e tentaram provar essa alegação através do ''upload'' de cortes cuidadosamente editados da gravação mostrando a agressão,<ref name=planettrans/> ou descrevendo a agressão como "revidando contra ''bullies''" que "provocaram" os ativistas transgênero (ao terem opiniões das quais estes não gostaram, presumivelmente).<ref name=queerness/><br />
<br />
Em dezembro de 2018, a advogada de defesa dos direitos humanos, Prof. [[Rosa Freedman]], encontrou a porta de seu escritório coberta com urina após participar de debates relacionados às mudanças propostas ao Gender Recognition Act do Reino Unido. Ela também alegou ter sido chamada de uma "nazista" (ela é judia) que "deveria ser estuprada" (ela é uma sobrevivente de violência sexual) e de receber telefonemas abusivos anônimos.<ref name=freedman/><br />
<br />
Em 2018, o ativista transgênero Dana Rivers foi a julgamento por homicídio triplo.<ref name=rivers/> As vítimas eram um casal de lésbicas e o seu filho adotivo. Rivers esfaqueou e atirou nas vítimas, antes de tentar colocar fogo em sua casa, em novembro de 2016. Ainda não está claro se Rivers foi motivado pelo ódio contra feministas e lésbicas disseminado por ativistas transgênero. Rivers era, no entanto, membro do grupo [https://en.wikipedia.org/wiki/Camp_Trans Camp Trans], que foi criado para protestar a regra de apenas mulheres poderem participar do Michigan Womyn's Music Festival (aka MichFest).<ref name=camptrans/> A Autostraddle descreveu Rivers como um "ativista transgênero muito conhecido".<ref name=autostraddle/><br />
<br />
Em junho de 2019, [[Julie Bindel]] foi fisicamente agredida por uma pessoa do sexo masculino após dar um discurso sobre a violência de homens contra mulheres, na Universidade de Edimburgo, junto com a Prof. Rosa Freedman.<ref name=edinburgh/> "Ele estava gritando e reclamando e esbravejando, 'você é uma p*** do c******, você é uma cadela do c******, uma Terf do c******' e outras coisas. Estávamos tentando andar até o táxi para levar-nos até o aeroporto, e então ele apenas saltou em minha direção e quase me deu um soco no rosto, mas um segurança afastou-o de mim". Essa pessoa do sexo masculino, que diz se chamar "[[Cathy Brennan]]" (por causa da advogada lésbica e feminista radical de mesmo nome, a quem ele despreza), já havia chamado a atenção em redes sociais por [[:File:Joe-brennan-twitter.jpg|defender agressões físicas]] contra feministas em paradas de Orgulho Gay.<br />
<br />
Em 16 de agosto de 2019, a conta no Facebook do [[Vancouver Rape Relief and Women's Shelter]] relatou que um rato mortou havia sido pregado na moldura de sua porta.<ref name=vrr-fb/> Em 26 de agosto, a sua conta no Twitter seguiu relatando que as suas portas e janelas haviam sido vandalizadas com frases como "FUCK TERFS" ("FODAM COM AS TERFS") e "KILL TERFS" ("MATEM AS TERFS"), assim como "TRANS POWER" ("PODER TRANS").<ref name=vrr-twitter/> O repetido assédio e vandalismos chamaram a atenção local e nacional.<ref name=vrr-vancouverisawesome/><ref name=vrr-nationalreview/><ref name=vrr-citynews/><br />
<br />
== Análise do termo ==<br />
<br />
O acrônimo original pode ser dividido em duas metades: "feminista radical" e "trans-exclusionária". Apesar de muitas pessoas chamadas por esse termo não se considerarem feministas radicais, os seus ideais muito frequentemente alinham-se com o [https://pt.wikipedia.org/wiki/Feminismo_radical feminismo radical], tornando essa parte um tanto acurada. A parte "trans-exclusionária", no entanto, é um pouco ambígua, e seu significado parece mudar de acordo com a vontade da pessoa que usa o termo.<br />
<br />
Quando aquele que usa o termo quer justificá-lo como uma descrição objetiva e acurada, ele usará definições simplistas e banais de "exclusão" que se aplicam facilmente a maioria das pessoas contra as quais o termo é utilizado. Exemplos disso podem incluir:<br />
<br />
* Querer que mulheres trans com vantagens anatômicas injustas sejam excluídas de esportes femininos;<br />
* Querer que mulheres trans com anatomia masculina evidente (como genitais masculinos intactos) sejam excluídas de espaços privativos segregados por sexo, como em vestiários;<br />
* Não considerar que mulheres trans sejam ''literalmente'' mulheres, ao apontar que a definição no dicionário de mulher é de um "humano adulto do sexo feminino";<br />
* Querer excluir mulheres trans de alguns grupos políticos que querem ter foco nas lutas únicas às pessoas nascidas com anatomia feminina;<br />
* Querer que crimes cometidos por mulheres trans não sejam registrados como tendo sido cometido por mulheres, especialmente porque os padrões criminosos de mulheres trans parecem mais compatíveis com os padrões criminosos de homens,<ref name=dhejne/> que cometem a vasta maioria dos crimes violentos, especialmente os de natureza sexual.<ref name=wpcrime/><br />
<br />
[[File:Theterfs-delusion.png|thumb|right|500px|Algumas das mentiras hiperbólicas que ativistas trangênero usam para justificar o ódio a feministas]]<br />
<br />
No entanto, uma vez que o termo "TERF" é aplicado a alguém com base nessa pessoa possuir as opiniões supracitadas (que muitas pessoas, inclusive as que não são feministas, concordariam ser sensatas), a definição de "exclusão" é rapidamente alterada para justificar expressões de ódio. Às vezes, o "trans-exclusionária" é até mesmo alterado hiperbolicamente para "trans-exterminatória", de forma a aumentar o seu efeito indutor de pânico. O ''site'' [http://theterfs.com/ ''The TERFs''] chega até mesmo a alegar que pessoas rotuladas como "TERF" querem:<br />
<br />
* Excluir pessoas trans do acesso a moradia (torná-las sem teto);<br />
* Excluir pessoas trans do acesso a emprego (torná-las desempregadas);<br />
* Excluí-las do acesso a educação (mantê-las sem instrução);<br />
* Excluí-las do acesso a igualdade de acomodação;<br />
* Excluí-las das proteções locais, estaduais, nacionais e das Nações Unidas (!).<br />
<br />
Como tais, as mulheres chamadas de "TERF" são representadas menos como mulheres que simplesmente querem defender os direitos das mulheres baseados em sexo e mais como monstros facistas. Isso é então usado para incitar ódio e violência contra elas. É também notável como a exclusão de mulheres trans (de espaços exclusivos para mulheres etc.) torna-se aqui uma suposta exclusão de todas as pessoas trans (do que quer que seja). Na verdade, mulheres chamadas de "TERF" frequentemente dirão de maneira explícita que homens trans são bem-vindos em seus grupos, já que homens trans também sofrem as opressões que todas as mulheres sofrem desde o nascimento. <br />
<br />
A estratégia de ativistas transgêneros de usar definições simples de "TERF" para fazer esse termo parecer acurado, para então distorcer a sua definição para justificar o ódio, é bastante similar à estratégia "troll" que foi observada pelo filósofo Nicholas Shackel, e denominada ''Doutrina de Motte e Bailey'' em um artigo intitulado [https://philpapers.org/archive/SHATVO-2.pdf ''The Vacuity of Postmodernist Methodology''] ("A Vacuidade da Metodologia Pós-Modernista", em tradução livre do inglês):<br />
<br />
<blockquote><em><br />
"Os Truísmos de um Troll são usados para insinuar uma falsidade emocionante, que é uma doutrina desejada, e ainda assim permitir a retirada para uma verdade trivial quando pressionado por um oponente. Ao fazer isso eles exibem uma propriedade que os torna o caso mais simples possível do que eu chamarei de uma Doutrina de Motte e Bailey (já que uma doutrina pode ser uma única crença ou um corpo inteiro de crenças).<br />
<br />
Um castelo de Motte e Bailey é um sistema medieval de defesa no qual uma torre de pedra numa colina (o Motte) é cercado por uma área de terra (o Bailey), a qual por sua vez é envolta por algum tipo de barreira, como uma vala. Por ser escura e úmida, a Motte não é uma habitação de escolha. A única razão para a sua existência é a desirabilidade do Bailey, cuja combinação da Motte e da vala torna relativamente fácil de reter, apesar dos ataques de saqueadores. Quando somente levemente pressionada, a vala torna fácil a derrota de um pequeno número de atacantes enquanto esses tentam atravessá-la: quando fortemente pressionada, a vala não é defensável, e nem o Bailey. Ao invés disso, a pessoa recuará para a insalubre, mas defensável, e talvez inexpugnável, Motte. Eventualmente, os saqueadores desistem, quando alguém está bem posicionado para reocupar a terra desejável.<br />
<br />
Para os meus propósitos, o desejável, mas somente levemente defensável território do castelo de Motte e Bailey, o que quer dizer, o Bailey, representa uma doutrina ou posição filosófica com propriedades similares: desejável ao seu proponente mas somente levemente defensável. A Motte é a posição defensável, mas indesejável, à qual alguém recua quando fortemente pressionado. Acredito ser evidente que os Truísmos de um Troll possuem a propriedade de Motte e Bailey, já que as falsidades emocionantes constituem a região desejável, mas indefensável, dentro da vala na qual a verdade trivial constitui a Motte defensável, mas úmida, à qual alguém se retira quando pressionado."<br />
</em></blockquote><br />
<br />
No nosso caso, a ''Motte'' é uma declaração facilmente defensável, como: ''"Você não considera mulheres trans como literalmente mulheres, logo, você é trans-exclusionária, o que a torna uma TERF"''. Enquanto o ''Bailey'' é: ''"Você quer excluir pessoas trans do acesso a moradia e emprego e, logo, tenho justificativa para odiar você fortemente!"''<br />
<br />
Esse também poderia ser chamado de argumento "isco-e-troca", na qual alguém é "iscado" a concordar com a declaração de que alguém é uma "TERF" através da utilização de uma definição simplista de "exclusão trans", para então essa definição ser alterada para algo ruim, de forma a justificar expressões de ódio.<br />
<br />
=== Inspeção das alegações em ''The TERFs'' ===<br />
<br />
[[File:Theterfs-logo.png|thumb|right|300px|Logotipo real do TheTERFs.com: Rabiscos pretos malignos]]<br />
<br />
Deve ser notado que o ''The TERFs'' oferece pouco mais do que citações fora de contexto de várias décadas atrás como "evidência" para as suas alegações hiperbólicas envolvendo uma chamada ideologia "TERF". Ele também mostra um certo número de ''tweets'' cuidadosamente selecionados, metade dos quais vem de fontes da direita política que também se opõe ao movimento transgênero, o que leva ativistas trans a alegarem que isso prova que feministas são secretamente aliadas à direita numa grande conspiração. (Essa linha de raciocínio também é frequentemente ridicularizada como: "Hitler era vegetariano. Logo, vegetarianos são nazistas")<br />
<br />
A respeito de supostas evidências de "violência na vida real motivadas pela ideologia TERF", o ''site'' lista seis exemplos, dos quais três na verdade não apresentam nenhuma violência. Aqueles que apresentam dizem respeito a incidentes de várias décadas atrás, nos quais mulheres tentaram expulsar mulheres trans de grupos ou espaços exclusivamente femininos, usando força física ou ameaças diretas. Devido a ser esperado que mulheres sejam sempre boazinhas e passivas em relação a homens, até mesmo quando tentam formar grupos feministas radicais e manter homens fora deles, isso é obviamente visto como inaceitável. Dois exemplos são de ameaças verbais, que são experiências rotineiras para feministas que se opõe a ativistas trans. A última é sobre as mortes de pessoas trans que são ''presumidas'' serem relacionadas à falta de acesso a cuidados médicos, fator que não tem relação nenhuma com a ideologia feminista. <br />
<br />
Para resumir: não há um único exemplo documentado de um grupo feminista ter agredido ou ameaçado um grupo transgênero. Qualquer alegação de "violência por TERFs" refere-se a mulheres tentando expulsar mulheres trans de espaços exclusivamente femininos, a casos extremamente raros de ameaças verbais ou a muitas e muitas fabricações. Em comparação, ativistas trans já foram a bibliotecas de mulheres para vandalizá-las,<ref name=vwl/> foram a encontros feministas para agredir mulheres,<ref name=fc1/><ref name=fc2/> apareceram usando máscaras em conferências feministas para intimidar mulheres<ref name=jamjar/> e o abuso verbal onipresente que eles direcionam a mulheres consegue encher [https://terfisaslur.com/ um ''site'' inteiro] criado somente para esse fim.<br />
<br />
== "SWERF" ==<br />
<br />
A palavra ''SWERF'' está proximamente relacionada a ''TERF'' e é utilizada de maneira similarmente desonesta e deturpadora. Mulheres (e homens que se preocupam com os direitos das mulheres) críticas da indústria do sexo pela sua natureza exploradora são acusadas de serem "exclusionárias de trabalhadoras do sexo", numa tentativa de fazê-las parecer terem ódio de um grupo oprimido.<br />
<br />
De fato, as pessoas que são chamadas de "SWERF" tendem a apoiar o [[modelo nórdico]] contra a prostituição, que vê um sistema de assistência social de alta qualidade como um componente necessário no combate à prostituição e no alívio a problemas enfrentados por mulheres que somente escolher prostituir-se por causa de condições econômicas extremas. Além disso, muitas das que são chamadas de "SWERF" tendem a ser mulheres que já trabalharam na prostituição.<br />
<br />
Notavelmente, uma das mais conhecidas feministas anti-prostituição e anti-pornografia, [[Andrea Dworkin]], já foi uma prostituta e não tinha vergonha de admitir isso. Outro exemplo notável é [[Rachel Moran]], que esteve envolvida com a prostituição quando tinha entre 15 e 22 anos de idade, para depois tornar-se uma das mais notáveis ativistas anti-prostituição e a favor do modelo nórdico dos últimos anos. <br />
<br />
<br />
=== Galeria ===<br />
<br />
<gallery caption="Discussão sobre o ''tweet'' de ódio de McLean" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Sonicfox3.jpg | McLean defendendo o seu ''tweet'' sob a alegação de que Ronda Rousey é uma "TERF" e, como tal, é merecedora desse desprezo violento.<br />
File:Sonicfox-copycat1.png | Uma imitação do ''tweet'' mostrando outra personagem de ''video game'' morrendo brutalmente, e com a legenda "FUCK TERFS" ("FODAM COM AS TERFS").<br />
File:Sonicfox-copycat2.png | Outra imitação do ''tweet''. O GIF é do personagem de [https://en.wikipedia.org/wiki/Mortal_Kombat_11 Mortal Kombat 11] [https://en.wikipedia.org/wiki/Scorpion_(Mortal_Kombat) Scorpion] queimando viva a sua oponente.<br />
</gallery><br />
<br />
<gallery caption="Assédio e vandalismo ao Vancouver Rape Relief" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Vrr-vandalism1.jpg | Um rato morto pregado à moldura da porta do VRR.<br />
File:Vrr-vandalism2.jpg | O texto "KILL TERFS ... TRANS POWER" ("MATEM AS TERFS ... PODER TRANS") escrito na janela.<br />
File:Vrr-vandalism3.jpg | As frases "FUCK TERFS" ("FODAM COM AS TERFS") e "TRANS WOMEN ARE WOMEN" ("MULHERES TRANS SÃO MULHERES") escritas na porta e na janela.<br />
</gallery><br />
<br />
<gallery caption="Alguns exemplos de ''tweets'' usando 'terf'" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Terf-gallery-1.png | "terf isn't a slur ... terfs don't deserve rights" ("terf não é uma ofensa ... terfs não merecem direitos").<br />
File:Terf-gallery-2.jpg | "All terfs will be arrested on sight" ("Todas as terfs serão presas à vista").<br />
File:Terf-gallery-3.jpg | "It's [https://en.wikipedia.org/wiki/Gay_pride#LGBT_Pride_Month Pride] punch a terf" ("É o Orgulho soque uma terf").<br />
File:Terf-gallery-4.png | Colocando 'terf' logo ao lado de 'nazista'.<br />
File:Terf-gallery-5.png | [https://en.wikipedia.org/wiki/Arthur_Chu Arthur Chu] defendendo o discurso de ódio de SonicFox.<br />
File:Terf-gallery-6.png | "Being a TERF is a choice. Like being a Nazi" ("Ser uma TERF é uma escolha. Assim como ser um nazista").<br />
</gallery><br />
<br />
== Ver também ==<br />
<br />
* [[Ideologia transgênero]]<br />
<br />
== Ligações externas ==<br />
<br />
* [https://terfisaslur.com/ terfisaslur.com - Documentando o abuso, assédio e misoginia da política de identidade transgênero (em inglês)]<br />
* [https://www.feministcurrent.com/tag/terf/ Arquivo TERF | Feminist Current (em inglês)]<br />
* [https://speakupforwomen.nz/dont-call-women-terfs/ Não Chame Mulheres de 'Terfs' | Speak Up for Women NZ (em inglês)]<br />
* [https://medium.com/@amydyess83/terf-is-hate-speech-and-its-time-to-condemn-it-6efc897ce407 TERF é Discurso de Ódio e é Hora de Condenarmos Isso (em inglês)]<br />
<br />
== Referências ==<br />
<br />
<references><br />
<br />
<ref name=medium-izaguirre><br />
{{cite web<br />
|url=https://web.archive.org/web/20200527135844/https://medium.com/@laura.izaguirre/resisting-terfs-and-transforming-their-organizations-95cd21714fc8<br />
|title=Resisting TERF's and Transforming Their Organizations (Archived from Medium.com)<br />
|author=Laura Izaguirre<br />
|date=May 26, 2020<br />
|website=Medium.com<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=wp-izaguirre><br />
{{cite web<br />
|url=https://web.archive.org/web/20200528035805/https://queeratxlaura.wordpress.com/2020/05/27/resisting-terfs-and-transforming-their-organizations/<br />
|title=Resisting TERF's and Transforming Their Organizations (Archived from WordPress.com)<br />
|author=Laura Izaguirre<br />
|date=May 28, 2020<br />
|website=WordPress<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=terf-origin><br />
{{cite web<br />
|url=https://hoydenabouttown.com/2008/08/17/carnivalia-transgenderism-and-the-gender-binary/<br />
|title=Carnivalia, transgenderism and the gender binary<br />
|author=Viv Smythe (aka tigtog)<br />
|date=August 17, 2008<br />
|website=Hoyden About Town<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=guardian-smythe><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.theguardian.com/commentisfree/2018/nov/29/im-credited-with-having-coined-the-acronym-terf-heres-how-it-happened<br />
|title=I'm credited with having coined the word 'Terf'. Here's how it happened<br />
|author=Viv Smythe (aka tigtog)<br />
|date=November 28, 2018<br />
|website=The Guardian<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-egbert><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2014/07/16/defending-the-terf-gender-as-political/<br />
|title=Defending the ‘TERF’: Gender as political<br />
|author=C.K. Egbert<br />
|date=July 16, 2014<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-ditum><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2014/07/29/how-terf-works/<br />
|title=How ‘TERF’ works<br />
|author=Sarah Ditum<br />
|date=July 29, 2014<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vice-robbins><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.vice.com/en_uk/article/7bap7y/whats-the-block-blot-martin-robbins-757<br />
|title=I Am Now Officially a Transphobic Twitter Troll<br />
|author=Martin Robbins<br />
|date=August 8, 2014<br />
|website=Vice<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-white><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2015/11/10/why-i-no-longer-hate-terfs/<br />
|title=Why I no longer hate ‘TERFs’<br />
|author=Penny White<br />
|date=November 10, 2015<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-tra-violence><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2018/05/01/trans-activism-become-centered-justifying-violence-women-time-allies-speak/<br />
|title=Trans activism is excusing & advocating violence against women, and it’s time to speak up<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=May 1, 2018<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=sonicfox><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2019/05/welcome-age-ironic-bigotry-where-old-hatreds-are-cloaked-woke-new-language<br />
|title=Welcome to the age of ironic bigotry, where old hatreds are cloaked in woke new language<br />
|author=Helen Lewis<br />
|date=May 1, 2019<br />
|website=The New Statesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-fox><br />
{{cite web<br />
|url=https://bleacherreport.com/articles/1651451-ronda-rousey-vs-fallon-fox-head-to-toe-breakdown<br />
|title=Ronda Rousey vs. Fallon Fox Head-to-Toe Breakdown<br />
|author=Jordy McElroy<br />
|date=May 25, 2013<br />
|website=Bleacher Report<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-marysue><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.themarysue.com/ronda-rousey-and-transmisogyny/<br />
|title=When Role Models Become Problematic: Ronda Rousey and Transmisogyny<br />
|author=Teresa Jusino<br />
|date=August 3, 2015<br />
|website=The Mary Sue<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fallon-fox><br />
{{cite web<br />
|url=https://archive.is/yZfcs<br />
|title=After Being TKO’d by Fallon Fox, Tamikka Brents Says Transgender Fighters in MMA ‘Just Isn’t Fair’<br />
|website=Cage Potato<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-reddit><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.reddit.com/r/GamerGhazi/comments/ah4120/celebrity_terf_ronda_rousey_to_play_sonya_blade/<br />
|title=Celebrity TERF Ronda Rousey to play Sonya Blade in Mortal Kombat 11<br />
|website=reddit<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=pov-terf><br />
{{cite web<br />
|url=https://web.archive.org/web/20191019184351/https://radfemrebecca.wordpress.com/2019/10/06/terfinmymentions/amp/<br />
|title=“This is what I want to do to you” – Dissecting the ‘POV ur a TERF in my mentions’ trend.<br />
|author=Rebecca<br />
|date=October 6, 2019<br />
|website=radfemrebecca.wordpress.com<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vwl><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2017/02/07/vancouver-womens-library-opens-amid-anti-feminist-backlash/<br />
|title=Vancouver Women’s Library opens amid anti-feminist backlash<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=February 7, 2017<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=guardian><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.theguardian.com/uk-news/2017/oct/26/woman-punched-in-brawl-between-transgender-activists-and-radical-feminists<br />
|title=Suspects sought after brawl between transgender activists and radical feminists<br />
|author=Press Association<br />
|date=October 26, 2017<br />
|website=The Guardian<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=statesman1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2018/04/madness-our-gender-debate-where-feminists-defend-slapping-60-year-old<br />
|title=The madness of our gender debate, where feminists defend slapping a 60-year-old woman<br />
|author=Helen Lewis<br />
|date=April 20, 2018<br />
|website=NewStatesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=statesman2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2017/09/trans-rights-terfs-and-bruised-60-year-old-what-happened-speakers-corner<br />
|title=Trans rights, TERFs, and a bruised 60-year-old: what happened at Speakers’ Corner?<br />
|author=Anoosh Chakelian<br />
|date=September 14, 2017<br />
|website=NewStatesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=telegraph><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.telegraph.co.uk/news/2018/04/12/radical-feminist-warned-refer-transgender-defendant-assault/<br />
|title=Radical feminist warned to refer to transgender defendant as a 'she' during assault case<br />
|author=Victoria Ward<br />
|date=April 12, 2018<br />
|website=The Telegraph<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=times1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.thetimes.co.uk/article/transgender-activist-denies-thumping-radical-feminist-wvzgq6fx7<br />
|title=Transgender activist Tara Wolf denies thumping radical feminist<br />
|author=Lucy Bannerman<br />
|date=April 12, 2018<br />
|website=The Times<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=times2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.thetimes.co.uk/article/trans-attacker-tara-wolf-is-a-thug-says-feminist-maria-maclachlan-pq0bwvthv<br />
|title=Trans attacker is a thug, says feminist<br />
|author=Lucy Bannerman<br />
|date=April 14, 2018<br />
|website=The Times<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=standard><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.standard.co.uk/news/crime/transgender-activist-tara-wolf-fined-150-for-assaulting-exclusionary-radical-feminist-in-hyde-park-a3813856.html<br />
|title=Transgender activist Tara Wolf fined £150 for assaulting 'exclusionary' radical feminist in Hyde Park<br />
|author=Martin Coulter<br />
|date=April 13, 2018<br />
|website=EveningStandard<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=dailymail><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.dailymail.co.uk/news/article-5613057/Model-punched-feminist-smashed-120-camera-violent-brawl-walks-free-court.html<br />
|title=Transgender model who punched feminist and smashed her £120 camera in violent brawl at Hyde Park Speakers' Corner protest walks free from court<br />
|author=Bridie Pearson-jones<br />
|date=April 13, 2018<br />
|website=MailOnline<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2017/09/15/historic-speakers-corner-becomes-site-anti-feminist-silencing-violence/<br />
|title=Historic Speaker’s Corner becomes site of anti-feminist silencing and violence<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=September 15, 2017<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2018/04/27/trans-identified-male-tara-wolf-charged-assault-hyde-park-attack/<br />
|title=Trans-identified male, Tara Wolf, convicted of assault after Hyde Park attack<br />
|author=Jen Izaakson<br />
|date=April 27, 2018<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rivers><br />
{{cite web<br />
|url=https://sanfrancisco.cbslocal.com/2018/03/07/transgender-activist-trial-oakland-triple-murder/<br />
|title=Transgender Activist Ordered To Stand Trial For Oakland Triple Murder<br />
|date=March 7, 2018<br />
|website=CBS SF BayArea<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=camptrans><br />
{{cite web<br />
|url=http://eminism.org/michigan/20000812-camptrans.txt<br />
|title='MICHIGAN EIGHT' EVICTED OVER FESTIVAL'S NEW 'DON'T ASK DON'T TELL' GENDER POLICY<br />
|date=August 12, 2000<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=autostraddle><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.autostraddle.com/more-bad-news-oakland-lesbian-couple-and-their-son-brutally-murdered-by-former-lgbt-activist-359026/<br />
|title=Oakland Lesbian Couple and Their Son Murdered By Former LGBT Activist<br />
|author=Riese<br />
|date=November 16, 2016<br />
|website=Autostraddle<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=edinburgh><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.scotsman.com/news/crime/feminist-speaker-julie-bindel-attacked-by-transgender-person-at-edinburgh-university-after-talk-1-4942260<br />
|title=Feminist speaker Julie Bindel 'attacked by transgender person' at Edinburgh University after talk<br />
|author=Gina Davidson<br />
|date=June 6, 2019<br />
|website=The Scotsman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=planettrans><br />
{{cite web<br />
|url=https://planettransgender.com/when-terf-attack-at-hyde-park/<br />
|title=Trans Activists Vilified For Defense against TERF Attack at Hyde Park<br />
|author=Kelli Busey<br />
|date=September 18, 2017<br />
|website=Planet Transgender<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=queerness><br />
{{cite web<br />
|url=https://thequeerness.com/2017/09/29/trial-by-media-over-speakers-corner-fracas/<br />
|title=Trial by media over Speakers’ Corner fracas<br />
|author=Sam Hope<br />
|date=September 29, 2017<br />
|website=The Queerness<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=jamjar><br />
{{cite web<br />
|url=https://twitter.com/magdalenberns/status/988003582250291201<br />
|title=Masked transactivists surround woman on stairwell<br />
|author=Magdalen Berns<br />
|date=April 22, 2018<br />
|website=Twitter<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=dhejne><br />
{{cite web<br />
|url=https://fairplayforwomen.com/criminality/<br />
|title=Study suggests that transwomen exhibit a male pattern of criminality<br />
|date=September 8, 2018<br />
|website=Fair Play For Women<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=wpcrime><br />
{{cite web<br />
|url=https://en.wikipedia.org/wiki/Sex_differences_in_crime#Statistics<br />
|title=Sex differences in crime<br />
|website=Wikipedia<br />
|access-date=May 31, 2019<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=freedman><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.bbc.com/news/uk-england-berkshire-46454454<br />
|title=Rosa Freedman: Professor's door 'covered in urine' after gender law debate<br />
|date=December 5, 2018<br />
|website=BBC News<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-fb><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.facebook.com/VancouverRapeRelief/posts/710603379412445<br />
|title=Vancouver Rape Relief & Women's Shelter - Facebook<br />
|date=August 16, 2019<br />
|website=Facebook<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-twitter><br />
{{cite web<br />
|url=https://twitter.com/VanRapeRelief/status/1166426534321647616<br />
|title=VancouverRapeRelief on Twitter<br />
|date=August 26, 2019<br />
|website=Twitter<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-vancouverisawesome><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.vancouverisawesome.com/2019/08/28/vancouver-rape-relief-centre-targeted-vandalism-threats-transgender-controversy/<br />
|title=Vancouver Rape Relief centre targeted with vandalism, threats over transgender controversy<br />
|author=Jessica Kerr<br />
|date=August 28, 2019<br />
|website=Vancouver is Awesome<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-nationalreview><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.nationalreview.com/2019/08/women-only-rape-relief-shelter-defunded-then-vandalized/<br />
|title=Women-Only Rape-Relief Shelter Defunded, Then Vandalized<br />
|author=Madeleine Kearns<br />
|date=August 28, 2019<br />
|website=National Review<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-citynews><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.citynews1130.com/2019/08/27/vancouver-rape-relief-centre-vandalized-likely-over-restrictions-for-transgender-people/<br />
|title=Vancouver Rape Relief centre vandalized, likely over restrictions for transgender people<br />
|author=Jonathan Szekeres and Lauren Boothby<br />
|date=Aug 27, 2019<br />
|website=City News<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
</references><br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:TERF]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Mulheres_trans_em_esportes_femininos&diff=865Mulheres trans em esportes femininos2020-06-17T19:58:45Z<p>Deleted: Tradução do novo conteúdo acrescentado à página em inglês</p>
<hr />
<div>{{PageSeo<br />
<!-- Supply the title manually to work around {{PAGENAME}} bug with apostrophes. --><br />
| title = Mulheres trans em esportes femininos | description = Mulheres trans competindo em esportes femininos criam problemas para as mulheres, já que sua fisiologia masculina traz muitas vantagens ao desempenho do atleta.<br />
| keywords = esportes femininos, mulheres trans, esportes, mulheres trans em esportes<br />
}}<br />
Como a noção dos [[Ideologia transgênero|ativistas trans]] de que "mulheres trans são mulheres" é levada literalmente, segue-se que deveria ser permitido a mulheres trans participarem de esportes femininos. Quando uma organização esportiva adere a essa noção, cria-se um problema para os esportes femininos, pois as diversas diferenças fisiológicas entre os sexos permitem que atletas do sexo masculino de alto rendimento tenham um desempenho significativamente melhor que atletas do sexo feminino de alto rendimento na maior parte das modalidades. A dimensão na qual a [[terapia de reposição hormonal]] (TRH) diminui as vantagens de ser homem ainda não é estudada. No entanto, é claro que muitas das mudanças que o corpo masculino sofre durante a puberdade não são revertidas pela TRH, como tamanho corporal, estrutura esquelética e o tamanho dos pulmões e do coração.<br />
<br />
== Diferenças fisiológicas ==<br />
<br />
As significativas diferenças fisiológicas entre os sexos que podem afetar o desempenho atlético incluem, mas não são limitadas, a:<br />
<br />
* Homens pesam cerca de 15% a mais, em média;<ref name="pmid15544194">Ogden CL, Fryar CD, Carroll MD, Flegal KM (2004) [https://www.cdc.gov/nchs/data/ad/ad347.pdf Mean body weight, height, and body mass index, United States 1960-2002.] ''Adv Data'' (347):1-17. PMID: [https://pubmed.gov/15544194 15544194]</ref><br />
* Homens são cerca de 15cm mais alto, em média;<ref name="pmid15544194"/><br />
* Homens possuem ossos mais densos e, consequentemente, mais resistentes, em média;<ref name="pmid16637873">Benjamin M, Toumi H, Ralphs JR, Bydder G, Best TM, Milz S (2006) [https://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/eutils/elink.fcgi?dbfrom=pubmed&retmode=ref&cmd=prlinks&id=16637873 Where tendons and ligaments meet bone: attachment sites ('entheses') in relation to exercise and/or mechanical load.] ''J Anat'' 208 (4):471-90. [http://dx.doi.org/10.1111/j.1469-7580.2006.00540.x DOI:10.1111/j.1469-7580.2006.00540.x] PMID: [https://pubmed.gov/16637873 16637873]</ref><br />
* Homens possuem tendões e ligamentos mais fortes, em média;<ref name="pmid16637873"/><br />
* Homens tem, em média, maior massa muscular total;<ref name="Janssen">Janssen, I., Heymsfield, S. B., Wang, Z., & Ross, R. (2000). [http://jap.physiology.org/content/89/1/81 Skeletal muscle mass and distribution in 468 men and women aged 18–88 yr.] Journal of Applied Physiology, 89(1), 81-88. doi:10.1152/jappl.2000.89.1.81 </ref><br />
* Homens possuem, em média, mais massa muscular em proporção à massa corporal total;<ref name="Janssen"/><br />
* Homens têm cerca de 56% a mais de volume pulmonar, em relação à massa corporal;<ref name="Glucksmann">Glucksmann, A. (1981). Sexual dimorphism in human and mammalian biology and pathology. London: Academic Press. pp. 66–75</ref><br />
* Homens possuem vias aéreas maiores e um maior fluxo de ar, mesmo quando equiparados a mulheres em altura e volume pulmonar;<ref name="Hackney">Duke J.W. Sex Hormones and Their Impact on the Ventilatory Responses to Exercise and the Environment (Chapter 2). In: Hackney, A. (ed.) (2017). Sex hormones, exercise and women: Scientific and clinical aspects. Cham (Switz.): Springer, pp. 21-22</ref><br />
* Homens possuem corações maiores, com a contagem de células vermelhas sendo cerca de 10% maior e maior quantidade de hemoglobina, implicando numa maior capacidade de transporte de oxigênio, por mais que a diferenla seja menor entre atletas;<ref name="Glucksmann"/><br />
* Homens têm maior quantidade de "fatores de coagulação" circulando, o que permite uma cicatrização mais rápida e uma maior tolerância a dor periférica.<ref name="Glucksmann"/><br />
<br />
== Mulheres trans famosas em esportes femininos ==<br />
<br />
=== Fallon Fox ===<br />
<br />
[[File:FallonFox.png|thumb|300px|Fallon Fox dizendo que gostou de fraturar o crânio de sua oponente]]<br />
<br />
Em setembro de 2014, o lutador de MMA (Mixed Marcial Arts) [[Fallon Fox]] machucou severamente uma oponente, Tamikka Brents, fazendo-a sofrer uma concussão, uma fratura do osso orbital e levar sete grampos na cabeça durante o primeiro ''round'' de uma luta. Brents recorreu às mídias sociais para expressar os seus pensamentos em relação à luta com Fox: "Lutei contra muitas mulheres e nunca havia sentido a força que senti em uma luta como a daquela noite. Não posso responder se é porque ela [sic] nasceu homem ou não, porque não sou médica. Posso apenas dizer que nunca havia me sentido tão subjugada na vida, e sou uma mulher extraordinariamente forte", ela disse. "O seu aperto era diferente, eu normalmente consigo me mover quando segurada por outras mulheres, mas não conseguia me mover de modo algum com o aperto de Fox..."<ref>Cage Potato. (n.d.). After Being TKO'd by Fallon Fox, Tamikka Brents Says Transgender Fighters in MMA ‘Just Isn’t Fair’. [online] Available at: https://archive.is/yZfcs [Accessed 31 Jan. 2019].</ref> De acordo com a Wikipédia, Fox ganhou um total de 5 entre 6 lutas de MMA até maio de 2019, três das quais foram por nocaute.<ref>https://en.wikipedia.org/wiki/Fallon_Fox</ref><br />
<br />
Em junho de 2020, durante debates iniciados após a crítica de J.K. Rowling ao movimento transgênero, Fallon Fox escreveu um ''tweet'' sobre o evento: "Eu nocauteei duas. O crânio de uma das mulheres foi fraturado, e o da outra não. E, só para vocês saberem, eu gostei disso. Vejam, eu adoro dar porradas na gaiola em TERFs que falam besteiras transfóbicas. É uma alegria! Não fiquem zangados. 😉"<ref name=fox-twitter/><br />
<br />
=== Rachel McKinnon ===<br />
<br />
O ciclista transgênero [[Rachel McKinnon]] ganhou o ''sprint'' feminino 35-44 durante o UCI Masters Track Cycling World Championships em Los Angeles, em outubro de 2018.<ref>Ballinger, A. (2019). Rachel McKinnon becomes first transgender woman to win track world title - Cycling Weekly. [online] Cycling Weekly. Available at: https://www.cyclingweekly.com/news/latest-news/rachel-mckinnon-becomes-first-transgender-woman-win-track-world-title-397473 [Accessed 31 Jan. 2019].</ref> A competidora que terminou em terceiro lugar, Jennifer Wagner, comentou que isso era injusto, e depois escreveu no Twitter que estava trabalhando para que as regras fossem mudadas, o que Rachel McKinnon caracterizou como transfóbico.<br />
<br />
=== Terry Miller e Andraya Yearwood ===<br />
<br />
Dois atletas de ensino médio transgêneros e do sexo masculino, [[Terry Miller]] e [[Andraya Yearwood]], ganharam primeiro e segundo lugar no campeonato estadual de Connecticut na corrida de 100 metros em 2018. Miller também ganhou o primeiro lugar na corrida de 200 metros.<ref>Hudak, A. (2018, June 14). Transgender track stars win state championship, ignites debate over rules. Retrieved from https://www.wkbn.com/news/national-world/transgender-track-stars-win-state-championship-ignites-debate/1238813951</ref><br />
<br />
=== Laurel Hubbard ===<br />
<br />
''Artigo da Wikipédia: [https://en.wikipedia.org/wiki/Laurel_Hubbard Laurel Hubbard] (em inglês)''<br />
<br />
O levantador de peso [[Laurel Hubbard]], da Nova Zelândia, vem tomando muitas medalhas de ouro e de prata de mulheres. Em 2017 ele levou a medalha de ouro da categoria feminina com peso superior a 90kg no Australian International & Australian Open em Melbourne, pesando 131,83kg. Ele, então, tornou-se a primeira pessoa a ganhar um título feminino internacional de levantamento de peso para a Nova Zelândia.<ref name=hubbard-wapo/><ref name=hubbard-nzherald/><br />
<br />
Hubbard atendia os requisitos oficiais de eligibilidade para competir contra mulheres, mas muitas competidoras apontaram a injustiça da situação. Elas incluem Iuniarra Sipaia, Toafitu Perive, Deborah Acason e Tracey Lambrechs.<ref name=hubbard-samoaobserver/><ref name=hubbard-wapo/>. O chefe executivo da Australian Weightlifting Federation, Michael Keelan, disse que isso era injusto para com as outras competidoras.<ref name=hubbard-heraldsun/><br />
<br />
Hubbard qualificou-se para os jogos Commonwealth de 2018,<ref name=hubbard-nzolympic/> mas uma lesão no cotovelo durante a competição forçou-o a retirar-se do evento<ref name=hubbard-radionz/> quando estava na liderança.<ref name=hubbard-guardian/><br />
<br />
Hubbard levou outras duas medalhas de ouro femininas nos Pacific Games de 2019, em Samoa.<ref name=hubbard-insidethegames/><br />
<br />
=== Michelle Dumaresq ===<br />
<br />
O competidor profissional da modalidade ''downhill'' de ''mountain bike'' [[Michelle Dumaresq]], que é um transexual [[Cirurgia de redesignação sexual|pós-operativo]] do sexo masculino, ganhou a série Canada Cup de 2002, o que o qualificou para a equipe Nacional Canadense. Em setembro de 2002, Dumaresq correpresentou o Canadá no World Mountain Bike Championships. No entanto, devido a problemas técnicos com sua bicicleta, Dumaresq conseguiu terminar a prova apenas em 24º lugar. Em 2003, Dumaresq ganhou o Canadian National Championships e novamente representou o Canadá no World Championships de 2003. Dumaresq ganhou novamente o Nationals em 2004 e terminou em 17º lugar o World Mountain Bike Championships em Les Gets, França, no ano de 2004.<br />
<br />
No Canadian Nationals de 2006, um protesto de uma das competidores durante a cerimônia do pódio trouxe atenção à participação de Dumaresq em esportes femininos. O namorado da competidora que terminou em segundo lugar, Danika Schroeter, pulou no pódio e ajudou Schroeter a colocar uma camiseta onde lia-se "100% Pure Woman Champ" (campeã 100% pura mulher). A Canadian Cycling Association (CCA) suspendeu Schroeter por suas ações. Contudo, a CCA anunciou que a suspensão de Schroeter teria curso fora de época, quando não teria impacto na competidora.<br />
<br />
=== Hannah Mouncey ===<br />
<br />
Em 27 de maio de 2018, o jogador de handebol do sexo masculino [[Hannah Mouncey]] marcou três pontos para o Melbourne Handball Club na sua vitória contra o University of Queensland Handball Club durante o Oceanian Open Club Championship de 2018.<ref>http://handballvic.org.au/event/5628/</ref><br />
<br />
=== Gabrielle Ludwig ===<br />
<br />
Aos 52 anos, [[Gabrielle Ludwig]], um veterano da marinha, inscreveu-se na equipe feminina de basquete do Santa Clara Community College. [https://culturallyboundgender.files.wordpress.com/2014/06/bilde.jpg Com cerca de 2,08m de altura] e mais do que 30 anos mais velho que as demais jogadoras, o técnico da equipe previu que essa mulher trans pós-operativa tornaria-se "o jogador mais perigoso do estado", <ref>[https://www.lifesitenews.com/news/50-year-old-transsexual-8216woman8217-makes-college-basketball-debut-video 50-year-old transsexual ‘woman’ makes college basketball debut]. (n.d.). Retrieved 31 January 2019.</ref> uma previsão que se provou correta.<ref>[http://www.espn.com/espnw/athletes-life/article/10170842/espnw-gabrielle-ludwig-52-year-old-transgender-women-college-basketball-player-enjoying-best-year-life espnW -- Gabrielle Ludwig, a 52-year-old transgender women’s college basketball player, enjoying best year of her life.] (n.d.). Retrieved 31 January 2019</ref><br />
<br />
=== Lana Lawless ===<br />
<br />
A História Por Trás do Transgênero Tentando Jogar no LPGA Tour (em inglês)<ref>Lana Lawless: The Story Behind Transgender Trying to Play On LPGA Tour | Bleacher Report | Latest News, Videos and Highlights https://bleacherreport.com/articles/490657-lana-lawless-the-story-behind-transgender-trying-to-play-on-lpga-tour#slide4</ref><br />
<br />
=== Chloe Anderson ===<br />
<br />
O caminho desse jogador de voleibol transgênero leva à equipe feminina da NCAA (em inglês)<ref>Transgender Volleyball Player | Identify | Olympic Channel https://www.olympicchannel.com/en/original-series/detail/identify/identify-season-season-1/episodes/this-transgender-volleyball-player-s-path-leads-to-an-ncaa-women-s-team/</ref><br />
<br />
=== Nattaphon Wangyot ===<br />
<br />
As honras estaduais desse estudante trans na equipe feminina de atletismo causa repercussão negativa (em inglês)<ref>Transgender student's all-state honors in girls' track and field ignites backlash https://www.washingtontimes.com/news/2016/jun/6/nattaphon-wangyot-transgender-student-riles-critic/</ref><br />
<br />
=== Amelia Galpin ===<br />
<br />
Porque Essa Mulher Trans Irá Correr na Maratona de Boston (em inglês)<ref>Boston Marathon and Transgender Runners | them. https://www.them.us/story/boston-marathon-trans-women</ref><br />
<br />
=== Aron Taylor ===<br />
<br />
Primeira mulher transgênero termina a Maratona de Jacksonville (em inglês)<ref>First transgender woman finishes Jacksonville Marathon | firstcoastnews.com https://www.firstcoastnews.com/article/news/first-transgender-woman-finishes-jacksonville-marathon/372266597</ref><br />
<br />
== Referências ==<br />
<br />
<references><br />
<br />
<ref name=hubbard-heraldsun><br />
{{cite web<br />
|url=http://www.heraldsun.com.au/sport/more-sports/laurel-hubbard-wins-female-90kg-division-at-weightliftings-australian-international/news-story/cd4a5fa012eb9a5ceb0281faceea5c7a<br />
|title=Laurel Hubbard wins female 90kg+ division at weightlifting’s Australian International<br />
|date=March 20, 2017<br />
|author=Matt Windley<br />
|publisher=Herald Sun<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=hubbard-wapo><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.washingtonpost.com/news/early-lead/wp/2017/03/22/transgender-woman-wins-international-weightlifting-title-amid-controversy-over-fairness/?noredirect=on<br />
|title= Transgender woman wins international weightlifting title amid controversy over fairness<br />
|date=March 22, 2017<br />
|author=Marissa Payne<br />
|publisher=The Washington Post<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=hubbard-nzherald><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.nzherald.co.nz/sport/news/article.cfm?c_id=4&objectid=11821399<br />
|title=Weightlifting: Transgender lifter Laurel Hubbard wins first international outing<br />
|date=March 19, 2017<br />
|publisher=NZ Herald<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=hubbard-nzolympic><br />
{{cite web<br />
|url=http://www.olympic.org.nz/athletes/laurel-hubbard/<br />
|title=Laurel Hubbard - New Zealand Olympic Team<br />
|date=November 24, 2017<br />
|publisher=New Zealand Olympic Team<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=hubbard-radionz><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.radionz.co.nz/news/cwg18/354570/hubbard-has-no-regrets-stays-true-to-sport<br />
|title=Hubbard has no regrets, stays 'true to sport'<br />
|author=Bridget Tunnicliffe<br />
|date=April 9, 2018<br />
|publisher=Radio New Zealand<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=hubbard-guardian><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.theguardian.com/sport/2018/apr/09/transgender-weightlifter-laurel-hubbards-eligibility-under-scrutiny<br />
|title=Transgender weightlifter Laurel Hubbard's eligibility under scrutiny<br />
|date=April 9, 2018<br />
|author=Helen Davidson<br />
|publisher=The Guardian<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name="hubbard-samoaobserver"><br />
{{cite web<br />
|url=http://www.samoaobserver.ws/en/23_03_2017/local/18224/Woman-lifter-beaten-by-transgender-speaks-up.htm<br />
|title=Woman lifter beaten by transgender speaks up<br />
|date=March 23, 2017<br />
|author=Sina Filifilia Seva’aetasi<br />
|publisher=Samoa Observer<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=hubbard-insidethegames><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.insidethegames.biz/articles/1082023/transgender-hubbard-beats-samoan-stars<br />
|title=Transgender weightlifter Hubbard beats home favourites at Samoa 2019 after driving incident revealed<br />
|date=July 13, 2019<br />
|author=Michael Pavitt<br />
|publisher=Inside the Games<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fox-twitter><br />
{{cite web<br />
|url=http://archive.is/8uEHY<br />
|title=Fallon Fox tweeting about injury caused to opponent<br />
|date=June 16, 2020<br />
|author=Fallon Fox<br />
|website=Twitter<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
</references><br />
<br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:Transwomen in women's sports]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=TERF&diff=864TERF2020-06-17T19:47:44Z<p>Deleted: Reestruturação do artigo de forma a espelhar as mudanças realizadas no original</p>
<hr />
<div>{{PageSeo | description = TERF é uma ofensa usada por ativistas transgênero para depreciar qualquer pessoa que critique esse movimento com base em argumentos feministas.<br />
}}<br />
[[File:Terf-slur-02.png|thumb|300px|Um ''tweet'' típico contendo do termo "TERF"]]<br />
<br />
A palavra '''TERF''' (ou ''terf''; pl. ''terfs'' ou ''terves'') é uma ofensa usada predominantemente por ativistas transgênero e seus aliados contra pessoas que criticam o movimento transgênero com base em argumentos feministas. Como essa ofensa é usada para referir-se a pessoas com argumentos feministas, seu maior alvo costuma ser mulheres. Como tal, ela é normalmente entendida como sendo uma ofensa anti-feminista, sexista e misógina.<br />
<br />
A palavra foi inventada como um acrônimo para ''Trans-Exclusionary Radical Feminist'' (inglês para "Feminista Radical Trans-Exclusionária"), onde a parte "trans-exclusionary" ("trans-exclusionária") refere-se a essas pessoas serem da opinião de que mulheres trans não deveriam ser incluídas dentro da definição feminista de feminilidade, e a parte "radical feminist" ("feminista radical") foi aplicada de maneira neutra para referir-se àquelas pessoas que de fato se descrevem como [https://pt.wikipedia.org/wiki/Feminismo_radical feministas radicais] no seu verdadeiro sentido.<br />
<br />
Com o tempo, o acrônimo tornou-se um termo ofensivo. Atualmente, a capitalização dessa palavra frequentemente não é feita, e o significado já ambíguo de seu sentido original é inteiramente ignorado. Ainda assim, usuários do termo costumam alegar que se trata de um termo neutro. A parte "trans-exclusionary" ("trans-exclusionária") agora pode se referir a qualquer pessoa que pense que mulheres trans não deveriam poder ter acesso irrestrito a espaços exclusivamente femininos (como vestiários), participar em esportes femininos - onde elas possuem [[Mulheres trans em esportes femininos|vantagens injustas]] -, a relacionamentos com lésbicas etc. Apesar de a maior parte do público poder considerar essas posições como minimamente sensatas, levando em conta que uma "mulher trans" pode ter uma anatomia masculina intacta, ativistas transgênero veem todos esses tipos de "exclusão" como inaceitáveis.<br />
<br />
Um termo associado de maneira próxima a esse é ''SWERF'', que supostamente significa ''Sex-Worker-Exclusionary Radical Feminist'' (inglês para "Feminista Radical Exclusionária de Trabalhadoras do Sexo") e é usado para referir-se àquelas pessoas que veem a indústria sexual (prostituição, pornografia etc.) como altamente exploratória e sexista. Assim como ''TERF'', esse termo é quase sempre proferido como uma ofensa e para deturpar a posição política do indivíduo contra a qual ele é usado. Ironicamente, algumas dessas pessoas chamadas de ''SWERF'' são comumente mulheres que trabalharam na prostituição e tornaram-se ativistas anti-prostituição como resultado de suas próprias experiências como as chamadas "trabalhadoras do sexo".<br />
<br />
== Origem ==<br />
<br />
O uso mais antigo do termo foi feito por Viv Smythe aka "tigtog" em um ''blog post'' de 2008.<ref name=terf-origin/> Ela defendeu o termo em 2018, num artigo para o The Guardian.<ref name=guardian-smythe/> Ativistas transgênero frequentemente tentam defender o tempo sob a justificativa de que Viv Smythe é uma mulher que alega ser feminista radical, e parece ter usado o termo pela primeira vez de uma maneira que não é depreciativa. Obviamente, as origens benignas do termo não implicam que ele não possa evoluir de forma a tornar-se uma ofensa.<br />
<br />
== A evolução para discurso de ódio ==<br />
<br />
[[File:Mya-byrne-punches-terfs.jpg|thumb|right|200px|Não é de forma alguma uma ofensa!]]<br />
<br />
A evolução do termo de 2008 até o início e meados dos anos 2010 não foi bem documentada. Em sua maior parte, feministas tiveram que defrontar o termo em redes sociais, onde ele passou a ser regularmente usado para rebaixar as suas posições políticas. Em julho de 2014, o site [https://www.feministcurrent.com/ Feminist Current] publicou dois artigos que faziam referênciam ao termo. O primeiro, escrito por C. K. Egbert e entitulado ''Defending the 'TERF': Gender as political'' ("Defendendo o 'TERF': Gênero como política", em tradução livre do inglês) explica e defende a teoria política por trás das ideias defendidas por feministas que são chamadas de "terf".<ref name=fc-egbert/> O segundo, escrito por [[Sarah Ditum]] e entitulado ''How 'TERF' works'' ("Como o 'TERF' funciona", em tradução livre do inglês), analisa brevemente a situação na qual uma mulher é pressionada a retratar uma declaração em oposição à violência contra a mulher, sob a justificativa de que a declaração veio originalmente de uma feminista que é considerada uma "terf".<ref name=fc-ditum/> Como o Feminist Current é altamente elogiado por feministas radicais, a sua decisão de apoiar as mulheres que foram chamadas de "terf" pode ser vista como um momento decisivo.<br />
<br />
Em agosto de 2014, Vice publicou um artigo intitulado ''I Am Now Officially a Transphobic Twitter Troll'' - "Agora Sou Oficialmente um Troll Transfóbico do Twitter", em tradução livre do inglês - (subtítulo: ''At least according to the 'Block Bot' I am'', ou "Pelo menos, de acordo com o 'Block Bot' eu sou"), do autor Martin Robbins.<ref name=vice-robbins/> No artigo, Robbins fala sobre como o projeto do "Block Bot" no Twitter, que foi criado para ajudar as pessoas a evitarem ''trolls'' abusivos, incluiu autoras e jornalistas feministas como [[Caroline Criado-Perez]] e [[Helen Lewis]] entre as pessoas que deveriam ser bloqueadas. Ironicamente, Lewis parece ter sido incluída na lista por reclamar sobre ''trolls'' abusivos, já que como "evidência" para bani-la incluem-se objeções a ''tweets'' como "kill TERFS" ("matem TERFS"), "burn TERFS" ("queimem TERFS") ou piadas odiosas como "what's better than 1 dead terf? 2 dead terfs" ("o que é melhor que 1 terf morta? 2 terfs mortas").<br />
<br />
Outro artigo do Feminist Current defendendo as pessoas chamadas por essa ofensa foi publicado em novembro de 2015, escrito por [[Penny White]] e entitulado ''Why I no longer hate 'TERFs''' ("Porque eu não mais odeio 'TERFs'", em tradução livre do inglês).<ref name=fc-white/> No artigo, White explica como ela própria costumava acreditar que as chamadas "TERFs" mereciam ser desprezadas, mas mudou de opinião após começar a olhar com mais cuidado para esse problema. Essa experiência parece repetir-se entre muitas mulheres e alguns homens socialmente liberais na atualidade, que começaram sendo apoiadores do movimento transgênero para depois tornarem-se céticos após experiências e observações negativas, por fim levando-os a também serem denominados de "terf" e desprezados por ativistas transgênero e seus aliados. Após isso, o Feminist Current começou a publicar artigos críticos do movimento transgênero com frequência, muito para o enraivecimento dos ativistas transgênero.<br />
<br />
Em junho de 2017, o ativista transgênero [https://en.wikipedia.org/wiki/Mya_Byrne Mya Byrne] foi a San Francisco Pride Parade com uma camiseta com o escrito "I PUNCH TERFS" ("EU SOCO TERFS", em tradução do inglês), decorada com uma grande mancha de sangue falso. Byrne fez o ''upload'' de uma ''selfie'' sua vestindo a camiseta na parada e com o subtítulo "This is what gay liberation looks like #pride #yesallterfs" (inglês para "Isto é o que a liberação ''gay'' parece #orgulho #simtodasasterfs"), o que ocasionou muitas reações negativas.<ref name=fc-tra-violence/> A camiseta seria mais tarde exibida em uma "exposição de arte" na San Francisco Public Library, montada pelo grupo de ativismo trans ''The Degenderettes''. Após reclamações, a biblioteca removeu a camiseta da exibição, apesar de que itens similares mostrando uma mentalidade violenta permaneceram, como um taco de beisebol enrolado com um arame farpado e pintado nas cores da bandeira de orgulho transgênero.<ref name=fc-tra-violence/><br />
<br />
[[File:Sonicfox.png|thumb|right|300px|O ''tweet'' de Dominique McLean glorificando a violência contra as mulheres.]]<br />
<br />
Em abril de 2019, o ''video gamer'' profissional Dominique McLean aka [https://en.wikipedia.org/wiki/SonicFox SonicFox] realizou o ''upload'' de um vídeo no Twitter com a legenda "what I do to terfs" ("o que eu faço com terfs"), no qual um personagem de ''video game'' atinge o pescoço de uma personagem com tanta força que a pele do pescoço dela sai, enquanto a câmera mostra o seu rosto agonizante. McLean pode ser ouvido gritando "terf!" em seu microfone juntamente com cada golpe dado na personagem, no que faz lembrar um linchamento.<ref name=sonicfox/> O ''tweet'' ganhou centenas de milhares de visualizações e milhares de ''retweets'' e curtidas.<br />
<br />
O ''tweet'' de McLean tornou-se ainda pior pelo fato de que esse ódio não é somente direcionado a uma personagem "terf" imaginária, mas à voz da atriz por trás da personagem, [https://pt.wikipedia.org/wiki/Ronda_Rousey Ronda Rousey]. Rousey, que é uma lutadora de MMA (artes marciais mistas), é considerada uma "TERF" por ter dito, com palavras bruscas, que é injusto o lutador de MMA do sexo masculino [[Mulheres trans em esportes femininos#Fallon_Fox|Fallon Fox]] competir contra mulheres.<ref name=rousey-fox/><ref name=rousey-marysue/><ref name=rousey-reddit/> Um ano após a declaração de Rousey, a lutadora de MMA Tamikka Brents sofreu uma concussão e uma fratura do osso orbital durante uma luta contra Fallon Fox,<ref name=fallon-fox/> mas isso não parece ter mudado a opinião dos ativistas trans.<br />
<br />
Após o ''tweet'' de McLean ter sido denunciado por discurso de ódio, o Twitter inicialmente decidiu que ele [[:File:Sonicfox2.png|não quebrava as suas regras]]. Somente após repetidos protestos e várias outras denúncias o Twitter reagiu, removendo o ''tweet'' e emitindo a SonicFox um banimento de meras 24 horas.<br />
<br />
No final de 2019, uma tendência nas redes sociais denominada "POV you're a TERF in my mentions" ("ponto de vista de você ser uma TERF nas minhas menções") teve início, na qual ativistas trans posavam com uma arma (taco de beisebol, espada, machete ou outras), às vezes preparando-se para golpear ou mostrando-os no meio de um golpe, tiradas como se fossem [https://en.wikipedia.org/wiki/Point-of-view_shot uma fotografia de ponto de vista] e com a legenda "POV you're a TERF in my mentions" ("ponto de vista de você ser uma TERF nas minhas menções"), ou alguma variação.<ref name=pov-terf/> As fotografias supostamente representam o ponto de vista de uma "TERF" sendo agredida pela pessoa retratada. Em outras palavras, mulheres chamadas de "TERF" que olham para a foto deveriam imaginar a si próprias sendo violentamente agredidas.<br />
<br />
Em maio de 2020, foi feita uma publicação num ''blog'' do Medium.com comparando as chamadas TERFs a nazistas em um tom aparentemente verossímil e explicando como vários métodos, tais como infiltração, censura, danos patrimoniais e violência física deveriam ser usados contra elas.<ref name=medium-izaguirre/> A conta utilizada para a publicação do artigo foi suspensa do Medium.com no mesmo dia e seu conteúdo republicado no WordPress um pouco depois.<ref name=wp-izaguirre/><br />
<br />
== Vandalismos, assédios e agressões na vida real ==<br />
<br />
Em fevereiro de 2017, a recém-aberta Vancouver Women's Library foi recebida por um pequeno grupo de vândalos, incluindo uma pessoa que era claramente do sexo masculino e que alegava ser uma trabalhadora do sexo. Eles arrancaram um pôster, derramaram vinho em um livro e assediaram aqueles que tentaram participar da cerimônia de abertura do estabelecimento. A justificativa que deram foi de que a biblioteca incluía livros que eles diziam supostamente apoiar a ideologia "TERF" e "SWERF".<ref name=vwl/><br />
<br />
<youtube dimensions=500 alignment=right description="A agressão de Tara Wolf a Maria MacLachlan (September 13th, 2017)" container=frame><br />
https://www.youtube.com/watch?v=9_d3ozhSE-U<br />
</youtube><br />
<br />
Em setembro de 2017, um grupo de feministas quis marcar uma reunião para discutir as mudanças propostas pelo [https://www.feministcurrent.com/2018/09/14/never-mind-reforming-gender-recognition-act-theres-no-need-gender-recognition-certificates/ Gender Recognition Act] (GRA), na biblioteca comunitária [https://newxlearning.org/ New Cross Learning] de Londres. A biblioteca teve de cancelar o evento após o assédio de ativistas transgênero. As organizadoras da reunião decidiram encontrar-se na Speakers' Corner, antes de ir ao novo local da reunião, que não havia sido anunciado de forma a protegê-lo de assédio. Na Speakers' Corner, elas foram recebidas por um grupo de ativistas transgênero gritando frases como "when TERFs attack, we fight back" ("quando TERFs atacam, nós revidamos", em inglês). Maria MacLachlan, que estava filmando os protestantes com a sua câmera digital, foi atacada por uma pessoa vinda do grupo de ativistas trans e que então tentou tomar a sua câmera. Após não ter sucesso, o atacante correu para trás de seus amigos, e MacLachlan tentou aproximar-se do grupo para filmar o seu rosto com a câmera. Vários dos ativistas começaram a agredi-la nesse momento. Um dos agressores, que após o evento revelou-se ser Tara Wolf, foi acusado de agressão física. Anteriormente ao evento, ele havia postado que queria "f*der com algumas terfs" em uma rede social. Esse evento pode ser considerado como um marco do ódio crescente que ativistas transgênero demonstram contra feministas, já que nenhuma outra agressão havia sido documentada claramente com relação à ofensa "TERF", e o evento ganhou atenção generalizada nas notícias, sendo coberto pelo The Guardian,<ref name=guardian/> The New Statesman,<ref name=statesman1/><ref name=statesman2/> The Telegraph,<ref name=telegraph/> The Times,<ref name=times1/><ref name=times2/> The Evening Standard,<ref name=standard/> e pelo The Daily Mail.<ref name=dailymail/> Foi também, é claro, coberto pelo Feminist Current.<ref name=fc1/><ref name=fc2/> Como resultado do evento, muitos ativistas transgênero defenderam e até mesmo celebraram a agressão, levando Meghan Murphy a publicar o texto [https://www.feministcurrent.com/2017/09/21/terf-isnt-slur-hate-speech/ '''TERF' isn't just a slur, it's hate speech''] ("TERF não é só uma ofensa, é discurso de ódio"). Algumas publicações, ao defender os ativistas transgênero, tentaram alegar que o agressor estava na verdade agindo em legítima defesa, e tentaram provar essa alegação através do ''upload'' de cortes cuidadosamente editados da gravação mostrando a agressão,<ref name=planettrans/> ou descrevendo a agressão como "revidando contra ''bullies''" que "provocaram" os ativistas transgênero (ao terem opiniões das quais estes não gostaram, presumivelmente).<ref name=queerness/><br />
<br />
Em dezembro de 2018, a advogada de defesa dos direitos humanos, Prof. [[Rosa Freedman]], encontrou a porta de seu escritório coberta com urina após participar de debates relacionados às mudanças propostas ao Gender Recognition Act do Reino Unido. Ela também alegou ter sido chamada de uma "nazista" (ela é judia) que "deveria ser estuprada" (ela é uma sobrevivente de violência sexual) e de receber telefonemas abusivos anônimos.<ref name=freedman/><br />
<br />
Em 2018, o ativista transgênero Dana Rivers foi a julgamento por homicídio triplo.<ref name=rivers/> As vítimas eram um casal de lésbicas e o seu filho adotivo. Rivers esfaqueou e atirou nas vítimas, antes de tentar colocar fogo em sua casa, em novembro de 2016. Ainda não está claro se Rivers foi motivado pelo ódio contra feministas e lésbicas disseminado por ativistas transgênero. Rivers era, no entanto, membro do grupo [https://en.wikipedia.org/wiki/Camp_Trans Camp Trans], que foi criado para protestar a regra de apenas mulheres poderem participar do Michigan Womyn's Music Festival (aka MichFest).<ref name=camptrans/> A Autostraddle descreveu Rivers como um "ativista transgênero muito conhecido".<ref name=autostraddle/><br />
<br />
Em junho de 2019, [[Julie Bindel]] foi fisicamente agredida por uma pessoa do sexo masculino após dar um discurso sobre a violência de homens contra mulheres, na Universidade de Edimburgo, junto com a Prof. Rosa Freedman.<ref name=edinburgh/> "Ele estava gritando e reclamando e esbravejando, 'você é uma p*** do c******, você é uma cadela do c******, uma Terf do c******' e outras coisas. Estávamos tentando andar até o táxi para levar-nos até o aeroporto, e então ele apenas saltou em minha direção e quase me deu um soco no rosto, mas um segurança afastou-o de mim". Essa pessoa do sexo masculino, que diz se chamar "[[Cathy Brennan]]" (por causa da advogada lésbica e feminista radical de mesmo nome, a quem ele despreza), já havia chamado a atenção em redes sociais por [[:File:Joe-brennan-twitter.jpg|defender agressões físicas]] contra feministas em paradas de Orgulho Gay.<br />
<br />
Em 16 de agosto de 2019, a conta no Facebook do [[Vancouver Rape Relief and Women's Shelter]] relatou que um rato mortou havia sido pregado na moldura de sua porta.<ref name=vrr-fb/> Em 26 de agosto, a sua conta no Twitter seguiu relatando que as suas portas e janelas haviam sido vandalizadas com frases como "FUCK TERFS" ("FODAM COM AS TERFS") e "KILL TERFS" ("MATEM AS TERFS"), assim como "TRANS POWER" ("PODER TRANS").<ref name=vrr-twitter/> O repetido assédio e vandalismos chamaram a atenção local e nacional.<ref name=vrr-vancouverisawesome/><ref name=vrr-nationalreview/><ref name=vrr-citynews/><br />
<br />
== Análise do termo ==<br />
<br />
O acrônimo original pode ser dividido em duas metades: "feminista radical" e "trans-exclusionária". Apesar de muitas pessoas chamadas por esse termo não se considerarem feministas radicais, os seus ideais muito frequentemente alinham-se com o [https://pt.wikipedia.org/wiki/Feminismo_radical feminismo radical], tornando essa parte um tanto acurada. A parte "trans-exclusionária", no entanto, é um pouco ambígua, e seu significado parece mudar de acordo com a vontade da pessoa que usa o termo.<br />
<br />
Quando aquele que usa o termo quer justificá-lo como uma descrição objetiva e acurada, ele usará definições simplistas e banais de "exclusão" que se aplicam facilmente a maioria das pessoas contra as quais o termo é utilizado. Exemplos disso podem incluir:<br />
<br />
* Querer que mulheres trans com vantagens anatômicas injustas sejam excluídas de esportes femininos;<br />
* Querer que mulheres trans com anatomia masculina evidente (como genitais masculinos intactos) sejam excluídas de espaços privativos segregados por sexo, como em vestiários;<br />
* Não considerar que mulheres trans sejam ''literalmente'' mulheres, ao apontar que a definição no dicionário de mulher é de um "humano adulto do sexo feminino";<br />
* Querer excluir mulheres trans de alguns grupos políticos que querem ter foco nas lutas únicas às pessoas nascidas com anatomia feminina;<br />
* Querer que crimes cometidos por mulheres trans não sejam registrados como tendo sido cometido por mulheres, especialmente porque os padrões criminosos de mulheres trans parecem mais compatíveis com os padrões criminosos de homens,<ref name=dhejne/> que cometem a vasta maioria dos crimes violentos, especialmente os de natureza sexual.<ref name=wpcrime/><br />
<br />
[[File:Theterfs-delusion.png|thumb|right|500px|Algumas das mentiras hiperbólicas que ativistas trangênero usam para justificar o ódio a feministas]]<br />
<br />
No entanto, uma vez que o termo "TERF" é aplicado a alguém com base nessa pessoa possuir as opiniões supracitadas (que muitas pessoas, inclusive as que não são feministas, concordariam ser sensatas), a definição de "exclusão" é rapidamente alterada para justificar expressões de ódio. Às vezes, o "trans-exclusionária" é até mesmo alterado hiperbolicamente para "trans-exterminatória", de forma a aumentar o seu efeito indutor de pânico. O ''site'' [http://theterfs.com/ ''The TERFs''] chega até mesmo a alegar que pessoas rotuladas como "TERF" querem:<br />
<br />
* Excluir pessoas trans do acesso a moradia (torná-las sem teto);<br />
* Excluir pessoas trans do acesso a emprego (torná-las desempregadas);<br />
* Excluí-las do acesso a educação;<br />
* Excluí-las do acesso a igualdade de acomodação;<br />
* Excluí-las das proteções locais, estaduais, nacionais e das Nações Unidas (!).<br />
<br />
Como tais, as mulheres chamadas de "TERF" são representadas menos como mulheres que simplesmente querem defender os direitos das mulheres baseados em sexo e mais como monstros facistas, o que é então usado para incitar ódio e violência contra elas. É também notável como a exclusão de mulheres trans (de espaços exclusivos para mulheres etc.) torna-se aqui uma suposta exclusão de todas as pessoas trans (do que quer que seja). Na verdade, mulheres chamadas de "TERF" frequentemente dirão de maneira explícita que homens trans são bem-vindos em seus grupos, já que homens trans também sofrem as opressões que todas as mulheres sofrem desde o nascimento. <br />
<br />
A estratégia de ativistas transgêneros de usar definições simples de "TERF" para fazer esse termo parecer acurado, para então distorcer a sua definição para justificar o ódio, é bastante similar à estratégia "troll" que foi observada pelo filósofo Nicholas Shackel, e denominada ''Doutrina de Motte e Bailey'' em um artigo intitulado [https://philpapers.org/archive/SHATVO-2.pdf ''The Vacuity of Postmodernist Methodology''] ("A Vacuidade da Metodologia Pós-Modernista", em tradução livre do inglês):<br />
<br />
<blockquote><em><br />
"Os Truísmos de um Troll são usados para insinuar uma falsidade emocionante, que é uma doutrina desejada, e ainda assim permitir a retirada para uma verdade trivial quando pressionado por um oponente. Ao fazer isso eles exibem uma propriedade que os torna o caso mais simples possível do que eu chamarei de uma Doutrina de Motte e Bailey (já que uma doutrina pode ser uma única crença ou um corpo inteiro de crenças).<br />
<br />
Um castelo de Motte e Bailey é um sistema medieval de defesa no qual uma torre de pedra numa colina (o Motte) é cercado por uma área de terra (o Bailey), a qual por sua vez é envolta por algum tipo de barreira, como uma vala. Por ser escura e úmida, a Motte não é uma habitação de escolha. A única razão para a sua existência é a desirabilidade do Bailey, cuja combinação da Motte e da vala torna relativamente fácil de reter, apesar dos ataques de saqueadores. Quando somente levemente pressionada, a vala torna fácil a derrota de um pequeno número de atacantes enquanto esses tentam atravessá-la: quando fortemente pressionada, a vala não é defensável, e nem o Bailey. Ao invés disso, a pessoa recuará para a insalubre, mas defensável, e talvez inexpugnável, Motte. Eventualmente, os saqueadores desistem, quando alguém está bem posicionado para reocupar a terra desejável.<br />
<br />
Para os meus propósitos, o desejável, mas somente levemente defensável território do castelo de Motte e Bailey, o que quer dizer, o Bailey, representa uma doutrina ou posição filosófica com propriedades similares: desejável ao seu proponente mas somente levemente defensável. A Motte é a posição defensável, mas indesejável, à qual alguém recua quando fortemente pressionado. Acredito ser evidente que os Truísmos de um Troll possuem a propriedade de Motte e Bailey, já que as falsidades emocionantes constituem a região desejável, mas indefensável, dentro da vala na qual a verdade trivial constitui a Motte defensável, mas úmida, à qual alguém se retira quando pressionado."<br />
</em></blockquote><br />
<br />
No nosso caso, a ''Motte'' é uma declaração facilmente defensável, como: ''"Você não considera mulheres trans como literalmente mulheres, logo, você é trans-exclusionária, o que a torna uma TERF"''. Enquanto o ''Bailey'' é: ''"Você quer excluir pessoas trans do acesso a moradia e emprego e, logo, tenho justificativa para odiar você fortemente!"''<br />
<br />
Esse também poderia ser chamado de argumento "isco-e-troca", na qual alguém é "iscado" a concordar com a declaração de que alguém é uma "TERF" através da utilização de uma definição simplista de "exclusão trans", para então essa definição ser alterada para algo ruim, de forma a justificar expressões de ódio.<br />
<br />
=== Inspeção das alegações em ''The TERFs'' ===<br />
<br />
[[File:Theterfs-logo.png|thumb|right|300px|Logotipo real do TheTERFs.com: Rabiscos pretos malignos]]<br />
<br />
Deve ser notado que o ''The TERFs'' oferece pouco mais do que citações fora de contexto de várias décadas atrás como "evidência" para as suas alegações hiperbólicas envolvendo uma chamada ideologia "TERF". Ele também mostra um certo número de ''tweets'' cuidadosamente selecionados, metade dos quais vem de fontes da direita política que também se opõe ao movimento transgênero, o que leva ativistas trans a alegarem que isso prova que feministas são secretamente aliadas à direita numa grande conspiração. (Essa linha de raciocínio também é frequentemente ridicularizada como: "Hitler era vegetariano. Logo, vegetarianos são nazistas")<br />
<br />
A respeito de supostas evidências de "violência na vida real motivadas pela ideologia TERF", o ''site'' lista seis exemplos, dos quais três na verdade não apresentam nenhuma violência. Aqueles que apresentam dizem respeito a incidentes de várias décadas atrás, nos quais mulheres tentaram expulsar mulheres trans de grupos ou espaços exclusivamente femininos, usando força física ou ameaças diretas. Devido a ser esperado que mulheres sejam sempre boazinhas e passivas em relação a homens, até mesmo quando tentam formar grupos feministas radicais e manter homens fora deles, isso é obviamente visto como inaceitável. Dois exemplos são de ameaças verbais, que são experiências rotineiras para feministas que se opõe a ativistas trans. A última é sobre as mortes de pessoas trans que são ''presumidas'' serem relacionadas à falta de acesso a cuidados médicos, fator que não tem relação nenhuma com a ideologia feminista. <br />
<br />
Para resumir: não há um único exemplo documentado de um grupo feminista ter agredido ou ameaçado um grupo transgênero. Qualquer alegação de "violência por TERFs" refere-se a mulheres tentando expulsar mulheres trans de espaços exclusivamente femininos, a casos extremamente raros de ameaças verbais ou a muitas e muitas fabricações. Em comparação, ativistas trans já foram a bibliotecas de mulheres para vandalizá-las,<ref name=vwl/> foram a encontros feministas para agredir mulheres,<ref name=fc1/><ref name=fc2/> apareceram usando máscaras em conferências feministas para intimidar mulheres<ref name=jamjar/> e o abuso verbal onipresente que eles direcionam a mulheres consegue encher [https://terfisaslur.com/ um ''site'' inteiro] criado somente para esse fim.<br />
<br />
== "SWERF" ==<br />
<br />
A palavra ''SWERF'' está proximamente relacionada a ''TERF'' e é utilizada de maneira similarmente desonesta e deturpadora. Mulheres (e homens que se preocupam com os direitos das mulheres) críticas da indústria do sexo pela sua natureza exploradora são acusadas de serem "exclusionárias de trabalhadoras do sexo", numa tentativa de fazê-las parecer terem ódio de um grupo oprimido.<br />
<br />
De fato, as pessoas que são chamadas de "SWERF" tendem a apoiar o [[modelo nórdico]] contra a prostituição, que vê um sistema de assistência social de alta qualidade como um componente necessário no combate à prostituição e no alívio a problemas enfrentados por mulheres que somente escolher prostituir-se por causa de condições econômicas extremas. Além disso, muitas das que são chamadas de "SWERF" tendem a ser mulheres que já trabalharam na prostituição.<br />
<br />
Notavelmente, uma das mais conhecidas feministas anti-prostituição e anti-pornografia, [[Andrea Dworkin]], já foi uma prostituta e não tinha vergonha de admitir isso. Outro exemplo notável é [[Rachel Moran]], que esteve envolvida com a prostituição quando tinha entre 15 e 22 anos de idade, para depois tornar-se uma das mais notáveis ativistas anti-prostituição e a favor do modelo nórdico dos últimos anos. <br />
<br />
<br />
=== Galeria ===<br />
<br />
<gallery caption="Discussão sobre o ''tweet'' de ódio de McLean" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Sonicfox3.jpg | McLean defendendo o seu ''tweet'' sob a alegação de que Ronda Rousey é uma "TERF" e, como tal, é merecedora desse desprezo violento.<br />
File:Sonicfox-copycat1.png | Uma imitação do ''tweet'' mostrando outra personagem de ''video game'' morrendo brutalmente, e com a legenda "FUCK TERFS" ("FODAM COM AS TERFS").<br />
File:Sonicfox-copycat2.png | Outra imitação do ''tweet''. O GIF é do personagem de [https://en.wikipedia.org/wiki/Mortal_Kombat_11 Mortal Kombat 11] [https://en.wikipedia.org/wiki/Scorpion_(Mortal_Kombat) Scorpion] queimando viva a sua oponente.<br />
</gallery><br />
<br />
<gallery caption="Assédio e vandalismo ao Vancouver Rape Relief" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Vrr-vandalism1.jpg | Um rato morto pregado à moldura da porta do VRR.<br />
File:Vrr-vandalism2.jpg | O texto "KILL TERFS ... TRANS POWER" ("MATEM AS TERFS ... PODER TRANS") escrito na janela.<br />
File:Vrr-vandalism3.jpg | As frases "FUCK TERFS" ("FODAM COM AS TERFS") e "TRANS WOMEN ARE WOMEN" ("MULHERES TRANS SÃO MULHERES") escritas na porta e na janela.<br />
</gallery><br />
<br />
<gallery caption="Alguns exemplos de ''tweets'' usando 'terf'" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Terf-gallery-1.png | "terf isn't a slur ... terfs don't deserve rights" ("terf não é uma ofensa ... terfs não merecem direitos").<br />
File:Terf-gallery-2.jpg | "All terfs will be arrested on sight" ("Todas as terfs serão presas à vista").<br />
File:Terf-gallery-3.jpg | "It's [https://en.wikipedia.org/wiki/Gay_pride#LGBT_Pride_Month Pride] punch a terf" ("É o Orgulho soque uma terf").<br />
File:Terf-gallery-4.png | Colocando 'terf' logo ao lado de 'nazista'.<br />
File:Terf-gallery-5.png | [https://en.wikipedia.org/wiki/Arthur_Chu Arthur Chu] defendendo o discurso de ódio de SonicFox.<br />
File:Terf-gallery-6.png | "Being a TERF is a choice. Like being a Nazi" ("Ser uma TERF é uma escolha. Assim como ser um nazista").<br />
</gallery><br />
<br />
== Ver também ==<br />
<br />
* [[Ideologia transgênero]]<br />
<br />
== Ligações externas ==<br />
<br />
* [https://terfisaslur.com/ terfisaslur.com - Documentando o abuso, assédio e misoginia da política de identidade transgênero (em inglês)]<br />
* [https://www.feministcurrent.com/tag/terf/ Arquivo TERF | Feminist Current (em inglês)]<br />
* [https://speakupforwomen.nz/dont-call-women-terfs/ Não Chame Mulheres de 'Terfs' | Speak Up for Women NZ (em inglês)]<br />
* [https://medium.com/@amydyess83/terf-is-hate-speech-and-its-time-to-condemn-it-6efc897ce407 TERF é Discurso de Ódio e é Hora de Condenarmos Isso (em inglês)]<br />
<br />
== Referências ==<br />
<br />
<references><br />
<br />
<ref name=medium-izaguirre><br />
{{cite web<br />
|url=https://web.archive.org/web/20200527135844/https://medium.com/@laura.izaguirre/resisting-terfs-and-transforming-their-organizations-95cd21714fc8<br />
|title=Resisting TERF's and Transforming Their Organizations (Archived from Medium.com)<br />
|author=Laura Izaguirre<br />
|date=May 26, 2020<br />
|website=Medium.com<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=wp-izaguirre><br />
{{cite web<br />
|url=https://web.archive.org/web/20200528035805/https://queeratxlaura.wordpress.com/2020/05/27/resisting-terfs-and-transforming-their-organizations/<br />
|title=Resisting TERF's and Transforming Their Organizations (Archived from WordPress.com)<br />
|author=Laura Izaguirre<br />
|date=May 28, 2020<br />
|website=WordPress<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=terf-origin><br />
{{cite web<br />
|url=https://hoydenabouttown.com/2008/08/17/carnivalia-transgenderism-and-the-gender-binary/<br />
|title=Carnivalia, transgenderism and the gender binary<br />
|author=Viv Smythe (aka tigtog)<br />
|date=August 17, 2008<br />
|website=Hoyden About Town<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=guardian-smythe><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.theguardian.com/commentisfree/2018/nov/29/im-credited-with-having-coined-the-acronym-terf-heres-how-it-happened<br />
|title=I'm credited with having coined the word 'Terf'. Here's how it happened<br />
|author=Viv Smythe (aka tigtog)<br />
|date=November 28, 2018<br />
|website=The Guardian<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-egbert><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2014/07/16/defending-the-terf-gender-as-political/<br />
|title=Defending the ‘TERF’: Gender as political<br />
|author=C.K. Egbert<br />
|date=July 16, 2014<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-ditum><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2014/07/29/how-terf-works/<br />
|title=How ‘TERF’ works<br />
|author=Sarah Ditum<br />
|date=July 29, 2014<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vice-robbins><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.vice.com/en_uk/article/7bap7y/whats-the-block-blot-martin-robbins-757<br />
|title=I Am Now Officially a Transphobic Twitter Troll<br />
|author=Martin Robbins<br />
|date=August 8, 2014<br />
|website=Vice<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-white><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2015/11/10/why-i-no-longer-hate-terfs/<br />
|title=Why I no longer hate ‘TERFs’<br />
|author=Penny White<br />
|date=November 10, 2015<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-tra-violence><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2018/05/01/trans-activism-become-centered-justifying-violence-women-time-allies-speak/<br />
|title=Trans activism is excusing & advocating violence against women, and it’s time to speak up<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=May 1, 2018<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=sonicfox><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2019/05/welcome-age-ironic-bigotry-where-old-hatreds-are-cloaked-woke-new-language<br />
|title=Welcome to the age of ironic bigotry, where old hatreds are cloaked in woke new language<br />
|author=Helen Lewis<br />
|date=May 1, 2019<br />
|website=The New Statesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-fox><br />
{{cite web<br />
|url=https://bleacherreport.com/articles/1651451-ronda-rousey-vs-fallon-fox-head-to-toe-breakdown<br />
|title=Ronda Rousey vs. Fallon Fox Head-to-Toe Breakdown<br />
|author=Jordy McElroy<br />
|date=May 25, 2013<br />
|website=Bleacher Report<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-marysue><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.themarysue.com/ronda-rousey-and-transmisogyny/<br />
|title=When Role Models Become Problematic: Ronda Rousey and Transmisogyny<br />
|author=Teresa Jusino<br />
|date=August 3, 2015<br />
|website=The Mary Sue<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fallon-fox><br />
{{cite web<br />
|url=https://archive.is/yZfcs<br />
|title=After Being TKO’d by Fallon Fox, Tamikka Brents Says Transgender Fighters in MMA ‘Just Isn’t Fair’<br />
|website=Cage Potato<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-reddit><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.reddit.com/r/GamerGhazi/comments/ah4120/celebrity_terf_ronda_rousey_to_play_sonya_blade/<br />
|title=Celebrity TERF Ronda Rousey to play Sonya Blade in Mortal Kombat 11<br />
|website=reddit<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=pov-terf><br />
{{cite web<br />
|url=https://web.archive.org/web/20191019184351/https://radfemrebecca.wordpress.com/2019/10/06/terfinmymentions/amp/<br />
|title=“This is what I want to do to you” – Dissecting the ‘POV ur a TERF in my mentions’ trend.<br />
|author=Rebecca<br />
|date=October 6, 2019<br />
|website=radfemrebecca.wordpress.com<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vwl><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2017/02/07/vancouver-womens-library-opens-amid-anti-feminist-backlash/<br />
|title=Vancouver Women’s Library opens amid anti-feminist backlash<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=February 7, 2017<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=guardian><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.theguardian.com/uk-news/2017/oct/26/woman-punched-in-brawl-between-transgender-activists-and-radical-feminists<br />
|title=Suspects sought after brawl between transgender activists and radical feminists<br />
|author=Press Association<br />
|date=October 26, 2017<br />
|website=The Guardian<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=statesman1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2018/04/madness-our-gender-debate-where-feminists-defend-slapping-60-year-old<br />
|title=The madness of our gender debate, where feminists defend slapping a 60-year-old woman<br />
|author=Helen Lewis<br />
|date=April 20, 2018<br />
|website=NewStatesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=statesman2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2017/09/trans-rights-terfs-and-bruised-60-year-old-what-happened-speakers-corner<br />
|title=Trans rights, TERFs, and a bruised 60-year-old: what happened at Speakers’ Corner?<br />
|author=Anoosh Chakelian<br />
|date=September 14, 2017<br />
|website=NewStatesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=telegraph><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.telegraph.co.uk/news/2018/04/12/radical-feminist-warned-refer-transgender-defendant-assault/<br />
|title=Radical feminist warned to refer to transgender defendant as a 'she' during assault case<br />
|author=Victoria Ward<br />
|date=April 12, 2018<br />
|website=The Telegraph<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=times1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.thetimes.co.uk/article/transgender-activist-denies-thumping-radical-feminist-wvzgq6fx7<br />
|title=Transgender activist Tara Wolf denies thumping radical feminist<br />
|author=Lucy Bannerman<br />
|date=April 12, 2018<br />
|website=The Times<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=times2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.thetimes.co.uk/article/trans-attacker-tara-wolf-is-a-thug-says-feminist-maria-maclachlan-pq0bwvthv<br />
|title=Trans attacker is a thug, says feminist<br />
|author=Lucy Bannerman<br />
|date=April 14, 2018<br />
|website=The Times<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=standard><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.standard.co.uk/news/crime/transgender-activist-tara-wolf-fined-150-for-assaulting-exclusionary-radical-feminist-in-hyde-park-a3813856.html<br />
|title=Transgender activist Tara Wolf fined £150 for assaulting 'exclusionary' radical feminist in Hyde Park<br />
|author=Martin Coulter<br />
|date=April 13, 2018<br />
|website=EveningStandard<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=dailymail><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.dailymail.co.uk/news/article-5613057/Model-punched-feminist-smashed-120-camera-violent-brawl-walks-free-court.html<br />
|title=Transgender model who punched feminist and smashed her £120 camera in violent brawl at Hyde Park Speakers' Corner protest walks free from court<br />
|author=Bridie Pearson-jones<br />
|date=April 13, 2018<br />
|website=MailOnline<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2017/09/15/historic-speakers-corner-becomes-site-anti-feminist-silencing-violence/<br />
|title=Historic Speaker’s Corner becomes site of anti-feminist silencing and violence<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=September 15, 2017<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2018/04/27/trans-identified-male-tara-wolf-charged-assault-hyde-park-attack/<br />
|title=Trans-identified male, Tara Wolf, convicted of assault after Hyde Park attack<br />
|author=Jen Izaakson<br />
|date=April 27, 2018<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rivers><br />
{{cite web<br />
|url=https://sanfrancisco.cbslocal.com/2018/03/07/transgender-activist-trial-oakland-triple-murder/<br />
|title=Transgender Activist Ordered To Stand Trial For Oakland Triple Murder<br />
|date=March 7, 2018<br />
|website=CBS SF BayArea<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=camptrans><br />
{{cite web<br />
|url=http://eminism.org/michigan/20000812-camptrans.txt<br />
|title='MICHIGAN EIGHT' EVICTED OVER FESTIVAL'S NEW 'DON'T ASK DON'T TELL' GENDER POLICY<br />
|date=August 12, 2000<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=autostraddle><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.autostraddle.com/more-bad-news-oakland-lesbian-couple-and-their-son-brutally-murdered-by-former-lgbt-activist-359026/<br />
|title=Oakland Lesbian Couple and Their Son Murdered By Former LGBT Activist<br />
|author=Riese<br />
|date=November 16, 2016<br />
|website=Autostraddle<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=edinburgh><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.scotsman.com/news/crime/feminist-speaker-julie-bindel-attacked-by-transgender-person-at-edinburgh-university-after-talk-1-4942260<br />
|title=Feminist speaker Julie Bindel 'attacked by transgender person' at Edinburgh University after talk<br />
|author=Gina Davidson<br />
|date=June 6, 2019<br />
|website=The Scotsman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=planettrans><br />
{{cite web<br />
|url=https://planettransgender.com/when-terf-attack-at-hyde-park/<br />
|title=Trans Activists Vilified For Defense against TERF Attack at Hyde Park<br />
|author=Kelli Busey<br />
|date=September 18, 2017<br />
|website=Planet Transgender<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=queerness><br />
{{cite web<br />
|url=https://thequeerness.com/2017/09/29/trial-by-media-over-speakers-corner-fracas/<br />
|title=Trial by media over Speakers’ Corner fracas<br />
|author=Sam Hope<br />
|date=September 29, 2017<br />
|website=The Queerness<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=jamjar><br />
{{cite web<br />
|url=https://twitter.com/magdalenberns/status/988003582250291201<br />
|title=Masked transactivists surround woman on stairwell<br />
|author=Magdalen Berns<br />
|date=April 22, 2018<br />
|website=Twitter<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=dhejne><br />
{{cite web<br />
|url=https://fairplayforwomen.com/criminality/<br />
|title=Study suggests that transwomen exhibit a male pattern of criminality<br />
|date=September 8, 2018<br />
|website=Fair Play For Women<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=wpcrime><br />
{{cite web<br />
|url=https://en.wikipedia.org/wiki/Sex_differences_in_crime#Statistics<br />
|title=Sex differences in crime<br />
|website=Wikipedia<br />
|access-date=May 31, 2019<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=freedman><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.bbc.com/news/uk-england-berkshire-46454454<br />
|title=Rosa Freedman: Professor's door 'covered in urine' after gender law debate<br />
|date=December 5, 2018<br />
|website=BBC News<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-fb><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.facebook.com/VancouverRapeRelief/posts/710603379412445<br />
|title=Vancouver Rape Relief & Women's Shelter - Facebook<br />
|date=August 16, 2019<br />
|website=Facebook<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-twitter><br />
{{cite web<br />
|url=https://twitter.com/VanRapeRelief/status/1166426534321647616<br />
|title=VancouverRapeRelief on Twitter<br />
|date=August 26, 2019<br />
|website=Twitter<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-vancouverisawesome><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.vancouverisawesome.com/2019/08/28/vancouver-rape-relief-centre-targeted-vandalism-threats-transgender-controversy/<br />
|title=Vancouver Rape Relief centre targeted with vandalism, threats over transgender controversy<br />
|author=Jessica Kerr<br />
|date=August 28, 2019<br />
|website=Vancouver is Awesome<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-nationalreview><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.nationalreview.com/2019/08/women-only-rape-relief-shelter-defunded-then-vandalized/<br />
|title=Women-Only Rape-Relief Shelter Defunded, Then Vandalized<br />
|author=Madeleine Kearns<br />
|date=August 28, 2019<br />
|website=National Review<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-citynews><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.citynews1130.com/2019/08/27/vancouver-rape-relief-centre-vandalized-likely-over-restrictions-for-transgender-people/<br />
|title=Vancouver Rape Relief centre vandalized, likely over restrictions for transgender people<br />
|author=Jonathan Szekeres and Lauren Boothby<br />
|date=Aug 27, 2019<br />
|website=City News<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
</references><br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:TERF]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=FeministWiki:T%C3%A9cnico&diff=863FeministWiki:Técnico2020-06-17T19:39:02Z<p>Deleted: Adição do link para a página em inglês</p>
<hr />
<div>O técnico é responsável pela infraestrutura técnica por trás do projeto FeministWiki. Ele ou ela mantém o sistema rodando e oferece suporte técnico aos seus membros. O técnico '''não''' possui um papel de liderança na comunidade.<br />
<br />
Como é possível que o técnico mude com o passar do tempo, ele pode ser visto como um título.<br />
<br />
Há uma conta no FeministWiki com o nome "Technician", que pode ser usada pelo técnico para realizar várias tarefas administrativas na wiki, no fórum etc., apesar de também ser possível fornecer poderes semelhantes a outras contas. (Por exemplo, o técnico pode fornecer tais poderes à sua conta regular da FeministWiki para que não precise sair de uma conta e entrar com outra toda vez que necessite realizar alguma tarefa administrativa.)<br />
<br />
O técnico pode ser contatado enviando-se um e-mail a technician@feministwiki.org ou através de várias plataformas de redes sociais:<br />
<br />
Spinster: [https://spinster.xyz/@FeministWiki @FeministWiki] (preferida) <br/><br />
Twitter: [https://twitter.com/@FeministWiki @FeministWiki] <br/><br />
Facebook: [https://www.facebook.com/FeministWiki/ FeministWiki]<br />
<br />
== O primeiro técnico ==<br />
<br />
O primeiro técnico, que desenvolveu a infraestrutura da FeministWiki, é [https://twitter.com/@KammerTaylan Taylan Kammer], que também atende pelo pseudônimo humorístico [https://spinster.xyz/@socjuswiz Social Justice Wizard]. Seu nome de usuário na FeministWiki é SocJusWiz.<br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:FW:Technician]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=P%C3%A1gina_principal&diff=862Página principal2020-06-17T19:35:45Z<p>Deleted: Mudança do link da página do Técnico</p>
<hr />
<div>{{PageSeo<br />
| description = Boas-vindas à FeministWiki, uma plataforma digital para o feminismo consistente em uma ''wiki'', fórum, bate-papo, hospedagem de ''blog'' e mais.<br />
| keywords = feminismo radical, radical feminism, radfem<br />
}}<br />
''Serviços: [https://blogs.feministwiki.org FeministBlog] (em inglês) - [https://files.feministwiki.org/ FeministFiles] (em inglês) - [https://mail.feministwiki.org/ FeministMail] (em inglês) - [https://forum.feministwiki.org/ FeministForum] (em inglês) - [https://chat.feministwiki.org/ FeministChat] (em inglês) - [[Help:IRC|FeministIRC]] (em inglês)''<br />
<br />
Boas-vindas à '''FeministWiki''', a ''wiki'' e plataforma digital integrada para o feminismo.<br />
<br />
Uma ''wiki'' é uma base de conhecimento semelhante a uma enciclopédia, mas gerenciada pelo público. A FeministWiki especializa-se em feminismo e é administrada por feministas e seus apoiadores. Ela tem como objetivo arquivar e apresentar informações relevantes ao feminismo e explicar perspectivas feministas a quem a lê.<br />
<br />
Além disso, a FeministWiki tem a intenção de oferecer uma plataforma digital integrada para feministas, com componentes como uma plataforma para ''blogs'', um fórum de discussão, um sistema de mensagens (''chat''), armazenamento ''online'' de grandes arquivos públicos e privados e mais. Não é necessário fornecer nenhuma informação identificadora para tornar-se membro e nem nenhum pagamento; o número módico de membros torna a operação desta plataforma barata.<br />
<br />
Há algumas maneiras de tornar-se membro:<br />
* Utilizar o formulário de [https://account.feministwiki.org/register.html Solicitação de registro] (em inglês) para registrar uma conta;<br />
* Contatar um membro já existente e solicitar a criação de uma conta para você através do formulário [https://account.feministwiki.org/add-member.html Adicionar membro] (em inglês);<br />
* Solicitar uma conta contatando admin@feministwiki.org ou enviando uma mensagem a uma conta oficial da FeministWiki em uma rede social.<br />
<br />
Spinster: [https://spinster.xyz/@FeministWiki @FeministWiki] (preferida) <br/><br />
Twitter: [https://twitter.com/@FeministWiki @FeministWiki] <br/><br />
Facebook: [https://www.facebook.com/FeministWiki/ FeministWiki]<br />
<br />
Ao tornar-se um membro, você terá um nome de usuário e senha através dos quais poderá entrar em todos os serviços da Feminist Wiki. Por exemplo, para entrar na wiki (que você está lendo neste exato momento), use o ''link'' de "Log in" no canto superior direito da página.<br />
<br />
Veja a '''[[FW:Boas-vindas|Página de boas-vindas]]''' para mais informações sobre a FeministWiki, escritas pensando-se em seus novos membros.<br />
<br />
Atenção: '''a FeministWiki precisa de você'''. Toda a infraestrutura técnica da FeministWiki é útil se houver uma comunidade utilizando-a, e o conteúdo da ''wiki'' não se escreve sozinho! Seja audaz, não se iniba de registrar-se, e deixe a comunidade e o mundo beneficiar-se do conhecimento que você adicionou. Você pode tornar-se membro mesmo se não tiver intenção de contribuir para a ''wiki''; sinta-se à vontade para conversar com os outros membros, discutir assuntos importantes para você no fórum, ou utilizar o armazenamento de arquivos de forma a possuir um local para armazenar seus materiais informativos preferidos sobre feminismo.<br />
<br />
== Confira alguns artigos ==<br />
<br />
=== Feministas notáveis ===<br />
<br />
* [[Magdalen Berns]]<br />
<br />
=== Sexo, gênero e ativismo trans ===<br />
<br />
* [[Gênero]]<br />
* [[Ideologia transgênero ]]<br />
* [[Cisgênero]]<br />
* [[Autoginefilia]]<br />
* [[TERF]]<br />
* [[Mulheres trans em esportes femininos]]<br />
<br />
=== Indústria do sexo ===<br />
<br />
* [[Modelo nórdico]]<br />
<br />
=== Feminismo negro ===<br />
<br />
* [[Feminismo negro]]<br />
<br />
== O que é feminismo? ==<br />
<br />
Há uma variedade de agrupamentos ideológicos que se denominam feminismo, sendo que há alguns que entram em contradição com os outros. Sendo assim, uma pessoa não pode apoiar todos os tipos de feminismo ao mesmo tempo. A FeministWiki é para pessoas que aderem à interpretação clássica e relativamente direta de feminismo: a libertação das mulheres da supremacia masculina. Esta é ocasionalmente chamada de ''feminismo radical'', porque supremacia masculina é uma noção radical para muitos e sua eliminação requer mudanças radicais na sociedade.<br />
<br />
A supremacia masculina refere-se aos sistemas políticos e sociais que utilizam estereótipos, mitos, discriminação, depreciação, violência e outros meios para manter os homens no poder e as mulheres oprimidas. Mulheres são então exploradas através de trabalhos reprodutivos e domésticos, da gratificação sexual masculina, entre outros. A supremacia masculina também causa danos colaterais a alguns homens e garotos. Por exemplo, garotos efeminados e homens ''gays'' são frequentemente vítimas de punições por não incentivarem o mito de que homens são inerentemente masculinos.<br />
<br />
A FeministWiki promove a literatura feminista da segunda onda:<br />
<br />
* [https://radfem.org/ Arquivo Feminista Radical] (''Radical Feminist Archives'', em inglês)<br />
<br />
A FeministWiki apoia completamente a [[Declaração dos Direitos das Mulheres Fundados Sobre o Sexo]]:<br />
<br />
* [https://www.womensdeclaration.com/ Declaração dos Direitos das Mulheres Fundados Sobre o Sexo] (''Declaration on Women's Sex-Based Rights'', ''site'' em inglês e com tradução da declaração para português)<br />
<br />
A FeministWiki recomenda Spinster como uma plataforma de rede social que apoia o feminismo:<br />
<br />
* [https://spinster.xyz Spinster.xyz]<br />
<br />
Além disso, a FeministWiki promove e fornece solidariedade aos seguintes grupos e organizações:<br />
<br />
* [http://lgballiance.org.uk LGB Alliance]: Aliança LGB (em inglês)<br />
* [https://feministcurrent.com/ Feminist Current]: ''Site'' canadense com notícias, comentários e um ''podcast'' sobre feminismo (em inglês)<br />
* [https://www.rapereliefshelter.bc.ca/ Vancouver Rape Relief]: Rede de apoio a vítimas de estupro e abrigo somente para mulheres (em inglês)<br />
* [https://nordicmodelnow.org/ Nordic Model Now]: Movimento educacional pela abolição da prostituição (em inglês)<br />
* [http://www.spaceintl.org/ SPACE International]: Organização formada por sobreviventes da prostituição (em inglês)<br />
* [https://womansplaceuk.org/ Woman's Place UK]: Grupo de apoio a mulheres crítico à autoidentificação de gênero (em inglês)<br />
* [https://speakupforwomen.nz/ Speak Up for Women]: Grupo neozelandês oposto à autoidentificação de gênero (em inglês)<br />
* [https://feministstruggle.org/ Feminists in Struggle - FIST]: Rede feminista radical baseada nos Estados Unidos e somente para mulheres (em inglês)<br />
* [https://pussychurchofmodernwitchcraft.com/ The Pussy Church of Modern Witchcraft]: Igreja dirigidas por lésbicas para mulheres e garotas (em inglês)<br />
<br />
== Quem está por trás do projeto? ==<br />
<br />
A plataforma da FeministWiki é oferecida ao público através da organização alemã sem fins lucrativos '''FeministWiki gemeinnützige UG (haftungsbeschränkt)'''. Para questões legais, por favor entre em contato com info@feministwiki.org ou feministwiki@gmail.com.<br />
<br />
A infraestrutura técnica é administrada pelo [[FW:Técnico|técnico]], que também oferece suporte às usuárias. Para suporte, envie um e-mail a technician@feministwiki.org.<br />
<br />
<!-- Language links: --><br />
<br />
[[en:Main Page]] [[de:Hauptseite]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=FeministWiki:Technician&diff=861FeministWiki:Technician2020-06-17T19:35:21Z<p>Deleted: Bcf moveu FeministWiki:Technician para FeministWiki:Técnico: Por Técnico ser um título, recomendo a tradução também do nome da página</p>
<hr />
<div>#REDIRECIONAMENTO [[FeministWiki:Técnico]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=FeministWiki:T%C3%A9cnico&diff=860FeministWiki:Técnico2020-06-17T19:35:20Z<p>Deleted: Bcf moveu FeministWiki:Technician para FeministWiki:Técnico: Por Técnico ser um título, recomendo a tradução também do nome da página</p>
<hr />
<div>O técnico é responsável pela infraestrutura técnica por trás do projeto FeministWiki. Ele ou ela mantém o sistema rodando e oferece suporte técnico aos seus membros. O técnico '''não''' possui um papel de liderança na comunidade.<br />
<br />
Como é possível que o técnico mude com o passar do tempo, ele pode ser visto como um título.<br />
<br />
Há uma conta no FeministWiki com o nome "Technician", que pode ser usada pelo técnico para realizar várias tarefas administrativas na wiki, no fórum etc., apesar de também ser possível fornecer poderes semelhantes a outras contas. (Por exemplo, o técnico pode fornecer tais poderes à sua conta regular da FeministWiki para que não precise sair de uma conta e entrar com outra toda vez que necessite realizar alguma tarefa administrativa.)<br />
<br />
O técnico pode ser contatado enviando-se um e-mail a technician@feministwiki.org ou através de várias plataformas de redes sociais:<br />
<br />
Spinster: [https://spinster.xyz/@FeministWiki @FeministWiki] (preferida) <br/><br />
Twitter: [https://twitter.com/@FeministWiki @FeministWiki] <br/><br />
Facebook: [https://www.facebook.com/FeministWiki/ FeministWiki]<br />
<br />
== O primeiro técnico ==<br />
<br />
O primeiro técnico, que desenvolveu a infraestrutura da FeministWiki, é [https://twitter.com/@KammerTaylan Taylan Kammer], que também atende pelo pseudônimo humorístico [https://spinster.xyz/@socjuswiz Social Justice Wizard]. Seu nome de usuário na FeministWiki é SocJusWiz.</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=FeministWiki:T%C3%A9cnico&diff=859FeministWiki:Técnico2020-06-17T19:31:33Z<p>Deleted: Tradução da página do inglês</p>
<hr />
<div>O técnico é responsável pela infraestrutura técnica por trás do projeto FeministWiki. Ele ou ela mantém o sistema rodando e oferece suporte técnico aos seus membros. O técnico '''não''' possui um papel de liderança na comunidade.<br />
<br />
Como é possível que o técnico mude com o passar do tempo, ele pode ser visto como um título.<br />
<br />
Há uma conta no FeministWiki com o nome "Technician", que pode ser usada pelo técnico para realizar várias tarefas administrativas na wiki, no fórum etc., apesar de também ser possível fornecer poderes semelhantes a outras contas. (Por exemplo, o técnico pode fornecer tais poderes à sua conta regular da FeministWiki para que não precise sair de uma conta e entrar com outra toda vez que necessite realizar alguma tarefa administrativa.)<br />
<br />
O técnico pode ser contatado enviando-se um e-mail a technician@feministwiki.org ou através de várias plataformas de redes sociais:<br />
<br />
Spinster: [https://spinster.xyz/@FeministWiki @FeministWiki] (preferida) <br/><br />
Twitter: [https://twitter.com/@FeministWiki @FeministWiki] <br/><br />
Facebook: [https://www.facebook.com/FeministWiki/ FeministWiki]<br />
<br />
== O primeiro técnico ==<br />
<br />
O primeiro técnico, que desenvolveu a infraestrutura da FeministWiki, é [https://twitter.com/@KammerTaylan Taylan Kammer], que também atende pelo pseudônimo humorístico [https://spinster.xyz/@socjuswiz Social Justice Wizard]. Seu nome de usuário na FeministWiki é SocJusWiz.</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=P%C3%A1gina_principal&diff=858Página principal2020-06-17T19:01:21Z<p>Deleted: Tradução do conteúdo mais recente adicionado</p>
<hr />
<div>{{PageSeo<br />
| description = Boas-vindas à FeministWiki, uma plataforma digital para o feminismo consistente em uma ''wiki'', fórum, bate-papo, hospedagem de ''blog'' e mais.<br />
| keywords = feminismo radical, radical feminism, radfem<br />
}}<br />
''Serviços: [https://blogs.feministwiki.org FeministBlog] (em inglês) - [https://files.feministwiki.org/ FeministFiles] (em inglês) - [https://mail.feministwiki.org/ FeministMail] (em inglês) - [https://forum.feministwiki.org/ FeministForum] (em inglês) - [https://chat.feministwiki.org/ FeministChat] (em inglês) - [[Help:IRC|FeministIRC]] (em inglês)''<br />
<br />
Boas-vindas à '''FeministWiki''', a ''wiki'' e plataforma digital integrada para o feminismo.<br />
<br />
Uma ''wiki'' é uma base de conhecimento semelhante a uma enciclopédia, mas gerenciada pelo público. A FeministWiki especializa-se em feminismo e é administrada por feministas e seus apoiadores. Ela tem como objetivo arquivar e apresentar informações relevantes ao feminismo e explicar perspectivas feministas a quem a lê.<br />
<br />
Além disso, a FeministWiki tem a intenção de oferecer uma plataforma digital integrada para feministas, com componentes como uma plataforma para ''blogs'', um fórum de discussão, um sistema de mensagens (''chat''), armazenamento ''online'' de grandes arquivos públicos e privados e mais. Não é necessário fornecer nenhuma informação identificadora para tornar-se membro e nem nenhum pagamento; o número módico de membros torna a operação desta plataforma barata.<br />
<br />
Há algumas maneiras de tornar-se membro:<br />
* Utilizar o formulário de [https://account.feministwiki.org/register.html Solicitação de registro] (em inglês) para registrar uma conta;<br />
* Contatar um membro já existente e solicitar a criação de uma conta para você através do formulário [https://account.feministwiki.org/add-member.html Adicionar membro] (em inglês);<br />
* Solicitar uma conta contatando admin@feministwiki.org ou enviando uma mensagem a uma conta oficial da FeministWiki em uma rede social.<br />
<br />
Spinster: [https://spinster.xyz/@FeministWiki @FeministWiki] (preferida) <br/><br />
Twitter: [https://twitter.com/@FeministWiki @FeministWiki] <br/><br />
Facebook: [https://www.facebook.com/FeministWiki/ FeministWiki]<br />
<br />
Ao tornar-se um membro, você terá um nome de usuário e senha através dos quais poderá entrar em todos os serviços da Feminist Wiki. Por exemplo, para entrar na wiki (que você está lendo neste exato momento), use o ''link'' de "Log in" no canto superior direito da página.<br />
<br />
Veja a '''[[FW:Boas-vindas|Página de boas-vindas]]''' para mais informações sobre a FeministWiki, escritas pensando-se em seus novos membros.<br />
<br />
Atenção: '''a FeministWiki precisa de você'''. Toda a infraestrutura técnica da FeministWiki é útil se houver uma comunidade utilizando-a, e o conteúdo da ''wiki'' não se escreve sozinho! Seja audaz, não se iniba de registrar-se, e deixe a comunidade e o mundo beneficiar-se do conhecimento que você adicionou. Você pode tornar-se membro mesmo se não tiver intenção de contribuir para a ''wiki''; sinta-se à vontade para conversar com os outros membros, discutir assuntos importantes para você no fórum, ou utilizar o armazenamento de arquivos de forma a possuir um local para armazenar seus materiais informativos preferidos sobre feminismo.<br />
<br />
== Confira alguns artigos ==<br />
<br />
=== Feministas notáveis ===<br />
<br />
* [[Magdalen Berns]]<br />
<br />
=== Sexo, gênero e ativismo trans ===<br />
<br />
* [[Gênero]]<br />
* [[Ideologia transgênero ]]<br />
* [[Cisgênero]]<br />
* [[Autoginefilia]]<br />
* [[TERF]]<br />
* [[Mulheres trans em esportes femininos]]<br />
<br />
=== Indústria do sexo ===<br />
<br />
* [[Modelo nórdico]]<br />
<br />
=== Feminismo negro ===<br />
<br />
* [[Feminismo negro]]<br />
<br />
== O que é feminismo? ==<br />
<br />
Há uma variedade de agrupamentos ideológicos que se denominam feminismo, sendo que há alguns que entram em contradição com os outros. Sendo assim, uma pessoa não pode apoiar todos os tipos de feminismo ao mesmo tempo. A FeministWiki é para pessoas que aderem à interpretação clássica e relativamente direta de feminismo: a libertação das mulheres da supremacia masculina. Esta é ocasionalmente chamada de ''feminismo radical'', porque supremacia masculina é uma noção radical para muitos e sua eliminação requer mudanças radicais na sociedade.<br />
<br />
A supremacia masculina refere-se aos sistemas políticos e sociais que utilizam estereótipos, mitos, discriminação, depreciação, violência e outros meios para manter os homens no poder e as mulheres oprimidas. Mulheres são então exploradas através de trabalhos reprodutivos e domésticos, da gratificação sexual masculina, entre outros. A supremacia masculina também causa danos colaterais a alguns homens e garotos. Por exemplo, garotos efeminados e homens ''gays'' são frequentemente vítimas de punições por não incentivarem o mito de que homens são inerentemente masculinos.<br />
<br />
A FeministWiki promove a literatura feminista da segunda onda:<br />
<br />
* [https://radfem.org/ Arquivo Feminista Radical] (''Radical Feminist Archives'', em inglês)<br />
<br />
A FeministWiki apoia completamente a [[Declaração dos Direitos das Mulheres Fundados Sobre o Sexo]]:<br />
<br />
* [https://www.womensdeclaration.com/ Declaração dos Direitos das Mulheres Fundados Sobre o Sexo] (''Declaration on Women's Sex-Based Rights'', ''site'' em inglês e com tradução da declaração para português)<br />
<br />
A FeministWiki recomenda Spinster como uma plataforma de rede social que apoia o feminismo:<br />
<br />
* [https://spinster.xyz Spinster.xyz]<br />
<br />
Além disso, a FeministWiki promove e fornece solidariedade aos seguintes grupos e organizações:<br />
<br />
* [http://lgballiance.org.uk LGB Alliance]: Aliança LGB (em inglês)<br />
* [https://feministcurrent.com/ Feminist Current]: ''Site'' canadense com notícias, comentários e um ''podcast'' sobre feminismo (em inglês)<br />
* [https://www.rapereliefshelter.bc.ca/ Vancouver Rape Relief]: Rede de apoio a vítimas de estupro e abrigo somente para mulheres (em inglês)<br />
* [https://nordicmodelnow.org/ Nordic Model Now]: Movimento educacional pela abolição da prostituição (em inglês)<br />
* [http://www.spaceintl.org/ SPACE International]: Organização formada por sobreviventes da prostituição (em inglês)<br />
* [https://womansplaceuk.org/ Woman's Place UK]: Grupo de apoio a mulheres crítico à autoidentificação de gênero (em inglês)<br />
* [https://speakupforwomen.nz/ Speak Up for Women]: Grupo neozelandês oposto à autoidentificação de gênero (em inglês)<br />
* [https://feministstruggle.org/ Feminists in Struggle - FIST]: Rede feminista radical baseada nos Estados Unidos e somente para mulheres (em inglês)<br />
* [https://pussychurchofmodernwitchcraft.com/ The Pussy Church of Modern Witchcraft]: Igreja dirigidas por lésbicas para mulheres e garotas (em inglês)<br />
<br />
== Quem está por trás do projeto? ==<br />
<br />
A plataforma da FeministWiki é oferecida ao público através da organização alemã sem fins lucrativos '''FeministWiki gemeinnützige UG (haftungsbeschränkt)'''. Para questões legais, por favor entre em contato com info@feministwiki.org ou feministwiki@gmail.com.<br />
<br />
A infraestrutura técnica é administrada pelo [[FW:Technician|técnico]], que também oferece suporte às usuárias. Para suporte, envie um e-mail a technician@feministwiki.org.<br />
<br />
<!-- Language links: --><br />
<br />
[[en:Main Page]] [[de:Hauptseite]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=TERF&diff=857TERF2020-05-30T22:32:43Z<p>Deleted: Tradução de novo conteúdo do inglês</p>
<hr />
<div>{{PageSeo | description = TERF é uma ofensa usada por ativistas transgênero para depreciar qualquer pessoa que critique esse movimento com base em argumentos feministas.<br />
}}<br />
[[File:Terf-slur-02.png|thumb|300px|Um ''tweet'' típico contendo do termo "TERF"]]<br />
<br />
A palavra '''TERF''' (ou ''terf''; pl. ''terfs'' ou ''terves'') é uma ofensa usada predominantemente por ativistas transgênero e seus aliados contra pessoas que criticam o movimento transgênero com base em argumentos feministas. Como essa ofensa é usada para referir-se a pessoas com argumentos feministas, seu maior alvo costuma ser mulheres. Como tal, ela é normalmente entendida como sendo uma ofensa anti-feminista, sexista e misógina.<br />
<br />
A palavra foi inventada como um acrônimo para ''Trans-Exclusionary Radical Feminist'' (inglês para "Feminista Radical Trans-Exclusionária"), onde a parte "trans-exclusionary" ("trans-exclusionária") refere-se a essas pessoas serem da opinião de que mulheres trans não deveriam ser incluídas dentro da definição feminista de feminilidade, e a parte "radical feminist" ("feminista radical") foi aplicada de maneira neutra para referir-se àquelas pessoas que de fato se descrevem como [https://pt.wikipedia.org/wiki/Feminismo_radical feministas radicais] no seu verdadeiro sentido. Com o tempo, o acrônimo tornou-se um termo ofensivo. Atualmente, a capitalização dessa palavra frequentemente não é feita, e o significado já ambíguo de seu sentido original é inteiramente ignorado. Ainda assim, usuários do termo costumam alegar que se trata de um termo neutro. A parte "trans-exclusionary" ("trans-exclusionária") agora pode se referir a qualquer pessoa que pense que mulheres trans não deveriam poder ter acesso irrestrito a espaços exclusivamente femininos (como vestiários), participar em esportes femininos - onde elas possuem [[Mulheres trans em esportes femininos|vantagens injustas]] -, a relacionamentos com lésbicas etc. Apesar de a maior parte do público poder considerar essas posições como minimamente sensatas, levando em conta que uma "mulher trans" pode ter uma anatomia masculina intacta, ativistas transgênero veem todos esses tipos de "exclusão" como inaceitáveis.<br />
<br />
Um termo associado de maneira próxima a esse é ''SWERF'', que supostamente significa ''Sex-Worker-Exclusionary Radical Feminist'' (inglês para "Feminista Radical Exclusionária de Trabalhadoras do Sexo") e é usado para referir-se àquelas pessoas que veem a indústria sexual (prostituição, pornografia etc.) como altamente exploratória e sexista. Assim como ''TERF'', esse termo é quase sempre proferido como uma ofensa e para deturpar a posição política do indivíduo contra a qual ele é usado. Ironicamente, algumas dessas pessoas chamadas de ''SWERF'' são comumente mulheres que trabalharam na prostituição e tornaram-se ativistas anti-prostituição como resultado de suas próprias experiências como as chamadas "trabalhadoras do sexo".<br />
<br />
== História ==<br />
<br />
=== Origem ===<br />
<br />
O uso mais antigo do termo foi feito por Viv Smythe aka "tigtog" em um ''blog post'' de 2008.<ref name=terf-origin/> Ela defendeu o termo em 2018, num artigo para o The Guardian.<ref name=guardian-smythe/> Ativistas transgênero frequentemente tentam defender o tempo sob a justificativa de que Viv Smythe é uma mulher que alega ser feminista radical, e parece ter usado o termo pela primeira vez de uma maneira que não é depreciativa. Obviamente, as origens benignas do termo não implicam que ele não possa evoluir de forma a tornar-se uma ofensa.<br />
<br />
=== A evolução para discurso de ódio ===<br />
<br />
[[File:Mya-byrne-punches-terfs.jpg|thumb|right|200px|Não é de forma alguma uma ofensa!]]<br />
<br />
A evolução do termo de 2008 até o início e meados dos anos 2010 não foi bem documentada. Em sua maior parte, feministas tiveram que defrontar o termo em redes sociais, onde ele passou a ser regularmente usado para rebaixar as suas posições políticas. Em julho de 2014, o site [https://www.feministcurrent.com/ Feminist Current] publicou dois artigos que faziam referênciam ao termo. O primeiro, escrito por C. K. Egbert e entitulado ''Defending the 'TERF': Gender as political'' ("Defendendo o 'TERF': Gênero como política", em tradução livre do inglês) explica e defende a teoria política por trás das ideias defendidas por feministas que são chamadas de "terf".<ref name=fc-egbert/> O segundo, escrito por [[Sarah Ditum]] e entitulado ''How 'TERF' works'' ("Como o 'TERF' funciona", em tradução livre do inglês), analisa brevemente a situação na qual uma mulher é pressionada a retratar uma declaração em oposição à violência contra a mulher, sob a justificativa de que a declaração veio originalmente de uma feminista que é considerada uma "terf".<ref name=fc-ditum/> Como o Feminist Current é altamente elogiado por feministas radicais, a sua decisão de apoiar as mulheres que foram chamadas de "terf" pode ser vista como um momento decisivo.<br />
<br />
Em agosto de 2014, Vice publicou um artigo intitulado ''I Am Now Officially a Transphobic Twitter Troll'' - "Agora Sou Oficialmente um Troll Transfóbico do Twitter", em tradução livre do inglês - (subtítulo: ''At least according to the 'Block Bot' I am'', ou "Pelo menos, de acordo com o 'Block Bot' eu sou"), do autor Martin Robbins.<ref name=vice-robbins/> No artigo, Robbins fala sobre como o projeto do "Block Bot" no Twitter, que foi criado para ajudar as pessoas a evitarem ''trolls'' abusivos, incluiu autoras e jornalistas feministas como [[Caroline Criado-Perez]] e [[Helen Lewis]] entre as pessoas que deveriam ser bloqueadas. Ironicamente, Lewis parece ter sido incluída na lista por reclamar sobre ''trolls'' abusivos, já que como "evidência" para bani-la incluem-se objeções a ''tweets'' como "kill TERFS" ("matem TERFS"), "burn TERFS" ("queimem TERFS") ou piadas odiosas como "what's better than 1 dead terf? 2 dead terfs" ("o que é melhor que 1 terf morta? 2 terfs mortas").<br />
<br />
Outro artigo do Feminist Current defendendo as pessoas chamadas por essa ofensa foi publicado em novembro de 2015, escrito por [[Penny White]] e entitulado ''Why I no longer hate 'TERFs''' ("Porque eu não mais odeio 'TERFs'", em tradução livre do inglês).<ref name=fc-white/> No artigo, White explica como ela própria costumava acreditar que as chamadas "TERFs" mereciam ser desprezadas, mas mudou de opinião após começar a olhar com mais cuidado para esse problema. Essa experiência parece repetir-se entre muitas mulheres e alguns homens socialmente liberais na atualidade, que começaram sendo apoiadores do movimento transgênero para depois tornarem-se céticos após experiências e observações negativas, por fim levando-os a também serem denominados de "terf" e desprezados por ativistas transgênero e seus aliados. Após isso, o Feminist Current começou a publicar artigos críticos do movimento transgênero com frequência, muito para o enraivecimento dos ativistas transgênero.<br />
<br />
Em junho de 2017, o ativista transgênero [https://en.wikipedia.org/wiki/Mya_Byrne Mya Byrne] foi a San Francisco Pride Parade com uma camiseta com o escrito "I PUNCH TERFS" ("EU SOCO TERFS", em tradução do inglês), decorada com uma grande mancha de sangue falso. Byrne fez o ''upload'' de uma ''selfie'' sua vestindo a camiseta na parada e com o subtítulo "This is what gay liberation looks like #pride #yesallterfs" (inglês para "Isto é o que a liberação ''gay'' parece #orgulho #simtodasasterfs"), o que ocasionou muitas reações negativas.<ref name=fc-tra-violence/> A camiseta seria mais tarde exibida em uma "exposição de arte" na San Francisco Public Library, montada pelo grupo de ativismo trans ''The Degenderettes''. Após reclamações, a biblioteca removeu a camiseta da exibição, apesar de que itens similares mostrando uma mentalidade violenta permaneceram, como um taco de beisebol enrolado com um arame farpado e pintado nas cores da bandeira de orgulho transgênero.<ref name=fc-tra-violence/><br />
<br />
[[File:Sonicfox.png|thumb|right|300px|O ''tweet'' de Dominique McLean glorificando a violência contra as mulheres.]]<br />
<br />
Em abril de 2019, o ''video gamer'' profissional Dominique McLean aka [https://en.wikipedia.org/wiki/SonicFox SonicFox] realizou o ''upload'' de um vídeo no Twitter com a legenda "what I do to terfs" ("o que eu faço com terfs"), no qual um personagem de ''video game'' atinge o pescoço de uma personagem com tanta força que a pele do pescoço dela sai, enquanto a câmera mostra o seu rosto agonizante. McLean pode ser ouvido gritando "terf!" em seu microfone juntamente com cada golpe dado na personagem, no que faz lembrar um linchamento.<ref name=sonicfox/> O ''tweet'' ganhou centenas de milhares de visualizações e milhares de ''retweets'' e curtidas.<br />
<br />
O ''tweet'' de McLean tornou-se ainda pior pelo fato de que esse ódio não é somente direcionado a uma personagem "terf" imaginária, mas à voz da atriz por trás da personagem, [https://pt.wikipedia.org/wiki/Ronda_Rousey Ronda Rousey]. Rousey, que é uma lutadora de MMA (artes marciais mistas), é considerada uma "TERF" por ter dito, com palavras bruscas, que é injusto o lutador de MMA do sexo masculino [[Mulheres trans em esportes femininos#Fallon_Fox|Fallon Fox]] competir contra mulheres.<ref name=rousey-fox/><ref name=rousey-marysue/><ref name=rousey-reddit/> Um ano após a declaração de Rousey, a lutadora de MMA Tamikka Brents sofreu uma concussão e uma fratura do osso orbital durante uma luta contra Fallon Fox,<ref name=fallon-fox/> mas isso não parece ter mudado a opinião dos ativistas trans.<br />
<br />
Após o ''tweet'' de McLean ter sido denunciado por discurso de ódio, o Twitter inicialmente decidiu que ele [[:File:Sonicfox2.png|não quebrava as suas regras]]. Somente após repetidos protestos e várias outras denúncias o Twitter reagiu, removendo o ''tweet'' e emitindo a SonicFox um banimento de meras 24 horas.<br />
<br />
No final de 2019, uma tendência nas redes sociais denominada "POV you're a TERF in my mentions" ("ponto de vista de você ser uma TERF nas minhas menções") teve início, na qual ativistas trans posavam com uma arma (taco de beisebol, espada, machete ou outras), às vezes preparando-se para golpear ou mostrando-os no meio de um golpe, tiradas como se fossem [https://en.wikipedia.org/wiki/Point-of-view_shot uma fotografia de ponto de vista] e com a legenda "POV you're a TERF in my mentions" ("ponto de vista de você ser uma TERF nas minhas menções"), ou alguma variação.<ref name=pov-terf/> As fotografias supostamente representam o ponto de vista de uma "TERF" sendo agredida pela pessoa retratada. Em outras palavras, mulheres chamadas de "TERF" que olham para a foto deveriam imaginar a si próprias sendo violentamente agredidas.<br />
<br />
Em maio de 2020, foi feita uma publicação num ''blog'' do Medium.com comparando as chamadas TERFs a nazistas em um tom aparentemente verossímil e explicando como vários métodos, tais como infiltração, censura, danos patrimoniais e violência física deveriam ser usados contra elas.<ref name=medium-izaguirre/> A conta utilizada para a publicação do artigo foi suspensa do Medium.com no mesmo dia e seu conteúdo republicado no WordPress um pouco depois.<ref name=wp-izaguirre/><br />
<br />
=== Vandalismos, assédios e agressões na vida real ===<br />
<br />
Em fevereiro de 2017, a recém-aberta Vancouver Women's Library foi recebida por um pequeno grupo de vândalos, incluindo uma pessoa que era claramente do sexo masculino e que alegava ser uma trabalhadora do sexo. Eles arrancaram um pôster, derramaram vinho em um livro e assediaram aqueles que tentaram participar da cerimônia de abertura do estabelecimento. A justificativa que deram foi de que a biblioteca incluía livros que eles diziam supostamente apoiar a ideologia "TERF" e "SWERF".<ref name=vwl/><br />
<br />
<youtube dimensions=500 alignment=right description="A agressão de Tara Wolf a Maria MacLachlan (September 13th, 2017)" container=frame><br />
https://www.youtube.com/watch?v=9_d3ozhSE-U<br />
</youtube><br />
<br />
Em setembro de 2017, um grupo de feministas quis marcar uma reunião para discutir as mudanças propostas pelo [https://www.feministcurrent.com/2018/09/14/never-mind-reforming-gender-recognition-act-theres-no-need-gender-recognition-certificates/ Gender Recognition Act] (GRA), na biblioteca comunitária [https://newxlearning.org/ New Cross Learning] de Londres. A biblioteca teve de cancelar o evento após o assédio de ativistas transgênero. As organizadoras da reunião decidiram encontrar-se na Speakers' Corner, antes de ir ao novo local da reunião, que não havia sido anunciado de forma a protegê-lo de assédio. Na Speakers' Corner, elas foram recebidas por um grupo de ativistas transgênero gritando frases como "when TERFs attack, we fight back" ("quando TERFs atacam, nós revidamos", em inglês). Maria MacLachlan, que estava filmando os protestantes com a sua câmera digital, foi atacada por uma pessoa vinda do grupo de ativistas trans e que então tentou tomar a sua câmera. Após não ter sucesso, o atacante correu para trás de seus amigos, e MacLachlan tentou aproximar-se do grupo para filmar o seu rosto com a câmera. Vários dos ativistas começaram a agredi-la nesse momento. Um dos agressores, que após o evento revelou-se ser Tara Wolf, foi acusado de agressão física. Anteriormente ao evento, ele havia postado que queria "f*der com algumas terfs" em uma rede social. Esse evento pode ser considerado como um marco do ódio crescente que ativistas transgênero demonstram contra feministas, já que nenhuma outra agressão havia sido documentada claramente com relação à ofensa "TERF", e o evento ganhou atenção generalizada nas notícias, sendo coberto pelo The Guardian,<ref name=guardian/> The New Statesman,<ref name=statesman1/><ref name=statesman2/> The Telegraph,<ref name=telegraph/> The Times,<ref name=times1/><ref name=times2/> The Evening Standard,<ref name=standard/> e pelo The Daily Mail.<ref name=dailymail/> Foi também, é claro, coberto pelo Feminist Current.<ref name=fc1/><ref name=fc2/> Como resultado do evento, muitos ativistas transgênero defenderam e até mesmo celebraram a agressão, levando Meghan Murphy a publicar o texto [https://www.feministcurrent.com/2017/09/21/terf-isnt-slur-hate-speech/ '''TERF' isn't just a slur, it's hate speech''] ("TERF não é só uma ofensa, é discurso de ódio"). Algumas publicações, ao defender os ativistas transgênero, tentaram alegar que o agressor estava na verdade agindo em legítima defesa, e tentaram provar essa alegação através do ''upload'' de cortes cuidadosamente editados da gravação mostrando a agressão,<ref name=planettrans/> ou descrevendo a agressão como "revidando contra ''bullies''" que "provocaram" os ativistas transgênero (ao terem opiniões das quais estes não gostaram, presumivelmente).<ref name=queerness/><br />
<br />
Em dezembro de 2018, a advogada de defesa dos direitos humanos, Prof. [[Rosa Freedman]], encontrou a porta de seu escritório coberta com urina após participar de debates relacionados às mudanças propostas ao Gender Recognition Act do Reino Unido. Ela também alegou ter sido chamada de uma "nazista" (ela é judia) que "deveria ser estuprada" (ela é uma sobrevivente de violência sexual) e de receber telefonemas abusivos anônimos.<ref name=freedman/><br />
<br />
Em 2018, o ativista transgênero Dana Rivers foi a julgamento por homicídio triplo.<ref name=rivers/> As vítimas eram um casal de lésbicas e o seu filho adotivo. Rivers esfaqueou e atirou nas vítimas, antes de tentar colocar fogo em sua casa, em novembro de 2016. Ainda não está claro se Rivers foi motivado pelo ódio contra feministas e lésbicas disseminado por ativistas transgênero. Rivers era, no entanto, membro do grupo [https://en.wikipedia.org/wiki/Camp_Trans Camp Trans], que foi criado para protestar a regra de apenas mulheres poderem participar do Michigan Womyn's Music Festival (aka MichFest).<ref name=camptrans/> A Autostraddle descreveu Rivers como um "ativista transgênero muito conhecido".<ref name=autostraddle/><br />
<br />
Em junho de 2019, [[Julie Bindel]] foi fisicamente agredida por uma pessoa do sexo masculino após dar um discurso sobre a violência de homens contra mulheres, na Universidade de Edimburgo, junto com a Prof. Rosa Freedman.<ref name=edinburgh/> "Ele estava gritando e reclamando e esbravejando, 'você é uma p*** do c******, você é uma cadela do c******, uma Terf do c******' e outras coisas. Estávamos tentando andar até o táxi para levar-nos até o aeroporto, e então ele apenas saltou em minha direção e quase me deu um soco no rosto, mas um segurança afastou-o de mim". Essa pessoa do sexo masculino, que diz se chamar "[[Cathy Brennan]]" (por causa da advogada lésbica e feminista radical de mesmo nome, a quem ele despreza), já havia chamado a atenção em redes sociais por [[:File:Joe-brennan-twitter.jpg|defender agressões físicas]] contra feministas em paradas de Orgulho Gay.<br />
<br />
Em 16 de agosto de 2019, a conta no Facebook do [[Vancouver Rape Relief and Women's Shelter]] relatou que um rato mortou havia sido pregado na moldura de sua porta.<ref name=vrr-fb/> Em 26 de agosto, a sua conta no Twitter seguiu relatando que as suas portas e janelas haviam sido vandalizadas com frases como "FUCK TERFS" ("FODAM COM AS TERFS") e "KILL TERFS" ("MATEM AS TERFS"), assim como "TRANS POWER" ("PODER TRANS").<ref name=vrr-twitter/> O repetido assédio e vandalismos chamaram a atenção local e nacional.<ref name=vrr-vancouverisawesome/><ref name=vrr-nationalreview/><ref name=vrr-citynews/><br />
<br />
=== Galeria ===<br />
<br />
<gallery caption="Discussão sobre o ''tweet'' de ódio de McLean" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Sonicfox3.jpg | McLean defendendo o seu ''tweet'' sob a alegação de que Ronda Rousey é uma "TERF" e, como tal, é merecedora desse desprezo violento.<br />
File:Sonicfox-copycat1.png | Uma imitação do ''tweet'' mostrando outra personagem de ''video game'' morrendo brutalmente, e com a legenda "FUCK TERFS" ("FODAM COM AS TERFS").<br />
File:Sonicfox-copycat2.png | Outra imitação do ''tweet''. O GIF é do personagem de [https://en.wikipedia.org/wiki/Mortal_Kombat_11 Mortal Kombat 11] [https://en.wikipedia.org/wiki/Scorpion_(Mortal_Kombat) Scorpion] queimando viva a sua oponente.<br />
</gallery><br />
<br />
<gallery caption="Assédio e vandalismo ao Vancouver Rape Relief" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Vrr-vandalism1.jpg | Um rato morto pregado à moldura da porta do VRR.<br />
File:Vrr-vandalism2.jpg | O texto "KILL TERFS ... TRANS POWER" ("MATEM AS TERFS ... PODER TRANS") escrito na janela.<br />
File:Vrr-vandalism3.jpg | As frases "FUCK TERFS" ("FODAM COM AS TERFS") e "TRANS WOMEN ARE WOMEN" ("MULHERES TRANS SÃO MULHERES") escritas na porta e na janela.<br />
</gallery><br />
<br />
<gallery caption="Alguns exemplos de ''tweets'' usando 'terf'" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Terf-gallery-1.png | "terf isn't a slur ... terfs don't deserve rights" ("terf não é uma ofensa ... terfs não merecem direitos").<br />
File:Terf-gallery-2.jpg | "All terfs will be arrested on sight" ("Todas as terfs serão presas à vista").<br />
File:Terf-gallery-3.jpg | "It's [https://en.wikipedia.org/wiki/Gay_pride#LGBT_Pride_Month Pride] punch a terf" ("É o Orgulho soque uma terf").<br />
File:Terf-gallery-4.png | Colocando 'terf' logo ao lado de 'nazista'.<br />
File:Terf-gallery-5.png | [https://en.wikipedia.org/wiki/Arthur_Chu Arthur Chu] defendendo o discurso de ódio de SonicFox.<br />
File:Terf-gallery-6.png | "Being a TERF is a choice. Like being a Nazi" ("Ser uma TERF é uma escolha. Assim como ser um nazista").<br />
</gallery><br />
<br />
== Análise do termo ==<br />
<br />
O acrônimo original pode ser dividido em duas metades: "feminista radical" e "trans-exclusionária". Apesar de muitas pessoas chamadas por esse termo não se considerarem feministas radicais, os seus ideais muito frequentemente alinham-se com o [https://pt.wikipedia.org/wiki/Feminismo_radical feminismo radical], tornando essa parte um tanto acurada. A parte "trans-exclusionária", no entanto, é um pouco ambígua, e seu significado parece mudar de acordo com a vontade da pessoa que usa o termo.<br />
<br />
Quando aquele que usa o termo quer justificá-lo como uma descrição objetiva e acurada, ele usará definições simplistas e banais de "exclusão" que se aplicam facilmente a maioria das pessoas contra as quais o termo é utilizado. Exemplos disso podem incluir:<br />
<br />
* Querer que mulheres trans com vantagens anatômicas injustas sejam excluídas de esportes femininos;<br />
* Querer que mulheres trans com anatomia masculina evidente (como genitais masculinos intactos) sejam excluídas de espaços privativos segregados por sexo, como em vestiários;<br />
* Não considerar que mulheres trans sejam ''literalmente'' mulheres, ao apontar que a definição no dicionário de mulher é de um "humano adulto do sexo feminino";<br />
* Querer excluir mulheres trans de alguns grupos políticos que querem ter foco nas lutas únicas às pessoas nascidas com anatomia feminina;<br />
* Querer que crimes cometidos por mulheres trans não sejam registrados como tendo sido cometido por mulheres, especialmente porque os padrões criminosos de mulheres trans parecem mais compatíveis com os padrões criminosos de homens,<ref name=dhejne/> que cometem a vasta maioria dos crimes violentos, especialmente os de natureza sexual.<ref name=wpcrime/><br />
<br />
[[File:Theterfs-delusion.png|thumb|right|500px|Algumas das mentiras hiperbólicas que ativistas trangênero usam para justificar o ódio a feministas]]<br />
<br />
No entanto, uma vez que o termo "TERF" é aplicado a alguém com base nessa pessoa possuir as opiniões supracitadas (que muitas pessoas, inclusive as que não são feministas, concordariam ser sensatas), a definição de "exclusão" é rapidamente alterada para justificar expressões de ódio. Às vezes, o "trans-exclusionária" é até mesmo alterado hiperbolicamente para "trans-exterminatória", de forma a aumentar o seu efeito indutor de pânico. O ''site'' [http://theterfs.com/ ''The TERFs''] chega até mesmo a alegar que pessoas rotuladas como "TERF" querem:<br />
<br />
* Excluir pessoas trans do acesso a moradia (torná-las sem teto);<br />
* Excluir pessoas trans do acesso a emprego (torná-las desempregadas);<br />
* Excluí-las do acesso a educação;<br />
* Excluí-las do acesso a igualdade de acomodação;<br />
* Excluí-las das proteções locais, estaduais, nacionais e das Nações Unidas (!).<br />
<br />
Como tais, as mulheres chamadas de "TERF" são representadas menos como mulheres que simplesmente querem defender os direitos das mulheres baseados em sexo e mais como monstros facistas, o que é então usado para incitar ódio e violência contra elas. É também notável como a exclusão de mulheres trans (de espaços exclusivos para mulheres etc.) torna-se aqui uma suposta exclusão de todas as pessoas trans (do que quer que seja). Na verdade, mulheres chamadas de "TERF" frequentemente dirão de maneira explícita que homens trans são bem-vindos em seus grupos, já que homens trans também sofrem as opressões que todas as mulheres sofrem desde o nascimento. <br />
<br />
A estratégia de ativistas transgêneros de usar definições simples de "TERF" para fazer esse termo parecer acurado, para então distorcer a sua definição para justificar o ódio, é bastante similar à estratégia "troll" que foi observada pelo filósofo Nicholas Shackel, e denominada ''Doutrina de Motte e Bailey'' em um artigo intitulado [https://philpapers.org/archive/SHATVO-2.pdf ''The Vacuity of Postmodernist Methodology''] ("A Vacuidade da Metodologia Pós-Modernista", em tradução livre do inglês):<br />
<br />
<blockquote><em><br />
"Os Truísmos de um Troll são usados para insinuar uma falsidade emocionante, que é uma doutrina desejada, e ainda assim permitir a retirada para uma verdade trivial quando pressionado por um oponente. Ao fazer isso eles exibem uma propriedade que os torna o caso mais simples possível do que eu chamarei de uma Doutrina de Motte e Bailey (já que uma doutrina pode ser uma única crença ou um corpo inteiro de crenças).<br />
<br />
Um castelo de Motte e Bailey é um sistema medieval de defesa no qual uma torre de pedra numa colina (o Motte) é cercado por uma área de terra (o Bailey), a qual por sua vez é envolta por algum tipo de barreira, como uma vala. Por ser escura e úmida, a Motte não é uma habitação de escolha. A única razão para a sua existência é a desirabilidade do Bailey, cuja combinação da Motte e da vala torna relativamente fácil de reter, apesar dos ataques de saqueadores. Quando somente levemente pressionada, a vala torna fácil a derrota de um pequeno número de atacantes enquanto esses tentam atravessá-la: quando fortemente pressionada, a vala não é defensável, e nem o Bailey. Ao invés disso, a pessoa recuará para a insalubre, mas defensável, e talvez inexpugnável, Motte. Eventualmente, os saqueadores desistem, quando alguém está bem posicionado para reocupar a terra desejável.<br />
<br />
Para os meus propósitos, o desejável, mas somente levemente defensável território do castelo de Motte e Bailey, o que quer dizer, o Bailey, representa uma doutrina ou posição filosófica com propriedades similares: desejável ao seu proponente mas somente levemente defensável. A Motte é a posição defensável, mas indesejável, à qual alguém recua quando fortemente pressionado. Acredito ser evidente que os Truísmos de um Troll possuem a propriedade de Motte e Bailey, já que as falsidades emocionantes constituem a região desejável, mas indefensável, dentro da vala na qual a verdade trivial constitui a Motte defensável, mas úmida, à qual alguém se retira quando pressionado."<br />
</em></blockquote><br />
<br />
No nosso caso, a ''Motte'' é uma declaração facilmente defensável, como: ''"Você não considera mulheres trans como literalmente mulheres, logo, você é trans-exclusionária, o que a torna uma TERF"''. Enquanto o ''Bailey'' é: ''"Você quer excluir pessoas trans do acesso a moradia e emprego e, logo, tenho justificativa para odiar você fortemente!"''<br />
<br />
Esse também poderia ser chamado de argumento "isco-e-troca", na qual alguém é "iscado" a concordar com a declaração de que alguém é uma "TERF" através da utilização de uma definição simplista de "exclusão trans", para então essa definição ser alterada para algo ruim, de forma a justificar expressões de ódio.<br />
<br />
=== Inspeção das alegações em ''The TERFs'' ===<br />
<br />
[[File:Theterfs-logo.png|thumb|right|300px|Logotipo real do TheTERFs.com: Rabiscos pretos malignos]]<br />
<br />
Deve ser notado que o ''The TERFs'' oferece pouco mais do que citações fora de contexto de várias décadas atrás como "evidência" para as suas alegações hiperbólicas envolvendo uma chamada ideologia "TERF". Ele também mostra um certo número de ''tweets'' cuidadosamente selecionados, metade dos quais vem de fontes da direita política que também se opõe ao movimento transgênero, o que leva ativistas trans a alegarem que isso prova que feministas são secretamente aliadas à direita numa grande conspiração. (Essa linha de raciocínio também é frequentemente ridicularizada como: "Hitler era vegetariano. Logo, vegetarianos são nazistas")<br />
<br />
A respeito de supostas evidências de "violência na vida real motivadas pela ideologia TERF", o ''site'' lista seis exemplos, dos quais três na verdade não apresentam nenhuma violência. Aqueles que apresentam dizem respeito a incidentes de várias décadas atrás, nos quais mulheres tentaram expulsar mulheres trans de grupos ou espaços exclusivamente femininos, usando força física ou ameaças diretas. Devido a ser esperado que mulheres sejam sempre boazinhas e passivas em relação a homens, até mesmo quando tentam formar grupos feministas radicais e manter homens fora deles, isso é obviamente visto como inaceitável. Dois exemplos são de ameaças verbais, que são experiências rotineiras para feministas que se opõe a ativistas trans. A última é sobre as mortes de pessoas trans que são ''presumidas'' serem relacionadas à falta de acesso a cuidados médicos, fator que não tem relação nenhuma com a ideologia feminista. <br />
<br />
Para resumir: não há um único exemplo documentado de um grupo feminista ter agredido ou ameaçado um grupo transgênero. Qualquer alegação de "violência por TERFs" refere-se a mulheres tentando expulsar mulheres trans de espaços exclusivamente femininos, a casos extremamente raros de ameaças verbais ou a muitas e muitas fabricações. Em comparação, ativistas trans já foram a bibliotecas de mulheres para vandalizá-las,<ref name=vwl/> foram a encontros feministas para agredir mulheres,<ref name=fc1/><ref name=fc2/> apareceram usando máscaras em conferências feministas para intimidar mulheres<ref name=jamjar/> e o abuso verbal onipresente que eles direcionam a mulheres consegue encher [https://terfisaslur.com/ um ''site'' inteiro] criado somente para esse fim.<br />
<br />
=== O termo 'SWERF' ===<br />
<br />
A palavra ''SWERF'' está proximamente relacionada a ''TERF'' e é utilizada de maneira similarmente desonesta e deturpadora. Mulheres (e homens que se preocupam com os direitos das mulheres) críticas da indústria do sexo pela sua natureza exploradora são acusadas de serem "exclusionárias de trabalhadoras do sexo", numa tentativa de fazê-las parecer terem ódio de um grupo oprimido.<br />
<br />
De fato, as pessoas que são chamadas de "SWERF" tendem a apoiar o [[modelo nórdico]] contra a prostituição, que vê um sistema de assistência social de alta qualidade como um componente necessário no combate à prostituição e no alívio a problemas enfrentados por mulheres que somente escolher prostituir-se por causa de condições econômicas extremas. Além disso, muitas das que são chamadas de "SWERF" tendem a ser mulheres que já trabalharam na prostituição.<br />
<br />
Notavelmente, uma das mais conhecidas feministas anti-prostituição e anti-pornografia, [[Andrea Dworkin]], já foi uma prostituta e não tinha vergonha de admitir isso. Outro exemplo notável é [[Rachel Moran]], que esteve envolvida com a prostituição quando tinha entre 15 e 22 anos de idade, para depois tornar-se uma das mais notáveis ativistas anti-prostituição e a favor do modelo nórdico dos últimos anos. <br />
<br />
== Ver também ==<br />
<br />
* [[Ideologia transgênero]]<br />
<br />
=== Ligações externas ===<br />
<br />
* [https://terfisaslur.com/ terfisaslur.com - Documentando o abuso, assédio e misoginia da política de identidade transgênero (em inglês)]<br />
* [https://www.feministcurrent.com/tag/terf/ Arquivo TERF | Feminist Current (em inglês)]<br />
* [https://speakupforwomen.nz/dont-call-women-terfs/ Não Chame Mulheres de 'Terfs' | Speak Up for Women NZ (em inglês)]<br />
* [https://medium.com/@amydyess83/terf-is-hate-speech-and-its-time-to-condemn-it-6efc897ce407 TERF é Discurso de Ódio e é Hora de Condenarmos Isso (em inglês)]<br />
<br />
== Referências ==<br />
<br />
<references><br />
<br />
<ref name=medium-izaguirre><br />
{{cite web<br />
|url=https://web.archive.org/web/20200527135844/https://medium.com/@laura.izaguirre/resisting-terfs-and-transforming-their-organizations-95cd21714fc8<br />
|title=Resisting TERF's and Transforming Their Organizations (Archived from Medium.com)<br />
|author=Laura Izaguirre<br />
|date=May 26, 2020<br />
|website=Medium.com<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=wp-izaguirre><br />
{{cite web<br />
|url=https://web.archive.org/web/20200528035805/https://queeratxlaura.wordpress.com/2020/05/27/resisting-terfs-and-transforming-their-organizations/<br />
|title=Resisting TERF's and Transforming Their Organizations (Archived from WordPress.com)<br />
|author=Laura Izaguirre<br />
|date=May 28, 2020<br />
|website=WordPress<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=terf-origin><br />
{{cite web<br />
|url=https://hoydenabouttown.com/2008/08/17/carnivalia-transgenderism-and-the-gender-binary/<br />
|title=Carnivalia, transgenderism and the gender binary<br />
|author=Viv Smythe (aka tigtog)<br />
|date=August 17, 2008<br />
|website=Hoyden About Town<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=guardian-smythe><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.theguardian.com/commentisfree/2018/nov/29/im-credited-with-having-coined-the-acronym-terf-heres-how-it-happened<br />
|title=I'm credited with having coined the word 'Terf'. Here's how it happened<br />
|author=Viv Smythe (aka tigtog)<br />
|date=November 28, 2018<br />
|website=The Guardian<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-egbert><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2014/07/16/defending-the-terf-gender-as-political/<br />
|title=Defending the ‘TERF’: Gender as political<br />
|author=C.K. Egbert<br />
|date=July 16, 2014<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-ditum><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2014/07/29/how-terf-works/<br />
|title=How ‘TERF’ works<br />
|author=Sarah Ditum<br />
|date=July 29, 2014<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vice-robbins><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.vice.com/en_uk/article/7bap7y/whats-the-block-blot-martin-robbins-757<br />
|title=I Am Now Officially a Transphobic Twitter Troll<br />
|author=Martin Robbins<br />
|date=August 8, 2014<br />
|website=Vice<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-white><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2015/11/10/why-i-no-longer-hate-terfs/<br />
|title=Why I no longer hate ‘TERFs’<br />
|author=Penny White<br />
|date=November 10, 2015<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-tra-violence><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2018/05/01/trans-activism-become-centered-justifying-violence-women-time-allies-speak/<br />
|title=Trans activism is excusing & advocating violence against women, and it’s time to speak up<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=May 1, 2018<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=sonicfox><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2019/05/welcome-age-ironic-bigotry-where-old-hatreds-are-cloaked-woke-new-language<br />
|title=Welcome to the age of ironic bigotry, where old hatreds are cloaked in woke new language<br />
|author=Helen Lewis<br />
|date=May 1, 2019<br />
|website=The New Statesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-fox><br />
{{cite web<br />
|url=https://bleacherreport.com/articles/1651451-ronda-rousey-vs-fallon-fox-head-to-toe-breakdown<br />
|title=Ronda Rousey vs. Fallon Fox Head-to-Toe Breakdown<br />
|author=Jordy McElroy<br />
|date=May 25, 2013<br />
|website=Bleacher Report<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-marysue><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.themarysue.com/ronda-rousey-and-transmisogyny/<br />
|title=When Role Models Become Problematic: Ronda Rousey and Transmisogyny<br />
|author=Teresa Jusino<br />
|date=August 3, 2015<br />
|website=The Mary Sue<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fallon-fox><br />
{{cite web<br />
|url=https://archive.is/yZfcs<br />
|title=After Being TKO’d by Fallon Fox, Tamikka Brents Says Transgender Fighters in MMA ‘Just Isn’t Fair’<br />
|website=Cage Potato<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-reddit><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.reddit.com/r/GamerGhazi/comments/ah4120/celebrity_terf_ronda_rousey_to_play_sonya_blade/<br />
|title=Celebrity TERF Ronda Rousey to play Sonya Blade in Mortal Kombat 11<br />
|website=reddit<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=pov-terf><br />
{{cite web<br />
|url=https://web.archive.org/web/20191019184351/https://radfemrebecca.wordpress.com/2019/10/06/terfinmymentions/amp/<br />
|title=“This is what I want to do to you” – Dissecting the ‘POV ur a TERF in my mentions’ trend.<br />
|author=Rebecca<br />
|date=October 6, 2019<br />
|website=radfemrebecca.wordpress.com<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vwl><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2017/02/07/vancouver-womens-library-opens-amid-anti-feminist-backlash/<br />
|title=Vancouver Women’s Library opens amid anti-feminist backlash<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=February 7, 2017<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=guardian><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.theguardian.com/uk-news/2017/oct/26/woman-punched-in-brawl-between-transgender-activists-and-radical-feminists<br />
|title=Suspects sought after brawl between transgender activists and radical feminists<br />
|author=Press Association<br />
|date=October 26, 2017<br />
|website=The Guardian<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=statesman1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2018/04/madness-our-gender-debate-where-feminists-defend-slapping-60-year-old<br />
|title=The madness of our gender debate, where feminists defend slapping a 60-year-old woman<br />
|author=Helen Lewis<br />
|date=April 20, 2018<br />
|website=NewStatesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=statesman2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2017/09/trans-rights-terfs-and-bruised-60-year-old-what-happened-speakers-corner<br />
|title=Trans rights, TERFs, and a bruised 60-year-old: what happened at Speakers’ Corner?<br />
|author=Anoosh Chakelian<br />
|date=September 14, 2017<br />
|website=NewStatesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=telegraph><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.telegraph.co.uk/news/2018/04/12/radical-feminist-warned-refer-transgender-defendant-assault/<br />
|title=Radical feminist warned to refer to transgender defendant as a 'she' during assault case<br />
|author=Victoria Ward<br />
|date=April 12, 2018<br />
|website=The Telegraph<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=times1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.thetimes.co.uk/article/transgender-activist-denies-thumping-radical-feminist-wvzgq6fx7<br />
|title=Transgender activist Tara Wolf denies thumping radical feminist<br />
|author=Lucy Bannerman<br />
|date=April 12, 2018<br />
|website=The Times<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=times2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.thetimes.co.uk/article/trans-attacker-tara-wolf-is-a-thug-says-feminist-maria-maclachlan-pq0bwvthv<br />
|title=Trans attacker is a thug, says feminist<br />
|author=Lucy Bannerman<br />
|date=April 14, 2018<br />
|website=The Times<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=standard><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.standard.co.uk/news/crime/transgender-activist-tara-wolf-fined-150-for-assaulting-exclusionary-radical-feminist-in-hyde-park-a3813856.html<br />
|title=Transgender activist Tara Wolf fined £150 for assaulting 'exclusionary' radical feminist in Hyde Park<br />
|author=Martin Coulter<br />
|date=April 13, 2018<br />
|website=EveningStandard<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=dailymail><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.dailymail.co.uk/news/article-5613057/Model-punched-feminist-smashed-120-camera-violent-brawl-walks-free-court.html<br />
|title=Transgender model who punched feminist and smashed her £120 camera in violent brawl at Hyde Park Speakers' Corner protest walks free from court<br />
|author=Bridie Pearson-jones<br />
|date=April 13, 2018<br />
|website=MailOnline<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2017/09/15/historic-speakers-corner-becomes-site-anti-feminist-silencing-violence/<br />
|title=Historic Speaker’s Corner becomes site of anti-feminist silencing and violence<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=September 15, 2017<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2018/04/27/trans-identified-male-tara-wolf-charged-assault-hyde-park-attack/<br />
|title=Trans-identified male, Tara Wolf, convicted of assault after Hyde Park attack<br />
|author=Jen Izaakson<br />
|date=April 27, 2018<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rivers><br />
{{cite web<br />
|url=https://sanfrancisco.cbslocal.com/2018/03/07/transgender-activist-trial-oakland-triple-murder/<br />
|title=Transgender Activist Ordered To Stand Trial For Oakland Triple Murder<br />
|date=March 7, 2018<br />
|website=CBS SF BayArea<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=camptrans><br />
{{cite web<br />
|url=http://eminism.org/michigan/20000812-camptrans.txt<br />
|title='MICHIGAN EIGHT' EVICTED OVER FESTIVAL'S NEW 'DON'T ASK DON'T TELL' GENDER POLICY<br />
|date=August 12, 2000<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=autostraddle><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.autostraddle.com/more-bad-news-oakland-lesbian-couple-and-their-son-brutally-murdered-by-former-lgbt-activist-359026/<br />
|title=Oakland Lesbian Couple and Their Son Murdered By Former LGBT Activist<br />
|author=Riese<br />
|date=November 16, 2016<br />
|website=Autostraddle<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=edinburgh><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.scotsman.com/news/crime/feminist-speaker-julie-bindel-attacked-by-transgender-person-at-edinburgh-university-after-talk-1-4942260<br />
|title=Feminist speaker Julie Bindel 'attacked by transgender person' at Edinburgh University after talk<br />
|author=Gina Davidson<br />
|date=June 6, 2019<br />
|website=The Scotsman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=planettrans><br />
{{cite web<br />
|url=https://planettransgender.com/when-terf-attack-at-hyde-park/<br />
|title=Trans Activists Vilified For Defense against TERF Attack at Hyde Park<br />
|author=Kelli Busey<br />
|date=September 18, 2017<br />
|website=Planet Transgender<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=queerness><br />
{{cite web<br />
|url=https://thequeerness.com/2017/09/29/trial-by-media-over-speakers-corner-fracas/<br />
|title=Trial by media over Speakers’ Corner fracas<br />
|author=Sam Hope<br />
|date=September 29, 2017<br />
|website=The Queerness<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=jamjar><br />
{{cite web<br />
|url=https://twitter.com/magdalenberns/status/988003582250291201<br />
|title=Masked transactivists surround woman on stairwell<br />
|author=Magdalen Berns<br />
|date=April 22, 2018<br />
|website=Twitter<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=dhejne><br />
{{cite web<br />
|url=https://fairplayforwomen.com/criminality/<br />
|title=Study suggests that transwomen exhibit a male pattern of criminality<br />
|date=September 8, 2018<br />
|website=Fair Play For Women<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=wpcrime><br />
{{cite web<br />
|url=https://en.wikipedia.org/wiki/Sex_differences_in_crime#Statistics<br />
|title=Sex differences in crime<br />
|website=Wikipedia<br />
|access-date=May 31, 2019<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=freedman><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.bbc.com/news/uk-england-berkshire-46454454<br />
|title=Rosa Freedman: Professor's door 'covered in urine' after gender law debate<br />
|date=December 5, 2018<br />
|website=BBC News<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-fb><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.facebook.com/VancouverRapeRelief/posts/710603379412445<br />
|title=Vancouver Rape Relief & Women's Shelter - Facebook<br />
|date=August 16, 2019<br />
|website=Facebook<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-twitter><br />
{{cite web<br />
|url=https://twitter.com/VanRapeRelief/status/1166426534321647616<br />
|title=VancouverRapeRelief on Twitter<br />
|date=August 26, 2019<br />
|website=Twitter<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-vancouverisawesome><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.vancouverisawesome.com/2019/08/28/vancouver-rape-relief-centre-targeted-vandalism-threats-transgender-controversy/<br />
|title=Vancouver Rape Relief centre targeted with vandalism, threats over transgender controversy<br />
|author=Jessica Kerr<br />
|date=August 28, 2019<br />
|website=Vancouver is Awesome<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-nationalreview><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.nationalreview.com/2019/08/women-only-rape-relief-shelter-defunded-then-vandalized/<br />
|title=Women-Only Rape-Relief Shelter Defunded, Then Vandalized<br />
|author=Madeleine Kearns<br />
|date=August 28, 2019<br />
|website=National Review<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-citynews><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.citynews1130.com/2019/08/27/vancouver-rape-relief-centre-vandalized-likely-over-restrictions-for-transgender-people/<br />
|title=Vancouver Rape Relief centre vandalized, likely over restrictions for transgender people<br />
|author=Jonathan Szekeres and Lauren Boothby<br />
|date=Aug 27, 2019<br />
|website=City News<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
</references><br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:TERF]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=FeministWiki:Boas-vindas&diff=856FeministWiki:Boas-vindas2020-05-19T13:20:01Z<p>Deleted: Tradução da página em inglês</p>
<hr />
<div>Boas-vindas à FeministWiki! Esta página guiará você através de tudo que precisa saber como um membro.<br />
<br />
== O que é a FeministWiki? ==<br />
<br />
A FeministWiki é um ''site'' com diferentes componentes que tem por objetivo oferecer uma rica plataforma digital de informações sobre feminismo e sobre o ativismo feminista. Os componentes da FeministWiki são:<br />
<br />
* Uma ''wiki'', onde artigos educacionais e informativos sobre tópicos feministas podem ser criados pela comunidade. É como a Wikipédia, mas sobre feminismo. Você está lendo uma página da ''wiki'' neste exato momento;<br />
* Uma [https://blogs.feministwiki.org/ plataforma de ''blog''] onde membros que queiram publicar artigos podem tornar-se autores no ''blog'' principal compartilhado ou obterem seu próprio ''blog'' personalizado, sobre o qual possuem controle completo, como no: [https://blogs.feministwiki.org/socjuswiz/ SocialJusticeWizardry];<br />
* Uma [https://files.feministwiki.org plataforma de compartilhamento de arquivos] (similar ao Dropbox) onde você pode fazer o ''upload'' de arquivos que deseja que sejam armazenados, e opcionalmente pode compartilhá-los com outros. Você pode, por exemplo, fazer o upload de documentos em PDF, cartilhas informativas, gravações de seminários ou até mesmo de ''memes'' feministas, de forma a poder acessá-los de qualquer computador após fazer ''login'' na sua conta do FeministFiles;<br />
* Um [https://forum.feministwiki.org/ fórum eletrônico convencional] onde membros podem discutir sobre todo tipo de tópico. Se você tiver familiaridade com o ''site'' britânico Mumsnet, esse é um pouco parecido com ele;<br />
* Um [https://chat.feministwiki.org sistema de bate-papo] que pode ser utilizado através do ''site'' ou via aplicativos de ''smartphone''. Similar ao WhatsApp, mas acessível somente a membros da FeministWiki e que não necessita do seu número de celular.<br />
<br />
Membros do FeministWiki podem usar todos esses serviços após fazer ''login'' com o mesmo usuário e senha em todos eles.<br />
<br />
Além disso, a todo membro é fornecido um endereço de e-mail como ''janedoe@feministwiki.org'', o qual pode ser utilizado para enviar e receber e-mails. Isso pode ser útil, por exemplo, se você não quiser usar seu endereço de e-mail pessoal para propósitos políticos.<br />
<br />
=== Que tipo de feminismo é esse? ===<br />
<br />
Conforme explanado na [[Página principal]], a FeministWiki é voltada para o feminismo clássico/radical.<br />
<br />
Isso inclui, por exemplo, ativismo anti-prostituição e anti-pornografia, direitos reprodutivos femininos, oposição a estereótipos de gênero, apoio a espaços exclusivamente femininos, aliança com feministas lésbicas, suporte aos direitos destas e assim por diante.<br />
<br />
Abordagens genuinamente interseccionais são definitivamente valorizadas, como a aliança com feministas negras, apoio a mulheres vivendo em estado de pobreza etc., enquanto pseudo-interseccionalidade que nega a opressão baseada no sexo e centraliza interesses masculinos é rechaçada.<br />
<br />
=== Como são adicionados novos membros? ===<br />
<br />
Todos os membros da FeministWiki têm o direito a [https://add-member.feministwiki.org adicionar novos membros] conforme desejarem.<br />
<br />
Por favor, tenha cuidado com quem você adicionar, pois comunidades como esta são alvos tentadores para a infiltração de ''trolls''. O sistema mantém um registro interno de quem foi adicionado por quem, para que no pior caso possível o técnico possa ser capaz de encontrar a fonte de uma infiltração de ''trolls'' e emitir um banimento em massa para restaurar a paz na comunidade, mas obviamente a situação ideal seria se algo do tipo não acontecesse em primeiro lugar.<br />
<br />
=== Posso confiar meus dados a você? ===<br />
<br />
Se você desejar segurança máxima, '''nunca deveria usar nenhum serviço da FeministWiki para armazenar ou transmitir informações sigilosas'''. Os [[FW:Technician|técnicos]] que possuem acesso administrativo ao servidor são capazes de ler suas mensagens de bate-papo, e-mails, arquivos enviados ao serviço de armazenamento, e assim em diante, a menos que você criptografe-os no seu computador antes de enviá-los. Há também sempre a possibilidade de que brechas de segurança ocorram no servidor que levem ao vazamento de dados, mesmo que os técnicos não sejam maliciosos e que sempre sigam as melhores práticas de segurança.<br />
<br />
Dito isso, a FeministWiki promete demonstrar máxima responsabilidade com relação à sua privacidade e segurança. Não esperamos que você forneça nenhum tipo de informação pessoal no seu perfil e, mesmo que você deseje fornecê-las, a FeministWiki nunca entregará essas informações a ninguém, a menos que forçada a fazê-lo pelas autoridades alemãs. <br />
<br />
=== Quem administra este site? ===<br />
<br />
Este ''site'' foi criado por [[FW:Technician|um programador]] que queria oferecer trabalho voluntário ao movimento feminista radical (e também treinar as suas habilidades de administração de servidores). No momento, ele prefere não revelar sua verdadeira identidade de forma a desencorajar comportamentos abusivos vindos de anti-feministas. Ele está bastante ciente dos repetidos escândalos envolvendo "homens feministas" e não possui expectativa alguma de ganhar a confiança de todos os membros. Dessa forma, ele tenta criar uma infraestrutura aberta e bem-documentada que deveria ser de fácil replicação por qualquer outro especialista em TI caso algo dê errado. Além disso, o ''site'' não espera que seus membros forneçam nenhum tipo de informação pessoal. (Ver também a seção anterior.) Sendo assim, seus membros não ''precisam'' confiar em quem quer que esteja administrando o site, pois eles mesmos também tem a capacidade de criar seus próprios projetos do tipo caso isso se mostre necessário.<br />
<br />
"Confiança é bom, controle é melhor." -- Dito popular alemão comumente atribuído a Vladimir Lênin<br />
<br />
== Tópicos de ajuda ==<br />
<br />
=== O que acontece se eu perder minha senha? ===<br />
<br />
''Página principal de ajuda: [[Ajuda:Senha]]''<br />
<br />
Se você desejar assegurar-se contra senhas perdidas, poderá adicionar um endereço de e-mail para a recuperação através da página de [https://settings.feministwiki.org/settings.html Configurações de conta da FeministWiki]. Esse endereço de e-mail '''não''' deve ser o seu endereço de e-mail da FeministWiki (como ''janedoe@feministwiki.org''), porque você precisa de sua senha da FeministWiki para acessar sua caixa de e-mail daqui. (O problema do ovo e da galinha.) O endereço de e-mail de recuperação não será visível a ninguém além do técnico da FeministWiki.<br />
<br />
Se for muito importante manter sua identidade privada e você não confiar no técnico ou tiver medo de vazamentos de dados, você poderá utilizar um endereço de e-mail não afiliado à sua verdadeira identidade. Apenas certifique-se de que sempre terá acesso ao endereço de e-mail que utilizar para esse propósito, já que de outra forma você não conseguirá redefinir sua senha.<br />
<br />
'''Alternativamente''', você pode entrar em contato com o técnico enviando um e-mail a technician@feministwiki.org e requisitar uma redefinição manual de senha.<br />
<br />
=== Como funciona a criação e edição de páginas da wiki? ===<br />
<br />
''Página principal de ajuda: [[Ajuda:Wiki]]''<br />
<br />
Aprender a edição de ''wikis'' pode levar algum tempo, mas a comunidade certamente adorará suas contribuições!<br />
<br />
Leia a página de ajuda mencionada acima para aprender como começar, ou caia de cabeça na [https://www.mediawiki.org/wiki/Help:Contents/pt página de ajuda da MediaWiki] se já possuir alguma familiaridade com o ''software'' ou estiver sentindo-se com coragem.<br />
<br />
=== Como utilizo o fórum? ===<br />
<br />
''Página principal de ajuda: [[Ajuda:Fórum]]''<br />
<br />
''Página principal do fórum: https://forum.feministwiki.org/''<br />
<br />
Um fórum de internet ou fórum ''web'' é um ''site'' que permite a seus membros a criação de "tópicos" (também chamados de ''threads'') para a discussão de um determinado assunto. Uma vez que um tópico seja criado, outros membros podem responder no tópico (ou "postar" nele) de forma a fornecerem suas opiniões. Não há limite sobre o que esses tópicos possam ser, então o fórum oferece um certo número de categorias (ou "subfóruns") dentro das quais os tópicos são agrupados. Um exemplo bastante conhecido de um fórum de internet é o ''site'' britânico [https://www.mumsnet.com/Talk/active-conversations Mumsnet].<br />
<br />
=== Como utilizo o sistema de bate-papo? ===<br />
<br />
''Página principal de ajuda: [[Ajuda:Bate-papo]]<br />
<br />
''Interface ''web'' do bate-papo: https://chat.feministwiki.org/''<br />
<br />
A maneira mais simples de se utilizar o bate-papo é abrindo-se a interface ''web'' apresentada acima, e conectando-se lá com o seu nome de usuário e senha da FeministWiki.<br />
<br />
Você também pode acessar o bate-papo através de programas de bate-papo como o [https://gajim.org/ Gajim] ou de aplicações para ''smartphones'', como o [https://www.xabber.com/android/ Xabber para Android] ou o [https://chatsecure.org/ ChatSecure para iOS].<br />
<br />
Para instruções detalhadas sobre como configurar esses programas/aplicações de bate-papo, leia a página de ajuda citada acima.<br />
<br />
=== Como publico no ''blog''? ===<br />
<br />
''Página principal do ''blog'': https://blogs.feministwiki.org/''<br />
<br />
Se desejar publicar artigos no ''blog'' da FeministWiki, peça ao técnico através do envio de um e-mail a technician@feministwiki.org, e será fornecida a sua conta a habilidade de publicação no ''blog''. Se desejar, você também pode obter um ''blog'' personalizado sobre o qual terá pleno controle, sob um endereço como "blogs.feministwiki.org/JaneDoe".<br />
<br />
O ''blog'' utiliza uma instalação auto-hospedada do conhecido ''software'' de criação de ''blogs'' [https://wordpress.com/features/ WordPress]. Enquanto a organização WordPress controla os ''blogs'' que são hospedados em seus próprios servidores, ela também disponibiliza o ''software'' por trás do seu sistema de ''blog'' sob uma licença de [https://www.fsf.org/about/what-is-free-software software livre], de forma que qualquer pessoa pode instalá-lo em seus próprios servidores. A FeministWiki possui uma instalação local desse ''software'', o que significa a organização WordPress não possui nenhum controle sobre o que é publicado nos ''blogs'' da FeministWiki. Dessa forma, você não precisa ter medo de sofrer censura.<br />
<br />
Para maiores informações sobre o ''blog'' da FeministWiki, visite a página principal do ''blog'' mencionada acima.<br />
<br />
=== Como utilizo o armazenamento de arquivos? ===<br />
<br />
''Página principal de ajuda: [[Ajuda:Arquivos]]''<br />
<br />
''Interface ''web'' dos arquivos: https://files.feministwiki.org/''<br />
<br />
O armazenamento de arquivos da FeministWiki permite que você faça o envio de arquivos potencialmente bastante grandes e grave-os nos servidores do ''site''. Você pode acessar esses arquivos de qualquer lugar com acesso à internet, e opcionalmente compartilhá-los com outros através de um ''link'' que você pode enviar.<br />
<br />
De forma a prevenir uma sobrecarga acidental do servidor, a todos os membros é fornecida uma quota de 1GB de armazenamento por padrão. Se desejar armazenar mais dados, peça ao técnico que aumente a sua quota.<br />
<br />
Para informações mais detalhadas sobre como usar o armazenamento de arquivos, veja a página de ajuda mencionada acima.<br />
<br />
=== Como utilizo o meu endereço de e-mail da FeministWiki? ===<br />
<br />
''Página principal de ajuda: [[Ajuda:E-mail]]<br />
<br />
''Interface ''web'' do e-mail: https://mail.feministwiki.org/''<br />
<br />
A maneira mais fácil de usar o seu e-mail da FeministWiki é visitando a sua interface ''web'' mencionada acima e conectando-se com seu usuário e senha da FeministWiki.<br />
<br />
Você também pode configurar qualquer programa de e-mail/aplicativo em seu computador ou ''smartphone'' para utilizar seu endereço de e-mail.<br />
<br />
Para maiores informações, veja a página de ajuda mencionada acima.<br />
<br />
=== Como é? Vocês tem um servidor de IRC? ===<br />
<br />
''Página principal de ajuda: [[Ajuda:IRC]]''<br />
<br />
A FeministWiki oferece um servidor de ''Internet Relay Chat'' para aquelas pessoas que já utilizam computadores há um bom tempo e sentem-se nostálgicas, ou para as gerações mais recentes que redescobriram o IRC.<br />
<br />
O servidor é acessível apenas para membros. Ele rejeita as conexões daqueles que não conseguem autenticar-se com um nome de usuário e senha válidos da FeministWiki. O nome do servidor é '''irc.feministwiki.org''' e apenas conexões criptografadas são aceitas, através da porta 6697. Para estabelecer uma conexão, configure seu cliente de IRC de forma que seu ''nick'' seja o seu nome de usuário da FeministWiki, e faça seu cliente usar o método de autenticação rudimentar <code>PASS</code> com a sua senha da FeministWiki. (Na maior parte dos clientes de IRC isso corresponde simplesmente a um campo de texto de "senha" que você pode preencher enquanto configura a conexão.)<br />
<br />
=== Tenho uma amiga que deseja tornar-se membro! ===<br />
<br />
''Interface: [https://account.feministwiki.org/add-member.html Adicionar um membro]''<br />
<br />
Todo membro da FeministWiki pode adicionar mais membros. Atualmente, a interface ''web'' básica citada acima é a única maneira de se fazer isso.<br />
<br />
Simplesmente preencha o seu próprio nome de usuário e senha da FeministWiki e então preencha o nome de usuário desejado do membro que você deseja adicionar. Após pressionar o botão "Adicionar membro", a paginá mostrará algum texto dizendo que a operação foi bem-sucedida e também fornecerá uma senha gerada automaticamente. Envie o nome de usuário e a senha gerada ao novo membro e informe-o que ele pode mudar a própria senha após entrar no sistema.</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=FeministWiki:Welcome&diff=855FeministWiki:Welcome2020-05-19T10:58:45Z<p>Deleted: Bcf moveu FeministWiki:Welcome para FeministWiki:Boas-vindas: Traduzir página para o português</p>
<hr />
<div>#REDIRECIONAMENTO [[FeministWiki:Boas-vindas]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=FeministWiki:Boas-vindas&diff=854FeministWiki:Boas-vindas2020-05-19T10:58:45Z<p>Deleted: Bcf moveu FeministWiki:Welcome para FeministWiki:Boas-vindas: Traduzir página para o português</p>
<hr />
<div>Welcome to the FeministWiki! This page will guide you through everything you need to know as a member.<br />
<br />
== What is the FeministWiki? ==<br />
<br />
The FeministWiki is a website with different components, that aims to offer a rich digital platform for feminist information and activism. The components of the FeministWiki are:<br />
<br />
* A wiki, where educational and informational articles on feminist topics can be curated by the community. Like Wikipedia, but for feminism. You're reading a page of the wiki right now.<br />
* A [https://blogs.feministwiki.org/ blog platform] where members who wish to publish articles can become authors on the shared main blog, or get their own personalized blog which they have full control over, such as: [https://blogs.feministwiki.org/socjuswiz/ SocialJusticeWizardry]<br />
* A [https://files.feministwiki.org file-storage platform] (similar to DropBox) where you can upload files you want to save, and optionally share them with others. For instance, you could upload PDF documents, information charts, recordings of seminars, or even just feminist memes, so you can access them from any computer by logging in to your FeministFiles account.<br />
* A [https://forum.feministwiki.org/ traditional web forum] where members can hold discussions about all sorts of topics. If you're familiar with the British website Mumsnet, this one's a bit like that.<br />
* A [https://chat.feministwiki.org chat messaging system] that can be used through the website or via smartphone apps. Like WhatsApp, but accessible for FeministWiki members only, and it doesn't need your mobile number.<br />
<br />
Members of the FeministWiki can use all of these services by logging in with the same username and password in each of them.<br />
<br />
Further, every member is given an e-mail address like ''janedoe@feministwiki.org'' which they can use to send and receive e-mails. This might be useful, for example, if you don't want to use your personal e-mail address for political purposes.<br />
<br />
=== What sort of feminism is it for? ===<br />
<br />
As explained on the [[Main Page]], the FeministWiki is aimed at classical/radical feminism.<br />
<br />
This includes, for instance, anti-prostitution and anti-pornography activism, female reproductive rights, opposition to gender stereotypes, support for female-only spaces, alliance with lesbian feminists and generally support for lesbian rights, and so on.<br />
<br />
Genuine intersectional approaches are definitely valued, such as alliance with black feminists, support of women in poverty, etc., whereas faux-intersectionality that denies sex-based oppression and centers male interests is frowned upon.<br />
<br />
=== How are new members added? ===<br />
<br />
All members of the FeministWiki have a right to [https://add-member.feministwiki.org add further members] as they like.<br />
<br />
Please be careful in who you add, as communities like this are juicy targets for troll infiltration. The system internally keeps track of who was added by who, so in the absolute worst case the technician is able to find the source of a troll infiltration and issue a sweeping ban to bring back peace, but it would of course be ideal if something like this didn't happen in the first place.<br />
<br />
That said, please bring in as many of your trusted friends as you can! The FeministWiki only has a purpose so long as there's a community making use of it.<br />
<br />
=== Can I trust you with my data? ===<br />
<br />
If you want maximum security, '''you should never use any FeministWiki service to store or transmit sensitive information'''. The [[FW:Technician|technician(s)]] who have administrative access to the server can see your chat messages, emails, files uploaded to file storage, and so on, unless you use encryption on your computer before transmitting the data. There is also always the possibility of security holes in the server leading to data leaks, even if the technicians are not malicious and even if they follow common security best practices.<br />
<br />
That said, the FeministWiki promises to show the utmost responsibility with regard to privacy and security. It doesn't expect you to provide any sort of personal information in your profile, and even if you choose to do so, the FeministWiki will never give that information out, unless forced to do so by German law enforcement.<br />
<br />
=== Who runs the site? ===<br />
<br />
The site was set up by [[FW:Technician|a male computer programmer]] who wanted to do volunteer work for the radical feminist movement (and also train his server administration skills). For now, he prefers not to reveal his real-life identity, to deter abuse from anti-feminists. He is well aware of the repeated scandals surrounding "male feminists" and has no expectation of gaining the trust of all members. As such, he tries to create an open and well-documented infrastructure that should be easy to replicate by any other IT specialist in case something goes wrong. Also, the site does not expect members to provide any personal information. (See also the previous section.) This way, members shouldn't ''need'' to put trust in whoever is running the site, as they could take things under their own control if needed.<br />
<br />
"Trust is good, control is better." -- German idiom, commonly attributed to Vladimir Lenin<br />
<br />
== Help topics ==<br />
<br />
=== What happens if I lose my password? ===<br />
<br />
''Main help page: [[Help:Password]]''<br />
<br />
If you want to have safety against lost passwords, you can set a recovery e-mail address via the [https://settings.feministwiki.org/settings.html FeministWiki Account Settings] page. This e-mail address should '''not''' be your FeministWiki e-mail address (like ''janedoe@feministwiki.org''), because you need your FeministWiki password to access that one in the first place. (Chicken and egg problem.) The recovery e-mail address will be invisible to everyone except the FeministWiki technician.<br />
<br />
If it's very important for you to keep your identity private, and if you don't trust the technician or fear data leaks, then you can use an e-mail address that isn't tied to your real identity. Just make sure that you can always access the e-mail that you use for this purpose, as otherwise you will not be able to reset your password.<br />
<br />
'''Alternatively,''' you can contact the technician and ask for a manual password reset. You can reach the technician by sending an e-mail to admin@feministwiki.org, or by writing to [https://twitter.com/@FeministWiki @FeministWiki] or [https://twitter.com/@FeministWiki2 @FeministWiki2] on Twitter.<br />
<br />
=== How does creating or editing wiki pages work? ===<br />
<br />
''Main help page: [[Help:Wiki]]''<br />
<br />
Getting the hang of wiki editing may take some time, but the community will surely be delighted by your contributions!<br />
<br />
See the help page linked above to get started, or dive right into the official and comprehensive [https://www.mediawiki.org/wiki/Help:Contents MediaWiki help page] if you're already somewhat skilled with software or feel courageous.<br />
<br />
=== How do I use the forum? ===<br />
<br />
''Main help page: [[Help:Forum]]''<br />
<br />
''Forum front-page: https://forum.feministwiki.org/''<br />
<br />
An internet forum or web forum is a website that allows members to create "topics" (also called "threads") to discuss a certain matter. Once a topic is created, other members can reply (or "post") to the topic to add their insights. There is no limit to what these topics may be about, so the forum usually offers a number of categories (or "sub forums") under which the topics are grouped. A well-known example of a web forum is the British website [https://www.mumsnet.com/Talk/active-conversations Mumsnet].<br />
<br />
For detailed instructions on how to use the FeministWiki forum, visit the forum help page linked above.<br />
<br />
=== How do I use the chat system? ===<br />
<br />
''Main help page: [[Help:Chat]]''<br />
<br />
''Chat web-interface: https://chat.feministwiki.org/''<br />
<br />
The simplest way to use the chat is by opening the web interface linked above, and logging in there with your FeministWiki username and password.<br />
<br />
You can also access the chat from dedicated chat programs like [https://gajim.org/ Gajim] or smartphone apps like [https://www.xabber.com/android/ Xabber for Android] or [https://chatsecure.org/ ChatSecure for iOS].<br />
<br />
For detailed instructions on how to set up some of these chat programs/apps, see the help page linked above.<br />
<br />
=== How do I publish on the blog? ===<br />
<br />
''Blog front-page: https://blogs.feministwiki.org/''<br />
<br />
If you want to publish articles on the FeministWiki blog, ask the technician by sending an e-mail to admin@feministwiki.org, and your FeministWiki account will be granted the ability to publish on the blog. If you want, you can also get a personalized blog that you have full control over, under a name like "blogs.feministwiki.org/JaneDoe".<br />
<br />
The blog uses a self-hosted installation of the well-known blogging software [https://wordpress.com/features/ WordPress]. While the WordPress organization controls blogs that are hosted on their own servers, they also release the software behind their blogging system under a [https://www.fsf.org/about/what-is-free-software free software] license, so anyone can install it on their own servers. The FeministWiki has such a local installation of that software, meaning that the WordPress organization has no control over what's published on the FeministWiki blog. As such, you don't need to fear censorship.<br />
<br />
For further information on the FeministWiki blog, visit the blog front-page linked above.<br />
<br />
=== How do I use the file storage? ===<br />
<br />
''Main help page: [[Help:Files]]''<br />
<br />
''Files web-interface: https://files.feministwiki.org/''<br />
<br />
The FeministWiki file storage lets you upload potentially very large files and save them on the FeministWiki servers. You can then access the files from anywhere, and optionally share some files with others via a link you send them.<br />
<br />
To prevent accidental overloading of the server, every member is granted a quota of 1 GB storage by default. If you would like to store more data, just ask the technician to increase your quota.<br />
<br />
For detailed information on how to use the file storage, see the help page linked above.<br />
<br />
=== How do I use my FeministWiki e-mail address? ===<br />
<br />
''Main help page: [[Help:Mail]]''<br />
<br />
''Mail web-interface: https://mail.feministwiki.org/''<br />
<br />
The easiest way to use your FeministWiki e-mail is by visiting the web interface linked above, and logging in with your FeministWiki username and password.<br />
<br />
You can also set up any e-mail program/app on your computer or smartphone to use your FeministWiki e-mail address.<br />
<br />
For further details, see the help page linked above.<br />
<br />
=== Wait what? You have an IRC server? ===<br />
<br />
''Main help page: [[Help:IRC]]''<br />
<br />
The FeministWiki offers an ''Internet Relay Chat'' server for those who have been using computers for a long time and feel especially nostalgic, or those among the younger generations who have re-discovered IRC.<br />
<br />
The server is only open to members. It rejects connections from those who can't authenticate with a valid FeministWiki username and password. The hostname is '''irc.feministwiki.org''' and only encrypted connections are accepted, on port 6697. To establish a connection, configure your IRC client so that your IRC nick is your FeministWiki username, and make your client use the rudimentary <code>PASS</code> authentication method with your FeministWiki password. (In most IRC clients this will simply correspond to a "password" text field that you fill out while configuring the connection.)<br />
<br />
=== I have a friend who wants to become a member! ===<br />
<br />
''Interface: [https://settings.feministwiki.org/add-member.html Add a member]''<br />
<br />
Every member of the FeministWiki can add further members. Currently the above-linked basic web interface is the way to do so.<br />
<br />
Simply fill out your own FeministWiki username and password, and then enter the desired username for the member you want to add. After you click the "Add member" button, the page will show some text saying that the operation was successful and show you an automatically generated password. Send the username and the generated password to the new member and inform them that they can change their password after logging in.</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Ajuda:IRC&diff=853Ajuda:IRC2020-05-18T19:22:19Z<p>Deleted: Tradução da página em inglês</p>
<hr />
<div>A FeministWiki oferece um servidor do bom e velho ''Internet Relay Chat'' para quem já possui familiaridade com IRC.<br />
<br />
* '''Host:''' irc.feministwiki.org<br />
* '''Porta:''' 6697<br />
* '''Criptografia:''' TLS necessário<br />
* '''Autenticação:''' Seu ''nick'' deve ser o seu nome de usuário da FeministWiki, e o seu cliente deve enviar sua senha da FeministWiki com o comando <code>PASS</code>. Na maior parte dos clientes IRC isso corresponde a um simples campo de texto "senha" ou uma opção de configuração do tipo.<br />
<br />
Se o seu cliente falhar em autenticar-se da maneira mencionada acima, a conexão será recusada pelo servidor.</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Modelo_n%C3%B3rdico&diff=852Modelo nórdico2020-05-08T11:15:31Z<p>Deleted: Fix link to page in English</p>
<hr />
<div>{{PageSeo | description = O modelo nórdico é o único modelo legislativo sobre prostituição que é compatível com os direitos humanos.}}<br />
<br />
No [[feminismo anti-prostituição]], o '''modelo nórdico''' (previamente '''modelo sueco''') refere-se ao sistema legal no qual pessoas que prostituem outras ("cafetões") e aqueles que compram sexo (clientes) são criminalizados, enquanto pessoas que se prostituem são decriminalizadas. Além disso, esse modelo enfatiza a importância de se oferecer apoio social e econômico àqueles que, de outra maneira, não teriam nenhuma outra opção além de se prostituírem graças a problemas econômicos ou relacionados à saúde mental, como vício em drogas.<br />
<br />
O modelo nórdico é único em sua maneira de ver a prostituição como sendo inerentemente um crime contra àquelas que se prostituem. Essa idea provém da análise feminista da prostituição como uma forma de exploração e coerção das mulheres que permite a homens acesso direto aos seus corpos por nenhum outro motivo além do seu prazer carnal. Isso é visto como especialmente ultrajante e frequentemente é um ato severamente traumatizante que não pode ser visto como uma forma legítima de trabalho. Em muitos casos, as vítimas de prostituição são também transexuais, homens, ou até mesmo crianças, embora os compradores de sexo sejam quase sempre homens.<br />
<br />
Além disso, cafetões frequentemente sujeitam prostitutas a condições análogas à escravidão, no qual elas dificilmente recebem uma parcela significativa de seus ganhos e são rotineiramente abusadas não só pelos seus clientes, como também pelo seu próprio cafetão. Uma versão ainda mais extrema disso é a combinação do tráfico de pessoas com a prostituição forçada, no qual mulheres e outras pessoas são negociadas como escravas com o propósito único de serem forçadas à prostituição pelos seus compradores. A relação entre a demanda criada pelos compradores de sexo e a oferta correspondente, que é oferecida por cafetões e traficantes de pessoas, forma uma motivação adicional para o modelo nórdico, que é a de ''acabar com a demanda'' de pessoas sendo traficadas. Como os compradores de sexo são criminalizados, a demanda para a prostituição diminui e, dessa forma, cafetões e traficantes de pessoas perdem a motivação por causa do risco de serem pegos, já que seus ganhos não são tão lucrativos quanto antes.<br />
<br />
O módelo nórdico é rotineiramente criticado por ativistas "pró-trabalho sexual", que julgam que a livre escolha de uma pessoa comparativamente privilegiada de se prostituir voluntariamente esteja acima da segurança e dos direitos daquelas que inevitavelmente sofrem sob a prostituição forçada, quando esta é de alguma forma tolerada pela sociedade. Eles argumentam que os problemas da prostituição forçada, o abuso físico/sexual na prostituição, e o tráfico de pessoas, podem ser claramente separados do ato de prostituição em si. Muitos vão além ao alegar que, se a prostituição fosse completamente decriminalizada, isso diminuiria as formas mais abusivas de prostituição, já que as formas mais "limpas" a substituiriam. Dados sugerem que o efeito da decriminalização completa é, efetivamente, um aumento - não uma diminuição - do tráfico de pessoas, como previsto pelos apoiadores do modelo nórdico. Também se observa que, apesar das alegações de ativistas "pró-trabalho sexual" de que a decriminalização diminui o estigma associado à prostituição e, consequentemente, a probabilidade de mulheres prostituídas sofrerem violência, parece que, de fato, não há um fim das formas extremas de violência enfrentadas por prostitutas em países como a Nova Zelândia, onde a prostituição foi completamente decriminalizada.<br />
<br />
''(Todo: mencionar a NSWP, Anistia, etc.)''<br />
<br />
== Referências ==<br />
<br />
* https://nordicmodelnow.org/<br />
* http://prostitutionresearch.com/<br />
* https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0305750X12001453<br />
* http://www.lse.ac.uk/website-archive/newsAndMedia/newsArchives/2012/12/Legalised-prostitution-increases-human-trafficking.aspx<br />
* https://www.nytimes.com/roomfordebate/2012/04/19/is-legalized-prostitution-safer/legalizing-prostitution-leads-to-more-trafficking<br />
* https://www.feministcurrent.com/2015/11/03/remembering-the-murdered-women-erased-by-the-pro-sex-work-agenda/<br />
* https://www.theguardian.com/commentisfree/2015/oct/22/pimp-amnesty-prostitution-policy-sex-trade-decriminalise-brothel-keepers<br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:Nordic Model]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Aborto&diff=851Aborto2020-05-08T11:07:51Z<p>Deleted: Consertar aviso de esboço</p>
<hr />
<div>{{PageSeo | description = Aborto geralmente se refere ao ato deliberado de terminar-se uma gravidez. }}<br />
{{esboço}}<br />
<br />
Aborto é o término de uma gravidez através da remoção ou expulsão de um embrião ou feto. Há atualmente debates significativos sobre a moralidade do aborto, e esses debates são ativos mesmo dentro da comunidade feminista radical. O objetivo desta página é examinar criticamente alguns dos argumentos pró-vida mais populares, e fornecer o seu contra-argumento feminista radical, assim como respostas a críticas populares pró-vida.<br />
<br />
== O posicionamento pró-vida ==<br />
<br />
O posicionamento pró-vida (anti-aborto) é tipicamente moldado em alguma variação do seguinte silogismo:<br />
<br />
Um embrião ou feto é uma pessoa.<br />
Tirar a vida de uma pessoa é moralmente errado.<br />
Logo, o aborto é moralmente errado.<br />
<br />
== Resposta pró-escolha ==<br />
<br />
Respostas filosóficas para o posicionamento pró-vida geralmente tomam uma de duas formas. A primeira baseia-se no direito da mulher à autonomia corporal, que feministas argumentam suplantar o direito do feto à vida. A segunda forma critica diretamente o argumento pró-vida, em particular o conceito de personalidade fetal ou embriônica.<br />
<br />
=== Personalidade fetal ===<br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:Abortion]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Aborto&diff=850Aborto2020-05-08T11:07:24Z<p>Deleted: Mudar aviso de "esta seção precisa de elaboração" para identificar a página como um esboço</p>
<hr />
<div>{{PageSeo | description = Aborto geralmente se refere ao ato deliberado de terminar-se uma gravidez. }}<br />
{{{esboço}}}<br />
<br />
Aborto é o término de uma gravidez através da remoção ou expulsão de um embrião ou feto. Há atualmente debates significativos sobre a moralidade do aborto, e esses debates são ativos mesmo dentro da comunidade feminista radical. O objetivo desta página é examinar criticamente alguns dos argumentos pró-vida mais populares, e fornecer o seu contra-argumento feminista radical, assim como respostas a críticas populares pró-vida.<br />
<br />
== O posicionamento pró-vida ==<br />
<br />
O posicionamento pró-vida (anti-aborto) é tipicamente moldado em alguma variação do seguinte silogismo:<br />
<br />
Um embrião ou feto é uma pessoa.<br />
Tirar a vida de uma pessoa é moralmente errado.<br />
Logo, o aborto é moralmente errado.<br />
<br />
== Resposta pró-escolha ==<br />
<br />
Respostas filosóficas para o posicionamento pró-vida geralmente tomam uma de duas formas. A primeira baseia-se no direito da mulher à autonomia corporal, que feministas argumentam suplantar o direito do feto à vida. A segunda forma critica diretamente o argumento pró-vida, em particular o conceito de personalidade fetal ou embriônica.<br />
<br />
=== Personalidade fetal ===<br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
[[en:Abortion]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Modelo_n%C3%B3rdico&diff=849Modelo nórdico2020-05-08T10:54:31Z<p>Deleted: Tradução da página do inglês e acréscimo do link para a página nessa língua</p>
<hr />
<div>{{PageSeo | description = O modelo nórdico é o único modelo legislativo sobre prostituição que é compatível com os direitos humanos.}}<br />
<br />
No [[feminismo anti-prostituição]], o '''modelo nórdico''' (previamente '''modelo sueco''') refere-se ao sistema legal no qual pessoas que prostituem outras ("cafetões") e aqueles que compram sexo (clientes) são criminalizados, enquanto pessoas que se prostituem são decriminalizadas. Além disso, esse modelo enfatiza a importância de se oferecer apoio social e econômico àqueles que, de outra maneira, não teriam nenhuma outra opção além de se prostituírem graças a problemas econômicos ou relacionados à saúde mental, como vício em drogas.<br />
<br />
O modelo nórdico é único em sua maneira de ver a prostituição como sendo inerentemente um crime contra àquelas que se prostituem. Essa idea provém da análise feminista da prostituição como uma forma de exploração e coerção das mulheres que permite a homens acesso direto aos seus corpos por nenhum outro motivo além do seu prazer carnal. Isso é visto como especialmente ultrajante e frequentemente é um ato severamente traumatizante que não pode ser visto como uma forma legítima de trabalho. Em muitos casos, as vítimas de prostituição são também transexuais, homens, ou até mesmo crianças, embora os compradores de sexo sejam quase sempre homens.<br />
<br />
Além disso, cafetões frequentemente sujeitam prostitutas a condições análogas à escravidão, no qual elas dificilmente recebem uma parcela significativa de seus ganhos e são rotineiramente abusadas não só pelos seus clientes, como também pelo seu próprio cafetão. Uma versão ainda mais extrema disso é a combinação do tráfico de pessoas com a prostituição forçada, no qual mulheres e outras pessoas são negociadas como escravas com o propósito único de serem forçadas à prostituição pelos seus compradores. A relação entre a demanda criada pelos compradores de sexo e a oferta correspondente, que é oferecida por cafetões e traficantes de pessoas, forma uma motivação adicional para o modelo nórdico, que é a de ''acabar com a demanda'' de pessoas sendo traficadas. Como os compradores de sexo são criminalizados, a demanda para a prostituição diminui e, dessa forma, cafetões e traficantes de pessoas perdem a motivação por causa do risco de serem pegos, já que seus ganhos não são tão lucrativos quanto antes.<br />
<br />
O módelo nórdico é rotineiramente criticado por ativistas "pró-trabalho sexual", que julgam que a livre escolha de uma pessoa comparativamente privilegiada de se prostituir voluntariamente esteja acima da segurança e dos direitos daquelas que inevitavelmente sofrem sob a prostituição forçada, quando esta é de alguma forma tolerada pela sociedade. Eles argumentam que os problemas da prostituição forçada, o abuso físico/sexual na prostituição, e o tráfico de pessoas, podem ser claramente separados do ato de prostituição em si. Muitos vão além ao alegar que, se a prostituição fosse completamente decriminalizada, isso diminuiria as formas mais abusivas de prostituição, já que as formas mais "limpas" a substituiriam. Dados sugerem que o efeito da decriminalização completa é, efetivamente, um aumento - não uma diminuição - do tráfico de pessoas, como previsto pelos apoiadores do modelo nórdico. Também se observa que, apesar das alegações de ativistas "pró-trabalho sexual" de que a decriminalização diminui o estigma associado à prostituição e, consequentemente, a probabilidade de mulheres prostituídas sofrerem violência, parece que, de fato, não há um fim das formas extremas de violência enfrentadas por prostitutas em países como a Nova Zelândia, onde a prostituição foi completamente decriminalizada.<br />
<br />
''(Todo: mencionar a NSWP, Anistia, etc.)''<br />
<br />
== Referências ==<br />
<br />
* https://nordicmodelnow.org/<br />
* http://prostitutionresearch.com/<br />
* https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0305750X12001453<br />
* http://www.lse.ac.uk/website-archive/newsAndMedia/newsArchives/2012/12/Legalised-prostitution-increases-human-trafficking.aspx<br />
* https://www.nytimes.com/roomfordebate/2012/04/19/is-legalized-prostitution-safer/legalizing-prostitution-leads-to-more-trafficking<br />
* https://www.feministcurrent.com/2015/11/03/remembering-the-murdered-women-erased-by-the-pro-sex-work-agenda/<br />
* https://www.theguardian.com/commentisfree/2015/oct/22/pimp-amnesty-prostitution-policy-sex-trade-decriminalise-brothel-keepers<br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:Nordic model]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Anna_Julia_Cooper&diff=848Anna Julia Cooper2020-05-08T01:20:35Z<p>Deleted: Change language links order to appear alphabetically</p>
<hr />
<div>'''Anna Julia Cooper''' nasceu em 10 de agosto de 1858, na Carolina do Norte, filha de Hannah Stanley Haywood e do homem branco que era seu dono.<ref>http://cooperproject.org/about-anna-julia-cooper/</ref> Ela se matriculou numa escola para escravos libertados e destacou-se como estudante. Aos dez anos de idade ensinava matemática em meio-período. Ela observou que seus colegas do sexo masculino eram encorajados a buscar assuntos mais complexos para estudo, o que não ocorria com as estudantes.<ref>https://www.britannica.com/biography/Anna-Julia-Cooper</ref><br />
<br />
Anna casou-se com George Cooper, um colega de classe. O casamento ocorreu em 1877, mas ele faleceu dois anos depois. Após sua morte, Anna foi ao Oberlin College em Ohio e lá se graduou, obtendo um bacharelado em matemática e, em seguida, um título de mestre em matemática em 1888. Ela se tornou professora na M Street High School, em Washington, D.C., onde ensinou matemática, ciências e latim. Em 1902 tornou-se diretora. Ela colocou ênfase em cursos preparatórios para a universidade e mais estudantes foram aceitos em universidades da Ivy League sob sua direção. O Conselho de Educação recusou a renovação de seu contrato para o ano escolar de 1905-1906, então ela passou a ensinar da Lincoln University, uma universidade historicamente negra do Missouri. Ela foi recontratada pelo colégio M Street em 1910, onde continuou a lecionar até 1930, quando tornou-se presidente da Frelinghusen University para adultos que trabalham, até 1941. Ela também terminou uma tese de doutorado, que foi escrita em francês e cujo tema foi a escravidão.<br />
<br />
Nos anos 1890 tornou-se oradora pública e ativista pela educação das pessoas negras. Ela discursou tanto na National Conference of Colored Women de 1895 quanto na primeira Pan-African Conference, em 1900.<br />
<br />
Ela também cuidou de duas crianças orfãs e adotou outras cinco crianças. Aos 105 anos de idade, faleceu durante o sono.<br />
<br />
== References ==<br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[de:Anna Julia Cooper]] [[en:Anna Julia Cooper]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Anna_Julia_Cooper&diff=847Anna Julia Cooper2020-05-08T01:18:57Z<p>Deleted: Tradução da página do inglês</p>
<hr />
<div>'''Anna Julia Cooper''' nasceu em 10 de agosto de 1858, na Carolina do Norte, filha de Hannah Stanley Haywood e do homem branco que era seu dono.<ref>http://cooperproject.org/about-anna-julia-cooper/</ref> Ela se matriculou numa escola para escravos libertados e destacou-se como estudante. Aos dez anos de idade ensinava matemática em meio-período. Ela observou que seus colegas do sexo masculino eram encorajados a buscar assuntos mais complexos para estudo, o que não ocorria com as estudantes.<ref>https://www.britannica.com/biography/Anna-Julia-Cooper</ref><br />
<br />
Anna casou-se com George Cooper, um colega de classe. O casamento ocorreu em 1877, mas ele faleceu dois anos depois. Após sua morte, Anna foi ao Oberlin College em Ohio e lá se graduou, obtendo um bacharelado em matemática e, em seguida, um título de mestre em matemática em 1888. Ela se tornou professora na M Street High School, em Washington, D.C., onde ensinou matemática, ciências e latim. Em 1902 tornou-se diretora. Ela colocou ênfase em cursos preparatórios para a universidade e mais estudantes foram aceitos em universidades da Ivy League sob sua direção. O Conselho de Educação recusou a renovação de seu contrato para o ano escolar de 1905-1906, então ela passou a ensinar da Lincoln University, uma universidade historicamente negra do Missouri. Ela foi recontratada pelo colégio M Street em 1910, onde continuou a lecionar até 1930, quando tornou-se presidente da Frelinghusen University para adultos que trabalham, até 1941. Ela também terminou uma tese de doutorado, que foi escrita em francês e cujo tema foi a escravidão.<br />
<br />
Nos anos 1890 tornou-se oradora pública e ativista pela educação das pessoas negras. Ela discursou tanto na National Conference of Colored Women de 1895 quanto na primeira Pan-African Conference, em 1900.<br />
<br />
Ela também cuidou de duas crianças orfãs e adotou outras cinco crianças. Aos 105 anos de idade, faleceu durante o sono.<br />
<br />
== References ==<br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:Anna Julia Cooper]] [[de:Anna Julia Cooper]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Mulheres_trans_em_esportes_femininos&diff=846Mulheres trans em esportes femininos2020-05-08T00:17:02Z<p>Deleted: Inserir link para a página em inglês</p>
<hr />
<div>{{PageSeo<br />
<!-- Supply the title manually to work around {{PAGENAME}} bug with apostrophes. --><br />
| title = Mulheres trans em esportes femininos | description = Mulheres trans competindo em esportes femininos criam problemas para as mulheres, já que sua fisiologia masculina traz muitas vantagens ao desempenho do atleta.<br />
| keywords = esportes femininos, mulheres trans, esportes, mulheres trans em esportes<br />
}}<br />
Como a noção dos [[Ideologia transgênero|ativistas trans]] de que "mulheres trans são mulheres" é levada literalmente, segue-se que deveria ser permitido a mulheres trans participarem de esportes femininos. Quando uma organização esportiva adere a essa noção, cria-se um problema para os esportes femininos, pois as diversas diferenças fisiológicas entre os sexos permitem que atletas do sexo masculino de alto rendimento tenham um desempenho significativamente melhor que atletas do sexo feminino de alto rendimento na maior parte das modalidades. A dimensão na qual a [[terapia de reposição hormonal]] (TRH) diminui as vantagens de ser homem ainda não é estudada. No entanto, é claro que muitas das mudanças que o corpo masculino sofre durante a puberdade não são revertidas pela TRH, como tamanho corporal, estrutura esquelética e o tamanho dos pulmões e do coração.<br />
<br />
== Diferenças fisiológicas ==<br />
<br />
As significativas diferenças fisiológicas entre os sexos que podem afetar o desempenho atlético incluem, mas não são limitadas, a:<br />
<br />
* Homens pesam cerca de 15% a mais, em média;<ref name="pmid15544194">Ogden CL, Fryar CD, Carroll MD, Flegal KM (2004) [https://www.cdc.gov/nchs/data/ad/ad347.pdf Mean body weight, height, and body mass index, United States 1960-2002.] ''Adv Data'' (347):1-17. PMID: [https://pubmed.gov/15544194 15544194]</ref><br />
* Homens são cerca de 15cm mais alto, em média;<ref name="pmid15544194"/><br />
* Homens possuem ossos mais densos e, consequentemente, mais resistentes, em média;<ref name="pmid16637873">Benjamin M, Toumi H, Ralphs JR, Bydder G, Best TM, Milz S (2006) [https://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/eutils/elink.fcgi?dbfrom=pubmed&retmode=ref&cmd=prlinks&id=16637873 Where tendons and ligaments meet bone: attachment sites ('entheses') in relation to exercise and/or mechanical load.] ''J Anat'' 208 (4):471-90. [http://dx.doi.org/10.1111/j.1469-7580.2006.00540.x DOI:10.1111/j.1469-7580.2006.00540.x] PMID: [https://pubmed.gov/16637873 16637873]</ref><br />
* Homens possuem tendões e ligamentos mais fortes, em média;<ref name="pmid16637873"/><br />
* Homens tem, em média, maior massa muscular total;<ref name="Janssen">Janssen, I., Heymsfield, S. B., Wang, Z., & Ross, R. (2000). [http://jap.physiology.org/content/89/1/81 Skeletal muscle mass and distribution in 468 men and women aged 18–88 yr.] Journal of Applied Physiology, 89(1), 81-88. doi:10.1152/jappl.2000.89.1.81 </ref><br />
* Homens possuem, em média, mais massa muscular em proporção à massa corporal total;<ref name="Janssen"/><br />
* Homens têm cerca de 56% a mais de volume pulmonar, em relação à massa corporal;<ref name="Glucksmann">Glucksmann, A. (1981). Sexual dimorphism in human and mammalian biology and pathology. London: Academic Press. pp. 66–75</ref><br />
* Homens possuem vias aéreas maiores e um maior fluxo de ar, mesmo quando equiparados a mulheres em altura e volume pulmonar;<ref name="Hackney">Duke J.W. Sex Hormones and Their Impact on the Ventilatory Responses to Exercise and the Environment (Chapter 2). In: Hackney, A. (ed.) (2017). Sex hormones, exercise and women: Scientific and clinical aspects. Cham (Switz.): Springer, pp. 21-22</ref><br />
* Homens possuem corações maiores, com a contagem de células vermelhas sendo cerca de 10% maior e maior quantidade de hemoglobina, implicando numa maior capacidade de transporte de oxigênio, por mais que a diferenla seja menor entre atletas;<ref name="Glucksmann"/><br />
* Homens têm maior quantidade de "fatores de coagulação" circulando, o que permite uma cicatrização mais rápida e uma maior tolerância a dor periférica.<ref name="Glucksmann"/><br />
<br />
== Mulheres trans famosas em esportes femininos ==<br />
<br />
=== Fallon Fox ===<br />
<br />
O lutador de MMA (Mixed Marcial Arts) [[Fallon Fox]] brutalizou uma oponente, Tamikka Brents, fazendo-a sofrer uma concussão, uma fratura do osso orbital e levar sete grampos na cabeça durante o primeiro ''round'' de uma luta. Brents recorreu às mídias sociais para expressar os seus pensamentos em relação à luta com Fox: "Lutei contra muitas mulheres e nunca havia sentido a força que senti em uma luta como a daquela noite. Não posso responder se é porque ela [sic] nasceu homem ou não, porque não sou médica. Posso apenas dizer que nunca havia me sentido tão subjugada na vida, e sou uma mulher extraordinariamente forte", ela disse. "O seu aperto era diferente, eu normalmente consigo me mover quando segurada por outras mulheres, mas não conseguia me mover de modo algum com o aperto de Fox..."<ref>Cage Potato. (n.d.). After Being TKO'd by Fallon Fox, Tamikka Brents Says Transgender Fighters in MMA ‘Just Isn’t Fair’. [online] Available at: https://archive.is/yZfcs [Accessed 31 Jan. 2019].</ref> De acordo com a Wikipédia, Fox ganhou um total de 5 entre 6 lutas de MMA até maio de 2019, três das quais foram por nocaute.<ref>https://en.wikipedia.org/wiki/Fallon_Fox</ref><br />
<br />
=== Rachel McKinnon ===<br />
<br />
O ciclista transgênero [[Rachel McKinnon]] ganhou o ''sprint'' feminino 35-44 durante o UCI Masters Track Cycling World Championships em Los Angeles, em outubro de 2018.<ref>Ballinger, A. (2019). Rachel McKinnon becomes first transgender woman to win track world title - Cycling Weekly. [online] Cycling Weekly. Available at: https://www.cyclingweekly.com/news/latest-news/rachel-mckinnon-becomes-first-transgender-woman-win-track-world-title-397473 [Accessed 31 Jan. 2019].</ref> A competidora que terminou em terceiro lugar, Jennifer Wagner, comentou que isso era injusto, e depois escreveu no Twitter que estava trabalhando para que as regras fossem mudadas, o que Rachel McKinnon caracterizou como transfóbico.<br />
<br />
=== Terry Miller e Andraya Yearwood ===<br />
<br />
Dois atletas de ensino médio transgêneros e do sexo masculino, [[Terry Miller]] e [[Andraya Yearwood]], ganharam primeiro e segundo lugar no campeonato estadual de Connecticut na corrida de 100 metros em 2018. Miller também ganhou o primeiro lugar na corrida de 200 metros.<ref>Hudak, A. (2018, June 14). Transgender track stars win state championship, ignites debate over rules. Retrieved from https://www.wkbn.com/news/national-world/transgender-track-stars-win-state-championship-ignites-debate/1238813951</ref><br />
<br />
=== Laurel Hubbard ===<br />
<br />
''Artigo da Wikipédia: [https://en.wikipedia.org/wiki/Laurel_Hubbard Laurel Hubbard] (em inglês)''<br />
<br />
O levantador de peso [[Laurel Hubbard]], da Nova Zelândia, vem tomando muitas medalhas de ouro e de prata de mulheres. Em 2017 ele levou a medalha de ouro da categoria feminina com peso superior a 90kg no Australian International & Australian Open em Melbourne, pesando 131,83kg. Ele, então, tornou-se a primeira pessoa a ganhar um título feminino internacional de levantamento de peso para a Nova Zelândia.<ref name=hubbard-wapo/><ref name=hubbard-nzherald/><br />
<br />
Hubbard atendia os requisitos oficiais de eligibilidade para competir contra mulheres, mas muitas competidoras apontaram a injustiça da situação. Elas incluem Iuniarra Sipaia, Toafitu Perive, Deborah Acason e Tracey Lambrechs.<ref name=hubbard-samoaobserver/><ref name=hubbard-wapo/>. O chefe executivo da Australian Weightlifting Federation, Michael Keelan, disse que isso era injusto para com as outras competidoras.<ref name=hubbard-heraldsun/><br />
<br />
Hubbard qualificou-se para os jogos Commonwealth de 2018,<ref name=hubbard-nzolympic/> mas uma lesão no cotovelo durante a competição forçou-o a retirar-se do evento<ref name=hubbard-radionz/> quando estava na liderança.<ref name=hubbard-guardian/><br />
<br />
Hubbard levou outras duas medalhas de ouro femininas nos Pacific Games de 2019, em Samoa.<ref name=hubbard-insidethegames/><br />
<br />
=== Michelle Dumaresq ===<br />
<br />
O competidor profissional da modalidade ''downhill'' de ''mountain bike'' [[Michelle Dumaresq]], que é um transexual [[Cirurgia de redesignação sexual|pós-operativo]] do sexo masculino, ganhou a série Canada Cup de 2002, o que o qualificou para a equipe Nacional Canadense. Em setembro de 2002, Dumaresq correpresentou o Canadá no World Mountain Bike Championships. No entanto, devido a problemas técnicos com sua bicicleta, Dumaresq conseguiu terminar a prova apenas em 24º lugar. Em 2003, Dumaresq ganhou o Canadian National Championships e novamente representou o Canadá no World Championships de 2003. Dumaresq ganhou novamente o Nationals em 2004 e terminou em 17º lugar o World Mountain Bike Championships em Les Gets, França, no ano de 2004.<br />
<br />
No Canadian Nationals de 2006, um protesto de uma das competidores durante a cerimônia do pódio trouxe atenção à participação de Dumaresq em esportes femininos. O namorado da competidora que terminou em segundo lugar, Danika Schroeter, pulou no pódio e ajudou Schroeter a colocar uma camiseta onde lia-se "100% Pure Woman Champ" (campeã 100% pura mulher). A Canadian Cycling Association (CCA) suspendeu Schroeter por suas ações. Contudo, a CCA anunciou que a suspensão de Schroeter teria curso fora de época, quando não teria impacto na competidora.<br />
<br />
=== Hannah Mouncey ===<br />
<br />
Em 27 de maio de 2018, o jogador de handebol do sexo masculino [[Hannah Mouncey]] marcou três pontos para o Melbourne Handball Club na sua vitória contra o University of Queensland Handball Club durante o Oceanian Open Club Championship de 2018.<ref>http://handballvic.org.au/event/5628/</ref><br />
<br />
=== Gabrielle Ludwig ===<br />
<br />
Aos 52 anos, [[Gabrielle Ludwig]], um veterano da marinha, inscreveu-se na equipe feminina de basquete do Santa Clara Community College. [https://culturallyboundgender.files.wordpress.com/2014/06/bilde.jpg Com cerca de 2,08m de altura] e mais do que 30 anos mais velho que as demais jogadoras, o técnico da equipe previu que essa mulher trans pós-operativa tornaria-se "o jogador mais perigoso do estado", <ref>[https://www.lifesitenews.com/news/50-year-old-transsexual-8216woman8217-makes-college-basketball-debut-video 50-year-old transsexual ‘woman’ makes college basketball debut]. (n.d.). Retrieved 31 January 2019.</ref> uma previsão que se provou correta.<ref>[http://www.espn.com/espnw/athletes-life/article/10170842/espnw-gabrielle-ludwig-52-year-old-transgender-women-college-basketball-player-enjoying-best-year-life espnW -- Gabrielle Ludwig, a 52-year-old transgender women’s college basketball player, enjoying best year of her life.] (n.d.). Retrieved 31 January 2019</ref><br />
<br />
=== Lana Lawless ===<br />
<br />
A História Por Trás do Transgênero Tentando Jogar no LPGA Tour (em inglês)<ref>Lana Lawless: The Story Behind Transgender Trying to Play On LPGA Tour | Bleacher Report | Latest News, Videos and Highlights https://bleacherreport.com/articles/490657-lana-lawless-the-story-behind-transgender-trying-to-play-on-lpga-tour#slide4</ref><br />
<br />
=== Chloe Anderson ===<br />
<br />
O caminho desse jogador de voleibol transgênero leva à equipe feminina da NCAA (em inglês)<ref>Transgender Volleyball Player | Identify | Olympic Channel https://www.olympicchannel.com/en/original-series/detail/identify/identify-season-season-1/episodes/this-transgender-volleyball-player-s-path-leads-to-an-ncaa-women-s-team/</ref><br />
<br />
=== Nattaphon Wangyot ===<br />
<br />
As honras estaduais desse estudante trans na equipe feminina de atletismo causa repercussão negativa (em inglês)<ref>Transgender student's all-state honors in girls' track and field ignites backlash https://www.washingtontimes.com/news/2016/jun/6/nattaphon-wangyot-transgender-student-riles-critic/</ref><br />
<br />
=== Amelia Galpin ===<br />
<br />
Porque Essa Mulher Trans Irá Correr na Maratona de Boston (em inglês)<ref>Boston Marathon and Transgender Runners | them. https://www.them.us/story/boston-marathon-trans-women</ref><br />
<br />
=== Aron Taylor ===<br />
<br />
Primeira mulher transgênero termina a Maratona de Jacksonville (em inglês)<ref>First transgender woman finishes Jacksonville Marathon | firstcoastnews.com https://www.firstcoastnews.com/article/news/first-transgender-woman-finishes-jacksonville-marathon/372266597</ref><br />
<br />
== Referências ==<br />
<br />
<references><br />
<br />
<ref name=hubbard-heraldsun><br />
{{cite web<br />
|url=http://www.heraldsun.com.au/sport/more-sports/laurel-hubbard-wins-female-90kg-division-at-weightliftings-australian-international/news-story/cd4a5fa012eb9a5ceb0281faceea5c7a<br />
|title=Laurel Hubbard wins female 90kg+ division at weightlifting’s Australian International<br />
|date=March 20, 2017<br />
|author=Matt Windley<br />
|publisher=Herald Sun<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=hubbard-wapo><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.washingtonpost.com/news/early-lead/wp/2017/03/22/transgender-woman-wins-international-weightlifting-title-amid-controversy-over-fairness/?noredirect=on<br />
|title= Transgender woman wins international weightlifting title amid controversy over fairness<br />
|date=March 22, 2017<br />
|author=Marissa Payne<br />
|publisher=The Washington Post<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=hubbard-nzherald><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.nzherald.co.nz/sport/news/article.cfm?c_id=4&objectid=11821399<br />
|title=Weightlifting: Transgender lifter Laurel Hubbard wins first international outing<br />
|date=March 19, 2017<br />
|publisher=NZ Herald<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=hubbard-nzolympic><br />
{{cite web<br />
|url=http://www.olympic.org.nz/athletes/laurel-hubbard/<br />
|title=Laurel Hubbard - New Zealand Olympic Team<br />
|date=November 24, 2017<br />
|publisher=New Zealand Olympic Team<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=hubbard-radionz><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.radionz.co.nz/news/cwg18/354570/hubbard-has-no-regrets-stays-true-to-sport<br />
|title=Hubbard has no regrets, stays 'true to sport'<br />
|author=Bridget Tunnicliffe<br />
|date=April 9, 2018<br />
|publisher=Radio New Zealand<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=hubbard-guardian><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.theguardian.com/sport/2018/apr/09/transgender-weightlifter-laurel-hubbards-eligibility-under-scrutiny<br />
|title=Transgender weightlifter Laurel Hubbard's eligibility under scrutiny<br />
|date=April 9, 2018<br />
|author=Helen Davidson<br />
|publisher=The Guardian<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name="hubbard-samoaobserver"><br />
{{cite web<br />
|url=http://www.samoaobserver.ws/en/23_03_2017/local/18224/Woman-lifter-beaten-by-transgender-speaks-up.htm<br />
|title=Woman lifter beaten by transgender speaks up<br />
|date=March 23, 2017<br />
|author=Sina Filifilia Seva’aetasi<br />
|publisher=Samoa Observer<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=hubbard-insidethegames><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.insidethegames.biz/articles/1082023/transgender-hubbard-beats-samoan-stars<br />
|title=Transgender weightlifter Hubbard beats home favourites at Samoa 2019 after driving incident revealed<br />
|date=July 13, 2019<br />
|author=Michael Pavitt<br />
|publisher=Inside the Games<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
</references><br />
<br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:Transwomen in women's sports]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Identidade_de_g%C3%AAnero&diff=845Identidade de gênero2020-05-08T00:09:35Z<p>Deleted: Criação da página em português a partir da página em inglês</p>
<hr />
<div>{{esboço}}<br />
<br />
'''Identitdade de gênero''' refere-se às sensações de uma pessoa de "pertencer" a um determinado gênero, como mulher, homem ou não-binário. Esse conceito forma um dos princípios básicos da [[ideologia transgênero]], onde o sentimento de possuir uma determinada identidade de gênero conta como prova de que uma pessoa literalmente ''é'' de determinado gênero. Essa noção é fortemente criticada por feministas por cause de suas implicações [[essencialismo de gênero|essencialistas de gênero]], assim como por erodir os direitos das mulheres por eliminar quaisquer definições úteis do que é uma mulher em primeiro lugar.<br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:Gender identity]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Essencialismo_de_g%C3%AAnero&diff=843Essencialismo de gênero2020-05-07T23:46:20Z<p>Deleted: Typo :-(</p>
<hr />
<div>{{esboço}}<br />
<br />
'''Essencialismo de gênero''' refere-se à crença de que mulheres e homens possuem determinada essência em suas personalidades em conexão com seus gêneros. Exemplos concretos incluem a crença de que mulheres são mais gentis, mais passivas, mais facilmente amedontradas e assim por diante, enquanto homens são mais fortes, mais ativos, mais corajosos e assim por diante. Em outras palavras, essencialismo de gênero é a crença de que [[papéis de gênero]] tradicionais e [[estereótipos de gênero]] são inerentes e tradicionais aos sexos.<br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:Gender essentialism]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Essencialismo_de_g%C3%AAnero&diff=842Essencialismo de gênero2020-05-07T23:42:15Z<p>Deleted: Criação e tradução da página do inglês</p>
<hr />
<div>{{esboço}}<br />
<br />
'''Essencialismo de gênero''' refere-se à crença de que mulheres e homens possuem determinada essência em suas personalidades em conexão com seus gêneros. Exemplos concretos incluem a crença de que mulheres são mais gentis, mais passivas, mais facilmente amedontradas e assim por diante, enquanto homens são mais fortes, mais ativos, mais corajosos e assim por diante. Em outras palavras, essencialismo de gênero é a crença de que [[papéis de gênero]] tradicionais e [[estereótipos de gênero]] são inerentes e tradicionais aos sexos.<br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:Gender essencialism]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Sexo_masculino&diff=841Sexo masculino2020-05-07T23:33:25Z<p>Deleted: Criar a página sobre o sexo feminino, que redireciona para a página sobre Sexo</p>
<hr />
<div>#REDIRECT [[Sexo]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Sexo_feminino&diff=840Sexo feminino2020-05-07T23:32:50Z<p>Deleted: Criar página sobre o sexo feminino, que é redirecionada para a página de Sexo</p>
<hr />
<div>#REDIRECT [[Sexo]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Feminismo_negro&diff=837Feminismo negro2020-03-28T23:22:39Z<p>Deleted: Tradução do artigo em inglês e acréscimo de link para a página em inglês</p>
<hr />
<div>{{PageSeo | description = Feminismo negro refere-se às ideologias centradas nas experiências de mulheres negras.}}<br />
'''Feminismo negro''' refere-se às ideologias centradas nas experiências de mulheres negras. Um tema central no feminismo negro é a '''interseccionalidade''', que se refere às maneiras pelas quais gênero, raça e outras categorias sociais interagem para influenciar a vida e as experiências de opressão de um indivíduo. Feministas negras proeminentes dos séculos XIX ao XXI incluem [[Anna Julia Cooper]], [[Ida B. Wells]], [[Sojourner Truth]], [[Audre Lorde]], [[Patricia Hill Collins]], Gloria Jean Watkins aka [[bell hooks]], [[Kimberlé Crenshaw]], [[Chimamanda Ngozi Adichie]], e Claire Heuchan aka [[Sister Outrider]].<br />
<br />
== História ==<br />
<br />
Mulheres como Sojourner Truth, Anna Julia Cooper e Ida B. Wells exemplificam o ativismo feminista negro no século XIX.<br />
<br />
Em 1851, a abolicionista e defensora dos direitos das mulheres [[Sojourner Truth]] fez um discurso numa convenção dos direitos das mulheres na qual contestou tanto o racismo quanto o sexismo enfrentado pelas mulheres negras. Nenhuma transcrição desse discurso existe, apesar de que Marius Robinson, que estava presente durante o discurso e que trabalhou com Truth, publicou a seguinte versão escrita algumas semanas após o discurso:<br />
<br />
<blockquote><i><br />
Quero dizer algumas coisas sobre esse assunto. Sou uma direito das mulheres [sic]. Tenho tanto músculo quanto qualquer homem, e posso trabalhar tanto quanto qualquer homem. Eu arei e colhi e debulhei e piquei e cortei, e algum homem consegue fazer mais que isso? Escutei muito sobre os sexos serem iguais. Posso suportar tanto peso quanto qualquer homem, e consigo comer tanto quanto qualquer um também, se puder. Sou tão forte quanto qualquer homem é agora. Quanto a intelecto, tudo que posso dizer é, se uma mulher tiver uma caneca, e um homem um barril - por que ela não pode ter a sua caneca cheia? Você não precisa ter medo de nos dar nossos direitos por medo de que tomaremos demais - porque não podemos tomar mais do que a nossa caneca comporta. O pobre homem parece estar todo confuso, e não sabe o que fazer. Pois, crianças, se vocês têm os direitos de uma mulher, deem-nos a ela e se sentirão melhores. Vocês terão os seus próprios direitos, e eles não darão muitos problemas. Não sei ler, mas eu sei ouvir. Ouvi a Bíblia e aprendi que Eva levou o homem a pecar. Bem, se a mulher prejudicou o mundo, dê a ela uma chance de consertá-lo novamente. A Senhora falou sobre Jesus, e sobre como ele nunca desprezou nenhuma mulher, e ela estava certa. Quando Lázaro morreu, Maria e Marta vieram a ele com fé e amor e imploraram a ele que ressucitasse o seu irmão. E Jesus chorou e Lázaro retornou. E como Jesus veio ao mundo? Através do Deus que o criou e da mulher que o pariu. Homem, onde está a sua parte? Mas as mulheres estão se levantando abençoadas por Deus e alguns homens estão se levantando com elas. Mas o homem está numa situação difícil, o pobre escravo está atrás dele, a mulher está atrás dele, ele está com certeza entre um falcão e um urubu.<br />
</i></blockquote><br />
<br />
Cerca de uma década depois, a ativista abolicionista e de direitos das mulheres Frances Gage publicou uma versão diferente, apresentando um forte sotaque sulista, recordado de suas lembranças. A seguinte é a sua recordação do discurso, com o sotaque sulista editado para facilitar a leitura:<br />
<br />
<blockquote><i><br />
As líderes do movimento tremeram ao avistar uma mulher negra alta e magra, num vestido cinza e de turbante branco, encimado por uma touca tosca, entrar deliberadamente na igreja, caminhar com o ar de uma rainha até o corredor, e assentar-se nos degraus do púlpito. Um zumbido de desaprovação foi ouvido pela casa inteira, e de lá pararam nos ouvidos dos presentes, "Uma questão da abolição!" "Direitos das mulheres e escravos!" "Eu avisei!" "Vá, negrinha!"... De novo e de novo, pessoas receosas tremendo vieram até mim e disseram, com franqueza, "Não a deixe falar, sra. Gage, isso vai nos arruinar. Todos os jornais da terra confundirão a nossa causa com a da abolição e dos escravos, e seremos totalmente condenadas". A minha única resposta foi, "Veremos quando a hora chegar".<br />
<br />
No segundo dia o trabalho ficou quente. Ministros metodistas, batistas, episcopais, presbiterianos e universalistas vieram ouvir e discutir as resoluções aprensentadas. Um reivindicou direitos e privilégios superiores aos homens, sob a justificativa de um "intelecto superior"; outro, por causa da "masculinidade de Cristo; se Deus desejasse a igualdade para a mulher, Ele teria dado algum símbolo de Sua vontade através do nascimento, vida e morte do Salvador". Outro nos deu uma visão teológica do "pecado de nossa primeira mãe".<br />
<br />
Houve muitas poucas mulheres naqueles dias que se atreviam a "falar em reunião"; e os majestosos professores do povo estavam aparentemente ficando com o melhor de nós, enquanto os garotos nos corredores, e os zombeteiros nos bancos, estavam em sua maioria apreciando o que eles suponham ser a derrota daquelas "obstinadas". Algumas das colegas mais sensíveis estavam a ponto de perder a dignidade, e a atmosfera pressagiava uma tempestade. Quando lentamente de seu assento no canto levantou-se Sojourner Truth, que, até agora, mal havia levantado sua cabeça. "Não a deixem falar!", arfaram meia dúzia no meu ouvido. Ela se moveu lenta e solenamente até a frente, jogou a velha touca aos pés, e direcionou seus grandes e expressivos olhos a mim. Houve um som sibilante de desaprovação acima e abaixo. Eu me levantei e anunciei, "Sojourner Truth", e implorei à audiência por silêncio durante alguns momentos.<br />
<br />
O tumulto diminui de uma vez, e todos os olhos estavam fixos nessa forma quase amazônica, que tinha quase 1,80m de altura, cabeça erguida, e olhos penetrando o horizonte acima como alguém num sonho. À sua primeira palavra houve um silêncio profundo. Ela falava com um timbre profundo, o qual, apesar de não ser elevado, alcançava quase todos os ouvidos da casa, e passava através da multidão nas portas e janelas.<br />
<br />
"Bem, crianças, onde há tanto barulho deve haver algo fora de harmonia. Acho que entre os escravos do sul e as mulheres do norte, todos falando sobre direitos, o homem branco estará em apuros muito em breve. Mas o que é tudo isso sobre o que estamos falando aqui?"<br />
<br />
"Aquele homem ali disse que mulheres precisam ser ajudadas a entrar em carruagens, e carregadas sobre valas, e precisam do melhor assento em todos os lugares. Ninguém me ajuda a entrar em carruagens, ou sobre poças de lama, ou me dá o melhor assento!" E elevando-se a toda a sua altura, e sua voz num tom como o de um trovão, ela perguntou. "E eu não sou uma mulher? Olhem para mim! Olhem para o meu braço! (e ela ergueu o seu braço direito até a altura do ombro, mostrando uma enorme força muscular). Eu arei, e plantei, e recolhi em celeiros, e homem nenhum conseguiu me superar! E eu não sou uma mulher? Eu poderia trabalhar e comer tanto quanto um homem--quando eu tinha condições--e aguentar o chicote também! E eu não sou uma mulher? Eu pari treze filhos, e vi a maior parte deles vendidos para a escravidão, e quando eu chorei com o meu pesar de mãe, ninguém além de Jesus me ouviu! E eu não sou uma mulher?"<br />
<br />
"Então eles falam sobre essa coisa na cabeça; como é que eles chamam isso?" ("Intelecto", sussurou alguém próximo). "É isso, querido. O que isso tem a ver com os direitos das mulheres ou os direitos dos escravos? Se o meu copo não aguenta nada além de uma caneca, e o seu aguenta um barril, você não seria egoísta ao não me deixar ter a minha medida meio cheia?" E ela apontou o seu dedo significativo, e dirigiu um olhar penetrante ao ministro que havia dado esse argumento. Os aplausos foram longos e altos.<br />
<br />
"Aquele homenzinho de preto ali, ele disse que mulheres não podem ter tantos direitos quanto os homens, porque Cristo não foi uma mulher! De onde o seu Cristo veio?" Trovões não poderiam ter silenciado aquela multidão, como fizeram aqueles tons profundos e maravilhosos, enquanto ela estava em pé com seus braços erguidos e olhos de fogo. Elevando ainda mais a sua voz, ela repetiu, "De onde veio o seu Cristo? De Deus e de uma mulher! O homem não teve nada a ver com Ele!" Oh, que reprimenda foi aquela para aquele homenzinho.<br />
<br />
Voltando-se novamente a outro opositor, ela tomou a defesa da Mãe Eva. Não consegui acompanhá-la o tempo inteiro. Foi penetrante, e espirituoso, e solene; provocando com quase todas as frases aplausos ensurdecedores; e ela terminou declarando: "Se a primeira mulher que Deus fez era forte o bastante para virar o mundo de ponta cabeça sozinha, essas mulheres juntas (e ela dirigiu o seu olhar à plataforma) deveriam ser capazes de virá-lo, e colocá-lo de volta no lugar novamente! E agora elas estão pedindo para fazer isso, é melhor os homens deixarem-nas". Aplausos contínuos saudaram essas palavras. "Obrigada por me ouvirem, e agora a velha Soujourner não tem mais nada a dizer".<br />
</i></blockquote><br />
<br />
Em 1892 outra mulher negra, [[Anna Julia Cooper]], publicou "Uma Voz do Sul" (''A Voice from the South'', em inglês), um livro no qual descreveu a importância das vozes das mulheres negras nas mudanças sociais. Outra feminista negra exemplar, [[Ida B. Wells]], uma ativista e jornalista, liderou uma cruzada contra o linchamento durante os anos 1890. O trabalho dessas e de outras mulheres negras mostram como as políticas da comunidade negra estabeleceram as fundações para a justiça social contra o sexismo de homens negros, a marginalização vinda de feministas brancas, e a privação de direitos advinda do privilégio do homem branco.<br />
<br />
== Interseccionalidade ==<br />
<br />
Um tema central no feminismo negro é o da ''interseccionalidade'', que refere-se às maneiras através das quais gênero, raça e outras categorias sociais (como classe, orientação sexual etc.) interagem, ou "intersectam-se" para influenciar a vida e experiências de opressão de um indivíduo. O termo foi cunhado pela acadêmica jurídica [[Kimberlé Crenshaw]] em 1989, apesar de o conceito preceder a sua cunhagem do termo.<br />
<br />
Nos anos 1970, um grupo de mulheres negras formou o Coletivo Combahee River. Elas viam a interseccionalidade (como é chamada atualmente) como integral na distinção entre o seu movimento e o do feminismo branco, porque "a maior fonte de dificuldade no nosso trabalho político é que não estamos simplesmente tentando lutar contra a opressão em uma frente ou até mesmo duas, mas ao invés disso endereçamos uma grande gama de opressões".<ref name=crcs/> Durante o século XX, mulheres negras permaneceram ativas nos movimentos de justiça social como o feminismo negro, e a interseccionalidade expandiu-se até o discurso acadêmico e profissional. Mulheres como a socióloga Patricia Hill Collins, a acadêmica Kimberlé Crenshaw e a escritora bell hooks são alguns exemplos.<br />
<br />
Em anos recentes, o termo interseccionalidade tem sido frequentemente mal empregado por [[Ideologia transgênero|ativistas transgênero]], que insistem que o feminismo interseccional deve centrar pessoas do sexo masculino que se identificam como [[Mulher trans|mulheres trans]] e fazem frequentemente comparações entre mulheres negras e mulheres trans, o que algumas mulheres negras consideram errôneo e racista, já que mulheres negras, ao contrário de mulheres trans, são inequivocamente do [[sexo feminino]].<br />
<br />
== Leituras recomendadas ==<br />
<br />
* [https://www.blackfeminisms.com/black-feminism/ A Brief History of Black Feminism] em Blackfeminisms.com (em inglês)<br />
* [https://www.blackfeminisms.com/black-feminism-defined/ Black Feminism Defined] em Blackfeminisms.com (em inglês)<br />
* [https://pt.wikipedia.org/wiki/Ain%27t_I_a_Woman%3F ''"Ain't I a Woman"''] na Wikipédia<br />
* [https://pt.wikipedia.org/wiki/Interseccionalidade Interseccionalidade] na Wikipédia<br />
* [https://sisteroutrider.wordpress.com/ Sister Outrider] - Blog de Claire Heuchan (em inglês)<br />
<br />
== Referências ==<br />
<br />
<references><br />
<br />
<ref name=crcs><br />
[https://americanstudies.yale.edu/sites/default/files/files/Keyword%20Coalition_Readings.pdf The Combahee River collective Statement (PDF)]<br />
</ref><br />
<br />
</references><br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:Black feminism]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Sexo&diff=835Sexo2020-03-11T19:56:12Z<p>Deleted: Tradução da página em inglês e adição do link para a página em inglês</p>
<hr />
<div>{{esboço}}<br />
<br />
Na biologia, '''sexo''' refere-se à categorização de organismos (ou de suas partes) com relação ao papel que eles desempenham na reprodução. Quando uma espécie reproduz-se sexuadamente, ela geralmente o faz através da produção de um entre dois tipos de gameta, que se unem para formar um novo membro da espécie. Um tipo de gameta é grande e imóvel (ovo), enquanto o outro tipo é pequeno e móvel (esperma). Quando um organismo ou um órgão produz um gameta grande e imóvel, ele é chamado de '''fêmea'''. Se ele produzir gametas pequenos e móveis, é chamado de '''macho'''.<br />
<br />
Na maior parte dos mamíferos, e em particular nos humanos, as fêmeas das espécies podem ser identificadas por possuírem dois cromossomos X, ovários, um útero e uma vagina. Os ovários produzem ovos (também chamados de óvulos), que podem ser fertilizados por um esperma para tornarem-se um zigoto. O zigoto rapidamente se divide para formar um blastocisto; ele se move através do oviduto (trompa de falópio) até o útero, onde se implanta no revestimento uterino. Além do próprio embrião, as membranas fetais e a placenta são todas formadas pelas células do blastocisto i.e., vêm do zigoto. O embrião desenvolve-se em um feto e, após isso, em um bebê, que é trazido ao mundo através do canal vaginal. Machos podem ser identificados por possuírem um cromossomo X e um cromossomo Y, testículos e um pênis. Os testículos produzem o esperma, que é ejaculado dentro da vagina durante a relação sexual, de onde ele poderá viajar até o ovo para fertilizá-lo.<br />
<br />
Alguns transtornos podem fazer com que uma pessoa não desenvolva os órgãos sexuais típicos. O termo guarda-chuva [[intersexo]] abrange as pessoas que apresentam ambiguidade no seu sexo por causa de um desses transtornos. O termo "intersexo" é disputado, com algumas pessoas preferindo o termo Diferenças (ou Transtornos) do Desenvolvimento Sexual (em inglês, DSDs). Somente 0,018% de todos os recém-nascidos possuem genitália que é verdadeiramente ambígua, e tais bebês costumavam ter o seu sexo designado no nascimento (e é daí que esse termo se origina) baseado no "melhor palpite" dos médicos de plantão. Frequentemente essa designação incluía cirurgia - Mutilação Genital Intersexo (em inglês, IGM). Atualmente, o sexo nesses casos raros é determinado após cuidadosos testes diagnósticos, e qualquer cirurgia de redesignação normalmente não é feita antes de que o indivíduo possa fornecer consentimento informado.<br />
<br />
Alguns sistemas legais também classificam as pessoas de acordo com sexo. De acordo com esses sistemas, o sexo legal de uma pessoa pode não corresponder ao seu sexo biológico por causa de erros na documentação ou de procedimentos legais de mudança de sexo que podem ser permitidos a pessoas [[transgênero]] ou [[transexual|transexuais]]. Alguns sistemas permitem uma categoria de terceiro sexo para aqueles que não querem ser identificados como do sexo feminino ou masculino, seja porque possuem alguma condição intersexo ou porque alegam ter uma [[identidade de gênero]] que é [[não-binário|não-binária]].<br />
<br />
<gallery caption="Imagens (clique para ampliar)" perrow=2 widths=300px heights=400px><br />
File:Sex Explained by DrFondOfBeetles.jpg | Um tópico bastante longo no Twitter por @DrFondOfBeetles, no qual podemos ver o sexo binário através um amplo espectro de espécies.<br />
File:Sex Explained by NastySmurfette.jpg | Uma ilustração prática por @NastySmurfette para possivelmente esclarecer a sua confusão.<br />
</gallery><br />
<br />
== Links ==<br />
<br />
* https://twitter.com/FondOfBeetles/status/1133120326844506112<br />
* https://twitter.com/NastySmurfette/status/1123635007615115264<br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:Sex]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Ativismo_trans&diff=834Ativismo trans2020-03-10T18:12:03Z<p>Deleted: Criar página que redireciona para o artigo sobre a ideologia transgênero</p>
<hr />
<div>#REDIRECT [[Ideologia transgênero]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Ideologia_transg%C3%AAnero&diff=833Ideologia transgênero2020-03-10T18:11:00Z<p>Deleted: Remover quebra de linha no começo da página</p>
<hr />
<div>{{PageSeo | description = Ideologia transgênero refere-se às visões de mundo que têm como objetivo defender os direitos dos transgêneros, mas que frequentemente acabam apoiando o sexismo e a homofobia.}}<br />
'''Ideologia transgênero''' é um termo abrangente que se refere às filosofias, visões de mundo e declarações às quais ativistas políticos que tentam defender os direitos humanos de pessoas [[transgênero]] aderem. O movimento político que tem por objetivo promover essas ideologias é chamado de '''movimento transgênero'''.<br />
<br />
A prática de defender a ideologia transgênero é chamada de '''ativismo transgênero''' (frequentemente encurtado para '''ativismo trans''') e a pessoa que segue essa prática é chamada de '''ativista transgênero''' (frequentemente encurtado para '''ativista trans'''). A palavra "transgênero" no termo "ativismo transgênero" não deve ser entendida como um adjetivo da pessoa em questão (i.e. "um ativista que por acaso é transgênero"), mas como uma referência ao ativismo que essa pessoa pratica (i.e. "um ativista que apoia a ideologia transgênero"). Muitos ativistas trans não são pessoas transgênero.<br />
<br />
Feministas costumam usar o termo ''ideologia transgênero'' com um tom crítico ao apontar os aspectos sexistas, homofóbicos, ou de outra forma problemáticos do movimento transgênero. Aqueles que apoiam o movimento tendem a ser contra o termo, comparando-o com a expressão ''agenda homossexual'', que é usada para descrever as supostas intenções malignas de ativistas pelos direitos gays/lésbicos/bissexuais. De fato, organizações da direita política e cristãs usam constantemente o termo ''ideologia transgênero'' em suas publicações que são críticas do movimento. No entanto, seus motivos para oporem-se a ela costumam ser radicalmente diferentes dos motivos das feministas.<br />
<br />
O termo '''ativista de direitos trans''' (encurtado para '''TRA''', da sigla em inglês para "trans rights activist") é às vezes utilizado por causa de sua similaridade com o termo ''ativista de direitos dos homens'' (encurtado para '''MRA''', da sigla em inglês para "men's rights activist"). Assim como os tão chamados MRAs alegam apoiar os direitos humanos dos homens mas acabam culpando as mulheres por tudo e opondo-se ao feminismo, os TRAs alegam apoiar os direitos humanos de transgêneros mas acabando culpando as mulheres por tudo e opondo-se ao feminismo.<br />
<br />
== Aspectos ==<br />
<br />
=== Mulheres trans são mulheres ===<br />
<br />
Um dos dogmas centrais do movimento transgênero é a declaração de que '''mulheres trans são mulheres''' (a também a menos frequentemente repetida '''homens trans são homens''').<ref name=fc-hendley/> Sob essa visão é importante escrever ''mulher trans'' como duas palavras (substantivo e adjetivo'') e não ''mulher-trans'', para acentuar o fato de que as tão-chamadas mulheres trans são literalmente um subtipo de mulheres, assim como mulheres brancas, mulheres negras, mulheres baixas, mulheres altas e assim por diante. A declaração de que "mulheres trans são mulheres" não deve ser tomada como um lema para apoio moral, e sim em seu sentido literal.<ref name=nytimes/><ref name=stonewall/><br />
<br />
Como a declaração contradiz a definição do dicionário da palavra "mulher" (humano adulto [sexo|do sexo feminino]), a declaração implica que uma definição diferente seria mais adequada. Quando perguntados sobre isso, ativistas transgênero normalmente evitam fornecer uma definição real. A maior parte das tentativas tendem a se relacionarem a uma definição circular, como "todas as pessoas que se identificam como mulheres são mulheres". Sendo assim, a declaração "mulheres trans são mulheres" é provavelmente melhor descrita como sendo um dogma.<br />
<br />
A ideia de que mulheres trans são literalmente mulheres serve como base para muitas conclusões problemáticas, como: mulheres trans deveriam ter o direito de participar de esportes femininos,<ref name=businessinsider/> mulheres trans deveriam serem vistas como potenciais parceiras por lésbicas (ver também: [[cotton ceiling]]),<ref name=yardley/> mulheres trans deveriam ter o direito de usar todas as acomodações para mulheres, entrar em espaços e eventos exclusivos para mulheres, falar sobre direitos das mulheres como mulheres e assim por diante.<ref name=stonewall/><br />
<br />
=== Identidade de gênero ===<br />
<br />
A ideia de que "mulheres trans são mulheres" é normalmente defendida por uma crença numa "identidade de gênero" básica, inata e imutável que toda pessoa supostamente possui.<ref name=genderspectrum/> Mulheres trans são ditas serem mulheres de verdade por alegadamente possuírem uma "identidade de gênero feminina", a qual é dita ser compartilhada com as mulheres. Da mesma forma, homens trans possuem uma "identidade de gênero masculina" que é supostamente compatilhada com todos os homens.<br />
<br />
Assim como ativistas transgênero recusam-se a fornecer uma definição objetiva do que é ser mulher, eles costumam recusar-se a definir o que é identidade de gênero em termos objetivos. Normalmente, ao explicar como uma pessoa descobriu a própria identidade de gênero, referências a estereótipos sexistas do que é feminilidade e masculinidade são frequentemente feitas. Quando diretamente confrontados, no entando, ativistas transgênero negam a noção de que identidade de gênero seja baseada inteiramente nesses estereótipos. Como não há nenhuma medida objetiva para isso, eles são de fato forçados a aceitar as declarações de toda e qualquer pessoa quanto a qual é a sua própria identidade de gênero. Logo, vemos mulheres trans com barba e anatomia masculina intacta, que são ditas serem iteralmente mulheres como qualquer outra.<ref name=hufpo-drummond/><ref name=vice-mtftop/><br />
<br />
=== Crianças transgênero ===<br />
<br />
Como identidade de gênero é dita ser inata, segue-se que algumas crianças seriam transgênero, e apenas precisariam descobrir isso. Assim que descoberto, o único jeito de se proceder seria apoiar a identificação transgênero dela. Isso leva à abordagem de ativistas transgênero de "afirmação exclusiva" com relação a jovens, onde por exemplo, se um garoto disser "eu queria ser uma garota" ou "eu sou de fato uma garota" ele será a partir daquele momento tratado como se fosse literalmente uma garota. (Receber um nome feminino, ser referido através de pronomes femininos, pedir para ser considerado uma garota pelos outros e assim por diante.) De maneira análoga são tratadas garotas que expressam querer ser garotos ou que alegam serem no fundo garotos. Ativistas trans opõe-se à abordagem de "espera assistida".<br />
<br />
A abordagem de "afirmação exclusiva" foi apoiada pela Academia Americana de Pediatria (AAP).<ref name=nytimes-aap/> Pais e mães preocupados com esse modelo de tratamento publicaram uma longa crítica e lançaram uma petição que alcançou 1200 assinaturas.<ref name=4thwave/> O psicólogo [https://en.wikipedia.org/wiki/James_Cantor James Cantor] também publicou um artigo com correção de fatos criticando a decisão da AAP.<ref name=cantor/><br />
<br />
Ativistas trans normalmente apoiam o fornecimento de medicações [https://en.wikipedia.org/wiki/Puberty_blocker supressoras da puberdade], como o Lupron, a crianças que acham que são transgênero.<ref name=nytimes-aap/> Algumas dessas crianças têm apenas 10 anos de idade.<ref name=transtrend/><br />
<br />
=== Pessoas cisgênero oprimem pessoas transgênero ===<br />
<br />
Outro princípio central da ideologia transgênero é a noção de que pessoas [[cisgênero]] oprimem pessoas transgênero, assim como homens oprimem mulheres, brancos oprimem negros, ou como pessoas heterossexuais oprimem homens gays e mulheres lésbicas.<ref name=cissexism/><ref name=transmisogyny/> Sendo assim, quando um homem se identifica como uma mulher trans, a sua posição em relação às mulheres torna-se de ser o seu opressor a ser alguém que é oprimido. O seu privilégio masculino é negado, já que ele agora é considerado como sendo uma mulher, e o fato de que ele é uma mulher ''transgênero'' significa que ele é oprimido por mulheres ''cisgênero''. Além disso, ao ser tanto uma mulher quanto transgênero, ele agora seria considerado como sofrendo por dois eixos de opressão, da mesma forma como mulheres negras sofrem tanto racismo quanto sexismo. Dessa maneira, um homem branco subitamente torna-se comparável a uma mulher negra com respeito às dinâmicas de poder opressivas da sociedade. <br />
<br />
Através do princípio da ''interseccionalidade'' (apropriado do [[feminismo negro]]), ativistas transgênero frequentemente alegam que o movimento feminista deveria não só incluir as preocupações das mulheres trans, como também centralizá-las em muitas discussões, já que de outra forma o movimento feminista fracassaria em discutir as suas preocupações de maneira satisfatória.<br />
<br />
=== Conluio com o ativismo de "trabalhadoras do sexo" ===<br />
<br />
Por razões ainda não inteiramente claras, muitos (senão a maior parte) dos ativistas transgênero também parecem apoiar o movimento de "trabalhadoras do sexo".<ref name=fc-bindel/> Possíveis razões para esse conluio são:<br />
<br />
* Ambos os movimentos provirem da ''ideologia queer'', que é baseada na ''transgressão'' de normas socias sem consideração a preocupações éticas;<br />
* O movimento transgênero ser dominado por homens [[Autoginefilia|autoginefílicos]], que estão interessados em apoiar uma sociedade na qual mulheres existem para o prazer sexual masculino;<br />
* Anti-feministas apoiarem tanto o movimento transgênero quanto o movimento de "trabalhadoras do sexo", simplesmente por verem esses dois movimentos como armas contra a liberação das mulheres.<br />
<br />
== Ver também ==<br />
<br />
* [[Gênero]]<br />
* [[Cisgênero]]<br />
* [[TERF]]<br />
* [[Autoginefilia]]<br />
<br />
== Referências ==<br />
<br />
<references><br />
<br />
<ref name=fc-hendley><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2019/04/10/i-supported-trans-ideology-until-i-couldnt-anymore/<br />
|title=I supported trans ideology until I couldn’t anymore<br />
|author=Alicia Hendley<br />
|date=April 10, 2019<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=nytimes><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.nytimes.com/2019/04/01/opinion/trans-women-feminism.html<br />
|title=Who Counts as a Woman?<br />
|author=Carol Hay<br />
|date=April 1, 2019<br />
|website=The New York Times<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=stonewall><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.stonewall.org.uk/truth-about-trans<br />
|title=The truth about trans<br />
|website=Stonewall<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=businessinsider><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.businessinsider.de/what-critics-get-wrong-about-transgender-athletes-in-womens-sports-2019-4<br />
|title=The biggest thing critics continually get wrong about transgender athletes competing in women's sports<br />
|author=Alan Dawson<br />
|date=April 17, 2019<br />
|website=Business Insider<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=yardley><br />
{{cite web<br />
|url=https://medium.com/@mirandayardley/girl-dick-the-cotton-ceiling-and-the-cultural-war-on-lesbians-and-women-c323b4789368<br />
|title=Girl Dick, the Cotton Ceiling and the Cultural War on Lesbians and Women<br />
|author=Miranda Yardley<br />
|date=December 9, 2018<br />
|website=Medium.com<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=genderspectrum><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.genderspectrum.org/quick-links/understanding-gender/<br />
|title=Understanding Gender<br />
|website=Gender Spectrum<br />
|quote=According to the American Academy of Pediatrics, “By age four, most children have a stable sense of their gender identity.” This core aspect of one’s identity comes from within each of us. Gender identity is an inherent aspect of a person’s make-up. Individuals do not choose their gender, nor can they be made to change it.<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=transtrend><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.transgendertrend.com/puberty-blockers/<br />
|title=Puberty blockers<br />
|website=Transgender Trend<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=hufpo-drummond><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.huffpost.com/entry/meet-the-trans-woman-queering-gender-with-her-full-beard_n_55affb34e4b0a9b948538d24<br />
|title=This Incredible Trans Woman Is Challenging The Way We Think About Gender<br />
|date=July 25, 2015<br />
|author=James Michael Nichols<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vice-mtftop><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.vice.com/en_us/article/kzd8yx/how-transgender-women-top-during-sex<br />
|title=The Ins and Outs of Topping as a Trans Girl<br />
|date=January 29, 2019<br />
|author=Sessi Kuwabara Blanchard<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=nytimes-aap><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.nytimes.com/2018/10/15/well/family/helping-pediatricians-care-for-transgender-children.html<br />
|title=Helping Pediatricians Care for Transgender Children<br />
|author=Perri Klass<br />
|date=October 15, 2018<br />
|website=The New York Times<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=4thwave><br />
{{cite web<br />
|url=https://4thwavenow.com/2018/10/29/parents-petition-american-academy-of-pediatrics-in-response-to-policy-statement-on-trans-identified-youth/<br />
|title=Parents petition American Academy of Pediatrics in response to policy statement on trans-identified youth<br />
|date=October 29, 2018<br />
|website=4thWaveNow<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=cantor><br />
{{cite web<br />
|url=http://www.sexologytoday.org/2018/10/american-academy-of-pediatrics-policy.html<br />
|title=American Academy of Pediatrics policy and trans- kids: Fact-checking<br />
|author=James Cantor<br />
|date=October 17, 2018<br />
|website=Sexology Today!<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=cissexism><br />
{{cite web<br />
|url=https://everydayfeminism.com/2014/03/everyday-cissexism/<br />
|title=3 Examples of Everyday Cissexism<br />
|author=Sian Ferguson<br />
|date=March 21, 2014<br />
|website=Everyday Feminism<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=transmisogyny><br />
{{cite web<br />
|url=https://everydayfeminism.com/2014/01/transmisogyny/<br />
|title=Transmisogyny 101: What It Is and What Can We Do About It<br />
|author=Laura Kacere<br />
|date=January 27, 2014<br />
|website=Everyday Feminism<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-bindel><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2017/10/02/pact-trans-rights-advocates-sex-trade-lobby/<br />
|title=The pact between trans rights advocates and the sex trade lobby<br />
|author=Julie Bindel<br />
|date=October 2, 2017<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
</references><br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:Transgender ideology]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Ideologia_transg%C3%AAnero&diff=832Ideologia transgênero2020-03-10T18:09:39Z<p>Deleted: Tradução da página e adição do link para a página em inglês</p>
<hr />
<div>{{PageSeo | description = Ideologia transgênero refere-se às visões de mundo que têm como objetivo defender os direitos dos transgêneros, mas que frequentemente acabam apoiando o sexismo e a homofobia.}}<br />
<br />
'''Ideologia transgênero''' é um termo abrangente que se refere às filosofias, visões de mundo e declarações às quais ativistas políticos que tentam defender os direitos humanos de pessoas [[transgênero]] aderem. O movimento político que tem por objetivo promover essas ideologias é chamado de '''movimento transgênero'''.<br />
<br />
A prática de defender a ideologia transgênero é chamada de '''ativismo transgênero''' (frequentemente encurtado para '''ativismo trans''') e a pessoa que segue essa prática é chamada de '''ativista transgênero''' (frequentemente encurtado para '''ativista trans'''). A palavra "transgênero" no termo "ativismo transgênero" não deve ser entendida como um adjetivo da pessoa em questão (i.e. "um ativista que por acaso é transgênero"), mas como uma referência ao ativismo que essa pessoa pratica (i.e. "um ativista que apoia a ideologia transgênero"). Muitos ativistas trans não são pessoas transgênero.<br />
<br />
Feministas costumam usar o termo ''ideologia transgênero'' com um tom crítico ao apontar os aspectos sexistas, homofóbicos, ou de outra forma problemáticos do movimento transgênero. Aqueles que apoiam o movimento tendem a ser contra o termo, comparando-o com a expressão ''agenda homossexual'', que é usada para descrever as supostas intenções malignas de ativistas pelos direitos gays/lésbicos/bissexuais. De fato, organizações da direita política e cristãs usam constantemente o termo ''ideologia transgênero'' em suas publicações que são críticas do movimento. No entanto, seus motivos para oporem-se a ela costumam ser radicalmente diferentes dos motivos das feministas.<br />
<br />
O termo '''ativista de direitos trans''' (encurtado para '''TRA''', da sigla em inglês para "trans rights activist") é às vezes utilizado por causa de sua similaridade com o termo ''ativista de direitos dos homens'' (encurtado para '''MRA''', da sigla em inglês para "men's rights activist"). Assim como os tão chamados MRAs alegam apoiar os direitos humanos dos homens mas acabam culpando as mulheres por tudo e opondo-se ao feminismo, os TRAs alegam apoiar os direitos humanos de transgêneros mas acabando culpando as mulheres por tudo e opondo-se ao feminismo.<br />
<br />
== Aspectos ==<br />
<br />
=== Mulheres trans são mulheres ===<br />
<br />
Um dos dogmas centrais do movimento transgênero é a declaração de que '''mulheres trans são mulheres''' (a também a menos frequentemente repetida '''homens trans são homens''').<ref name=fc-hendley/> Sob essa visão é importante escrever ''mulher trans'' como duas palavras (substantivo e adjetivo'') e não ''mulher-trans'', para acentuar o fato de que as tão-chamadas mulheres trans são literalmente um subtipo de mulheres, assim como mulheres brancas, mulheres negras, mulheres baixas, mulheres altas e assim por diante. A declaração de que "mulheres trans são mulheres" não deve ser tomada como um lema para apoio moral, e sim em seu sentido literal.<ref name=nytimes/><ref name=stonewall/><br />
<br />
Como a declaração contradiz a definição do dicionário da palavra "mulher" (humano adulto [sexo|do sexo feminino]), a declaração implica que uma definição diferente seria mais adequada. Quando perguntados sobre isso, ativistas transgênero normalmente evitam fornecer uma definição real. A maior parte das tentativas tendem a se relacionarem a uma definição circular, como "todas as pessoas que se identificam como mulheres são mulheres". Sendo assim, a declaração "mulheres trans são mulheres" é provavelmente melhor descrita como sendo um dogma.<br />
<br />
A ideia de que mulheres trans são literalmente mulheres serve como base para muitas conclusões problemáticas, como: mulheres trans deveriam ter o direito de participar de esportes femininos,<ref name=businessinsider/> mulheres trans deveriam serem vistas como potenciais parceiras por lésbicas (ver também: [[cotton ceiling]]),<ref name=yardley/> mulheres trans deveriam ter o direito de usar todas as acomodações para mulheres, entrar em espaços e eventos exclusivos para mulheres, falar sobre direitos das mulheres como mulheres e assim por diante.<ref name=stonewall/><br />
<br />
=== Identidade de gênero ===<br />
<br />
A ideia de que "mulheres trans são mulheres" é normalmente defendida por uma crença numa "identidade de gênero" básica, inata e imutável que toda pessoa supostamente possui.<ref name=genderspectrum/> Mulheres trans são ditas serem mulheres de verdade por alegadamente possuírem uma "identidade de gênero feminina", a qual é dita ser compartilhada com as mulheres. Da mesma forma, homens trans possuem uma "identidade de gênero masculina" que é supostamente compatilhada com todos os homens.<br />
<br />
Assim como ativistas transgênero recusam-se a fornecer uma definição objetiva do que é ser mulher, eles costumam recusar-se a definir o que é identidade de gênero em termos objetivos. Normalmente, ao explicar como uma pessoa descobriu a própria identidade de gênero, referências a estereótipos sexistas do que é feminilidade e masculinidade são frequentemente feitas. Quando diretamente confrontados, no entando, ativistas transgênero negam a noção de que identidade de gênero seja baseada inteiramente nesses estereótipos. Como não há nenhuma medida objetiva para isso, eles são de fato forçados a aceitar as declarações de toda e qualquer pessoa quanto a qual é a sua própria identidade de gênero. Logo, vemos mulheres trans com barba e anatomia masculina intacta, que são ditas serem iteralmente mulheres como qualquer outra.<ref name=hufpo-drummond/><ref name=vice-mtftop/><br />
<br />
=== Crianças transgênero ===<br />
<br />
Como identidade de gênero é dita ser inata, segue-se que algumas crianças seriam transgênero, e apenas precisariam descobrir isso. Assim que descoberto, o único jeito de se proceder seria apoiar a identificação transgênero dela. Isso leva à abordagem de ativistas transgênero de "afirmação exclusiva" com relação a jovens, onde por exemplo, se um garoto disser "eu queria ser uma garota" ou "eu sou de fato uma garota" ele será a partir daquele momento tratado como se fosse literalmente uma garota. (Receber um nome feminino, ser referido através de pronomes femininos, pedir para ser considerado uma garota pelos outros e assim por diante.) De maneira análoga são tratadas garotas que expressam querer ser garotos ou que alegam serem no fundo garotos. Ativistas trans opõe-se à abordagem de "espera assistida".<br />
<br />
A abordagem de "afirmação exclusiva" foi apoiada pela Academia Americana de Pediatria (AAP).<ref name=nytimes-aap/> Pais e mães preocupados com esse modelo de tratamento publicaram uma longa crítica e lançaram uma petição que alcançou 1200 assinaturas.<ref name=4thwave/> O psicólogo [https://en.wikipedia.org/wiki/James_Cantor James Cantor] também publicou um artigo com correção de fatos criticando a decisão da AAP.<ref name=cantor/><br />
<br />
Ativistas trans normalmente apoiam o fornecimento de medicações [https://en.wikipedia.org/wiki/Puberty_blocker supressoras da puberdade], como o Lupron, a crianças que acham que são transgênero.<ref name=nytimes-aap/> Algumas dessas crianças têm apenas 10 anos de idade.<ref name=transtrend/><br />
<br />
=== Pessoas cisgênero oprimem pessoas transgênero ===<br />
<br />
Outro princípio central da ideologia transgênero é a noção de que pessoas [[cisgênero]] oprimem pessoas transgênero, assim como homens oprimem mulheres, brancos oprimem negros, ou como pessoas heterossexuais oprimem homens gays e mulheres lésbicas.<ref name=cissexism/><ref name=transmisogyny/> Sendo assim, quando um homem se identifica como uma mulher trans, a sua posição em relação às mulheres torna-se de ser o seu opressor a ser alguém que é oprimido. O seu privilégio masculino é negado, já que ele agora é considerado como sendo uma mulher, e o fato de que ele é uma mulher ''transgênero'' significa que ele é oprimido por mulheres ''cisgênero''. Além disso, ao ser tanto uma mulher quanto transgênero, ele agora seria considerado como sofrendo por dois eixos de opressão, da mesma forma como mulheres negras sofrem tanto racismo quanto sexismo. Dessa maneira, um homem branco subitamente torna-se comparável a uma mulher negra com respeito às dinâmicas de poder opressivas da sociedade. <br />
<br />
Através do princípio da ''interseccionalidade'' (apropriado do [[feminismo negro]]), ativistas transgênero frequentemente alegam que o movimento feminista deveria não só incluir as preocupações das mulheres trans, como também centralizá-las em muitas discussões, já que de outra forma o movimento feminista fracassaria em discutir as suas preocupações de maneira satisfatória.<br />
<br />
=== Conluio com o ativismo de "trabalhadoras do sexo" ===<br />
<br />
Por razões ainda não inteiramente claras, muitos (senão a maior parte) dos ativistas transgênero também parecem apoiar o movimento de "trabalhadoras do sexo".<ref name=fc-bindel/> Possíveis razões para esse conluio são:<br />
<br />
* Ambos os movimentos provirem da ''ideologia queer'', que é baseada na ''transgressão'' de normas socias sem consideração a preocupações éticas;<br />
* O movimento transgênero ser dominado por homens [[Autoginefilia|autoginefílicos]], que estão interessados em apoiar uma sociedade na qual mulheres existem para o prazer sexual masculino;<br />
* Anti-feministas apoiarem tanto o movimento transgênero quanto o movimento de "trabalhadoras do sexo", simplesmente por verem esses dois movimentos como armas contra a liberação das mulheres.<br />
<br />
== Ver também ==<br />
<br />
* [[Gênero]]<br />
* [[Cisgênero]]<br />
* [[TERF]]<br />
* [[Autoginefilia]]<br />
<br />
== Referências ==<br />
<br />
<references><br />
<br />
<ref name=fc-hendley><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2019/04/10/i-supported-trans-ideology-until-i-couldnt-anymore/<br />
|title=I supported trans ideology until I couldn’t anymore<br />
|author=Alicia Hendley<br />
|date=April 10, 2019<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=nytimes><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.nytimes.com/2019/04/01/opinion/trans-women-feminism.html<br />
|title=Who Counts as a Woman?<br />
|author=Carol Hay<br />
|date=April 1, 2019<br />
|website=The New York Times<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=stonewall><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.stonewall.org.uk/truth-about-trans<br />
|title=The truth about trans<br />
|website=Stonewall<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=businessinsider><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.businessinsider.de/what-critics-get-wrong-about-transgender-athletes-in-womens-sports-2019-4<br />
|title=The biggest thing critics continually get wrong about transgender athletes competing in women's sports<br />
|author=Alan Dawson<br />
|date=April 17, 2019<br />
|website=Business Insider<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=yardley><br />
{{cite web<br />
|url=https://medium.com/@mirandayardley/girl-dick-the-cotton-ceiling-and-the-cultural-war-on-lesbians-and-women-c323b4789368<br />
|title=Girl Dick, the Cotton Ceiling and the Cultural War on Lesbians and Women<br />
|author=Miranda Yardley<br />
|date=December 9, 2018<br />
|website=Medium.com<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=genderspectrum><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.genderspectrum.org/quick-links/understanding-gender/<br />
|title=Understanding Gender<br />
|website=Gender Spectrum<br />
|quote=According to the American Academy of Pediatrics, “By age four, most children have a stable sense of their gender identity.” This core aspect of one’s identity comes from within each of us. Gender identity is an inherent aspect of a person’s make-up. Individuals do not choose their gender, nor can they be made to change it.<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=transtrend><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.transgendertrend.com/puberty-blockers/<br />
|title=Puberty blockers<br />
|website=Transgender Trend<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=hufpo-drummond><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.huffpost.com/entry/meet-the-trans-woman-queering-gender-with-her-full-beard_n_55affb34e4b0a9b948538d24<br />
|title=This Incredible Trans Woman Is Challenging The Way We Think About Gender<br />
|date=July 25, 2015<br />
|author=James Michael Nichols<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vice-mtftop><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.vice.com/en_us/article/kzd8yx/how-transgender-women-top-during-sex<br />
|title=The Ins and Outs of Topping as a Trans Girl<br />
|date=January 29, 2019<br />
|author=Sessi Kuwabara Blanchard<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=nytimes-aap><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.nytimes.com/2018/10/15/well/family/helping-pediatricians-care-for-transgender-children.html<br />
|title=Helping Pediatricians Care for Transgender Children<br />
|author=Perri Klass<br />
|date=October 15, 2018<br />
|website=The New York Times<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=4thwave><br />
{{cite web<br />
|url=https://4thwavenow.com/2018/10/29/parents-petition-american-academy-of-pediatrics-in-response-to-policy-statement-on-trans-identified-youth/<br />
|title=Parents petition American Academy of Pediatrics in response to policy statement on trans-identified youth<br />
|date=October 29, 2018<br />
|website=4thWaveNow<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=cantor><br />
{{cite web<br />
|url=http://www.sexologytoday.org/2018/10/american-academy-of-pediatrics-policy.html<br />
|title=American Academy of Pediatrics policy and trans- kids: Fact-checking<br />
|author=James Cantor<br />
|date=October 17, 2018<br />
|website=Sexology Today!<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=cissexism><br />
{{cite web<br />
|url=https://everydayfeminism.com/2014/03/everyday-cissexism/<br />
|title=3 Examples of Everyday Cissexism<br />
|author=Sian Ferguson<br />
|date=March 21, 2014<br />
|website=Everyday Feminism<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=transmisogyny><br />
{{cite web<br />
|url=https://everydayfeminism.com/2014/01/transmisogyny/<br />
|title=Transmisogyny 101: What It Is and What Can We Do About It<br />
|author=Laura Kacere<br />
|date=January 27, 2014<br />
|website=Everyday Feminism<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-bindel><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2017/10/02/pact-trans-rights-advocates-sex-trade-lobby/<br />
|title=The pact between trans rights advocates and the sex trade lobby<br />
|author=Julie Bindel<br />
|date=October 2, 2017<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
</references><br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:Transgender ideology]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Autoginefilia&diff=831Autoginefilia2020-03-06T20:05:27Z<p>Deleted: Traduzir avisos de conteúdo adulto nas referências</p>
<hr />
<div>{{PageSeo | description = Autoginefilia é a fetichização da ideia de se ser mulher, normalmente baseada em estereótipos sexistas.}}<br />
<br />
O termo '''autoginefilia''' (''auto'' para próprio, ''gine'' para mulher, ''filia'' para afeição, e frequentemente reduzido para '''AGP''' em inglês) refere-se à condição psicológica na qual um homem (normalmente heterossexual) obtém prazer sexual, ou até mesmo romântico, da fantasia de se ser mulher. O termo foi criado pelo psicólogo [https://en.wikipedia.org/wiki/Ray_Blanchard Ray Blanchard] após estudar e trabalhar com muitos pacientes transexuais.<br />
<br />
Enquanto essa não é a única razão por que alguém pode querer tornar-se um transexual homem-para-mulher (em inglês, "male-to-female", ou MtF) ou alegar "identificar-se como uma mulher", a autoginefilia parece ser exibida em uma boa parte das mulheres trans. De acordo com uma pesquisa de 2015 com aproximadamente 3000 mulheres trans dos Estados Unidos, pelo menos 60% delas disseram sentir atração por mulheres, o que quer dizer que são pessoas heterossexuais do sexo masculino.<ref name=ntdsreport/> De acordo com os estudos de Ray Blanchard, isso as colocaria na categoria de autoginéfilos, já que transexuais homossexuais geralmente não exibem AGP.<br />
<br />
Feministas são frequentemente críticas de homens exibindo AGP e os consideram ofensivos, especialmente se eles alegarem ser mulheres, já que em suas fantasias ser mulher normalmente baseia-se em noções altamente sexistas, objetificadoras e redutivas de o que é ser uma mulher.<br />
<br />
Ativistas transgênero alegam que esse conceito é um mito transfóbico, já que ele significaria que transexuais não-homossexuais estão essencialmente sob o efeito de uma [https://pt.wikipedia.org/wiki/Parafilia parafilia] ou, falando sem rodeios, de um fetiche sexual. Eles insistem na teoria de uma "identidade de gênero feminina" monolítica para explicar toda a transexualidade MtF e identificação transgênero, vendo mulheres trans atraídas por mulheres como "lésbicas trans" que deveriam ser aceitas como sendo iguais a qualquer outra mulher lésbica.<br />
<br />
O fenômeno da AGP pode ser observado facilmente na internet ao se pesquisar por fóruns ''online'' dedicados a essa parafilia. Pesquisar por termos como "fórum de fetiche sissy" retorna rapidamente comunidades inteiras na internet para AGP ou fetiches similares, onde algumas delas possuem foco explícito em tópicos transgênero, ou subseções dedicadas a membros de desejam transicionar.<ref name=clubsissify/><ref name=houseofsissify/><ref name=novagirl/><br />
<br />
== História ==<br />
<br />
Miranda Yardley escreveu em detalhes sobre a história da autoginefilia como um conceito: [https://medium.com/@mirandayardley/a-history-of-autogynephilia-7fc31e385436 ''A História da Autoginefilia - Miranda Yardley''] (em inglês)<br />
<br />
=== O Modelo de Transexualismo de Dois Tipos ===<br />
<br />
A identificação de um componente erótico no transexualismo data do começo do século XX, quando a existência do que foi descrito como um 'componente automonosexual' entre travestis foi discutida:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
... a experiência mostra que esse componente automonosexual, assim como o componente homossexual, não é o mesmo para todo travesti. Há muitos para os quais a simples mudança de vestimenta não é suficiente para causar sentimentos eróticos e que veem isso apenas como um jeito de trazer o seu lado feminino interior para o mundo exterior. Eu conheci aqueles que ficavam contentes em apenas poder passear como uma mulher de vez em quando. Durante o passeio eles nunca tinham ereções, ejaculações e nem o desejo de ter relações sexuais, seja com pessoas do sexo masculino ou feminino. Alguém poderia dizer que essas pessoas são assexuais.<ref name=hirshfeld18/><ref>See also Hirshfeld, M 1923: ‘Die intersexuelle Konstitution’. Jahrbuch fuer sexuelle Zwischenstufen. 23: 3 – 27</ref><br />
</em></blockquote><br />
<br />
A existência de dois tipos discretos de transexuais, diferenciados pela orientação sexual e idade foi hipotetizada por Buhrich em 1978, o qual também conjecturou o motivo do transexualismo ser observado mais comumente em homens do que em mulheres:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
Os resultados deste estudo indicam que eles podem ser diferenciados em dois grupos clinicamente discretos. Em uma investigação com 29 transexuais que buscavam uma cirurgia de mudança de sexo, foi constatado que aqueles que haviam experimentado excitação fetichista tinham probabilidade significativamente maior de serem mais velhos, de já terem tido relações sexuais heterossexuais, de serem casados e de mostrarem respostas penianas a imagens de homens e mulheres indicativas de uma orientação heterossexual. Eles possuíam menos experiência de contato homossexual levando ao orgasmo quando comparados a transexuais que não haviam experimentado excitação fetichista, mas essa diferença não foi estatisticamente significante. A frequência de travestismo, força da identidade de gênero feminina e intensidade do desejo por uma operação de mudança de sexo não foi discriminada entre os dois grupos. O fato de que o desejo por uma cirurgia de mudança de sexo poder ser associado com a experiência de excitação fetichista pode ser uma das razões por trás da maior incidência de transexualismo entre homens do que entre mulheres.<ref name=buhrich78/><br />
</em></blockquote><br />
<br />
Em um artigo subsequente, Buhrich e McConaghy chegaram até a sugerir que há três classes distintas de travestismo fetichista:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
travestis "nucleares", que limitam-se a travestir-se;<br />
<br />
travestis "marginais", que desejam feminização hormonal ou cirurgia; e<br />
<br />
"transexuais fetichistas", que demonstram excitação fetichista, mas que como transexuais buscam cirurgia de redesignação sexual.<ref name=buhrich79/><ref>Compare com o seguinte ''tweet'' do sexólogo Ray Blanchard @BlanchardPHD "Alguns autoginéfilos não têm disforia de gênero, alguns têm de leve a moderada, e alguns têm severa. Eu apoio a cirurgia de redesignação sexual para o último grupo". 14 de fevereiro de 2017</ref><br />
</em></blockquote><br />
<br />
Em 1985, o sexólogo Ray Blanchard usou um tamanho amostral maior e confirmou a observação de que exite uma diferença fundamental entre transexuais homossexuais (homens homossexuais atraídos romântica e sexualmente por homens) e transexuais não-homossexuais (que incluem transexuais heterossexuais, bissexuais e assexuais):<br />
<br />
<blockquote><em><br />
Este estudo testou a predição derivada da hipótese de que o transexualismo assexual e bissexual são na verdade subtipos do transexualismo heterossexual... (uma) análise de agrupamentos de suas pontuações dividiu os sujeitos em quatro grupos: heterossexuais, homossexuais, bissexuais e assexuais... não houve nenhuma diferença entre os transexuais assexuais, bissexuais e heterossexuais, e todos os três grupos incluíam uma proporção muito mais elevada de casos fetichistas do que o grupo homossexual... essas descobertas apoiam a ideia de que transexuais do sexo masculino podem ser divididos em dois tipos básicos: heterossexuais e homossexuais.<ref name=blanchard85/><br />
</em></blockquote><br />
<br />
Juntos, esses artigos nos ensinam que transexuais podem ser agrupados em transexuais homossexuais e não-homossexuais, e que este grupo parece conter um número de subtipos que podem ser tomados como correspondendo ao grau ordinal de travestismo fetichista. Essas observações são apoiadas por evidências empíricas; a diferença é manifesta em uma "proporção muito mais elevada de casos fetichistas do que no grupo homossexual", e assim Blanchard confirma a identificação de dois tipos de transexuais do sexo masculino, que são diferenciados por orientação sexual, com um dos grupos exibindo um histórico fetichista ou parafílico.<br />
<br />
Blanchard tornou-se uma figura chave na investigação do transexualismo alguns anos depois, quando tentou transmitir algum rigor e significado à terminologia envolvida na taxonomia dos transexuais, como parte de um estudo sistemático sobre esse fenômeno, ele cunhou o termo "autoginefilia" como uma descrição mais clara de algo que até então havia sido descrito como parte do automonosexualismo. Essa ficou conhecida como a "tipologia transexual de Blanchard", ou a "tipografia transexual de dois tipos":<br />
<br />
<blockquote><em><br />
Perturbações da identidade de gênero em homens é sempre acompanhada por uma de duas anomalias eróticas. Todos os homens com disforia de gênero que não possuem atração sexual por homens possuem, em seu lugar, atração pelo pensamento ou pela imagem deles próprios como mulheres. Essa propensão erótica (ou amatória) é, claramente, o fenômeno denominado por Hirschfeld como automonosexualismo. Por causa do histórico inconsistente desse termo, no entanto, e de sua derivação não-descritiva, o autor prefere substituí-lo pelo termo autoginefilia ("amor de si próprio como mulher").<ref name=blanchard89/><br />
</em></blockquote><br />
<br />
Deve ser notado que o uso da expressão "anomalia erótica" é usado, num contexto moralmente neutro, para descrever atos sexuais que são inerentemente não-procriativos, ao invés de ser uma expressão pejorativa.<br />
<br />
Chave no conceito de autoginefilia é que ela não é algo que fica sempre na mente, e nem de que é algo que é somente confinado ao travestismo:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
Deve ser notado que o conceito de autoginefilia não implica que homens autoginefílicos fiquem sempre sexualmente excitados pelo pensamento de si próprios como mulheres, ou por vestirem-se com roupas de mulheres, ou por se contemplarem travestidos no espelho - mais do que um homem apaixonado sempre obtenha uma ereção ao avistar a pessoa amada, ou do que um casal de gansos copulem continuamente. A autoginefilia, de acordo com essa hipótese, pode ser manifesta numa variedade de formas, e o travestismo fetichista é somente uma delas. Aqueles indivíduos denominados travestis por clínicos contemporâneos seriam, de acordo com essa visão, compreendidos como autoginéfilos cujo único - ou mais proeminente - sintoma é a excitação sexual em associação com o travestismo, e que não são (ou ainda não se tornaram) disfóricos de gênero.<ref name=blanchard89/><br />
</em></blockquote><br />
<br />
Classificar esse comportamento em termos que se encontram fora do travestismo fetichista permitiu a Blanchard aplicar o seu estudo sistemático num espectro de comportamento mais amplo observado em transexuais, e ele explicou a etimologia dessa palavra baseada na "propensidade de um homem de ficar sexualmente excitado pelo pensamento ou imagem de si próprio como mulher".<ref name=blanchard91/><br />
<br />
Ele então identificou quatro tipos diferentes de comportamento autoginefílico, que podem existir em qualquer conjunção: fetichismo fisiológico, comportamental, anatômico e travestista:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
Fantasias e comportamentos autoginefílicos podem focar-se na ideia de se exibir funções fisiológicas femininas, de executar comportamento estereotipicamente feminino, de se possuir estruturas anatômicas femininas, ou de se vestir com roupas de mulher. Essa última classe de fantasias e comportamentos mencionados representa a forma familiar de autoginefilia, o travestismo. Todos os quatro tipos de autoginefilia tendem a ocorrer em combinação com outros tipos, ao invés de isolados.<ref name=blanchard91/><br />
</em></blockquote><br />
<br />
Blanchard fornece um arcabouço tipológico para pesquisadores modelarem ou analisarem sistematicamente os comportamentos de transexuais do sexo masculino que os separam em transexuais homossexuais e não-homossexuais, com estes tendendo a serem autoginéfilos que exibem um ou mais tipos de comportamentos parafílicos. Blanchard comparou esses comportamentos parafílicos a uma orientação sexual.<ref name=blanchard93/><br />
<br />
Os transexuais homossexuais são os que podem ser considerados a imagem popular 'clássica' do transexual, com os transexuais não-homossexuais tendo vidas que envolvem carreiras bem-sucedidas como homens, assim como casamentos e filhos, antes de transicionar mais tarde na vida.<ref name=lawrence04/><br />
<br />
É importante entender que o transexual homossexual e o transexual não-homossexual têm vidas e experiências diferentes, apesar de haver uma comunalidade por ambos serem transexuais e, como Lawrence referencia, níveis similares de experiência de disforia de gênero. Em seu livro de 2003, 'O homem que se tornaria rainha: a ciência do ''gender-bending'' e do transexualismo' (em inglês, "The Man Who Would Be Queen: The Science of Gender-Bending and Transsexualism"), o psicólogo J. Michael Bailey explica:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
Dois tipos diferentes de homens mudam o seu sexo. Para qualquer pessoa que os examinarem de perto, eles são bastante diferentes, em suas histórias, suas motivações, os seus graus de feminilidade, as suas demografias, e até em suas aparências. Sabemos pouco sobre as causas de qualquer tipo de transexualismo (apesar de termos alguns bons palpites sobre um tipo). Mas estou certo de que quando finalmente os entendermos, as causas dos dois tipos serão completamente diferentes.<br />
<br />
Para qualquer pessoa que haja visto membros de ambos os tipos e que tenha aprendido a fazer os tipos certos de perguntas, é fácil distingui-los. Ainda assim, a diferença enganou virtualmente todos os que se importam com transexuais: apresentadores de ''talk shows'', jornalistas, a maior parte das pessoas que os avaliam e tratam, e até mesmo a maior parte dos acadêmicos que os estudaram. Um motivo é que a similaridade superficial dos dois tipos é tão impressionante - ambos são homens, normalmente vestidos e tentando passar-se por mulheres, que querem substituir seus pênis por vaginas - que isso nos preveniu de perceber diferenças mais sutis, apesar de mais superficiais. Outra razão é que os dois tipos de transexuais raramente aparecem lado a lado, quando seriam facilmente distinguíveis... A razão mais interessante pela qual a maior parte das pessoas não percebe que há dois tipos de transexuais é que membros de um tipo às vezes apresentam-se erroneamente como membros do outro. Serei mais específico em breve, mas por enquanto, é suficiente dizer que eles ficam frequentemente calados sobre a sua verdadeira motivação, e ao invés disso contam histórias sobre si mesmos que são enganosas e, em aspectos importantes, falsas.<br />
<br />
Logo após o nascimento, o transexual homossexual homem-para-mulher comporta-se e sente-se como uma garota. Ao contrário da maior parte dos garotos femininos... esses transexuais não superam, ou aprendem a esconder, sua feminilidade. Ao invés disso, eles decidem que o passo drástico de mudar o seu sexo é preferível. Eles inequivocadamente desejam e amam homens, especialmente homens heterossexuais, os quais eles somente conseguem atrair como mulheres... um tipo de homem transexual é um tipo de homem homossexual...<br />
<br />
Transexuais honestos e abertamente autoginefílicos revelam um padrão muito diferente. Eles não são garotos especialmente femininos. A primeira manifestação evidente do que levou ao seu transexualismo foi tipicamente durante o início da adolescência, quando eles secretamente se vestiam com a ''lingerie'' de suas mães ou irmãs, olhavam-se no espelho e se masturbavam. Essa atividade continuou durante a vida adulta, e fantasias sexuais tornaram-se cada vez mais transexuais - especialmente a fantasia de se ter uma vulva, talvez sendo penetrada por um pênis. Transexuais autoginefílicos podem declarar atração por mulheres ou homens, pelos dois, ou por nenhum deles. Mas a sua atração primária é pelas mulheres as quais eles se tornariam.<ref name=bailey03/><br />
</em></blockquote><br />
<br />
A interpretação de Bailey da motivação para mudança de sexo de transexuais homossexuais é a de atrair homens heterossexuais; poderíamos considerar que dada a escolha numa sociedade homofóbica de se viver como um homem ''gay'' feminino ou como uma mulher, o transexual homossexual optaria pela última. Enquanto identifica a motivação do autoginéfilo para muitos dos traços comportamentais, ele não chega a hipotetizar por que um autoginéfilo transicionaria; certamente, o prospecto de uma castração e da remoção do pênis seria uma linha de ação irracional para alguém cuja identidade sexual encontra-se tão investida nisso? Essa, no entanto, seria baseada na concepção equivocada de que a autoginefilia é exclusivamente erótica. Anne Lawrence sugere que a motivação do autoginéfilo pode ser comparada ao amor romântico com elementos de apego:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
...aspectos puramente eróticos da autoginefilia receberam a maior ênfase, enquanto os apectos relacionados à "propensidade amatória", "orientação sexual" e "amor" receberam comparativamente pouca. O amor tem estado visivelmente ausente da maior parte das discussões sobre autoginefilia, seja por seus defensores ou por seus críticos... indivíduos estão com frequência especialmente inclinados a procurar experiências de amor apaixonadas, ou para se permitirem a possibilidade de experimentá-las, na meia idade e em tempos de crise. Isso é consistente com as histórias de vida de muitos, se não da maior parte, dos transexuais não-homossexuais MtF, que tendem a procurar a redesignação sexual aos 40 anos de idade ou mais tarde, às vezes em associação com uma crise de meia idade... (s)ua decisão de passar por redesignação sexual não raramente é precedida por alguma perda ou revés significativo, como desemprego, deficiência física, ou o fim de um relacionamento importante... (p)ara pessoas que experimentam autoginefilia, decidir tornar-se o que é desejado pode representar uma tentativa de lidar com circunstâncias de vida adversas, assim como decidir ter um caso amoroso com outra pessoa pode, para indivíduos com orientações sexuais mais convencionais... o processo de se modificar o próprio corpo e de se viver como uma mulher oferece uma identidade, um curso de ação, e um propósito na vida.<ref name=lawrence03/><br />
</em></blockquote><br />
<br />
== Papel no ativismo transgênero ==<br />
<br />
A misoginia do ativismo transgênero é às vezes hipotetizada como tendo raiz no movimento ser controlado em sua maior parte por mulheres trans autoginefílicas. Como elas são originalmente (ou discutivelmente ainda) homens heterossexuais e tendem a transicionar-se durante a vida adulta, frequentemente após terem se estabelecido em posições de poder na vida, segue-se que eles tem privilégios e sentimentos de direito o suficiente para dominarem o discurso do movimento transgênero. A sua visão reducionista do que é ser mulher e seus sentimentos de privilégio masculino poderiam por sua vez explicar por que eles conduziriam o movimento numa direção tão sexista e atacariam feministas que não fizessem o mesmo.<br />
<br />
Ativistas transgênero opõem-se veementemente à ideia de que a AGP é um fenômeno real, chamando-a de mito transfóbico. Em seu livro [https://en.wikipedia.org/wiki/Galileo%27s_Middle_Finger O Dedo do Meio de Galileu] (em inglês, "Galileo's Middle Finger"), Alice Dreger fala sobre a caça às bruxas a qual J. Michael Bailey foi submetido por [https://pt.wikipedia.org/wiki/Lynn_Conway Lynn Conway] e outros ativistas transgênero por ter popularizado o conceito.<ref name=galileo/><br />
<br />
<blockquote><em><br />
Conway desenvolveu o que se tornou um enorme ''site'' hospedado pela Universidade de Michigan com o propósito de derrubar Bailey e suas ideias (e) que em sua grande parte possibilitou-me descobrir o que [Conway] havia realmente feito e como Bailey havia sido essencialmente enredado numa tentativa de fazê-lo não falar mais sobre autoginefilia.<br />
</em></blockquote><br />
<br />
Dreger escreveu que alguns ativistas haviam transformado o seu horror pelas descobertas de Bailey numa tentativa de vingança muito pública contra ele e sua família, incluindo alegações veladas de que ele havia abusado sexualmente dos filhos.<ref name=chronicle/> Após pesquisar sobre as alegações contra Bailey, ela concluiu que eram falsas. Além do mais, Dreger observou:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
...a carta mais interessante, sob a minha perspectiva, veio de uma mulher trans que escreveu para me dizer que, apesar de ela não se entusiasmar com as simplificações excessivas de Bailey sobre a sua vida, ela também já havia sido assediada e intimidada por [https://en.wikipedia.org/wiki/Andrea_James Andrea James] por ousar dizer qualquer coisa que não fosse a história politicamente popular de que 'sempre fui apenas uma mulher presa no corpo de um homem'. Ela me agradeceu por enfrentar um ''bully''.<br />
</em></blockquote><br />
<br />
== Referências ==<br />
<br />
<references><br />
<ref name=ntdsreport>[http://transequality.org/PDFs/NTDS_Report.pdf "Injustice at Every Turn: A Report of the National Transgender Discrimination Survey"] (PDF). National Center for Transgender Equality & National Gay and Lesbian Task Force. 2015-01-21. p. 29.</ref><br />
<ref name=clubsissify>'''(Conteúdo adulto)''' [https://www.clubsissy.com/forum/board.php?num=12 ''Club Sissy - SRS/Hormones/TS'']</ref><br />
<ref name=houseofsissify>'''(Conteúdo adulto)''' [https://www.sissify.com/ ''House of Sissify - "Strict sissy training & forced feminization for transgender sl*ts. Like you."'']</ref><br />
<ref name=novagirl>'''(Conteúdo adulto)''' [https://novagirl.net/the-psychology-of-sissy-porn ''Why am I a sissy?''] ''"... I’m sure you are majority hetero with a minor kink NOW…and probably will be all your life, but a minority of sissies experience a fundamental shift in which the kink becomes something different and a transgender identity develops."''</ref><br />
<ref name=bailey03><br />
Bailey, J Michael. 2003. The Man Who Would Be Queen: The Science of Gender-Bending and Transsexualism. Joseph Henry Press.<br />
</ref><br />
<ref name=blanchard85><br />
Blanchard, R. 1985. “Typology of male-to-female transsexualism.” Archives of Sexual Behaviour Jun;14(3): 247–61.<br />
</ref><br />
<ref name=blanchard89><br />
Blanchard, R. 1989. “The classification and labeling of nonhomosexual gender dysphorias.” Archives of Sexual Behaviour 18, 315 – 334.<br />
</ref><br />
<ref name=blanchard91><br />
Blanchard, R. 1991. “Clinical observations and systematic studies of autogynephilia.” Journal of Sex and Marital Therapy 17: 235–251<br />
</ref><br />
<ref name=blanchard93><br />
Blanchard, R. 1993. “Partial versus complete autogynephilia and gender dysphoria.” Journal of Sex and Marital Therapy 19: 301–307.<br />
</ref><br />
<ref name=buhrich78><br />
Buhrich, N & McConaghy, N. 1978. “Two clinically discrete syndromes of transsexualism.” British Journal of Psychiatry Jul;133 p73–6.<br />
</ref><br />
<ref name=buhrich79><br />
Buhrich, N & McConaghy, N. 1979. “Three clinically discrete categories of fetishistic transvestism.” Archives of Sexual Behaviour Volume 8, Number 2.<br />
</ref><br />
<ref name=hirshfeld18><br />
Hirshfeld, M. 1918. Sexualpathologie Teil II 1918. Bonn: Marcus & Weber.<br />
</ref><br />
<ref name=lawrence03><br />
Lawrence, A A. 2003. “Becoming What We Love.” Perspectives in Biology and Medicine Vol50 No4; 506 – 20.<br />
</ref><br />
<ref name=lawrence04><br />
Lawrence, A A. 2004. “Autogynephilia: A Paraphilic Model of Gender Identity Disorder.” Journal of Gay & Lesbian Psychotherapy 8(1/2), 69–87.<br />
</ref><br />
<ref name=galileo>{{cite book |last=Dreger |first=Alice |date=2015 |title=Galileo's Middle Finger: Heretics, Activists, and the Search for Justice in Science |ISBN=9781594206085 }}</ref><br />
<ref name=chronicle>[http://chronicle.com/article/Reluctant-Crusader/228377/ Reluctant Crusader: Why Alice Dreger’s writing on sex and science makes liberals so angry]</ref><br />
</references><br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:Autogynephilia]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Autoginefilia&diff=830Autoginefilia2020-03-06T20:02:42Z<p>Deleted: Consertar link para a página em inglês</p>
<hr />
<div>{{PageSeo | description = Autoginefilia é a fetichização da ideia de se ser mulher, normalmente baseada em estereótipos sexistas.}}<br />
<br />
O termo '''autoginefilia''' (''auto'' para próprio, ''gine'' para mulher, ''filia'' para afeição, e frequentemente reduzido para '''AGP''' em inglês) refere-se à condição psicológica na qual um homem (normalmente heterossexual) obtém prazer sexual, ou até mesmo romântico, da fantasia de se ser mulher. O termo foi criado pelo psicólogo [https://en.wikipedia.org/wiki/Ray_Blanchard Ray Blanchard] após estudar e trabalhar com muitos pacientes transexuais.<br />
<br />
Enquanto essa não é a única razão por que alguém pode querer tornar-se um transexual homem-para-mulher (em inglês, "male-to-female", ou MtF) ou alegar "identificar-se como uma mulher", a autoginefilia parece ser exibida em uma boa parte das mulheres trans. De acordo com uma pesquisa de 2015 com aproximadamente 3000 mulheres trans dos Estados Unidos, pelo menos 60% delas disseram sentir atração por mulheres, o que quer dizer que são pessoas heterossexuais do sexo masculino.<ref name=ntdsreport/> De acordo com os estudos de Ray Blanchard, isso as colocaria na categoria de autoginéfilos, já que transexuais homossexuais geralmente não exibem AGP.<br />
<br />
Feministas são frequentemente críticas de homens exibindo AGP e os consideram ofensivos, especialmente se eles alegarem ser mulheres, já que em suas fantasias ser mulher normalmente baseia-se em noções altamente sexistas, objetificadoras e redutivas de o que é ser uma mulher.<br />
<br />
Ativistas transgênero alegam que esse conceito é um mito transfóbico, já que ele significaria que transexuais não-homossexuais estão essencialmente sob o efeito de uma [https://pt.wikipedia.org/wiki/Parafilia parafilia] ou, falando sem rodeios, de um fetiche sexual. Eles insistem na teoria de uma "identidade de gênero feminina" monolítica para explicar toda a transexualidade MtF e identificação transgênero, vendo mulheres trans atraídas por mulheres como "lésbicas trans" que deveriam ser aceitas como sendo iguais a qualquer outra mulher lésbica.<br />
<br />
O fenômeno da AGP pode ser observado facilmente na internet ao se pesquisar por fóruns ''online'' dedicados a essa parafilia. Pesquisar por termos como "fórum de fetiche sissy" retorna rapidamente comunidades inteiras na internet para AGP ou fetiches similares, onde algumas delas possuem foco explícito em tópicos transgênero, ou subseções dedicadas a membros de desejam transicionar.<ref name=clubsissify/><ref name=houseofsissify/><ref name=novagirl/><br />
<br />
== História ==<br />
<br />
Miranda Yardley escreveu em detalhes sobre a história da autoginefilia como um conceito: [https://medium.com/@mirandayardley/a-history-of-autogynephilia-7fc31e385436 ''A História da Autoginefilia - Miranda Yardley''] (em inglês)<br />
<br />
=== O Modelo de Transexualismo de Dois Tipos ===<br />
<br />
A identificação de um componente erótico no transexualismo data do começo do século XX, quando a existência do que foi descrito como um 'componente automonosexual' entre travestis foi discutida:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
... a experiência mostra que esse componente automonosexual, assim como o componente homossexual, não é o mesmo para todo travesti. Há muitos para os quais a simples mudança de vestimenta não é suficiente para causar sentimentos eróticos e que veem isso apenas como um jeito de trazer o seu lado feminino interior para o mundo exterior. Eu conheci aqueles que ficavam contentes em apenas poder passear como uma mulher de vez em quando. Durante o passeio eles nunca tinham ereções, ejaculações e nem o desejo de ter relações sexuais, seja com pessoas do sexo masculino ou feminino. Alguém poderia dizer que essas pessoas são assexuais.<ref name=hirshfeld18/><ref>See also Hirshfeld, M 1923: ‘Die intersexuelle Konstitution’. Jahrbuch fuer sexuelle Zwischenstufen. 23: 3 – 27</ref><br />
</em></blockquote><br />
<br />
A existência de dois tipos discretos de transexuais, diferenciados pela orientação sexual e idade foi hipotetizada por Buhrich em 1978, o qual também conjecturou o motivo do transexualismo ser observado mais comumente em homens do que em mulheres:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
Os resultados deste estudo indicam que eles podem ser diferenciados em dois grupos clinicamente discretos. Em uma investigação com 29 transexuais que buscavam uma cirurgia de mudança de sexo, foi constatado que aqueles que haviam experimentado excitação fetichista tinham probabilidade significativamente maior de serem mais velhos, de já terem tido relações sexuais heterossexuais, de serem casados e de mostrarem respostas penianas a imagens de homens e mulheres indicativas de uma orientação heterossexual. Eles possuíam menos experiência de contato homossexual levando ao orgasmo quando comparados a transexuais que não haviam experimentado excitação fetichista, mas essa diferença não foi estatisticamente significante. A frequência de travestismo, força da identidade de gênero feminina e intensidade do desejo por uma operação de mudança de sexo não foi discriminada entre os dois grupos. O fato de que o desejo por uma cirurgia de mudança de sexo poder ser associado com a experiência de excitação fetichista pode ser uma das razões por trás da maior incidência de transexualismo entre homens do que entre mulheres.<ref name=buhrich78/><br />
</em></blockquote><br />
<br />
Em um artigo subsequente, Buhrich e McConaghy chegaram até a sugerir que há três classes distintas de travestismo fetichista:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
travestis "nucleares", que limitam-se a travestir-se;<br />
<br />
travestis "marginais", que desejam feminização hormonal ou cirurgia; e<br />
<br />
"transexuais fetichistas", que demonstram excitação fetichista, mas que como transexuais buscam cirurgia de redesignação sexual.<ref name=buhrich79/><ref>Compare com o seguinte ''tweet'' do sexólogo Ray Blanchard @BlanchardPHD "Alguns autoginéfilos não têm disforia de gênero, alguns têm de leve a moderada, e alguns têm severa. Eu apoio a cirurgia de redesignação sexual para o último grupo". 14 de fevereiro de 2017</ref><br />
</em></blockquote><br />
<br />
Em 1985, o sexólogo Ray Blanchard usou um tamanho amostral maior e confirmou a observação de que exite uma diferença fundamental entre transexuais homossexuais (homens homossexuais atraídos romântica e sexualmente por homens) e transexuais não-homossexuais (que incluem transexuais heterossexuais, bissexuais e assexuais):<br />
<br />
<blockquote><em><br />
Este estudo testou a predição derivada da hipótese de que o transexualismo assexual e bissexual são na verdade subtipos do transexualismo heterossexual... (uma) análise de agrupamentos de suas pontuações dividiu os sujeitos em quatro grupos: heterossexuais, homossexuais, bissexuais e assexuais... não houve nenhuma diferença entre os transexuais assexuais, bissexuais e heterossexuais, e todos os três grupos incluíam uma proporção muito mais elevada de casos fetichistas do que o grupo homossexual... essas descobertas apoiam a ideia de que transexuais do sexo masculino podem ser divididos em dois tipos básicos: heterossexuais e homossexuais.<ref name=blanchard85/><br />
</em></blockquote><br />
<br />
Juntos, esses artigos nos ensinam que transexuais podem ser agrupados em transexuais homossexuais e não-homossexuais, e que este grupo parece conter um número de subtipos que podem ser tomados como correspondendo ao grau ordinal de travestismo fetichista. Essas observações são apoiadas por evidências empíricas; a diferença é manifesta em uma "proporção muito mais elevada de casos fetichistas do que no grupo homossexual", e assim Blanchard confirma a identificação de dois tipos de transexuais do sexo masculino, que são diferenciados por orientação sexual, com um dos grupos exibindo um histórico fetichista ou parafílico.<br />
<br />
Blanchard tornou-se uma figura chave na investigação do transexualismo alguns anos depois, quando tentou transmitir algum rigor e significado à terminologia envolvida na taxonomia dos transexuais, como parte de um estudo sistemático sobre esse fenômeno, ele cunhou o termo "autoginefilia" como uma descrição mais clara de algo que até então havia sido descrito como parte do automonosexualismo. Essa ficou conhecida como a "tipologia transexual de Blanchard", ou a "tipografia transexual de dois tipos":<br />
<br />
<blockquote><em><br />
Perturbações da identidade de gênero em homens é sempre acompanhada por uma de duas anomalias eróticas. Todos os homens com disforia de gênero que não possuem atração sexual por homens possuem, em seu lugar, atração pelo pensamento ou pela imagem deles próprios como mulheres. Essa propensão erótica (ou amatória) é, claramente, o fenômeno denominado por Hirschfeld como automonosexualismo. Por causa do histórico inconsistente desse termo, no entanto, e de sua derivação não-descritiva, o autor prefere substituí-lo pelo termo autoginefilia ("amor de si próprio como mulher").<ref name=blanchard89/><br />
</em></blockquote><br />
<br />
Deve ser notado que o uso da expressão "anomalia erótica" é usado, num contexto moralmente neutro, para descrever atos sexuais que são inerentemente não-procriativos, ao invés de ser uma expressão pejorativa.<br />
<br />
Chave no conceito de autoginefilia é que ela não é algo que fica sempre na mente, e nem de que é algo que é somente confinado ao travestismo:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
Deve ser notado que o conceito de autoginefilia não implica que homens autoginefílicos fiquem sempre sexualmente excitados pelo pensamento de si próprios como mulheres, ou por vestirem-se com roupas de mulheres, ou por se contemplarem travestidos no espelho - mais do que um homem apaixonado sempre obtenha uma ereção ao avistar a pessoa amada, ou do que um casal de gansos copulem continuamente. A autoginefilia, de acordo com essa hipótese, pode ser manifesta numa variedade de formas, e o travestismo fetichista é somente uma delas. Aqueles indivíduos denominados travestis por clínicos contemporâneos seriam, de acordo com essa visão, compreendidos como autoginéfilos cujo único - ou mais proeminente - sintoma é a excitação sexual em associação com o travestismo, e que não são (ou ainda não se tornaram) disfóricos de gênero.<ref name=blanchard89/><br />
</em></blockquote><br />
<br />
Classificar esse comportamento em termos que se encontram fora do travestismo fetichista permitiu a Blanchard aplicar o seu estudo sistemático num espectro de comportamento mais amplo observado em transexuais, e ele explicou a etimologia dessa palavra baseada na "propensidade de um homem de ficar sexualmente excitado pelo pensamento ou imagem de si próprio como mulher".<ref name=blanchard91/><br />
<br />
Ele então identificou quatro tipos diferentes de comportamento autoginefílico, que podem existir em qualquer conjunção: fetichismo fisiológico, comportamental, anatômico e travestista:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
Fantasias e comportamentos autoginefílicos podem focar-se na ideia de se exibir funções fisiológicas femininas, de executar comportamento estereotipicamente feminino, de se possuir estruturas anatômicas femininas, ou de se vestir com roupas de mulher. Essa última classe de fantasias e comportamentos mencionados representa a forma familiar de autoginefilia, o travestismo. Todos os quatro tipos de autoginefilia tendem a ocorrer em combinação com outros tipos, ao invés de isolados.<ref name=blanchard91/><br />
</em></blockquote><br />
<br />
Blanchard fornece um arcabouço tipológico para pesquisadores modelarem ou analisarem sistematicamente os comportamentos de transexuais do sexo masculino que os separam em transexuais homossexuais e não-homossexuais, com estes tendendo a serem autoginéfilos que exibem um ou mais tipos de comportamentos parafílicos. Blanchard comparou esses comportamentos parafílicos a uma orientação sexual.<ref name=blanchard93/><br />
<br />
Os transexuais homossexuais são os que podem ser considerados a imagem popular 'clássica' do transexual, com os transexuais não-homossexuais tendo vidas que envolvem carreiras bem-sucedidas como homens, assim como casamentos e filhos, antes de transicionar mais tarde na vida.<ref name=lawrence04/><br />
<br />
É importante entender que o transexual homossexual e o transexual não-homossexual têm vidas e experiências diferentes, apesar de haver uma comunalidade por ambos serem transexuais e, como Lawrence referencia, níveis similares de experiência de disforia de gênero. Em seu livro de 2003, 'O homem que se tornaria rainha: a ciência do ''gender-bending'' e do transexualismo' (em inglês, "The Man Who Would Be Queen: The Science of Gender-Bending and Transsexualism"), o psicólogo J. Michael Bailey explica:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
Dois tipos diferentes de homens mudam o seu sexo. Para qualquer pessoa que os examinarem de perto, eles são bastante diferentes, em suas histórias, suas motivações, os seus graus de feminilidade, as suas demografias, e até em suas aparências. Sabemos pouco sobre as causas de qualquer tipo de transexualismo (apesar de termos alguns bons palpites sobre um tipo). Mas estou certo de que quando finalmente os entendermos, as causas dos dois tipos serão completamente diferentes.<br />
<br />
Para qualquer pessoa que haja visto membros de ambos os tipos e que tenha aprendido a fazer os tipos certos de perguntas, é fácil distingui-los. Ainda assim, a diferença enganou virtualmente todos os que se importam com transexuais: apresentadores de ''talk shows'', jornalistas, a maior parte das pessoas que os avaliam e tratam, e até mesmo a maior parte dos acadêmicos que os estudaram. Um motivo é que a similaridade superficial dos dois tipos é tão impressionante - ambos são homens, normalmente vestidos e tentando passar-se por mulheres, que querem substituir seus pênis por vaginas - que isso nos preveniu de perceber diferenças mais sutis, apesar de mais superficiais. Outra razão é que os dois tipos de transexuais raramente aparecem lado a lado, quando seriam facilmente distinguíveis... A razão mais interessante pela qual a maior parte das pessoas não percebe que há dois tipos de transexuais é que membros de um tipo às vezes apresentam-se erroneamente como membros do outro. Serei mais específico em breve, mas por enquanto, é suficiente dizer que eles ficam frequentemente calados sobre a sua verdadeira motivação, e ao invés disso contam histórias sobre si mesmos que são enganosas e, em aspectos importantes, falsas.<br />
<br />
Logo após o nascimento, o transexual homossexual homem-para-mulher comporta-se e sente-se como uma garota. Ao contrário da maior parte dos garotos femininos... esses transexuais não superam, ou aprendem a esconder, sua feminilidade. Ao invés disso, eles decidem que o passo drástico de mudar o seu sexo é preferível. Eles inequivocadamente desejam e amam homens, especialmente homens heterossexuais, os quais eles somente conseguem atrair como mulheres... um tipo de homem transexual é um tipo de homem homossexual...<br />
<br />
Transexuais honestos e abertamente autoginefílicos revelam um padrão muito diferente. Eles não são garotos especialmente femininos. A primeira manifestação evidente do que levou ao seu transexualismo foi tipicamente durante o início da adolescência, quando eles secretamente se vestiam com a ''lingerie'' de suas mães ou irmãs, olhavam-se no espelho e se masturbavam. Essa atividade continuou durante a vida adulta, e fantasias sexuais tornaram-se cada vez mais transexuais - especialmente a fantasia de se ter uma vulva, talvez sendo penetrada por um pênis. Transexuais autoginefílicos podem declarar atração por mulheres ou homens, pelos dois, ou por nenhum deles. Mas a sua atração primária é pelas mulheres as quais eles se tornariam.<ref name=bailey03/><br />
</em></blockquote><br />
<br />
A interpretação de Bailey da motivação para mudança de sexo de transexuais homossexuais é a de atrair homens heterossexuais; poderíamos considerar que dada a escolha numa sociedade homofóbica de se viver como um homem ''gay'' feminino ou como uma mulher, o transexual homossexual optaria pela última. Enquanto identifica a motivação do autoginéfilo para muitos dos traços comportamentais, ele não chega a hipotetizar por que um autoginéfilo transicionaria; certamente, o prospecto de uma castração e da remoção do pênis seria uma linha de ação irracional para alguém cuja identidade sexual encontra-se tão investida nisso? Essa, no entanto, seria baseada na concepção equivocada de que a autoginefilia é exclusivamente erótica. Anne Lawrence sugere que a motivação do autoginéfilo pode ser comparada ao amor romântico com elementos de apego:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
...aspectos puramente eróticos da autoginefilia receberam a maior ênfase, enquanto os apectos relacionados à "propensidade amatória", "orientação sexual" e "amor" receberam comparativamente pouca. O amor tem estado visivelmente ausente da maior parte das discussões sobre autoginefilia, seja por seus defensores ou por seus críticos... indivíduos estão com frequência especialmente inclinados a procurar experiências de amor apaixonadas, ou para se permitirem a possibilidade de experimentá-las, na meia idade e em tempos de crise. Isso é consistente com as histórias de vida de muitos, se não da maior parte, dos transexuais não-homossexuais MtF, que tendem a procurar a redesignação sexual aos 40 anos de idade ou mais tarde, às vezes em associação com uma crise de meia idade... (s)ua decisão de passar por redesignação sexual não raramente é precedida por alguma perda ou revés significativo, como desemprego, deficiência física, ou o fim de um relacionamento importante... (p)ara pessoas que experimentam autoginefilia, decidir tornar-se o que é desejado pode representar uma tentativa de lidar com circunstâncias de vida adversas, assim como decidir ter um caso amoroso com outra pessoa pode, para indivíduos com orientações sexuais mais convencionais... o processo de se modificar o próprio corpo e de se viver como uma mulher oferece uma identidade, um curso de ação, e um propósito na vida.<ref name=lawrence03/><br />
</em></blockquote><br />
<br />
== Papel no ativismo transgênero ==<br />
<br />
A misoginia do ativismo transgênero é às vezes hipotetizada como tendo raiz no movimento ser controlado em sua maior parte por mulheres trans autoginefílicas. Como elas são originalmente (ou discutivelmente ainda) homens heterossexuais e tendem a transicionar-se durante a vida adulta, frequentemente após terem se estabelecido em posições de poder na vida, segue-se que eles tem privilégios e sentimentos de direito o suficiente para dominarem o discurso do movimento transgênero. A sua visão reducionista do que é ser mulher e seus sentimentos de privilégio masculino poderiam por sua vez explicar por que eles conduziriam o movimento numa direção tão sexista e atacariam feministas que não fizessem o mesmo.<br />
<br />
Ativistas transgênero opõem-se veementemente à ideia de que a AGP é um fenômeno real, chamando-a de mito transfóbico. Em seu livro [https://en.wikipedia.org/wiki/Galileo%27s_Middle_Finger O Dedo do Meio de Galileu] (em inglês, "Galileo's Middle Finger"), Alice Dreger fala sobre a caça às bruxas a qual J. Michael Bailey foi submetido por [https://pt.wikipedia.org/wiki/Lynn_Conway Lynn Conway] e outros ativistas transgênero por ter popularizado o conceito.<ref name=galileo/><br />
<br />
<blockquote><em><br />
Conway desenvolveu o que se tornou um enorme ''site'' hospedado pela Universidade de Michigan com o propósito de derrubar Bailey e suas ideias (e) que em sua grande parte possibilitou-me descobrir o que [Conway] havia realmente feito e como Bailey havia sido essencialmente enredado numa tentativa de fazê-lo não falar mais sobre autoginefilia.<br />
</em></blockquote><br />
<br />
Dreger escreveu que alguns ativistas haviam transformado o seu horror pelas descobertas de Bailey numa tentativa de vingança muito pública contra ele e sua família, incluindo alegações veladas de que ele havia abusado sexualmente dos filhos.<ref name=chronicle/> Após pesquisar sobre as alegações contra Bailey, ela concluiu que eram falsas. Além do mais, Dreger observou:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
...a carta mais interessante, sob a minha perspectiva, veio de uma mulher trans que escreveu para me dizer que, apesar de ela não se entusiasmar com as simplificações excessivas de Bailey sobre a sua vida, ela também já havia sido assediada e intimidada por [https://en.wikipedia.org/wiki/Andrea_James Andrea James] por ousar dizer qualquer coisa que não fosse a história politicamente popular de que 'sempre fui apenas uma mulher presa no corpo de um homem'. Ela me agradeceu por enfrentar um ''bully''.<br />
</em></blockquote><br />
<br />
== Referências ==<br />
<br />
<references><br />
<ref name=ntdsreport>[http://transequality.org/PDFs/NTDS_Report.pdf "Injustice at Every Turn: A Report of the National Transgender Discrimination Survey"] (PDF). National Center for Transgender Equality & National Gay and Lesbian Task Force. 2015-01-21. p. 29.</ref><br />
<ref name=clubsissify>'''(Adult content)''' [https://www.clubsissy.com/forum/board.php?num=12 ''Club Sissy - SRS/Hormones/TS'']</ref><br />
<ref name=houseofsissify>'''(Adult content)''' [https://www.sissify.com/ ''House of Sissify - "Strict sissy training & forced feminization for transgender sl*ts. Like you."'']</ref><br />
<ref name=novagirl>'''(Adult content)''' [https://novagirl.net/the-psychology-of-sissy-porn ''Why am I a sissy?''] ''"... I’m sure you are majority hetero with a minor kink NOW…and probably will be all your life, but a minority of sissies experience a fundamental shift in which the kink becomes something different and a transgender identity develops."''</ref><br />
<ref name=bailey03><br />
Bailey, J Michael. 2003. The Man Who Would Be Queen: The Science of Gender-Bending and Transsexualism. Joseph Henry Press.<br />
</ref><br />
<ref name=blanchard85><br />
Blanchard, R. 1985. “Typology of male-to-female transsexualism.” Archives of Sexual Behaviour Jun;14(3): 247–61.<br />
</ref><br />
<ref name=blanchard89><br />
Blanchard, R. 1989. “The classification and labeling of nonhomosexual gender dysphorias.” Archives of Sexual Behaviour 18, 315 – 334.<br />
</ref><br />
<ref name=blanchard91><br />
Blanchard, R. 1991. “Clinical observations and systematic studies of autogynephilia.” Journal of Sex and Marital Therapy 17: 235–251<br />
</ref><br />
<ref name=blanchard93><br />
Blanchard, R. 1993. “Partial versus complete autogynephilia and gender dysphoria.” Journal of Sex and Marital Therapy 19: 301–307.<br />
</ref><br />
<ref name=buhrich78><br />
Buhrich, N & McConaghy, N. 1978. “Two clinically discrete syndromes of transsexualism.” British Journal of Psychiatry Jul;133 p73–6.<br />
</ref><br />
<ref name=buhrich79><br />
Buhrich, N & McConaghy, N. 1979. “Three clinically discrete categories of fetishistic transvestism.” Archives of Sexual Behaviour Volume 8, Number 2.<br />
</ref><br />
<ref name=hirshfeld18><br />
Hirshfeld, M. 1918. Sexualpathologie Teil II 1918. Bonn: Marcus & Weber.<br />
</ref><br />
<ref name=lawrence03><br />
Lawrence, A A. 2003. “Becoming What We Love.” Perspectives in Biology and Medicine Vol50 No4; 506 – 20.<br />
</ref><br />
<ref name=lawrence04><br />
Lawrence, A A. 2004. “Autogynephilia: A Paraphilic Model of Gender Identity Disorder.” Journal of Gay & Lesbian Psychotherapy 8(1/2), 69–87.<br />
</ref><br />
<ref name=galileo>{{cite book |last=Dreger |first=Alice |date=2015 |title=Galileo's Middle Finger: Heretics, Activists, and the Search for Justice in Science |ISBN=9781594206085 }}</ref><br />
<ref name=chronicle>[http://chronicle.com/article/Reluctant-Crusader/228377/ Reluctant Crusader: Why Alice Dreger’s writing on sex and science makes liberals so angry]</ref><br />
</references><br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:Autogynephilia]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Autoginefilia&diff=829Autoginefilia2020-03-06T20:00:57Z<p>Deleted: Tradução da página em inglês</p>
<hr />
<div>{{PageSeo | description = Autoginefilia é a fetichização da ideia de se ser mulher, normalmente baseada em estereótipos sexistas.}}<br />
<br />
O termo '''autoginefilia''' (''auto'' para próprio, ''gine'' para mulher, ''filia'' para afeição, e frequentemente reduzido para '''AGP''' em inglês) refere-se à condição psicológica na qual um homem (normalmente heterossexual) obtém prazer sexual, ou até mesmo romântico, da fantasia de se ser mulher. O termo foi criado pelo psicólogo [https://en.wikipedia.org/wiki/Ray_Blanchard Ray Blanchard] após estudar e trabalhar com muitos pacientes transexuais.<br />
<br />
Enquanto essa não é a única razão por que alguém pode querer tornar-se um transexual homem-para-mulher (em inglês, "male-to-female", ou MtF) ou alegar "identificar-se como uma mulher", a autoginefilia parece ser exibida em uma boa parte das mulheres trans. De acordo com uma pesquisa de 2015 com aproximadamente 3000 mulheres trans dos Estados Unidos, pelo menos 60% delas disseram sentir atração por mulheres, o que quer dizer que são pessoas heterossexuais do sexo masculino.<ref name=ntdsreport/> De acordo com os estudos de Ray Blanchard, isso as colocaria na categoria de autoginéfilos, já que transexuais homossexuais geralmente não exibem AGP.<br />
<br />
Feministas são frequentemente críticas de homens exibindo AGP e os consideram ofensivos, especialmente se eles alegarem ser mulheres, já que em suas fantasias ser mulher normalmente baseia-se em noções altamente sexistas, objetificadoras e redutivas de o que é ser uma mulher.<br />
<br />
Ativistas transgênero alegam que esse conceito é um mito transfóbico, já que ele significaria que transexuais não-homossexuais estão essencialmente sob o efeito de uma [https://pt.wikipedia.org/wiki/Parafilia parafilia] ou, falando sem rodeios, de um fetiche sexual. Eles insistem na teoria de uma "identidade de gênero feminina" monolítica para explicar toda a transexualidade MtF e identificação transgênero, vendo mulheres trans atraídas por mulheres como "lésbicas trans" que deveriam ser aceitas como sendo iguais a qualquer outra mulher lésbica.<br />
<br />
O fenômeno da AGP pode ser observado facilmente na internet ao se pesquisar por fóruns ''online'' dedicados a essa parafilia. Pesquisar por termos como "fórum de fetiche sissy" retorna rapidamente comunidades inteiras na internet para AGP ou fetiches similares, onde algumas delas possuem foco explícito em tópicos transgênero, ou subseções dedicadas a membros de desejam transicionar.<ref name=clubsissify/><ref name=houseofsissify/><ref name=novagirl/><br />
<br />
== História ==<br />
<br />
Miranda Yardley escreveu em detalhes sobre a história da autoginefilia como um conceito: [https://medium.com/@mirandayardley/a-history-of-autogynephilia-7fc31e385436 ''A História da Autoginefilia - Miranda Yardley''] (em inglês)<br />
<br />
=== O Modelo de Transexualismo de Dois Tipos ===<br />
<br />
A identificação de um componente erótico no transexualismo data do começo do século XX, quando a existência do que foi descrito como um 'componente automonosexual' entre travestis foi discutida:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
... a experiência mostra que esse componente automonosexual, assim como o componente homossexual, não é o mesmo para todo travesti. Há muitos para os quais a simples mudança de vestimenta não é suficiente para causar sentimentos eróticos e que veem isso apenas como um jeito de trazer o seu lado feminino interior para o mundo exterior. Eu conheci aqueles que ficavam contentes em apenas poder passear como uma mulher de vez em quando. Durante o passeio eles nunca tinham ereções, ejaculações e nem o desejo de ter relações sexuais, seja com pessoas do sexo masculino ou feminino. Alguém poderia dizer que essas pessoas são assexuais.<ref name=hirshfeld18/><ref>See also Hirshfeld, M 1923: ‘Die intersexuelle Konstitution’. Jahrbuch fuer sexuelle Zwischenstufen. 23: 3 – 27</ref><br />
</em></blockquote><br />
<br />
A existência de dois tipos discretos de transexuais, diferenciados pela orientação sexual e idade foi hipotetizada por Buhrich em 1978, o qual também conjecturou o motivo do transexualismo ser observado mais comumente em homens do que em mulheres:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
Os resultados deste estudo indicam que eles podem ser diferenciados em dois grupos clinicamente discretos. Em uma investigação com 29 transexuais que buscavam uma cirurgia de mudança de sexo, foi constatado que aqueles que haviam experimentado excitação fetichista tinham probabilidade significativamente maior de serem mais velhos, de já terem tido relações sexuais heterossexuais, de serem casados e de mostrarem respostas penianas a imagens de homens e mulheres indicativas de uma orientação heterossexual. Eles possuíam menos experiência de contato homossexual levando ao orgasmo quando comparados a transexuais que não haviam experimentado excitação fetichista, mas essa diferença não foi estatisticamente significante. A frequência de travestismo, força da identidade de gênero feminina e intensidade do desejo por uma operação de mudança de sexo não foi discriminada entre os dois grupos. O fato de que o desejo por uma cirurgia de mudança de sexo poder ser associado com a experiência de excitação fetichista pode ser uma das razões por trás da maior incidência de transexualismo entre homens do que entre mulheres.<ref name=buhrich78/><br />
</em></blockquote><br />
<br />
Em um artigo subsequente, Buhrich e McConaghy chegaram até a sugerir que há três classes distintas de travestismo fetichista:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
travestis "nucleares", que limitam-se a travestir-se;<br />
<br />
travestis "marginais", que desejam feminização hormonal ou cirurgia; e<br />
<br />
"transexuais fetichistas", que demonstram excitação fetichista, mas que como transexuais buscam cirurgia de redesignação sexual.<ref name=buhrich79/><ref>Compare com o seguinte ''tweet'' do sexólogo Ray Blanchard @BlanchardPHD "Alguns autoginéfilos não têm disforia de gênero, alguns têm de leve a moderada, e alguns têm severa. Eu apoio a cirurgia de redesignação sexual para o último grupo". 14 de fevereiro de 2017</ref><br />
</em></blockquote><br />
<br />
Em 1985, o sexólogo Ray Blanchard usou um tamanho amostral maior e confirmou a observação de que exite uma diferença fundamental entre transexuais homossexuais (homens homossexuais atraídos romântica e sexualmente por homens) e transexuais não-homossexuais (que incluem transexuais heterossexuais, bissexuais e assexuais):<br />
<br />
<blockquote><em><br />
Este estudo testou a predição derivada da hipótese de que o transexualismo assexual e bissexual são na verdade subtipos do transexualismo heterossexual... (uma) análise de agrupamentos de suas pontuações dividiu os sujeitos em quatro grupos: heterossexuais, homossexuais, bissexuais e assexuais... não houve nenhuma diferença entre os transexuais assexuais, bissexuais e heterossexuais, e todos os três grupos incluíam uma proporção muito mais elevada de casos fetichistas do que o grupo homossexual... essas descobertas apoiam a ideia de que transexuais do sexo masculino podem ser divididos em dois tipos básicos: heterossexuais e homossexuais.<ref name=blanchard85/><br />
</em></blockquote><br />
<br />
Juntos, esses artigos nos ensinam que transexuais podem ser agrupados em transexuais homossexuais e não-homossexuais, e que este grupo parece conter um número de subtipos que podem ser tomados como correspondendo ao grau ordinal de travestismo fetichista. Essas observações são apoiadas por evidências empíricas; a diferença é manifesta em uma "proporção muito mais elevada de casos fetichistas do que no grupo homossexual", e assim Blanchard confirma a identificação de dois tipos de transexuais do sexo masculino, que são diferenciados por orientação sexual, com um dos grupos exibindo um histórico fetichista ou parafílico.<br />
<br />
Blanchard tornou-se uma figura chave na investigação do transexualismo alguns anos depois, quando tentou transmitir algum rigor e significado à terminologia envolvida na taxonomia dos transexuais, como parte de um estudo sistemático sobre esse fenômeno, ele cunhou o termo "autoginefilia" como uma descrição mais clara de algo que até então havia sido descrito como parte do automonosexualismo. Essa ficou conhecida como a "tipologia transexual de Blanchard", ou a "tipografia transexual de dois tipos":<br />
<br />
<blockquote><em><br />
Perturbações da identidade de gênero em homens é sempre acompanhada por uma de duas anomalias eróticas. Todos os homens com disforia de gênero que não possuem atração sexual por homens possuem, em seu lugar, atração pelo pensamento ou pela imagem deles próprios como mulheres. Essa propensão erótica (ou amatória) é, claramente, o fenômeno denominado por Hirschfeld como automonosexualismo. Por causa do histórico inconsistente desse termo, no entanto, e de sua derivação não-descritiva, o autor prefere substituí-lo pelo termo autoginefilia ("amor de si próprio como mulher").<ref name=blanchard89/><br />
</em></blockquote><br />
<br />
Deve ser notado que o uso da expressão "anomalia erótica" é usado, num contexto moralmente neutro, para descrever atos sexuais que são inerentemente não-procriativos, ao invés de ser uma expressão pejorativa.<br />
<br />
Chave no conceito de autoginefilia é que ela não é algo que fica sempre na mente, e nem de que é algo que é somente confinado ao travestismo:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
Deve ser notado que o conceito de autoginefilia não implica que homens autoginefílicos fiquem sempre sexualmente excitados pelo pensamento de si próprios como mulheres, ou por vestirem-se com roupas de mulheres, ou por se contemplarem travestidos no espelho - mais do que um homem apaixonado sempre obtenha uma ereção ao avistar a pessoa amada, ou do que um casal de gansos copulem continuamente. A autoginefilia, de acordo com essa hipótese, pode ser manifesta numa variedade de formas, e o travestismo fetichista é somente uma delas. Aqueles indivíduos denominados travestis por clínicos contemporâneos seriam, de acordo com essa visão, compreendidos como autoginéfilos cujo único - ou mais proeminente - sintoma é a excitação sexual em associação com o travestismo, e que não são (ou ainda não se tornaram) disfóricos de gênero.<ref name=blanchard89/><br />
</em></blockquote><br />
<br />
Classificar esse comportamento em termos que se encontram fora do travestismo fetichista permitiu a Blanchard aplicar o seu estudo sistemático num espectro de comportamento mais amplo observado em transexuais, e ele explicou a etimologia dessa palavra baseada na "propensidade de um homem de ficar sexualmente excitado pelo pensamento ou imagem de si próprio como mulher".<ref name=blanchard91/><br />
<br />
Ele então identificou quatro tipos diferentes de comportamento autoginefílico, que podem existir em qualquer conjunção: fetichismo fisiológico, comportamental, anatômico e travestista:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
Fantasias e comportamentos autoginefílicos podem focar-se na ideia de se exibir funções fisiológicas femininas, de executar comportamento estereotipicamente feminino, de se possuir estruturas anatômicas femininas, ou de se vestir com roupas de mulher. Essa última classe de fantasias e comportamentos mencionados representa a forma familiar de autoginefilia, o travestismo. Todos os quatro tipos de autoginefilia tendem a ocorrer em combinação com outros tipos, ao invés de isolados.<ref name=blanchard91/><br />
</em></blockquote><br />
<br />
Blanchard fornece um arcabouço tipológico para pesquisadores modelarem ou analisarem sistematicamente os comportamentos de transexuais do sexo masculino que os separam em transexuais homossexuais e não-homossexuais, com estes tendendo a serem autoginéfilos que exibem um ou mais tipos de comportamentos parafílicos. Blanchard comparou esses comportamentos parafílicos a uma orientação sexual.<ref name=blanchard93/><br />
<br />
Os transexuais homossexuais são os que podem ser considerados a imagem popular 'clássica' do transexual, com os transexuais não-homossexuais tendo vidas que envolvem carreiras bem-sucedidas como homens, assim como casamentos e filhos, antes de transicionar mais tarde na vida.<ref name=lawrence04/><br />
<br />
É importante entender que o transexual homossexual e o transexual não-homossexual têm vidas e experiências diferentes, apesar de haver uma comunalidade por ambos serem transexuais e, como Lawrence referencia, níveis similares de experiência de disforia de gênero. Em seu livro de 2003, 'O homem que se tornaria rainha: a ciência do ''gender-bending'' e do transexualismo' (em inglês, "The Man Who Would Be Queen: The Science of Gender-Bending and Transsexualism"), o psicólogo J. Michael Bailey explica:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
Dois tipos diferentes de homens mudam o seu sexo. Para qualquer pessoa que os examinarem de perto, eles são bastante diferentes, em suas histórias, suas motivações, os seus graus de feminilidade, as suas demografias, e até em suas aparências. Sabemos pouco sobre as causas de qualquer tipo de transexualismo (apesar de termos alguns bons palpites sobre um tipo). Mas estou certo de que quando finalmente os entendermos, as causas dos dois tipos serão completamente diferentes.<br />
<br />
Para qualquer pessoa que haja visto membros de ambos os tipos e que tenha aprendido a fazer os tipos certos de perguntas, é fácil distingui-los. Ainda assim, a diferença enganou virtualmente todos os que se importam com transexuais: apresentadores de ''talk shows'', jornalistas, a maior parte das pessoas que os avaliam e tratam, e até mesmo a maior parte dos acadêmicos que os estudaram. Um motivo é que a similaridade superficial dos dois tipos é tão impressionante - ambos são homens, normalmente vestidos e tentando passar-se por mulheres, que querem substituir seus pênis por vaginas - que isso nos preveniu de perceber diferenças mais sutis, apesar de mais superficiais. Outra razão é que os dois tipos de transexuais raramente aparecem lado a lado, quando seriam facilmente distinguíveis... A razão mais interessante pela qual a maior parte das pessoas não percebe que há dois tipos de transexuais é que membros de um tipo às vezes apresentam-se erroneamente como membros do outro. Serei mais específico em breve, mas por enquanto, é suficiente dizer que eles ficam frequentemente calados sobre a sua verdadeira motivação, e ao invés disso contam histórias sobre si mesmos que são enganosas e, em aspectos importantes, falsas.<br />
<br />
Logo após o nascimento, o transexual homossexual homem-para-mulher comporta-se e sente-se como uma garota. Ao contrário da maior parte dos garotos femininos... esses transexuais não superam, ou aprendem a esconder, sua feminilidade. Ao invés disso, eles decidem que o passo drástico de mudar o seu sexo é preferível. Eles inequivocadamente desejam e amam homens, especialmente homens heterossexuais, os quais eles somente conseguem atrair como mulheres... um tipo de homem transexual é um tipo de homem homossexual...<br />
<br />
Transexuais honestos e abertamente autoginefílicos revelam um padrão muito diferente. Eles não são garotos especialmente femininos. A primeira manifestação evidente do que levou ao seu transexualismo foi tipicamente durante o início da adolescência, quando eles secretamente se vestiam com a ''lingerie'' de suas mães ou irmãs, olhavam-se no espelho e se masturbavam. Essa atividade continuou durante a vida adulta, e fantasias sexuais tornaram-se cada vez mais transexuais - especialmente a fantasia de se ter uma vulva, talvez sendo penetrada por um pênis. Transexuais autoginefílicos podem declarar atração por mulheres ou homens, pelos dois, ou por nenhum deles. Mas a sua atração primária é pelas mulheres as quais eles se tornariam.<ref name=bailey03/><br />
</em></blockquote><br />
<br />
A interpretação de Bailey da motivação para mudança de sexo de transexuais homossexuais é a de atrair homens heterossexuais; poderíamos considerar que dada a escolha numa sociedade homofóbica de se viver como um homem ''gay'' feminino ou como uma mulher, o transexual homossexual optaria pela última. Enquanto identifica a motivação do autoginéfilo para muitos dos traços comportamentais, ele não chega a hipotetizar por que um autoginéfilo transicionaria; certamente, o prospecto de uma castração e da remoção do pênis seria uma linha de ação irracional para alguém cuja identidade sexual encontra-se tão investida nisso? Essa, no entanto, seria baseada na concepção equivocada de que a autoginefilia é exclusivamente erótica. Anne Lawrence sugere que a motivação do autoginéfilo pode ser comparada ao amor romântico com elementos de apego:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
...aspectos puramente eróticos da autoginefilia receberam a maior ênfase, enquanto os apectos relacionados à "propensidade amatória", "orientação sexual" e "amor" receberam comparativamente pouca. O amor tem estado visivelmente ausente da maior parte das discussões sobre autoginefilia, seja por seus defensores ou por seus críticos... indivíduos estão com frequência especialmente inclinados a procurar experiências de amor apaixonadas, ou para se permitirem a possibilidade de experimentá-las, na meia idade e em tempos de crise. Isso é consistente com as histórias de vida de muitos, se não da maior parte, dos transexuais não-homossexuais MtF, que tendem a procurar a redesignação sexual aos 40 anos de idade ou mais tarde, às vezes em associação com uma crise de meia idade... (s)ua decisão de passar por redesignação sexual não raramente é precedida por alguma perda ou revés significativo, como desemprego, deficiência física, ou o fim de um relacionamento importante... (p)ara pessoas que experimentam autoginefilia, decidir tornar-se o que é desejado pode representar uma tentativa de lidar com circunstâncias de vida adversas, assim como decidir ter um caso amoroso com outra pessoa pode, para indivíduos com orientações sexuais mais convencionais... o processo de se modificar o próprio corpo e de se viver como uma mulher oferece uma identidade, um curso de ação, e um propósito na vida.<ref name=lawrence03/><br />
</em></blockquote><br />
<br />
== Papel no ativismo transgênero ==<br />
<br />
A misoginia do ativismo transgênero é às vezes hipotetizada como tendo raiz no movimento ser controlado em sua maior parte por mulheres trans autoginefílicas. Como elas são originalmente (ou discutivelmente ainda) homens heterossexuais e tendem a transicionar-se durante a vida adulta, frequentemente após terem se estabelecido em posições de poder na vida, segue-se que eles tem privilégios e sentimentos de direito o suficiente para dominarem o discurso do movimento transgênero. A sua visão reducionista do que é ser mulher e seus sentimentos de privilégio masculino poderiam por sua vez explicar por que eles conduziriam o movimento numa direção tão sexista e atacariam feministas que não fizessem o mesmo.<br />
<br />
Ativistas transgênero opõem-se veementemente à ideia de que a AGP é um fenômeno real, chamando-a de mito transfóbico. Em seu livro [https://en.wikipedia.org/wiki/Galileo%27s_Middle_Finger O Dedo do Meio de Galileu] (em inglês, "Galileo's Middle Finger"), Alice Dreger fala sobre a caça às bruxas a qual J. Michael Bailey foi submetido por [https://pt.wikipedia.org/wiki/Lynn_Conway Lynn Conway] e outros ativistas transgênero por ter popularizado o conceito.<ref name=galileo/><br />
<br />
<blockquote><em><br />
Conway desenvolveu o que se tornou um enorme ''site'' hospedado pela Universidade de Michigan com o propósito de derrubar Bailey e suas ideias (e) que em sua grande parte possibilitou-me descobrir o que [Conway] havia realmente feito e como Bailey havia sido essencialmente enredado numa tentativa de fazê-lo não falar mais sobre autoginefilia.<br />
</em></blockquote><br />
<br />
Dreger escreveu que alguns ativistas haviam transformado o seu horror pelas descobertas de Bailey numa tentativa de vingança muito pública contra ele e sua família, incluindo alegações veladas de que ele havia abusado sexualmente dos filhos.<ref name=chronicle/> Após pesquisar sobre as alegações contra Bailey, ela concluiu que eram falsas. Além do mais, Dreger observou:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
...a carta mais interessante, sob a minha perspectiva, veio de uma mulher trans que escreveu para me dizer que, apesar de ela não se entusiasmar com as simplificações excessivas de Bailey sobre a sua vida, ela também já havia sido assediada e intimidada por [https://en.wikipedia.org/wiki/Andrea_James Andrea James] por ousar dizer qualquer coisa que não fosse a história politicamente popular de que 'sempre fui apenas uma mulher presa no corpo de um homem'. Ela me agradeceu por enfrentar um ''bully''.<br />
</em></blockquote><br />
<br />
== Referências ==<br />
<br />
<references><br />
<ref name=ntdsreport>[http://transequality.org/PDFs/NTDS_Report.pdf "Injustice at Every Turn: A Report of the National Transgender Discrimination Survey"] (PDF). National Center for Transgender Equality & National Gay and Lesbian Task Force. 2015-01-21. p. 29.</ref><br />
<ref name=clubsissify>'''(Adult content)''' [https://www.clubsissy.com/forum/board.php?num=12 ''Club Sissy - SRS/Hormones/TS'']</ref><br />
<ref name=houseofsissify>'''(Adult content)''' [https://www.sissify.com/ ''House of Sissify - "Strict sissy training & forced feminization for transgender sl*ts. Like you."'']</ref><br />
<ref name=novagirl>'''(Adult content)''' [https://novagirl.net/the-psychology-of-sissy-porn ''Why am I a sissy?''] ''"... I’m sure you are majority hetero with a minor kink NOW…and probably will be all your life, but a minority of sissies experience a fundamental shift in which the kink becomes something different and a transgender identity develops."''</ref><br />
<ref name=bailey03><br />
Bailey, J Michael. 2003. The Man Who Would Be Queen: The Science of Gender-Bending and Transsexualism. Joseph Henry Press.<br />
</ref><br />
<ref name=blanchard85><br />
Blanchard, R. 1985. “Typology of male-to-female transsexualism.” Archives of Sexual Behaviour Jun;14(3): 247–61.<br />
</ref><br />
<ref name=blanchard89><br />
Blanchard, R. 1989. “The classification and labeling of nonhomosexual gender dysphorias.” Archives of Sexual Behaviour 18, 315 – 334.<br />
</ref><br />
<ref name=blanchard91><br />
Blanchard, R. 1991. “Clinical observations and systematic studies of autogynephilia.” Journal of Sex and Marital Therapy 17: 235–251<br />
</ref><br />
<ref name=blanchard93><br />
Blanchard, R. 1993. “Partial versus complete autogynephilia and gender dysphoria.” Journal of Sex and Marital Therapy 19: 301–307.<br />
</ref><br />
<ref name=buhrich78><br />
Buhrich, N & McConaghy, N. 1978. “Two clinically discrete syndromes of transsexualism.” British Journal of Psychiatry Jul;133 p73–6.<br />
</ref><br />
<ref name=buhrich79><br />
Buhrich, N & McConaghy, N. 1979. “Three clinically discrete categories of fetishistic transvestism.” Archives of Sexual Behaviour Volume 8, Number 2.<br />
</ref><br />
<ref name=hirshfeld18><br />
Hirshfeld, M. 1918. Sexualpathologie Teil II 1918. Bonn: Marcus & Weber.<br />
</ref><br />
<ref name=lawrence03><br />
Lawrence, A A. 2003. “Becoming What We Love.” Perspectives in Biology and Medicine Vol50 No4; 506 – 20.<br />
</ref><br />
<ref name=lawrence04><br />
Lawrence, A A. 2004. “Autogynephilia: A Paraphilic Model of Gender Identity Disorder.” Journal of Gay & Lesbian Psychotherapy 8(1/2), 69–87.<br />
</ref><br />
<ref name=galileo>{{cite book |last=Dreger |first=Alice |date=2015 |title=Galileo's Middle Finger: Heretics, Activists, and the Search for Justice in Science |ISBN=9781594206085 }}</ref><br />
<ref name=chronicle>[http://chronicle.com/article/Reluctant-Crusader/228377/ Reluctant Crusader: Why Alice Dreger’s writing on sex and science makes liberals so angry]</ref><br />
</references><br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[en:Autogynephilia]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Pay_Gap&diff=828Pay Gap2020-03-06T15:40:32Z<p>Deleted: Redirecionar página com termo em inglês para a página com o termo em português: Diferença salarial</p>
<hr />
<div>#REDIRECT [[Diferença salarial]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Destransi%C3%A7%C3%A3o&diff=827Destransição2020-03-06T15:39:34Z<p>Deleted: Criar verbete para Destransição, que é redirecionado para a página de Destransicionado</p>
<hr />
<div>#REDIRECT [[Destransicionado]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Cis&diff=826Cis2020-03-06T15:35:36Z<p>Deleted: Redirecionar para a página: Cisgênero</p>
<hr />
<div>#REDIRECT [[Cisgênero]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=G%C3%AAnero&diff=825Gênero2020-03-05T19:35:59Z<p>Deleted: Acréscimo do link para a página em inglês</p>
<hr />
<div>{{PageSeo | description = Feministas veem gênero como um sistema socialmente construído usado para oprimir as mulheres.<br />
}}<br />
A palavra '''gênero''', originada do latim ''genus'' (classe, tipo), ganhou vários significados através dos séculos, e especialmente durante as últimas décadas. Existe um debate significativo entre grupos ideológicos que querem ressaltar a importância de uma definição particular da palavra.<br />
<br />
As palavras ''feminino'' e ''masculino'' são normalmente associadas com o conceito de gênero, em oposição às palavras ''fêmea'' e ''macho'', que são mais comumente associadas à [[sexo]], apesar de todas essas palavras e conceitos serem frequentemente confundidas pelo público geral.<br />
<br />
== Definições originais ==<br />
<br />
=== Gênero gramatical ===<br />
<br />
Definições de gênero mais antigas e majoritariamente não-políticas incluem ''gênero gramatical'', que é simplesmente a divisão de determinadas palavras de certas línguas em duas ou mais categorias para explicitar o gênero (presumido) de um objeto, ou a falta deste. Essa generização das palavras é às vezes aplicada de modo um tanto sem sentido, como no alemão e no francês, onde todos os tipos de objetos inanimados - de móveis até a planetas - recebem um gênero, enquanto algumas palavras verdadeiramente específicas quanto a sexo podem, surpreendentemente, ter um gênero neutro, como ''mädchen'', a palavra em alemão para "garota", que recebe gênero neutro apesar de que palavras como "mulher", "garoto" e "homem" possuírem gênero em concordância com o sexo do ser humano ao qual elas correspondem. Referências para o gênero gramatical parecem datar do século XIV.<br />
<br />
As palavras ''feminino'' e ''masculino'' são frenquentemente utilizadas para se referirem a gêneros gramaticais, apesar de que termos como ''pronomes femininos'' e ''pronomes masculinos'' também sejam comumente utilizados para se referirem a construtos gramaticais.<br />
<br />
=== Sinônimo de sexo ===<br />
<br />
Outra definição antiga e majoritariamente não-política de gênero é como sinônimo de [[sexo]], isto é, à categorização de um organismo com respeito ao seu papel na reprodução binária. Esse uso da palavra é popular presumivelmente por causa das conotações vulgares que a palavra "sexo" pode parecer admitir. O uso de "gênero" como sinônimo de "sexo" parece datar desde o século XV, e pode ser encontrada até mesmo em textos acadêmicos que claramente lidam com uma categorização reprodutiva de organismos estritamente baseada na biologia. <br />
<br />
De maneira similar ao uso de gênero para denotar sexo, as palavras "feminino" e "masculino" também são às vezes utilizadas como aproximações de "fêmea" e "macho". Na biologia, não é incomum ouvir termos como "feminização" e "masculinização" quando se referindo aos desenvolvimentos anatômicos associados com os sexos feminino e masculino. Como outro exemplo, o eufemismo ''produtos de higiene da mulher'' é frequentemente usado para referir-se a produtos de higiene menstrual, mesmo que estes estejam claramente relacionados ao sexo feminino.<br />
<br />
=== Mudanças recentes ===<br />
<br />
Na década de 1950, o psicólogo [https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Money John Money] começou a introduzir definições alternativas de ''gênero'' em seus textos, em particular em termos como ''papel de gênero'' e ''identidade de gênero''. Essa pode ser a origem do entendimento de ''gênero como construção social'', apesar de as teorias de Money não serem necessariamente compatíveis com as interpretações contemporâneas desse conceito.<br />
<br />
O significado de ''gênero como construção social'' é a compreensão de que palavras como "mulher" e "homem" (e também "garota" e "garoto") não induzem meramente ao pensamento de um ser humano que é do sexo feminino ou masculino. Ao invés disso, ao ouvir essas palavras (ou as suas traduções para outra linguagem), é provável que alguém imagine uma pessoa que não só pertence a uma determinada categoria anatômica de sexo, mas que também obedece a certas expectativas com relação a vestimenta, fala, comportamento, e assim por diante. Por exemplo, ao ouvir a palavra "mulher", é mais provável que alguém pense numa pessoa com cabelos compridos e talvez de vestido, mesmo que ambos esses "marcadores de gênero" não tenham nenhuma relação com a anatomia feminina. Como tais, eles são entendidos como parte da ''construção social'' de gênero, que é separada dos fatos anatômicos de se ser fêmea ou macho.<br />
<br />
A partir do ponto em que se reconhece gênero como uma construção social, há pelo menos duas teorias concorrentes em relação a como a natureza mais profunda de gênero evoluiu: gênero como uma ferramenta de opressão baseada no sexo e gênero como uma identidade inata. <br />
<br />
Em relação a esses desenvolvimentos, as palavras "feminino" e "masculino" também receberam significados que enfatizam mais fortemente o aspecto estereotipado da construção social de gênero. A feminilidade pode referir-se a um estilo pessoal que inclui cabelos compridos, vestidos, a cor rosa, expressões mais delicadas etc., enquanto masculinidade pode referir-se ao estilo pessoal oposto.<br />
<br />
== Gênero como uma ferramenta de opressão ==<br />
<br />
De acordo com a teoria feminista, em particular à segunda onda de feminismo radical, a contrução social de gênero tornou-se um sinônimo aproximado dos papéis e estereótipos impostos forçosamente às mulheres e que servem para manter intacta a sua posição inferior numa sociedade dominada por homens. Acredita-se que os traços de personalidade associados com mulheres sejam inteiramente mitos ou "profecias autorrealizáveis", que são estabelecidas através da socialização durante anos de crianças do sexo feminino para os papéis de "garota direita" e, após isso, de mulher. Esses traços de personalidade atribuídos a mulheres e meninas podem incluir alguns aspectos positivos, como graça e bondade, mas que, combinados com a expectativa de passividade e docilidade, levam homens a conseguirem explorar facilmente o trabalho e corpo femininos.<br />
<br />
A compreensão feminista de gênero como construção social é datada de antes do uso dessa palavra por John Money em seus trabalhos. Em seu livro de 1949 [https://files.feministwiki.org/index.php/s/gLErZgY99x6cRDx?path=%2FBooks%2FSimone%20de%20Beauvoir ''O Segundo Sexo''], [[Simone de Beauvoir]] celebremente falou de como ''não se nasce, mas se torna mulher'' (volume II, parte um, capítulo 1). No livro, a autora elabora as maneiras nas quais as forças da sociedade levam as pessoas do sexo feminino a tornarem-se "mulheres", da maneira como a sociedade espera delas. Apesar de Beauvoir não mencionar explicitamente uma "separação entre sexo e gênero", como é comumente ouvido em círculos feministas na atualizade, ou ter usado de alguma outra forma a palavra "gênero" da maneira descrita aqui, a sua análise parece, não obstante, abranger o mesmo conceito.<br />
<br />
[[File:Dworkin-root-cause-sexual-polarity.png|thumb|400px|''Our Blood'', capítulo ''The Root Cause'', página 110]]<br />
<br />
[[Andrea Dworkin]], em seu livro [https://files.feministwiki.org/index.php/s/gLErZgY99x6cRDx?path=%2FBooks%2FAndrea%20Dworkin ''Our Blood''], escreve o seguinte sobre o "sistema de polaridade de gênero":<br />
<br />
<blockquote><em><br />
"... Fiz essa distinção entre verdade e realidade de forma a permitir-me dizer algo muito simples: '''que enquanto o sistema de polaridade de gênero é real, ele não é verdadeiro'''. Não é verdade que há dois sexos que são distintos e opostos, que são polares, que unem-se natural e evidentemente num inteiro harmonioso. Não é verdade que o masculino encorpora ambas as qualidades e potencialidades humanas positivas e as neutras, em contraste com o feminino que é feminino, de acordo com Aristóteles e toda a cultura masculina, "por virtude de uma certa '''ausência''' de qualidades". E uma vez que não aceitamos a noção de que homens são positivos e mulheres negativas, estamos essencialmente rejeitando a noção de que há homens e mulheres em absoluto. Em outras palavras, o sistema baseado nesse modelo polar de existência é absolutamente real; mas o modelo em si não é verdadeiro. Estamos vivendo aprisionados dentro de uma desilusão perniciosa, uma desilusão na qual toda realidade como conhecemos é predicada.<br />
<br />
No meu ponto de vista, aqueles de nós que são mulheres dentro desse sistema de realidade nunca serão livres até que a desilusão da polaridade sexual seja destruída e até que o sistema de realidade baseado nela seja inteiramente erradicado da sociedade humana e da memória humana. Essa é a noção de transformação cultural no cerne do feminismo. Essa é a possibilidade revolucionária inerente à luta feminista."<br />
</em></blockquote><br />
<br />
Uma leitura ingênua tanto de Beauvoir quanto de Dworkin pode levar à confusão se alguém for levado a acreditar que os seus escritos estão de acordo com a teoria de "identidade de gênero" contemporânea. Dworkin, por exemplo, escreve que ''"não é verdade que há dois sexos que são distindos e opostos"''. É possível dar-se diversas interpretações ao trecho "...que são distintos e opostos". Estaria ela negando a binariedade do sexo reprodutivo? Ou estaria meramente opondo a noção de que mulheres e homens são criaturas distintas e opostas de maneira bem além das suas características reprodutivas? Ambas as autoras frequentemente mencionam a anatomia feminina em relação às experiências de opressão feminina. Por exemplo, no mesmo capítulo em que o trecho supracitado foi retirado, Dworkin fala de [https://pt.wikipedia.org/wiki/Dispositivo_intrauterino DIUs] para o controle feminino de natalidade, e do clitóris como origem do prazer sexual feminino. Como tal, a compatibilidade da sua teoria com a teoria de identidade de gênero contemporânea é um tanto questionável. Em nenhum dos trabalhos de Dworkin ou Beauvoir há alguma menção a uma pessoa do sexo masculino ser ou tornar-se uma mulher.<br />
<br />
== Gênero como uma identidade inata ==<br />
<br />
''(Esta seção precisa de elaboração.)''<br />
<br />
A maior parte dos ativistas transgênero usam ''gênero'' para referir-se a uma identidade supostamente essencial e inerente do ser humano e que determina se uma pessoa é uma "mulher" ou um "homem" (ou outra coisa), sem nenhuma relação com as suas capacidades reprodutivas.<br />
<br />
Teorias em torno dessa noção são frequentemente associadas com a [https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_queer teoria ''queer''], que por sua vez é baseada na [https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%B3s-estruturalismo filosofia pós-estruturalista]. Escritos baseados nessas ideologias tendem a ser de uma leitura um tanto difícil de ser entendida (às vezes, discutivelmente, numa tentativa do autor parecer mais sofisticado do que de fato é), e frequentemente não possuem conclusões completamente claras. Pode ser por isso que até mesmo entre os ativistas transgêneros parece não haver um consenso quanto a algumas questões que podem ser consideradas de importância central, como: a identidade de gênero é inata e imutável, ou trata-se de uma escolha pessoal? Se for imutável, porque algumas pessoas mudam de ideia quanto às suas identidades várias vezes, e como elas podem ser testadas de maneira objetiva? Se houver medidas objetivas de identidade de gênero, quais são elas, se não forem uma identificação com estereótipos sexistas de feminilidade e masculinidade? Por exemplo, a [https://pt.wikipedia.org/wiki/Disforia_de_g%C3%AAnero disforia de gênero] é uma condição necessária para alguém ser considerado "verdadeiramente" transgênero? Se ela for baseada em critérios puramente subjetivos, como ela pode ter efeito sobre um sistema de opressão objetivo e material que afeta as pessoas desde o nascimento? Se uma pessoa decidir que possui uma "identidade de gênero feminina" quer dizer que essa pessoa de fato sempre foi uma garota/mulher, isso significa que ela nunca se beneficiou do provilégio masculino, mesmo se tiver vivido mais de 40 anos como um homem? Se uma "identidade de gênero feminina" já faz de uma pessoa uma mulher, isso significa que mudanças corporais são de fato desnecessárias? Significa que uma pessoa alta e de ombros largos com barba, uma voz grave, pelos corporais abundantes e genitais masculinos intactos pode, ainda assim, ser considerada do sexo feminino? Essa pessoa pode então ter direito de acesso a locais exclusivamente femininos, sem nenhuma restrição?<br />
<br />
A falta de vontade ou incapacidade de ativistas transgênero de responderem a essas questões (ou, alternativamente, as respostas absurdas que eles fornecem, na tentativa de serem consistentes com a sua própria ideologia) levou muitas feministas a se sentirem desiludidas com o movimento transgênero e a começarem a vê-lo como incompatível com o feminismo. O fato de que mulheres que começam a levantar vozes críticas são frenquentemente recebidas com evidente hostilidade e exclusão piorou essa situação. Atualmente, muitos grupos e organizações feministas começaram a ver "identidade de gênero" como um sistema de crenças misógino e que deveria ser abertamente contestado.<br />
<br />
== Leitura recomendada ==<br />
<br />
* [https://sexandgenderintro.com/ Sexo e Gênero - Um Guia para Iniciantes] por Rebecca Reilly-Cooper (em inglês)<br />
* [https://www.feministcurrent.com/2017/05/11/bill-c-16-misunderstands-gender-harms-women-patriarchy/ O projeto de lei C-16 interpreta mal o que é gênero e como ele prejudica as mulheres sob o patriarcado] por Meghan Murphy (em inglês)<br />
* [https://www.feministcurrent.com/2014/07/16/defending-the-terf-gender-as-political/ Defendendo o 'TERF': Gênero como política] por C. K. Egbert (em inglês)<br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:Gender]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=G%C3%AAnero&diff=824Gênero2020-03-05T19:35:19Z<p>Deleted: Tradução da página inteira do inglês</p>
<hr />
<div>{{PageSeo | description = Feministas veem gênero como um sistema socialmente construído usado para oprimir as mulheres.<br />
}}<br />
A palavra '''gênero''', originada do latim ''genus'' (classe, tipo), ganhou vários significados através dos séculos, e especialmente durante as últimas décadas. Existe um debate significativo entre grupos ideológicos que querem ressaltar a importância de uma definição particular da palavra.<br />
<br />
As palavras ''feminino'' e ''masculino'' são normalmente associadas com o conceito de gênero, em oposição às palavras ''fêmea'' e ''macho'', que são mais comumente associadas à [[sexo]], apesar de todas essas palavras e conceitos serem frequentemente confundidas pelo público geral.<br />
<br />
== Definições originais ==<br />
<br />
=== Gênero gramatical ===<br />
<br />
Definições de gênero mais antigas e majoritariamente não-políticas incluem ''gênero gramatical'', que é simplesmente a divisão de determinadas palavras de certas línguas em duas ou mais categorias para explicitar o gênero (presumido) de um objeto, ou a falta deste. Essa generização das palavras é às vezes aplicada de modo um tanto sem sentido, como no alemão e no francês, onde todos os tipos de objetos inanimados - de móveis até a planetas - recebem um gênero, enquanto algumas palavras verdadeiramente específicas quanto a sexo podem, surpreendentemente, ter um gênero neutro, como ''mädchen'', a palavra em alemão para "garota", que recebe gênero neutro apesar de que palavras como "mulher", "garoto" e "homem" possuírem gênero em concordância com o sexo do ser humano ao qual elas correspondem. Referências para o gênero gramatical parecem datar do século XIV.<br />
<br />
As palavras ''feminino'' e ''masculino'' são frenquentemente utilizadas para se referirem a gêneros gramaticais, apesar de que termos como ''pronomes femininos'' e ''pronomes masculinos'' também sejam comumente utilizados para se referirem a construtos gramaticais.<br />
<br />
=== Sinônimo de sexo ===<br />
<br />
Outra definição antiga e majoritariamente não-política de gênero é como sinônimo de [[sexo]], isto é, à categorização de um organismo com respeito ao seu papel na reprodução binária. Esse uso da palavra é popular presumivelmente por causa das conotações vulgares que a palavra "sexo" pode parecer admitir. O uso de "gênero" como sinônimo de "sexo" parece datar desde o século XV, e pode ser encontrada até mesmo em textos acadêmicos que claramente lidam com uma categorização reprodutiva de organismos estritamente baseada na biologia. <br />
<br />
De maneira similar ao uso de gênero para denotar sexo, as palavras "feminino" e "masculino" também são às vezes utilizadas como aproximações de "fêmea" e "macho". Na biologia, não é incomum ouvir termos como "feminização" e "masculinização" quando se referindo aos desenvolvimentos anatômicos associados com os sexos feminino e masculino. Como outro exemplo, o eufemismo ''produtos de higiene da mulher'' é frequentemente usado para referir-se a produtos de higiene menstrual, mesmo que estes estejam claramente relacionados ao sexo feminino.<br />
<br />
=== Mudanças recentes ===<br />
<br />
Na década de 1950, o psicólogo [https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Money John Money] começou a introduzir definições alternativas de ''gênero'' em seus textos, em particular em termos como ''papel de gênero'' e ''identidade de gênero''. Essa pode ser a origem do entendimento de ''gênero como construção social'', apesar de as teorias de Money não serem necessariamente compatíveis com as interpretações contemporâneas desse conceito.<br />
<br />
O significado de ''gênero como construção social'' é a compreensão de que palavras como "mulher" e "homem" (e também "garota" e "garoto") não induzem meramente ao pensamento de um ser humano que é do sexo feminino ou masculino. Ao invés disso, ao ouvir essas palavras (ou as suas traduções para outra linguagem), é provável que alguém imagine uma pessoa que não só pertence a uma determinada categoria anatômica de sexo, mas que também obedece a certas expectativas com relação a vestimenta, fala, comportamento, e assim por diante. Por exemplo, ao ouvir a palavra "mulher", é mais provável que alguém pense numa pessoa com cabelos compridos e talvez de vestido, mesmo que ambos esses "marcadores de gênero" não tenham nenhuma relação com a anatomia feminina. Como tais, eles são entendidos como parte da ''construção social'' de gênero, que é separada dos fatos anatômicos de se ser fêmea ou macho.<br />
<br />
A partir do ponto em que se reconhece gênero como uma construção social, há pelo menos duas teorias concorrentes em relação a como a natureza mais profunda de gênero evoluiu: gênero como uma ferramenta de opressão baseada no sexo e gênero como uma identidade inata. <br />
<br />
Em relação a esses desenvolvimentos, as palavras "feminino" e "masculino" também receberam significados que enfatizam mais fortemente o aspecto estereotipado da construção social de gênero. A feminilidade pode referir-se a um estilo pessoal que inclui cabelos compridos, vestidos, a cor rosa, expressões mais delicadas etc., enquanto masculinidade pode referir-se ao estilo pessoal oposto.<br />
<br />
== Gênero como uma ferramenta de opressão ==<br />
<br />
De acordo com a teoria feminista, em particular à segunda onda de feminismo radical, a contrução social de gênero tornou-se um sinônimo aproximado dos papéis e estereótipos impostos forçosamente às mulheres e que servem para manter intacta a sua posição inferior numa sociedade dominada por homens. Acredita-se que os traços de personalidade associados com mulheres sejam inteiramente mitos ou "profecias autorrealizáveis", que são estabelecidas através da socialização durante anos de crianças do sexo feminino para os papéis de "garota direita" e, após isso, de mulher. Esses traços de personalidade atribuídos a mulheres e meninas podem incluir alguns aspectos positivos, como graça e bondade, mas que, combinados com a expectativa de passividade e docilidade, levam homens a conseguirem explorar facilmente o trabalho e corpo femininos.<br />
<br />
A compreensão feminista de gênero como construção social é datada de antes do uso dessa palavra por John Money em seus trabalhos. Em seu livro de 1949 [https://files.feministwiki.org/index.php/s/gLErZgY99x6cRDx?path=%2FBooks%2FSimone%20de%20Beauvoir ''O Segundo Sexo''], [[Simone de Beauvoir]] celebremente falou de como ''não se nasce, mas se torna mulher'' (volume II, parte um, capítulo 1). No livro, a autora elabora as maneiras nas quais as forças da sociedade levam as pessoas do sexo feminino a tornarem-se "mulheres", da maneira como a sociedade espera delas. Apesar de Beauvoir não mencionar explicitamente uma "separação entre sexo e gênero", como é comumente ouvido em círculos feministas na atualizade, ou ter usado de alguma outra forma a palavra "gênero" da maneira descrita aqui, a sua análise parece, não obstante, abranger o mesmo conceito.<br />
<br />
[[File:Dworkin-root-cause-sexual-polarity.png|thumb|400px|''Our Blood'', capítulo ''The Root Cause'', página 110]]<br />
<br />
[[Andrea Dworkin]], em seu livro [https://files.feministwiki.org/index.php/s/gLErZgY99x6cRDx?path=%2FBooks%2FAndrea%20Dworkin ''Our Blood''], escreve o seguinte sobre o "sistema de polaridade de gênero":<br />
<br />
<blockquote><em><br />
"... Fiz essa distinção entre verdade e realidade de forma a permitir-me dizer algo muito simples: '''que enquanto o sistema de polaridade de gênero é real, ele não é verdadeiro'''. Não é verdade que há dois sexos que são distintos e opostos, que são polares, que unem-se natural e evidentemente num inteiro harmonioso. Não é verdade que o masculino encorpora ambas as qualidades e potencialidades humanas positivas e as neutras, em contraste com o feminino que é feminino, de acordo com Aristóteles e toda a cultura masculina, "por virtude de uma certa '''ausência''' de qualidades". E uma vez que não aceitamos a noção de que homens são positivos e mulheres negativas, estamos essencialmente rejeitando a noção de que há homens e mulheres em absoluto. Em outras palavras, o sistema baseado nesse modelo polar de existência é absolutamente real; mas o modelo em si não é verdadeiro. Estamos vivendo aprisionados dentro de uma desilusão perniciosa, uma desilusão na qual toda realidade como conhecemos é predicada.<br />
<br />
No meu ponto de vista, aqueles de nós que são mulheres dentro desse sistema de realidade nunca serão livres até que a desilusão da polaridade sexual seja destruída e até que o sistema de realidade baseado nela seja inteiramente erradicado da sociedade humana e da memória humana. Essa é a noção de transformação cultural no cerne do feminismo. Essa é a possibilidade revolucionária inerente à luta feminista."<br />
</em></blockquote><br />
<br />
Uma leitura ingênua tanto de Beauvoir quanto de Dworkin pode levar à confusão se alguém for levado a acreditar que os seus escritos estão de acordo com a teoria de "identidade de gênero" contemporânea. Dworkin, por exemplo, escreve que ''"não é verdade que há dois sexos que são distindos e opostos"''. É possível dar-se diversas interpretações ao trecho "...que são distintos e opostos". Estaria ela negando a binariedade do sexo reprodutivo? Ou estaria meramente opondo a noção de que mulheres e homens são criaturas distintas e opostas de maneira bem além das suas características reprodutivas? Ambas as autoras frequentemente mencionam a anatomia feminina em relação às experiências de opressão feminina. Por exemplo, no mesmo capítulo em que o trecho supracitado foi retirado, Dworkin fala de [https://pt.wikipedia.org/wiki/Dispositivo_intrauterino DIUs] para o controle feminino de natalidade, e do clitóris como origem do prazer sexual feminino. Como tal, a compatibilidade da sua teoria com a teoria de identidade de gênero contemporânea é um tanto questionável. Em nenhum dos trabalhos de Dworkin ou Beauvoir há alguma menção a uma pessoa do sexo masculino ser ou tornar-se uma mulher.<br />
<br />
== Gênero como uma identidade inata ==<br />
<br />
''(Esta seção precisa de elaboração.)''<br />
<br />
A maior parte dos ativistas transgênero usam ''gênero'' para referir-se a uma identidade supostamente essencial e inerente do ser humano e que determina se uma pessoa é uma "mulher" ou um "homem" (ou outra coisa), sem nenhuma relação com as suas capacidades reprodutivas.<br />
<br />
Teorias em torno dessa noção são frequentemente associadas com a [https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_queer teoria ''queer''], que por sua vez é baseada na [https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%B3s-estruturalismo filosofia pós-estruturalista]. Escritos baseados nessas ideologias tendem a ser de uma leitura um tanto difícil de ser entendida (às vezes, discutivelmente, numa tentativa do autor parecer mais sofisticado do que de fato é), e frequentemente não possuem conclusões completamente claras. Pode ser por isso que até mesmo entre os ativistas transgêneros parece não haver um consenso quanto a algumas questões que podem ser consideradas de importância central, como: a identidade de gênero é inata e imutável, ou trata-se de uma escolha pessoal? Se for imutável, porque algumas pessoas mudam de ideia quanto às suas identidades várias vezes, e como elas podem ser testadas de maneira objetiva? Se houver medidas objetivas de identidade de gênero, quais são elas, se não forem uma identificação com estereótipos sexistas de feminilidade e masculinidade? Por exemplo, a [https://pt.wikipedia.org/wiki/Disforia_de_g%C3%AAnero disforia de gênero] é uma condição necessária para alguém ser considerado "verdadeiramente" transgênero? Se ela for baseada em critérios puramente subjetivos, como ela pode ter efeito sobre um sistema de opressão objetivo e material que afeta as pessoas desde o nascimento? Se uma pessoa decidir que possui uma "identidade de gênero feminina" quer dizer que essa pessoa de fato sempre foi uma garota/mulher, isso significa que ela nunca se beneficiou do provilégio masculino, mesmo se tiver vivido mais de 40 anos como um homem? Se uma "identidade de gênero feminina" já faz de uma pessoa uma mulher, isso significa que mudanças corporais são de fato desnecessárias? Significa que uma pessoa alta e de ombros largos com barba, uma voz grave, pelos corporais abundantes e genitais masculinos intactos pode, ainda assim, ser considerada do sexo feminino? Essa pessoa pode então ter direito de acesso a locais exclusivamente femininos, sem nenhuma restrição?<br />
<br />
A falta de vontade ou incapacidade de ativistas transgênero de responderem a essas questões (ou, alternativamente, as respostas absurdas que eles fornecem, na tentativa de serem consistentes com a sua própria ideologia) levou muitas feministas a se sentirem desiludidas com o movimento transgênero e a começarem a vê-lo como incompatível com o feminismo. O fato de que mulheres que começam a levantar vozes críticas são frenquentemente recebidas com evidente hostilidade e exclusão piorou essa situação. Atualmente, muitos grupos e organizações feministas começaram a ver "identidade de gênero" como um sistema de crenças misógino e que deveria ser abertamente contestado.<br />
<br />
== Leitura recomendada ==<br />
<br />
* [https://sexandgenderintro.com/ Sexo e Gênero - Um Guia para Iniciantes] por Rebecca Reilly-Cooper (em inglês)<br />
* [https://www.feministcurrent.com/2017/05/11/bill-c-16-misunderstands-gender-harms-women-patriarchy/ O projeto de lei C-16 interpreta mal o que é gênero e como ele prejudica as mulheres sob o patriarcado] por Meghan Murphy (em inglês)<br />
* [https://www.feministcurrent.com/2014/07/16/defending-the-terf-gender-as-political/ Defendendo o 'TERF': Gênero como política] por C. K. Egbert (em inglês)</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Andrea_Dworkin&diff=823Andrea Dworkin2020-03-05T17:29:03Z<p>Deleted: Mudar subseções para seções do texto</p>
<hr />
<div>'''Andrea Dworkin''' (26 de setembro de 1946-2005) foi uma [[Feminismo radical|feminista radical]] e escritora. Ela era contra a pornografia e muitos de seus pontos de vista tem sido mal-interpretados.<br />
<br />
== Biografia ==<br />
Dworkin nasceu em 26 de setembro de 1946 em Nova Jérsei. Ela frequentemente ficava sob os cuidados de parentes, por causa dos problemas cardíacos de sua mãe. Seu pai era socialista. Dworkin frequentou a Universidade Bennington. Ela protestou contra a guerra no Vietnã, foi presa e submetida a uma pesquisa de cavidades corporais traumática. Ela contou a jornais sobre o abuso e a prisão foi fechada, mas seus pais deserdaram-na.<br />
<br />
Depois disso, ela se mudou para a Grécia, onde se tornou uma prostituta. Após um ano na Grécia, ela voltou para a universidade e completou seu bacharelado em 1968. Ela se mudou para o exterior e se casou com um holandês que começou a abusá-la. Dworkin tentou obter ajuda, mas ninguém a prestava auxílio. Ela fugiu de seu marido até que uma amiga ajudou-a a voltar aos Estados Unidos. Uma vez de volta, ela se divorciou de seu marido. Dworkin publicou seu primeiro livro, [[''Woman Hating'']], aos 27 anos. Muitas pessoas afirmaram que ela era contra os homens, mas ela negou isso.<br />
<br />
Dworkin continuou a escrever até não conseguir mais, por causa de sua doença. Ela morreu durante o sono em 2005, aos 58 anos de idade.<ref>https://www.notablebiographies.com/newsmakers2/2006-A-Ec/Dworkin-Andrea.html</ref><br />
<br />
== Ativismo ==<br />
Dworkin escreveu muitos livros sobre a teoria feminista radical que são discutidos até hoje. Vários de seus livros foram publicados por editoras britânicas porque empresas estadunidenses consideravam-na muito radical.<br />
<br />
Linda Marchiano (Lovelace) tentou processar as pessoas responsáveis pelos seus filmes por ter sido coagida a atuar na pornografia. Dworkin pediu que [[Catharine MacKinnon]] ajudasse Marchiano, mas não havia leis para apoiar o seu caso. Um decreto que permitiria que pessoas processarem produtores de pornografia foi esboçado e apoiado por feministas radicais e conservadores, mas outros grupos feministas argumentaram que isso obstruiria o direito das mulheres de explorarem a própria sexualidade. Algumas cidades dos Estados Unidos adotaram esse decreto, mas a corte suprema desse país considerou-o inconstitucional.<br />
<br />
== Referências ==<br />
<references/><br />
<br />
<!-- Language links: --><br />
<br />
[[en:Andrea Dworkin]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=L%C3%A9sbica&diff=821Lésbica2020-03-01T17:50:13Z<p>Deleted: Tradução da página em inglês</p>
<hr />
<div>Uma '''lésbica''' é uma mulher homossexual,<ref>https://www.oxfordreference.com/view/10.1093/oi/authority.20110803100100998</ref> definida pela sua atração sexual e romântica exclusivamente a pessoas do mesmo sexo. De acordo com um relatório de 2016 publicado pelo CDC National Center for Health Statistics dos Estados Unidos, 1,3% das mulheres entre 18 e 44 anos eram "homossexuais, gays ou lésbicas".<ref>https://www.cdc.gov/nchs/data/nhsr/nhsr088.pdf</ref> No Reino Unido, o Office for National Statistics declarou em 2017 que 0.9% das mulheres com idade igual ou superior a 16 anos identificavam-se como gays ou lésbicas.<ref>https://www.ons.gov.uk/peoplepopulationandcommunity/culturalidentity/sexuality/bulletins/sexualidentityuk/2017#a-higher-proportion-of-men-than-women-identify-as-gay-or-lesbian</ref><br />
<br />
== Referências ==<br />
<references/><br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:Lesbian]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=TERF&diff=820TERF2020-02-29T15:41:23Z<p>Deleted: Consertar referência para artigo do The Guardian</p>
<hr />
<div>{{PageSeo | description = TERF é uma ofensa usada por ativistas transgênero para depreciar qualquer pessoa que critique esse movimento com base em argumentos feministas.<br />
}}<br />
[[File:Terf-slur-02.png|thumb|300px|Um ''tweet'' típico contendo do termo "TERF"]]<br />
<br />
A palavra '''TERF''' (ou ''terf''; pl. ''terfs'' ou ''terves'') é uma ofensa usada predominantemente por ativistas transgênero e seus aliados contra pessoas que criticam o movimento transgênero com base em argumentos feministas. Como essa ofensa é usada para referir-se a pessoas com argumentos feministas, seu maior alvo costuma ser mulheres. Como tal, ela é normalmente entendida como sendo uma ofensa anti-feminista, sexista e misógina.<br />
<br />
A palavra foi inventada como um acrônimo para ''Trans-Exclusionary Radical Feminist'' (inglês para "Feminista Radical Trans-Exclusionária"), onde a parte "trans-exclusionary" ("trans-exclusionária") refere-se a essas pessoas serem da opinião de que mulheres trans não deveriam ser incluídas dentro da definição feminista de feminilidade, e a parte "radical feminist" ("feminista radical") foi aplicada de maneira neutra para referir-se àquelas pessoas que de fato se descrevem como [https://pt.wikipedia.org/wiki/Feminismo_radical feministas radicais] no seu verdadeiro sentido. Com o tempo, o acrônimo tornou-se um termo ofensivo. Atualmente, a capitalização dessa palavra frequentemente não é feita, e o significado já ambíguo de seu sentido original é inteiramente ignorado. Ainda assim, usuários do termo costumam alegar que se trata de um termo neutro. A parte "trans-exclusionary" ("trans-exclusionária") agora pode se referir a qualquer pessoa que pense que mulheres trans não deveriam poder ter acesso irrestrito a espaços exclusivamente femininos (como vestiários), participar em esportes femininos - onde elas possuem [[Mulheres trans em esportes femininos|vantagens injustas]] -, a relacionamentos com lésbicas etc. Apesar de a maior parte do público poder considerar essas posições como minimamente sensatas, levando em conta que uma "mulher trans" pode ter uma anatomia masculina intacta, ativistas transgênero veem todos esses tipos de "exclusão" como inaceitáveis.<br />
<br />
Um termo associado de maneira próxima a esse é ''SWERF'', que supostamente significa ''Sex-Worker-Exclusionary Radical Feminist'' (inglês para "Feminista Radical Exclusionária de Trabalhadoras do Sexo") e é usado para referir-se àquelas pessoas que veem a indústria sexual (prostituição, pornografia etc.) como altamente exploratória e sexista. Assim como ''TERF'', esse termo é quase sempre proferido como uma ofensa e para deturpar a posição política do indivíduo contra a qual ele é usado. Ironicamente, algumas dessas pessoas chamadas de ''SWERF'' são comumente mulheres que trabalharam na prostituição e tornaram-se ativistas anti-prostituição como resultado de suas próprias experiências como as chamadas "trabalhadoras do sexo".<br />
<br />
== História ==<br />
<br />
=== Origem ===<br />
<br />
O uso mais antigo do termo foi feito por Viv Smythe aka "tigtog" em um ''blog post'' de 2008.<ref name=terf-origin/> Ela defendeu o termo em 2018, num artigo para o The Guardian.<ref name=guardian-smythe/> Ativistas transgênero frequentemente tentam defender o tempo sob a justificativa de que Viv Smythe é uma mulher que alega ser feminista radical, e parece ter usado o termo pela primeira vez de uma maneira que não é depreciativa. Obviamente, as origens benignas do termo não implicam que ele não possa evoluir de forma a tornar-se uma ofensa.<br />
<br />
=== A evolução para discurso de ódio ===<br />
<br />
[[File:Mya-byrne-punches-terfs.jpg|thumb|right|200px|Não é de forma alguma uma ofensa!]]<br />
<br />
A evolução do termo de 2008 até o início e meados dos anos 2010 não foi bem documentada. Em sua maior parte, feministas tiveram que defrontar o termo em redes sociais, onde ele passou a ser regularmente usado para rebaixar as suas posições políticas. Em julho de 2014, o site [https://www.feministcurrent.com/ Feminist Current] publicou dois artigos que faziam referênciam ao termo. O primeiro, escrito por C. K. Egbert e entitulado ''Defending the 'TERF': Gender as political'' ("Defendendo o 'TERF': Gênero como política", em tradução livre do inglês) explica e defende a teoria política por trás das ideias defendidas por feministas que são chamadas de "terf".<ref name=fc-egbert/> O segundo, escrito por [[Sarah Ditum]] e entitulado ''How 'TERF' works'' ("Como o 'TERF' funciona", em tradução livre do inglês), analisa brevemente a situação na qual uma mulher é pressionada a retratar uma declaração em oposição à violência contra a mulher, sob a justificativa de que a declaração veio originalmente de uma feminista que é considerada uma "terf".<ref name=fc-ditum/> Como o Feminist Current é altamente elogiado por feministas radicais, a sua decisão de apoiar as mulheres que foram chamadas de "terf" pode ser vista como um momento decisivo.<br />
<br />
Em agosto de 2014, Vice publicou um artigo intitulado ''I Am Now Officially a Transphobic Twitter Troll'' - "Agora Sou Oficialmente um Troll Transfóbico do Twitter", em tradução livre do inglês - (subtítulo: ''At least according to the 'Block Bot' I am'', ou "Pelo menos, de acordo com o 'Block Bot' eu sou"), do autor Martin Robbins.<ref name=vice-robbins/> No artigo, Robbins fala sobre como o projeto do "Block Bot" no Twitter, que foi criado para ajudar as pessoas a evitarem ''trolls'' abusivos, incluiu autoras e jornalistas feministas como [[Caroline Criado-Perez]] e [[Helen Lewis]] entre as pessoas que deveriam ser bloqueadas. Ironicamente, Lewis parece ter sido incluída na lista por reclamar sobre ''trolls'' abusivos, já que como "evidência" para bani-la incluem-se objeções a ''tweets'' como "kill TERFS" ("matem TERFS"), "burn TERFS" ("queimem TERFS") ou piadas odiosas como "what's better than 1 dead terf? 2 dead terfs" ("o que é melhor que 1 terf morta? 2 terfs mortas").<br />
<br />
Outro artigo do Feminist Current defendendo as pessoas chamadas por essa ofensa foi publicado em novembro de 2015, escrito por [[Penny White]] e entitulado ''Why I no longer hate 'TERFs''' ("Porque eu não mais odeio 'TERFs'", em tradução livre do inglês).<ref name=fc-white/> No artigo, White explica como ela própria costumava acreditar que as chamadas "TERFs" mereciam ser desprezadas, mas mudou de opinião após começar a olhar com mais cuidado para esse problema. Essa experiência parece repetir-se entre muitas mulheres e alguns homens socialmente liberais na atualidade, que começaram sendo apoiadores do movimento transgênero para depois tornarem-se céticos após experiências e observações negativas, por fim levando-os a também serem denominados de "terf" e desprezados por ativistas transgênero e seus aliados. Após isso, o Feminist Current começou a publicar artigos críticos do movimento transgênero com frequência, muito para o enraivecimento dos ativistas transgênero.<br />
<br />
Em junho de 2017, o ativista transgênero [https://en.wikipedia.org/wiki/Mya_Byrne Mya Byrne] foi a San Francisco Pride Parade com uma camiseta com o escrito "I PUNCH TERFS" ("EU SOCO TERFS", em tradução do inglês), decorada com uma grande mancha de sangue falso. Byrne fez o ''upload'' de uma ''selfie'' sua vestindo a camiseta na parada e com o subtítulo "This is what gay liberation looks like #pride #yesallterfs" (inglês para "Isto é o que a liberação ''gay'' parece #orgulho #simtodasasterfs"), o que ocasionou muitas reações negativas.<ref name=fc-tra-violence/> A camiseta seria mais tarde exibida em uma "exposição de arte" na San Francisco Public Library, montada pelo grupo de ativismo trans ''The Degenderettes''. Após reclamações, a biblioteca removeu a camiseta da exibição, apesar de que itens similares mostrando uma mentalidade violenta permaneceram, como um taco de beisebol enrolado com um arame farpado e pintado nas cores da bandeira de orgulho transgênero.<ref name=fc-tra-violence/><br />
<br />
[[File:Sonicfox.png|thumb|right|300px|O ''tweet'' de Dominique McLean glorificando a violência contra as mulheres.]]<br />
<br />
Em abril de 2019, o ''video gamer'' profissional Dominique McLean aka [https://en.wikipedia.org/wiki/SonicFox SonicFox] realizou o ''upload'' de um vídeo no Twitter com a legenda "what I do to terfs" ("o que eu faço com terfs"), no qual um personagem de ''video game'' atinge o pescoço de uma personagem com tanta força que a pele do pescoço dela sai, enquanto a câmera mostra o seu rosto agonizante. McLean pode ser ouvido gritando "terf!" em seu microfone juntamente com cada golpe dado na personagem, no que faz lembrar um linchamento.<ref name=sonicfox/> O ''tweet'' ganhou centenas de milhares de visualizações e milhares de ''retweets'' e curtidas.<br />
<br />
O ''tweet'' de McLean tornou-se ainda pior pelo fato de que esse ódio não é somente direcionado a uma personagem "terf" imaginária, mas à voz da atriz por trás da personagem, [https://pt.wikipedia.org/wiki/Ronda_Rousey Ronda Rousey]. Rousey, que é uma lutadora de MMA (artes marciais mistas), é considerada uma "TERF" por ter dito, com palavras bruscas, que é injusto o lutador de MMA do sexo masculino [[Mulheres trans em esportes femininos#Fallon_Fox|Fallon Fox]] competir contra mulheres.<ref name=rousey-fox/><ref name=rousey-marysue/><ref name=rousey-reddit/> Um ano após a declaração de Rousey, a lutadora de MMA Tamikka Brents sofreu uma concussão e uma fratura do osso orbital durante uma luta contra Fallon Fox,<ref name=fallon-fox/> mas isso não parece ter mudado a opinião dos ativistas trans.<br />
<br />
Após o ''tweet'' de McLean ter sido denunciado por discurso de ódio, o Twitter inicialmente decidiu que ele [[:File:Sonicfox2.png|não quebrava as suas regras]]. Somente após repetidos protestos e várias outras denúncias o Twitter reagiu, removendo o ''tweet'' e emitindo a SonicFox um banimento de meras 24 horas.<br />
<br />
No final de 2019, uma tendência nas redes sociais denominada "POV you're a TERF in my mentions" ("ponto de vista de você ser uma TERF nas minhas menções") teve início, na qual ativistas trans posavam com uma arma (taco de beisebol, espada, machete ou outras), às vezes preparando-se para golpear ou mostrando-os no meio de um golpe, tiradas como se fossem [https://en.wikipedia.org/wiki/Point-of-view_shot uma fotografia de ponto de vista] e com a legenda "POV you're a TERF in my mentions" ("ponto de vista de você ser uma TERF nas minhas menções"), ou alguma variação.<ref name=pov-terf/> As fotografias supostamente representam o ponto de vista de uma "TERF" sendo agredida pela pessoa retratada. Em outras palavras, mulheres chamadas de "TERF" que olham para a foto deveriam imaginar a si próprias sendo violentamente agredidas.<br />
<br />
=== Vandalismos, assédios e agressões na vida real ===<br />
<br />
Em fevereiro de 2017, a recém-aberta Vancouver Women's Library foi recebida por um pequeno grupo de vândalos, incluindo uma pessoa que era claramente do sexo masculino e que alegava ser uma trabalhadora do sexo. Eles arrancaram um pôster, derramaram vinho em um livro e assediaram aqueles que tentaram participar da cerimônia de abertura do estabelecimento. A justificativa que deram foi de que a biblioteca incluía livros que eles diziam supostamente apoiar a ideologia "TERF" e "SWERF".<ref name=vwl/><br />
<br />
<youtube dimensions=500 alignment=right description="A agressão de Tara Wolf a Maria MacLachlan (September 13th, 2017)" container=frame><br />
https://www.youtube.com/watch?v=9_d3ozhSE-U<br />
</youtube><br />
<br />
Em setembro de 2017, um grupo de feministas quis marcar uma reunião para discutir as mudanças propostas pelo [https://www.feministcurrent.com/2018/09/14/never-mind-reforming-gender-recognition-act-theres-no-need-gender-recognition-certificates/ Gender Recognition Act] (GRA), na biblioteca comunitária [https://newxlearning.org/ New Cross Learning] de Londres. A biblioteca teve de cancelar o evento após o assédio de ativistas transgênero. As organizadoras da reunião decidiram encontrar-se na Speakers' Corner, antes de ir ao novo local da reunião, que não havia sido anunciado de forma a protegê-lo de assédio. Na Speakers' Corner, elas foram recebidas por um grupo de ativistas transgênero gritando frases como "when TERFs attack, we fight back" ("quando TERFs atacam, nós revidamos", em inglês). Maria MacLachlan, que estava filmando os protestantes com a sua câmera digital, foi atacada por uma pessoa vinda do grupo de ativistas trans e que então tentou tomar a sua câmera. Após não ter sucesso, o atacante correu para trás de seus amigos, e MacLachlan tentou aproximar-se do grupo para filmar o seu rosto com a câmera. Vários dos ativistas começaram a agredi-la nesse momento. Um dos agressores, que após o evento revelou-se ser Tara Wolf, foi acusado de agressão física. Anteriormente ao evento, ele havia postado que queria "f*der com algumas terfs" em uma rede social. Esse evento pode ser considerado como um marco do ódio crescente que ativistas transgênero demonstram contra feministas, já que nenhuma outra agressão havia sido documentada claramente com relação à ofensa "TERF", e o evento ganhou atenção generalizada nas notícias, sendo coberto pelo The Guardian,<ref name=guardian/> The New Statesman,<ref name=statesman1/><ref name=statesman2/> The Telegraph,<ref name=telegraph/> The Times,<ref name=times1/><ref name=times2/> The Evening Standard,<ref name=standard/> e pelo The Daily Mail.<ref name=dailymail/> Foi também, é claro, coberto pelo Feminist Current.<ref name=fc1/><ref name=fc2/> Como resultado do evento, muitos ativistas transgênero defenderam e até mesmo celebraram a agressão, levando Meghan Murphy a publicar o texto [https://www.feministcurrent.com/2017/09/21/terf-isnt-slur-hate-speech/ '''TERF' isn't just a slur, it's hate speech''] ("TERF não é só uma ofensa, é discurso de ódio"). Algumas publicações, ao defender os ativistas transgênero, tentaram alegar que o agressor estava na verdade agindo em legítima defesa, e tentaram provar essa alegação através do ''upload'' de cortes cuidadosamente editados da gravação mostrando a agressão,<ref name=planettrans/> ou descrevendo a agressão como "revidando contra ''bullies''" que "provocaram" os ativistas transgênero (ao terem opiniões das quais estes não gostaram, presumivelmente).<ref name=queerness/><br />
<br />
Em dezembro de 2018, a advogada de defesa dos direitos humanos, Prof. [[Rosa Freedman]], encontrou a porta de seu escritório coberta com urina após participar de debates relacionados às mudanças propostas ao Gender Recognition Act do Reino Unido. Ela também alegou ter sido chamada de uma "nazista" (ela é judia) que "deveria ser estuprada" (ela é uma sobrevivente de violência sexual) e de receber telefonemas abusivos anônimos.<ref name=freedman/><br />
<br />
Em 2018, o ativista transgênero Dana Rivers foi a julgamento por homicídio triplo.<ref name=rivers/> As vítimas eram um casal de lésbicas e o seu filho adotivo. Rivers esfaqueou e atirou nas vítimas, antes de tentar colocar fogo em sua casa, em novembro de 2016. Ainda não está claro se Rivers foi motivado pelo ódio contra feministas e lésbicas disseminado por ativistas transgênero. Rivers era, no entanto, membro do grupo [https://en.wikipedia.org/wiki/Camp_Trans Camp Trans], que foi criado para protestar a regra de apenas mulheres poderem participar do Michigan Womyn's Music Festival (aka MichFest).<ref name=camptrans/> A Autostraddle descreveu Rivers como um "ativista transgênero muito conhecido".<ref name=autostraddle/><br />
<br />
Em junho de 2019, [[Julie Bindel]] foi fisicamente agredida por uma pessoa do sexo masculino após dar um discurso sobre a violência de homens contra mulheres, na Universidade de Edimburgo, junto com a Prof. Rosa Freedman.<ref name=edinburgh/> "Ele estava gritando e reclamando e esbravejando, 'você é uma p*** do c******, você é uma cadela do c******, uma Terf do c******' e outras coisas. Estávamos tentando andar até o táxi para levar-nos até o aeroporto, e então ele apenas saltou em minha direção e quase me deu um soco no rosto, mas um segurança afastou-o de mim". Essa pessoa do sexo masculino, que diz se chamar "[[Cathy Brennan]]" (por causa da advogada lésbica e feminista radical de mesmo nome, a quem ele despreza), já havia chamado a atenção em redes sociais por [[:File:Joe-brennan-twitter.jpg|defender agressões físicas]] contra feministas em paradas de Orgulho Gay.<br />
<br />
Em 16 de agosto de 2019, a conta no Facebook do [[Vancouver Rape Relief and Women's Shelter]] relatou que um rato mortou havia sido pregado na moldura de sua porta.<ref name=vrr-fb/> Em 26 de agosto, a sua conta no Twitter seguiu relatando que as suas portas e janelas haviam sido vandalizadas com frases como "FUCK TERFS" ("FODAM COM AS TERFS") e "KILL TERFS" ("MATEM AS TERFS"), assim como "TRANS POWER" ("PODER TRANS").<ref name=vrr-twitter/> O repetido assédio e vandalismos chamaram a atenção local e nacional.<ref name=vrr-vancouverisawesome/><ref name=vrr-nationalreview/><ref name=vrr-citynews/><br />
<br />
=== Galeria ===<br />
<br />
<gallery caption="Discussão sobre o ''tweet'' de ódio de McLean" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Sonicfox3.jpg | McLean defendendo o seu ''tweet'' sob a alegação de que Ronda Rousey é uma "TERF" e, como tal, é merecedora desse desprezo violento.<br />
File:Sonicfox-copycat1.png | Uma imitação do ''tweet'' mostrando outra personagem de ''video game'' morrendo brutalmente, e com a legenda "FUCK TERFS" ("FODAM COM AS TERFS").<br />
File:Sonicfox-copycat2.png | Outra imitação do ''tweet''. O GIF é do personagem de [https://en.wikipedia.org/wiki/Mortal_Kombat_11 Mortal Kombat 11] [https://en.wikipedia.org/wiki/Scorpion_(Mortal_Kombat) Scorpion] queimando viva a sua oponente.<br />
</gallery><br />
<br />
<gallery caption="Assédio e vandalismo ao Vancouver Rape Relief" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Vrr-vandalism1.jpg | Um rato morto pregado à moldura da porta do VRR.<br />
File:Vrr-vandalism2.jpg | O texto "KILL TERFS ... TRANS POWER" ("MATEM AS TERFS ... PODER TRANS") escrito na janela.<br />
File:Vrr-vandalism3.jpg | As frases "FUCK TERFS" ("FODAM COM AS TERFS") e "TRANS WOMEN ARE WOMEN" ("MULHERES TRANS SÃO MULHERES") escritas na porta e na janela.<br />
</gallery><br />
<br />
<gallery caption="Alguns exemplos de ''tweets'' usando 'terf'" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Terf-gallery-1.png | "terf isn't a slur ... terfs don't deserve rights" ("terf não é uma ofensa ... terfs não merecem direitos").<br />
File:Terf-gallery-2.jpg | "All terfs will be arrested on sight" ("Todas as terfs serão presas à vista").<br />
File:Terf-gallery-3.jpg | "It's [https://en.wikipedia.org/wiki/Gay_pride#LGBT_Pride_Month Pride] punch a terf" ("É o Orgulho soque uma terf").<br />
File:Terf-gallery-4.png | Colocando 'terf' logo ao lado de 'nazista'.<br />
File:Terf-gallery-5.png | [https://en.wikipedia.org/wiki/Arthur_Chu Arthur Chu] defendendo o discurso de ódio de SonicFox.<br />
File:Terf-gallery-6.png | "Being a TERF is a choice. Like being a Nazi" ("Ser uma TERF é uma escolha. Assim como ser um nazista").<br />
</gallery><br />
<br />
== Análise do termo ==<br />
<br />
O acrônimo original pode ser dividido em duas metades: "feminista radical" e "trans-exclusionária". Apesar de muitas pessoas chamadas por esse termo não se considerarem feministas radicais, os seus ideais muito frequentemente alinham-se com o [https://pt.wikipedia.org/wiki/Feminismo_radical feminismo radical], tornando essa parte um tanto acurada. A parte "trans-exclusionária", no entanto, é um pouco ambígua, e seu significado parece mudar de acordo com a vontade da pessoa que usa o termo.<br />
<br />
Quando aquele que usa o termo quer justificá-lo como uma descrição objetiva e acurada, ele usará definições simplistas e banais de "exclusão" que se aplicam facilmente a maioria das pessoas contra as quais o termo é utilizado. Exemplos disso podem incluir:<br />
<br />
* Querer que mulheres trans com vantagens anatômicas injustas sejam excluídas de esportes femininos;<br />
* Querer que mulheres trans com anatomia masculina evidente (como genitais masculinos intactos) sejam excluídas de espaços privativos segregados por sexo, como em vestiários;<br />
* Não considerar que mulheres trans sejam ''literalmente'' mulheres, ao apontar que a definição no dicionário de mulher é de um "humano adulto do sexo feminino";<br />
* Querer excluir mulheres trans de alguns grupos políticos que querem ter foco nas lutas únicas às pessoas nascidas com anatomia feminina;<br />
* Querer que crimes cometidos por mulheres trans não sejam registrados como tendo sido cometido por mulheres, especialmente porque os padrões criminosos de mulheres trans parecem mais compatíveis com os padrões criminosos de homens,<ref name=dhejne/> que cometem a vasta maioria dos crimes violentos, especialmente os de natureza sexual.<ref name=wpcrime/><br />
<br />
[[File:Theterfs-delusion.png|thumb|right|500px|Algumas das mentiras hiperbólicas que ativistas trangênero usam para justificar o ódio a feministas]]<br />
<br />
No entanto, uma vez que o termo "TERF" é aplicado a alguém com base nessa pessoa possuir as opiniões supracitadas (que muitas pessoas, inclusive as que não são feministas, concordariam ser sensatas), a definição de "exclusão" é rapidamente alterada para justificar expressões de ódio. Às vezes, o "trans-exclusionária" é até mesmo alterado hiperbolicamente para "trans-exterminatória", de forma a aumentar o seu efeito indutor de pânico. O ''site'' [http://theterfs.com/ ''The TERFs''] chega até mesmo a alegar que pessoas rotuladas como "TERF" querem:<br />
<br />
* Excluir pessoas trans do acesso a moradia (torná-las sem teto);<br />
* Excluir pessoas trans do acesso a emprego (torná-las desempregadas);<br />
* Excluí-las do acesso a educação;<br />
* Excluí-las do acesso a igualdade de acomodação;<br />
* Excluí-las das proteções locais, estaduais, nacionais e das Nações Unidas (!).<br />
<br />
Como tais, as mulheres chamadas de "TERF" são representadas menos como mulheres que simplesmente querem defender os direitos das mulheres baseados em sexo e mais como monstros facistas, o que é então usado para incitar ódio e violência contra elas. É também notável como a exclusão de mulheres trans (de espaços exclusivos para mulheres etc.) torna-se aqui uma suposta exclusão de todas as pessoas trans (do que quer que seja). Na verdade, mulheres chamadas de "TERF" frequentemente dirão de maneira explícita que homens trans são bem-vindos em seus grupos, já que homens trans também sofrem as opressões que todas as mulheres sofrem desde o nascimento. <br />
<br />
A estratégia de ativistas transgêneros de usar definições simples de "TERF" para fazer esse termo parecer acurado, para então distorcer a sua definição para justificar o ódio, é bastante similar à estratégia "troll" que foi observada pelo filósofo Nicholas Shackel, e denominada ''Doutrina de Motte e Bailey'' em um artigo intitulado [https://philpapers.org/archive/SHATVO-2.pdf ''The Vacuity of Postmodernist Methodology''] ("A Vacuidade da Metodologia Pós-Modernista", em tradução livre do inglês):<br />
<br />
<blockquote><em><br />
"Os Truísmos de um Troll são usados para insinuar uma falsidade emocionante, que é uma doutrina desejada, e ainda assim permitir a retirada para uma verdade trivial quando pressionado por um oponente. Ao fazer isso eles exibem uma propriedade que os torna o caso mais simples possível do que eu chamarei de uma Doutrina de Motte e Bailey (já que uma doutrina pode ser uma única crença ou um corpo inteiro de crenças).<br />
<br />
Um castelo de Motte e Bailey é um sistema medieval de defesa no qual uma torre de pedra numa colina (o Motte) é cercado por uma área de terra (o Bailey), a qual por sua vez é envolta por algum tipo de barreira, como uma vala. Por ser escura e úmida, a Motte não é uma habitação de escolha. A única razão para a sua existência é a desirabilidade do Bailey, cuja combinação da Motte e da vala torna relativamente fácil de reter, apesar dos ataques de saqueadores. Quando somente levemente pressionada, a vala torna fácil a derrota de um pequeno número de atacantes enquanto esses tentam atravessá-la: quando fortemente pressionada, a vala não é defensável, e nem o Bailey. Ao invés disso, a pessoa recuará para a insalubre, mas defensável, e talvez inexpugnável, Motte. Eventualmente, os saqueadores desistem, quando alguém está bem posicionado para reocupar a terra desejável.<br />
<br />
Para os meus propósitos, o desejável, mas somente levemente defensável território do castelo de Motte e Bailey, o que quer dizer, o Bailey, representa uma doutrina ou posição filosófica com propriedades similares: desejável ao seu proponente mas somente levemente defensável. A Motte é a posição defensável, mas indesejável, à qual alguém recua quando fortemente pressionado. Acredito ser evidente que os Truísmos de um Troll possuem a propriedade de Motte e Bailey, já que as falsidades emocionantes constituem a região desejável, mas indefensável, dentro da vala na qual a verdade trivial constitui a Motte defensável, mas úmida, à qual alguém se retira quando pressionado."<br />
</em></blockquote><br />
<br />
No nosso caso, a ''Motte'' é uma declaração facilmente defensável, como: ''"Você não considera mulheres trans como literalmente mulheres, logo, você é trans-exclusionária, o que a torna uma TERF"''. Enquanto o ''Bailey'' é: ''"Você quer excluir pessoas trans do acesso a moradia e emprego e, logo, tenho justificativa para odiar você fortemente!"''<br />
<br />
Esse também poderia ser chamado de argumento "isco-e-troca", na qual alguém é "iscado" a concordar com a declaração de que alguém é uma "TERF" através da utilização de uma definição simplista de "exclusão trans", para então essa definição ser alterada para algo ruim, de forma a justificar expressões de ódio.<br />
<br />
=== Inspeção das alegações em ''The TERFs'' ===<br />
<br />
[[File:Theterfs-logo.png|thumb|right|300px|Logotipo real do TheTERFs.com: Rabiscos pretos malignos]]<br />
<br />
Deve ser notado que o ''The TERFs'' oferece pouco mais do que citações fora de contexto de várias décadas atrás como "evidência" para as suas alegações hiperbólicas envolvendo uma chamada ideologia "TERF". Ele também mostra um certo número de ''tweets'' cuidadosamente selecionados, metade dos quais vem de fontes da direita política que também se opõe ao movimento transgênero, o que leva ativistas trans a alegarem que isso prova que feministas são secretamente aliadas à direita numa grande conspiração. (Essa linha de raciocínio também é frequentemente ridicularizada como: "Hitler era vegetariano. Logo, vegetarianos são nazistas")<br />
<br />
A respeito de supostas evidências de "violência na vida real motivadas pela ideologia TERF", o ''site'' lista seis exemplos, dos quais três na verdade não apresentam nenhuma violência. Aqueles que apresentam dizem respeito a incidentes de várias décadas atrás, nos quais mulheres tentaram expulsar mulheres trans de grupos ou espaços exclusivamente femininos, usando força física ou ameaças diretas. Devido a ser esperado que mulheres sejam sempre boazinhas e passivas em relação a homens, até mesmo quando tentam formar grupos feministas radicais e manter homens fora deles, isso é obviamente visto como inaceitável. Dois exemplos são de ameaças verbais, que são experiências rotineiras para feministas que se opõe a ativistas trans. A última é sobre as mortes de pessoas trans que são ''presumidas'' serem relacionadas à falta de acesso a cuidados médicos, fator que não tem relação nenhuma com a ideologia feminista. <br />
<br />
Para resumir: não há um único exemplo documentado de um grupo feminista ter agredido ou ameaçado um grupo transgênero. Qualquer alegação de "violência por TERFs" refere-se a mulheres tentando expulsar mulheres trans de espaços exclusivamente femininos, a casos extremamente raros de ameaças verbais ou a muitas e muitas fabricações. Em comparação, ativistas trans já foram a bibliotecas de mulheres para vandalizá-las,<ref name=vwl/> foram a encontros feministas para agredir mulheres,<ref name=fc1/><ref name=fc2/> apareceram usando máscaras em conferências feministas para intimidar mulheres<ref name=jamjar/> e o abuso verbal onipresente que eles direcionam a mulheres consegue encher [https://terfisaslur.com/ um ''site'' inteiro] criado somente para esse fim.<br />
<br />
=== O termo 'SWERF' ===<br />
<br />
A palavra ''SWERF'' está proximamente relacionada a ''TERF'' e é utilizada de maneira similarmente desonesta e deturpadora. Mulheres (e homens que se preocupam com os direitos das mulheres) críticas da indústria do sexo pela sua natureza exploradora são acusadas de serem "exclusionárias de trabalhadoras do sexo", numa tentativa de fazê-las parecer terem ódio de um grupo oprimido.<br />
<br />
De fato, as pessoas que são chamadas de "SWERF" tendem a apoiar o [[modelo nórdico]] contra a prostituição, que vê um sistema de assistência social de alta qualidade como um componente necessário no combate à prostituição e no alívio a problemas enfrentados por mulheres que somente escolher prostituir-se por causa de condições econômicas extremas. Além disso, muitas das que são chamadas de "SWERF" tendem a ser mulheres que já trabalharam na prostituição.<br />
<br />
Notavelmente, uma das mais conhecidas feministas anti-prostituição e anti-pornografia, [[Andrea Dworkin]], já foi uma prostituta e não tinha vergonha de admitir isso. Outro exemplo notável é [[Rachel Moran]], que esteve envolvida com a prostituição quando tinha entre 15 e 22 anos de idade, para depois tornar-se uma das mais notáveis ativistas anti-prostituição e a favor do modelo nórdico dos últimos anos. <br />
<br />
== Ver também ==<br />
<br />
* [[Ideologia transgênero]]<br />
<br />
=== Ligações externas ===<br />
<br />
* [https://terfisaslur.com/ terfisaslur.com - Documentando o abuso, assédio e misoginia da política de identidade transgênero (em inglês)]<br />
* [https://www.feministcurrent.com/tag/terf/ Arquivo TERF | Feminist Current (em inglês)]<br />
* [https://speakupforwomen.nz/dont-call-women-terfs/ Não Chame Mulheres de 'Terfs' | Speak Up for Women NZ (em inglês)]<br />
* [https://medium.com/@amydyess83/terf-is-hate-speech-and-its-time-to-condemn-it-6efc897ce407 TERF é Discurso de Ódio e é Hora de Condenarmos Isso (em inglês)]<br />
<br />
== Referências ==<br />
<br />
<references><br />
<br />
<ref name=terf-origin><br />
{{cite web<br />
|url=https://hoydenabouttown.com/2008/08/17/carnivalia-transgenderism-and-the-gender-binary/<br />
|title=Carnivalia, transgenderism and the gender binary<br />
|author=Viv Smythe (aka tigtog)<br />
|date=August 17, 2008<br />
|website=Hoyden About Town<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=guardian-smythe><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.theguardian.com/commentisfree/2018/nov/29/im-credited-with-having-coined-the-acronym-terf-heres-how-it-happened<br />
|title=I'm credited with having coined the word 'Terf'. Here's how it happened<br />
|author=Viv Smythe (aka tigtog)<br />
|date=November 28, 2018<br />
|website=The Guardian<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-egbert><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2014/07/16/defending-the-terf-gender-as-political/<br />
|title=Defending the ‘TERF’: Gender as political<br />
|author=C.K. Egbert<br />
|date=July 16, 2014<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-ditum><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2014/07/29/how-terf-works/<br />
|title=How ‘TERF’ works<br />
|author=Sarah Ditum<br />
|date=July 29, 2014<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vice-robbins><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.vice.com/en_uk/article/7bap7y/whats-the-block-blot-martin-robbins-757<br />
|title=I Am Now Officially a Transphobic Twitter Troll<br />
|author=Martin Robbins<br />
|date=August 8, 2014<br />
|website=Vice<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-white><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2015/11/10/why-i-no-longer-hate-terfs/<br />
|title=Why I no longer hate ‘TERFs’<br />
|author=Penny White<br />
|date=November 10, 2015<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-tra-violence><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2018/05/01/trans-activism-become-centered-justifying-violence-women-time-allies-speak/<br />
|title=Trans activism is excusing & advocating violence against women, and it’s time to speak up<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=May 1, 2018<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=sonicfox><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2019/05/welcome-age-ironic-bigotry-where-old-hatreds-are-cloaked-woke-new-language<br />
|title=Welcome to the age of ironic bigotry, where old hatreds are cloaked in woke new language<br />
|author=Helen Lewis<br />
|date=May 1, 2019<br />
|website=The New Statesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-fox><br />
{{cite web<br />
|url=https://bleacherreport.com/articles/1651451-ronda-rousey-vs-fallon-fox-head-to-toe-breakdown<br />
|title=Ronda Rousey vs. Fallon Fox Head-to-Toe Breakdown<br />
|author=Jordy McElroy<br />
|date=May 25, 2013<br />
|website=Bleacher Report<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-marysue><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.themarysue.com/ronda-rousey-and-transmisogyny/<br />
|title=When Role Models Become Problematic: Ronda Rousey and Transmisogyny<br />
|author=Teresa Jusino<br />
|date=August 3, 2015<br />
|website=The Mary Sue<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fallon-fox><br />
{{cite web<br />
|url=https://archive.is/yZfcs<br />
|title=After Being TKO’d by Fallon Fox, Tamikka Brents Says Transgender Fighters in MMA ‘Just Isn’t Fair’<br />
|website=Cage Potato<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-reddit><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.reddit.com/r/GamerGhazi/comments/ah4120/celebrity_terf_ronda_rousey_to_play_sonya_blade/<br />
|title=Celebrity TERF Ronda Rousey to play Sonya Blade in Mortal Kombat 11<br />
|website=reddit<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=pov-terf><br />
{{cite web<br />
|url=https://web.archive.org/web/20191019184351/https://radfemrebecca.wordpress.com/2019/10/06/terfinmymentions/amp/<br />
|title=“This is what I want to do to you” – Dissecting the ‘POV ur a TERF in my mentions’ trend.<br />
|author=Rebecca<br />
|date=October 6, 2019<br />
|website=radfemrebecca.wordpress.com<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vwl><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2017/02/07/vancouver-womens-library-opens-amid-anti-feminist-backlash/<br />
|title=Vancouver Women’s Library opens amid anti-feminist backlash<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=February 7, 2017<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=guardian><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.theguardian.com/uk-news/2017/oct/26/woman-punched-in-brawl-between-transgender-activists-and-radical-feminists<br />
|title=Suspects sought after brawl between transgender activists and radical feminists<br />
|author=Press Association<br />
|date=October 26, 2017<br />
|website=The Guardian<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=statesman1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2018/04/madness-our-gender-debate-where-feminists-defend-slapping-60-year-old<br />
|title=The madness of our gender debate, where feminists defend slapping a 60-year-old woman<br />
|author=Helen Lewis<br />
|date=April 20, 2018<br />
|website=NewStatesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=statesman2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2017/09/trans-rights-terfs-and-bruised-60-year-old-what-happened-speakers-corner<br />
|title=Trans rights, TERFs, and a bruised 60-year-old: what happened at Speakers’ Corner?<br />
|author=Anoosh Chakelian<br />
|date=September 14, 2017<br />
|website=NewStatesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=telegraph><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.telegraph.co.uk/news/2018/04/12/radical-feminist-warned-refer-transgender-defendant-assault/<br />
|title=Radical feminist warned to refer to transgender defendant as a 'she' during assault case<br />
|author=Victoria Ward<br />
|date=April 12, 2018<br />
|website=The Telegraph<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=times1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.thetimes.co.uk/article/transgender-activist-denies-thumping-radical-feminist-wvzgq6fx7<br />
|title=Transgender activist Tara Wolf denies thumping radical feminist<br />
|author=Lucy Bannerman<br />
|date=April 12, 2018<br />
|website=The Times<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=times2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.thetimes.co.uk/article/trans-attacker-tara-wolf-is-a-thug-says-feminist-maria-maclachlan-pq0bwvthv<br />
|title=Trans attacker is a thug, says feminist<br />
|author=Lucy Bannerman<br />
|date=April 14, 2018<br />
|website=The Times<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=standard><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.standard.co.uk/news/crime/transgender-activist-tara-wolf-fined-150-for-assaulting-exclusionary-radical-feminist-in-hyde-park-a3813856.html<br />
|title=Transgender activist Tara Wolf fined £150 for assaulting 'exclusionary' radical feminist in Hyde Park<br />
|author=Martin Coulter<br />
|date=April 13, 2018<br />
|website=EveningStandard<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=dailymail><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.dailymail.co.uk/news/article-5613057/Model-punched-feminist-smashed-120-camera-violent-brawl-walks-free-court.html<br />
|title=Transgender model who punched feminist and smashed her £120 camera in violent brawl at Hyde Park Speakers' Corner protest walks free from court<br />
|author=Bridie Pearson-jones<br />
|date=April 13, 2018<br />
|website=MailOnline<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2017/09/15/historic-speakers-corner-becomes-site-anti-feminist-silencing-violence/<br />
|title=Historic Speaker’s Corner becomes site of anti-feminist silencing and violence<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=September 15, 2017<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2018/04/27/trans-identified-male-tara-wolf-charged-assault-hyde-park-attack/<br />
|title=Trans-identified male, Tara Wolf, convicted of assault after Hyde Park attack<br />
|author=Jen Izaakson<br />
|date=April 27, 2018<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rivers><br />
{{cite web<br />
|url=https://sanfrancisco.cbslocal.com/2018/03/07/transgender-activist-trial-oakland-triple-murder/<br />
|title=Transgender Activist Ordered To Stand Trial For Oakland Triple Murder<br />
|date=March 7, 2018<br />
|website=CBS SF BayArea<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=camptrans><br />
{{cite web<br />
|url=http://eminism.org/michigan/20000812-camptrans.txt<br />
|title='MICHIGAN EIGHT' EVICTED OVER FESTIVAL'S NEW 'DON'T ASK DON'T TELL' GENDER POLICY<br />
|date=August 12, 2000<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=autostraddle><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.autostraddle.com/more-bad-news-oakland-lesbian-couple-and-their-son-brutally-murdered-by-former-lgbt-activist-359026/<br />
|title=Oakland Lesbian Couple and Their Son Murdered By Former LGBT Activist<br />
|author=Riese<br />
|date=November 16, 2016<br />
|website=Autostraddle<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=edinburgh><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.scotsman.com/news/crime/feminist-speaker-julie-bindel-attacked-by-transgender-person-at-edinburgh-university-after-talk-1-4942260<br />
|title=Feminist speaker Julie Bindel 'attacked by transgender person' at Edinburgh University after talk<br />
|author=Gina Davidson<br />
|date=June 6, 2019<br />
|website=The Scotsman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=planettrans><br />
{{cite web<br />
|url=https://planettransgender.com/when-terf-attack-at-hyde-park/<br />
|title=Trans Activists Vilified For Defense against TERF Attack at Hyde Park<br />
|author=Kelli Busey<br />
|date=September 18, 2017<br />
|website=Planet Transgender<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=queerness><br />
{{cite web<br />
|url=https://thequeerness.com/2017/09/29/trial-by-media-over-speakers-corner-fracas/<br />
|title=Trial by media over Speakers’ Corner fracas<br />
|author=Sam Hope<br />
|date=September 29, 2017<br />
|website=The Queerness<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=jamjar><br />
{{cite web<br />
|url=https://twitter.com/magdalenberns/status/988003582250291201<br />
|title=Masked transactivists surround woman on stairwell<br />
|author=Magdalen Berns<br />
|date=April 22, 2018<br />
|website=Twitter<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=dhejne><br />
{{cite web<br />
|url=https://fairplayforwomen.com/criminality/<br />
|title=Study suggests that transwomen exhibit a male pattern of criminality<br />
|date=September 8, 2018<br />
|website=Fair Play For Women<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=wpcrime><br />
{{cite web<br />
|url=https://en.wikipedia.org/wiki/Sex_differences_in_crime#Statistics<br />
|title=Sex differences in crime<br />
|website=Wikipedia<br />
|access-date=May 31, 2019<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=freedman><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.bbc.com/news/uk-england-berkshire-46454454<br />
|title=Rosa Freedman: Professor's door 'covered in urine' after gender law debate<br />
|date=December 5, 2018<br />
|website=BBC News<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-fb><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.facebook.com/VancouverRapeRelief/posts/710603379412445<br />
|title=Vancouver Rape Relief & Women's Shelter - Facebook<br />
|date=August 16, 2019<br />
|website=Facebook<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-twitter><br />
{{cite web<br />
|url=https://twitter.com/VanRapeRelief/status/1166426534321647616<br />
|title=VancouverRapeRelief on Twitter<br />
|date=August 26, 2019<br />
|website=Twitter<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-vancouverisawesome><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.vancouverisawesome.com/2019/08/28/vancouver-rape-relief-centre-targeted-vandalism-threats-transgender-controversy/<br />
|title=Vancouver Rape Relief centre targeted with vandalism, threats over transgender controversy<br />
|author=Jessica Kerr<br />
|date=August 28, 2019<br />
|website=Vancouver is Awesome<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-nationalreview><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.nationalreview.com/2019/08/women-only-rape-relief-shelter-defunded-then-vandalized/<br />
|title=Women-Only Rape-Relief Shelter Defunded, Then Vandalized<br />
|author=Madeleine Kearns<br />
|date=August 28, 2019<br />
|website=National Review<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-citynews><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.citynews1130.com/2019/08/27/vancouver-rape-relief-centre-vandalized-likely-over-restrictions-for-transgender-people/<br />
|title=Vancouver Rape Relief centre vandalized, likely over restrictions for transgender people<br />
|author=Jonathan Szekeres and Lauren Boothby<br />
|date=Aug 27, 2019<br />
|website=City News<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
</references><br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:TERF]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=TERF&diff=819TERF2020-02-29T15:39:14Z<p>Deleted: Término da tradução da página e adição de link para a página em inglês</p>
<hr />
<div>{{PageSeo | description = TERF é uma ofensa usada por ativistas transgênero para depreciar qualquer pessoa que critique esse movimento com base em argumentos feministas.<br />
}}<br />
[[File:Terf-slur-02.png|thumb|300px|Um ''tweet'' típico contendo do termo "TERF"]]<br />
<br />
A palavra '''TERF''' (ou ''terf''; pl. ''terfs'' ou ''terves'') é uma ofensa usada predominantemente por ativistas transgênero e seus aliados contra pessoas que criticam o movimento transgênero com base em argumentos feministas. Como essa ofensa é usada para referir-se a pessoas com argumentos feministas, seu maior alvo costuma ser mulheres. Como tal, ela é normalmente entendida como sendo uma ofensa anti-feminista, sexista e misógina.<br />
<br />
A palavra foi inventada como um acrônimo para ''Trans-Exclusionary Radical Feminist'' (inglês para "Feminista Radical Trans-Exclusionária"), onde a parte "trans-exclusionary" ("trans-exclusionária") refere-se a essas pessoas serem da opinião de que mulheres trans não deveriam ser incluídas dentro da definição feminista de feminilidade, e a parte "radical feminist" ("feminista radical") foi aplicada de maneira neutra para referir-se àquelas pessoas que de fato se descrevem como [https://pt.wikipedia.org/wiki/Feminismo_radical feministas radicais] no seu verdadeiro sentido. Com o tempo, o acrônimo tornou-se um termo ofensivo. Atualmente, a capitalização dessa palavra frequentemente não é feita, e o significado já ambíguo de seu sentido original é inteiramente ignorado. Ainda assim, usuários do termo costumam alegar que se trata de um termo neutro. A parte "trans-exclusionary" ("trans-exclusionária") agora pode se referir a qualquer pessoa que pense que mulheres trans não deveriam poder ter acesso irrestrito a espaços exclusivamente femininos (como vestiários), participar em esportes femininos - onde elas possuem [[Mulheres trans em esportes femininos|vantagens injustas]] -, a relacionamentos com lésbicas etc. Apesar de a maior parte do público poder considerar essas posições como minimamente sensatas, levando em conta que uma "mulher trans" pode ter uma anatomia masculina intacta, ativistas transgênero veem todos esses tipos de "exclusão" como inaceitáveis.<br />
<br />
Um termo associado de maneira próxima a esse é ''SWERF'', que supostamente significa ''Sex-Worker-Exclusionary Radical Feminist'' (inglês para "Feminista Radical Exclusionária de Trabalhadoras do Sexo") e é usado para referir-se àquelas pessoas que veem a indústria sexual (prostituição, pornografia etc.) como altamente exploratória e sexista. Assim como ''TERF'', esse termo é quase sempre proferido como uma ofensa e para deturpar a posição política do indivíduo contra a qual ele é usado. Ironicamente, algumas dessas pessoas chamadas de ''SWERF'' são comumente mulheres que trabalharam na prostituição e tornaram-se ativistas anti-prostituição como resultado de suas próprias experiências como as chamadas "trabalhadoras do sexo".<br />
<br />
== História ==<br />
<br />
=== Origem ===<br />
<br />
O uso mais antigo do termo foi feito por Viv Smythe aka "tigtog" em um ''blog post'' de 2008.<ref name=terf-origin/> Ela defendeu o termo em 2018, num artigo para o The Guardian.<ref name=guardian-smythe/> Ativistas transgênero frequentemente tentam defender o tempo sob a justificativa de que Viv Smythe é uma mulher que alega ser feminista radical, e parece ter usado o termo pela primeira vez de uma maneira que não é depreciativa. Obviamente, as origens benignas do termo não implicam que ele não possa evoluir de forma a tornar-se uma ofensa.<br />
<br />
=== A evolução para discurso de ódio ===<br />
<br />
[[File:Mya-byrne-punches-terfs.jpg|thumb|right|200px|Não é de forma alguma uma ofensa!]]<br />
<br />
A evolução do termo de 2008 até o início e meados dos anos 2010 não foi bem documentada. Em sua maior parte, feministas tiveram que defrontar o termo em redes sociais, onde ele passou a ser regularmente usado para rebaixar as suas posições políticas. Em julho de 2014, o site [https://www.feministcurrent.com/ Feminist Current] publicou dois artigos que faziam referênciam ao termo. O primeiro, escrito por C. K. Egbert e entitulado ''Defending the 'TERF': Gender as political'' ("Defendendo o 'TERF': Gênero como política", em tradução livre do inglês) explica e defende a teoria política por trás das ideias defendidas por feministas que são chamadas de "terf".<ref name=fc-egbert/> O segundo, escrito por [[Sarah Ditum]] e entitulado ''How 'TERF' works'' ("Como o 'TERF' funciona", em tradução livre do inglês), analisa brevemente a situação na qual uma mulher é pressionada a retratar uma declaração em oposição à violência contra a mulher, sob a justificativa de que a declaração veio originalmente de uma feminista que é considerada uma "terf".<ref name=fc-ditum/> Como o Feminist Current é altamente elogiado por feministas radicais, a sua decisão de apoiar as mulheres que foram chamadas de "terf" pode ser vista como um momento decisivo.<br />
<br />
Em agosto de 2014, Vice publicou um artigo intitulado ''I Am Now Officially a Transphobic Twitter Troll'' - "Agora Sou Oficialmente um Troll Transfóbico do Twitter", em tradução livre do inglês - (subtítulo: ''At least according to the 'Block Bot' I am'', ou "Pelo menos, de acordo com o 'Block Bot' eu sou"), do autor Martin Robbins.<ref name=vice-robbins/> No artigo, Robbins fala sobre como o projeto do "Block Bot" no Twitter, que foi criado para ajudar as pessoas a evitarem ''trolls'' abusivos, incluiu autoras e jornalistas feministas como [[Caroline Criado-Perez]] e [[Helen Lewis]] entre as pessoas que deveriam ser bloqueadas. Ironicamente, Lewis parece ter sido incluída na lista por reclamar sobre ''trolls'' abusivos, já que como "evidência" para bani-la incluem-se objeções a ''tweets'' como "kill TERFS" ("matem TERFS"), "burn TERFS" ("queimem TERFS") ou piadas odiosas como "what's better than 1 dead terf? 2 dead terfs" ("o que é melhor que 1 terf morta? 2 terfs mortas").<br />
<br />
Outro artigo do Feminist Current defendendo as pessoas chamadas por essa ofensa foi publicado em novembro de 2015, escrito por [[Penny White]] e entitulado ''Why I no longer hate 'TERFs''' ("Porque eu não mais odeio 'TERFs'", em tradução livre do inglês).<ref name=fc-white/> No artigo, White explica como ela própria costumava acreditar que as chamadas "TERFs" mereciam ser desprezadas, mas mudou de opinião após começar a olhar com mais cuidado para esse problema. Essa experiência parece repetir-se entre muitas mulheres e alguns homens socialmente liberais na atualidade, que começaram sendo apoiadores do movimento transgênero para depois tornarem-se céticos após experiências e observações negativas, por fim levando-os a também serem denominados de "terf" e desprezados por ativistas transgênero e seus aliados. Após isso, o Feminist Current começou a publicar artigos críticos do movimento transgênero com frequência, muito para o enraivecimento dos ativistas transgênero.<br />
<br />
Em junho de 2017, o ativista transgênero [https://en.wikipedia.org/wiki/Mya_Byrne Mya Byrne] foi a San Francisco Pride Parade com uma camiseta com o escrito "I PUNCH TERFS" ("EU SOCO TERFS", em tradução do inglês), decorada com uma grande mancha de sangue falso. Byrne fez o ''upload'' de uma ''selfie'' sua vestindo a camiseta na parada e com o subtítulo "This is what gay liberation looks like #pride #yesallterfs" (inglês para "Isto é o que a liberação ''gay'' parece #orgulho #simtodasasterfs"), o que ocasionou muitas reações negativas.<ref name=fc-tra-violence/> A camiseta seria mais tarde exibida em uma "exposição de arte" na San Francisco Public Library, montada pelo grupo de ativismo trans ''The Degenderettes''. Após reclamações, a biblioteca removeu a camiseta da exibição, apesar de que itens similares mostrando uma mentalidade violenta permaneceram, como um taco de beisebol enrolado com um arame farpado e pintado nas cores da bandeira de orgulho transgênero.<ref name=fc-tra-violence/><br />
<br />
[[File:Sonicfox.png|thumb|right|300px|O ''tweet'' de Dominique McLean glorificando a violência contra as mulheres.]]<br />
<br />
Em abril de 2019, o ''video gamer'' profissional Dominique McLean aka [https://en.wikipedia.org/wiki/SonicFox SonicFox] realizou o ''upload'' de um vídeo no Twitter com a legenda "what I do to terfs" ("o que eu faço com terfs"), no qual um personagem de ''video game'' atinge o pescoço de uma personagem com tanta força que a pele do pescoço dela sai, enquanto a câmera mostra o seu rosto agonizante. McLean pode ser ouvido gritando "terf!" em seu microfone juntamente com cada golpe dado na personagem, no que faz lembrar um linchamento.<ref name=sonicfox/> O ''tweet'' ganhou centenas de milhares de visualizações e milhares de ''retweets'' e curtidas.<br />
<br />
O ''tweet'' de McLean tornou-se ainda pior pelo fato de que esse ódio não é somente direcionado a uma personagem "terf" imaginária, mas à voz da atriz por trás da personagem, [https://pt.wikipedia.org/wiki/Ronda_Rousey Ronda Rousey]. Rousey, que é uma lutadora de MMA (artes marciais mistas), é considerada uma "TERF" por ter dito, com palavras bruscas, que é injusto o lutador de MMA do sexo masculino [[Mulheres trans em esportes femininos#Fallon_Fox|Fallon Fox]] competir contra mulheres.<ref name=rousey-fox/><ref name=rousey-marysue/><ref name=rousey-reddit/> Um ano após a declaração de Rousey, a lutadora de MMA Tamikka Brents sofreu uma concussão e uma fratura do osso orbital durante uma luta contra Fallon Fox,<ref name=fallon-fox/> mas isso não parece ter mudado a opinião dos ativistas trans.<br />
<br />
Após o ''tweet'' de McLean ter sido denunciado por discurso de ódio, o Twitter inicialmente decidiu que ele [[:File:Sonicfox2.png|não quebrava as suas regras]]. Somente após repetidos protestos e várias outras denúncias o Twitter reagiu, removendo o ''tweet'' e emitindo a SonicFox um banimento de meras 24 horas.<br />
<br />
No final de 2019, uma tendência nas redes sociais denominada "POV you're a TERF in my mentions" ("ponto de vista de você ser uma TERF nas minhas menções") teve início, na qual ativistas trans posavam com uma arma (taco de beisebol, espada, machete ou outras), às vezes preparando-se para golpear ou mostrando-os no meio de um golpe, tiradas como se fossem [https://en.wikipedia.org/wiki/Point-of-view_shot uma fotografia de ponto de vista] e com a legenda "POV you're a TERF in my mentions" ("ponto de vista de você ser uma TERF nas minhas menções"), ou alguma variação.<ref name=pov-terf/> As fotografias supostamente representam o ponto de vista de uma "TERF" sendo agredida pela pessoa retratada. Em outras palavras, mulheres chamadas de "TERF" que olham para a foto deveriam imaginar a si próprias sendo violentamente agredidas.<br />
<br />
=== Vandalismos, assédios e agressões na vida real ===<br />
<br />
Em fevereiro de 2017, a recém-aberta Vancouver Women's Library foi recebida por um pequeno grupo de vândalos, incluindo uma pessoa que era claramente do sexo masculino e que alegava ser uma trabalhadora do sexo. Eles arrancaram um pôster, derramaram vinho em um livro e assediaram aqueles que tentaram participar da cerimônia de abertura do estabelecimento. A justificativa que deram foi de que a biblioteca incluía livros que eles diziam supostamente apoiar a ideologia "TERF" e "SWERF".<ref name=vwl/><br />
<br />
<youtube dimensions=500 alignment=right description="A agressão de Tara Wolf a Maria MacLachlan (September 13th, 2017)" container=frame><br />
https://www.youtube.com/watch?v=9_d3ozhSE-U<br />
</youtube><br />
<br />
Em setembro de 2017, um grupo de feministas quis marcar uma reunião para discutir as mudanças propostas pelo [https://www.feministcurrent.com/2018/09/14/never-mind-reforming-gender-recognition-act-theres-no-need-gender-recognition-certificates/ Gender Recognition Act] (GRA), na biblioteca comunitária [https://newxlearning.org/ New Cross Learning] de Londres. A biblioteca teve de cancelar o evento após o assédio de ativistas transgênero. As organizadoras da reunião decidiram encontrar-se na Speakers' Corner, antes de ir ao novo local da reunião, que não havia sido anunciado de forma a protegê-lo de assédio. Na Speakers' Corner, elas foram recebidas por um grupo de ativistas transgênero gritando frases como "when TERFs attack, we fight back" ("quando TERFs atacam, nós revidamos", em inglês). Maria MacLachlan, que estava filmando os protestantes com a sua câmera digital, foi atacada por uma pessoa vinda do grupo de ativistas trans e que então tentou tomar a sua câmera. Após não ter sucesso, o atacante correu para trás de seus amigos, e MacLachlan tentou aproximar-se do grupo para filmar o seu rosto com a câmera. Vários dos ativistas começaram a agredi-la nesse momento. Um dos agressores, que após o evento revelou-se ser Tara Wolf, foi acusado de agressão física. Anteriormente ao evento, ele havia postado que queria "f*der com algumas terfs" em uma rede social. Esse evento pode ser considerado como um marco do ódio crescente que ativistas transgênero demonstram contra feministas, já que nenhuma outra agressão havia sido documentada claramente com relação à ofensa "TERF", e o evento ganhou atenção generalizada nas notícias, sendo coberto pelo The Guardian,<ref name=standard/> The New Statesman,<ref name=statesman1/><ref name=statesman2/> The Telegraph,<ref name=telegraph/> The Times,<ref name=times1/><ref name=times2/> The Evening Standard,<ref name=standard/> e pelo Daily Mail.<ref name=dailymail/> Foi também, é claro, coberto pelo Feminist Current.<ref name=fc1/><ref name=fc2/> Como resultado do evento, muitos ativistas transgênero defenderam e até mesmo celebraram a agressão, levando Meghan Murphy a publicar o texto [https://www.feministcurrent.com/2017/09/21/terf-isnt-slur-hate-speech/ '''TERF' isn't just a slur, it's hate speech''] ("TERF não é só uma ofensa, é discurso de ódio"). Algumas publicações, ao defender os ativistas transgênero, tentaram alegar que o agressor estava na verdade agindo em legítima defesa, e tentaram provar essa alegação através do ''upload'' de cortes cuidadosamente editados da gravação mostrando a agressão,<ref name=planettrans/> ou descrevendo a agressão como "revidando contra ''bullies''" que "provocaram" os ativistas transgênero (ao terem opiniões das quais estes não gostaram, presumivelmente).<ref name=queerness/><br />
<br />
Em dezembro de 2018, a advogada de defesa dos direitos humanos, Prof. [[Rosa Freedman]], encontrou a porta de seu escritório coberta com urina após participar de debates relacionados às mudanças propostas ao Gender Recognition Act do Reino Unido. Ela também alegou ter sido chamada de uma "nazista" (ela é judia) que "deveria ser estuprada" (ela é uma sobrevivente de violência sexual) e de receber telefonemas abusivos anônimos.<ref name=freedman/><br />
<br />
Em 2018, o ativista transgênero Dana Rivers foi a julgamento por homicídio triplo.<ref name=rivers/> As vítimas eram um casal de lésbicas e o seu filho adotivo. Rivers esfaqueou e atirou nas vítimas, antes de tentar colocar fogo em sua casa, em novembro de 2016. Ainda não está claro se Rivers foi motivado pelo ódio contra feministas e lésbicas disseminado por ativistas transgênero. Rivers era, no entanto, membro do grupo [https://en.wikipedia.org/wiki/Camp_Trans Camp Trans], que foi criado para protestar a regra de apenas mulheres poderem participar do Michigan Womyn's Music Festival (aka MichFest).<ref name=camptrans/> A Autostraddle descreveu Rivers como um "ativista transgênero muito conhecido".<ref name=autostraddle/><br />
<br />
Em junho de 2019, [[Julie Bindel]] foi fisicamente agredida por uma pessoa do sexo masculino após dar um discurso sobre a violência de homens contra mulheres, na Universidade de Edimburgo, junto com a Prof. Rosa Freedman.<ref name=edinburgh/> "Ele estava gritando e reclamando e esbravejando, 'você é uma p*** do c******, você é uma cadela do c******, uma Terf do c******' e outras coisas. Estávamos tentando andar até o táxi para levar-nos até o aeroporto, e então ele apenas saltou em minha direção e quase me deu um soco no rosto, mas um segurança afastou-o de mim". Essa pessoa do sexo masculino, que diz se chamar "[[Cathy Brennan]]" (por causa da advogada lésbica e feminista radical de mesmo nome, a quem ele despreza), já havia chamado a atenção em redes sociais por [[:File:Joe-brennan-twitter.jpg|defender agressões físicas]] contra feministas em paradas de Orgulho Gay.<br />
<br />
Em 16 de agosto de 2019, a conta no Facebook do [[Vancouver Rape Relief and Women's Shelter]] relatou que um rato mortou havia sido pregado na moldura de sua porta.<ref name=vrr-fb/> Em 26 de agosto, a sua conta no Twitter seguiu relatando que as suas portas e janelas haviam sido vandalizadas com frases como "FUCK TERFS" ("FODAM COM AS TERFS") e "KILL TERFS" ("MATEM AS TERFS"), assim como "TRANS POWER" ("PODER TRANS").<ref name=vrr-twitter/> O repetido assédio e vandalismos chamaram a atenção local e nacional.<ref name=vrr-vancouverisawesome/><ref name=vrr-nationalreview/><ref name=vrr-citynews/><br />
<br />
=== Galeria ===<br />
<br />
<gallery caption="Discussão sobre o ''tweet'' de ódio de McLean" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Sonicfox3.jpg | McLean defendendo o seu ''tweet'' sob a alegação de que Ronda Rousey é uma "TERF" e, como tal, é merecedora desse desprezo violento.<br />
File:Sonicfox-copycat1.png | Uma imitação do ''tweet'' mostrando outra personagem de ''video game'' morrendo brutalmente, e com a legenda "FUCK TERFS" ("FODAM COM AS TERFS").<br />
File:Sonicfox-copycat2.png | Outra imitação do ''tweet''. O GIF é do personagem de [https://en.wikipedia.org/wiki/Mortal_Kombat_11 Mortal Kombat 11] [https://en.wikipedia.org/wiki/Scorpion_(Mortal_Kombat) Scorpion] queimando viva a sua oponente.<br />
</gallery><br />
<br />
<gallery caption="Assédio e vandalismo ao Vancouver Rape Relief" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Vrr-vandalism1.jpg | Um rato morto pregado à moldura da porta do VRR.<br />
File:Vrr-vandalism2.jpg | O texto "KILL TERFS ... TRANS POWER" ("MATEM AS TERFS ... PODER TRANS") escrito na janela.<br />
File:Vrr-vandalism3.jpg | As frases "FUCK TERFS" ("FODAM COM AS TERFS") e "TRANS WOMEN ARE WOMEN" ("MULHERES TRANS SÃO MULHERES") escritas na porta e na janela.<br />
</gallery><br />
<br />
<gallery caption="Alguns exemplos de ''tweets'' usando 'terf'" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Terf-gallery-1.png | "terf isn't a slur ... terfs don't deserve rights" ("terf não é uma ofensa ... terfs não merecem direitos").<br />
File:Terf-gallery-2.jpg | "All terfs will be arrested on sight" ("Todas as terfs serão presas à vista").<br />
File:Terf-gallery-3.jpg | "It's [https://en.wikipedia.org/wiki/Gay_pride#LGBT_Pride_Month Pride] punch a terf" ("É o Orgulho soque uma terf").<br />
File:Terf-gallery-4.png | Colocando 'terf' logo ao lado de 'nazista'.<br />
File:Terf-gallery-5.png | [https://en.wikipedia.org/wiki/Arthur_Chu Arthur Chu] defendendo o discurso de ódio de SonicFox.<br />
File:Terf-gallery-6.png | "Being a TERF is a choice. Like being a Nazi" ("Ser uma TERF é uma escolha. Assim como ser um nazista").<br />
</gallery><br />
<br />
== Análise do termo ==<br />
<br />
O acrônimo original pode ser dividido em duas metades: "feminista radical" e "trans-exclusionária". Apesar de muitas pessoas chamadas por esse termo não se considerarem feministas radicais, os seus ideais muito frequentemente alinham-se com o [https://pt.wikipedia.org/wiki/Feminismo_radical feminismo radical], tornando essa parte um tanto acurada. A parte "trans-exclusionária", no entanto, é um pouco ambígua, e seu significado parece mudar de acordo com a vontade da pessoa que usa o termo.<br />
<br />
Quando aquele que usa o termo quer justificá-lo como uma descrição objetiva e acurada, ele usará definições simplistas e banais de "exclusão" que se aplicam facilmente a maioria das pessoas contra as quais o termo é utilizado. Exemplos disso podem incluir:<br />
<br />
* Querer que mulheres trans com vantagens anatômicas injustas sejam excluídas de esportes femininos;<br />
* Querer que mulheres trans com anatomia masculina evidente (como genitais masculinos intactos) sejam excluídas de espaços privativos segregados por sexo, como em vestiários;<br />
* Não considerar que mulheres trans sejam ''literalmente'' mulheres, ao apontar que a definição no dicionário de mulher é de um "humano adulto do sexo feminino";<br />
* Querer excluir mulheres trans de alguns grupos políticos que querem ter foco nas lutas únicas às pessoas nascidas com anatomia feminina;<br />
* Querer que crimes cometidos por mulheres trans não sejam registrados como tendo sido cometido por mulheres, especialmente porque os padrões criminosos de mulheres trans parecem mais compatíveis com os padrões criminosos de homens,<ref name=dhejne/> que cometem a vasta maioria dos crimes violentos, especialmente os de natureza sexual.<ref name=wpcrime/><br />
<br />
[[File:Theterfs-delusion.png|thumb|right|500px|Algumas das mentiras hiperbólicas que ativistas trangênero usam para justificar o ódio a feministas]]<br />
<br />
No entanto, uma vez que o termo "TERF" é aplicado a alguém com base nessa pessoa possuir as opiniões supracitadas (que muitas pessoas, inclusive as que não são feministas, concordariam ser sensatas), a definição de "exclusão" é rapidamente alterada para justificar expressões de ódio. Às vezes, o "trans-exclusionária" é até mesmo alterado hiperbolicamente para "trans-exterminatória", de forma a aumentar o seu efeito indutor de pânico. O ''site'' [http://theterfs.com/ ''The TERFs''] chega até mesmo a alegar que pessoas rotuladas como "TERF" querem:<br />
<br />
* Excluir pessoas trans do acesso a moradia (torná-las sem teto);<br />
* Excluir pessoas trans do acesso a emprego (torná-las desempregadas);<br />
* Excluí-las do acesso a educação;<br />
* Excluí-las do acesso a igualdade de acomodação;<br />
* Excluí-las das proteções locais, estaduais, nacionais e das Nações Unidas (!).<br />
<br />
Como tais, as mulheres chamadas de "TERF" são representadas menos como mulheres que simplesmente querem defender os direitos das mulheres baseados em sexo e mais como monstros facistas, o que é então usado para incitar ódio e violência contra elas. É também notável como a exclusão de mulheres trans (de espaços exclusivos para mulheres etc.) torna-se aqui uma suposta exclusão de todas as pessoas trans (do que quer que seja). Na verdade, mulheres chamadas de "TERF" frequentemente dirão de maneira explícita que homens trans são bem-vindos em seus grupos, já que homens trans também sofrem as opressões que todas as mulheres sofrem desde o nascimento. <br />
<br />
A estratégia de ativistas transgêneros de usar definições simples de "TERF" para fazer esse termo parecer acurado, para então distorcer a sua definição para justificar o ódio, é bastante similar à estratégia "troll" que foi observada pelo filósofo Nicholas Shackel, e denominada ''Doutrina de Motte e Bailey'' em um artigo intitulado [https://philpapers.org/archive/SHATVO-2.pdf ''The Vacuity of Postmodernist Methodology''] ("A Vacuidade da Metodologia Pós-Modernista", em tradução livre do inglês):<br />
<br />
<blockquote><em><br />
"Os Truísmos de um Troll são usados para insinuar uma falsidade emocionante, que é uma doutrina desejada, e ainda assim permitir a retirada para uma verdade trivial quando pressionado por um oponente. Ao fazer isso eles exibem uma propriedade que os torna o caso mais simples possível do que eu chamarei de uma Doutrina de Motte e Bailey (já que uma doutrina pode ser uma única crença ou um corpo inteiro de crenças).<br />
<br />
Um castelo de Motte e Bailey é um sistema medieval de defesa no qual uma torre de pedra numa colina (o Motte) é cercado por uma área de terra (o Bailey), a qual por sua vez é envolta por algum tipo de barreira, como uma vala. Por ser escura e úmida, a Motte não é uma habitação de escolha. A única razão para a sua existência é a desirabilidade do Bailey, cuja combinação da Motte e da vala torna relativamente fácil de reter, apesar dos ataques de saqueadores. Quando somente levemente pressionada, a vala torna fácil a derrota de um pequeno número de atacantes enquanto esses tentam atravessá-la: quando fortemente pressionada, a vala não é defensável, e nem o Bailey. Ao invés disso, a pessoa recuará para a insalubre, mas defensável, e talvez inexpugnável, Motte. Eventualmente, os saqueadores desistem, quando alguém está bem posicionado para reocupar a terra desejável.<br />
<br />
Para os meus propósitos, o desejável, mas somente levemente defensável território do castelo de Motte e Bailey, o que quer dizer, o Bailey, representa uma doutrina ou posição filosófica com propriedades similares: desejável ao seu proponente mas somente levemente defensável. A Motte é a posição defensável, mas indesejável, à qual alguém recua quando fortemente pressionado. Acredito ser evidente que os Truísmos de um Troll possuem a propriedade de Motte e Bailey, já que as falsidades emocionantes constituem a região desejável, mas indefensável, dentro da vala na qual a verdade trivial constitui a Motte defensável, mas úmida, à qual alguém se retira quando pressionado."<br />
</em></blockquote><br />
<br />
No nosso caso, a ''Motte'' é uma declaração facilmente defensável, como: ''"Você não considera mulheres trans como literalmente mulheres, logo, você é trans-exclusionária, o que a torna uma TERF"''. Enquanto o ''Bailey'' é: ''"Você quer excluir pessoas trans do acesso a moradia e emprego e, logo, tenho justificativa para odiar você fortemente!"''<br />
<br />
Esse também poderia ser chamado de argumento "isco-e-troca", na qual alguém é "iscado" a concordar com a declaração de que alguém é uma "TERF" através da utilização de uma definição simplista de "exclusão trans", para então essa definição ser alterada para algo ruim, de forma a justificar expressões de ódio.<br />
<br />
=== Inspeção das alegações em ''The TERFs'' ===<br />
<br />
[[File:Theterfs-logo.png|thumb|right|300px|Logotipo real do TheTERFs.com: Rabiscos pretos malignos]]<br />
<br />
Deve ser notado que o ''The TERFs'' oferece pouco mais do que citações fora de contexto de várias décadas atrás como "evidência" para as suas alegações hiperbólicas envolvendo uma chamada ideologia "TERF". Ele também mostra um certo número de ''tweets'' cuidadosamente selecionados, metade dos quais vem de fontes da direita política que também se opõe ao movimento transgênero, o que leva ativistas trans a alegarem que isso prova que feministas são secretamente aliadas à direita numa grande conspiração. (Essa linha de raciocínio também é frequentemente ridicularizada como: "Hitler era vegetariano. Logo, vegetarianos são nazistas")<br />
<br />
A respeito de supostas evidências de "violência na vida real motivadas pela ideologia TERF", o ''site'' lista seis exemplos, dos quais três na verdade não apresentam nenhuma violência. Aqueles que apresentam dizem respeito a incidentes de várias décadas atrás, nos quais mulheres tentaram expulsar mulheres trans de grupos ou espaços exclusivamente femininos, usando força física ou ameaças diretas. Devido a ser esperado que mulheres sejam sempre boazinhas e passivas em relação a homens, até mesmo quando tentam formar grupos feministas radicais e manter homens fora deles, isso é obviamente visto como inaceitável. Dois exemplos são de ameaças verbais, que são experiências rotineiras para feministas que se opõe a ativistas trans. A última é sobre as mortes de pessoas trans que são ''presumidas'' serem relacionadas à falta de acesso a cuidados médicos, fator que não tem relação nenhuma com a ideologia feminista. <br />
<br />
Para resumir: não há um único exemplo documentado de um grupo feminista ter agredido ou ameaçado um grupo transgênero. Qualquer alegação de "violência por TERFs" refere-se a mulheres tentando expulsar mulheres trans de espaços exclusivamente femininos, a casos extremamente raros de ameaças verbais ou a muitas e muitas fabricações. Em comparação, ativistas trans já foram a bibliotecas de mulheres para vandalizá-las,<ref name=vwl/> foram a encontros feministas para agredir mulheres,<ref name=fc1/><ref name=fc2/> apareceram usando máscaras em conferências feministas para intimidar mulheres<ref name=jamjar/> e o abuso verbal onipresente que eles direcionam a mulheres consegue encher [https://terfisaslur.com/ um ''site'' inteiro] criado somente para esse fim.<br />
<br />
=== O termo 'SWERF' ===<br />
<br />
A palavra ''SWERF'' está proximamente relacionada a ''TERF'' e é utilizada de maneira similarmente desonesta e deturpadora. Mulheres (e homens que se preocupam com os direitos das mulheres) críticas da indústria do sexo pela sua natureza exploradora são acusadas de serem "exclusionárias de trabalhadoras do sexo", numa tentativa de fazê-las parecer terem ódio de um grupo oprimido.<br />
<br />
De fato, as pessoas que são chamadas de "SWERF" tendem a apoiar o [[modelo nórdico]] contra a prostituição, que vê um sistema de assistência social de alta qualidade como um componente necessário no combate à prostituição e no alívio a problemas enfrentados por mulheres que somente escolher prostituir-se por causa de condições econômicas extremas. Além disso, muitas das que são chamadas de "SWERF" tendem a ser mulheres que já trabalharam na prostituição.<br />
<br />
Notavelmente, uma das mais conhecidas feministas anti-prostituição e anti-pornografia, [[Andrea Dworkin]], já foi uma prostituta e não tinha vergonha de admitir isso. Outro exemplo notável é [[Rachel Moran]], que esteve envolvida com a prostituição quando tinha entre 15 e 22 anos de idade, para depois tornar-se uma das mais notáveis ativistas anti-prostituição e a favor do modelo nórdico dos últimos anos. <br />
<br />
== Ver também ==<br />
<br />
* [[Ideologia transgênero]]<br />
<br />
=== Ligações externas ===<br />
<br />
* [https://terfisaslur.com/ terfisaslur.com - Documentando o abuso, assédio e misoginia da política de identidade transgênero (em inglês)]<br />
* [https://www.feministcurrent.com/tag/terf/ Arquivo TERF | Feminist Current (em inglês)]<br />
* [https://speakupforwomen.nz/dont-call-women-terfs/ Não Chame Mulheres de 'Terfs' | Speak Up for Women NZ (em inglês)]<br />
* [https://medium.com/@amydyess83/terf-is-hate-speech-and-its-time-to-condemn-it-6efc897ce407 TERF é Discurso de Ódio e é Hora de Condenarmos Isso (em inglês)]<br />
<br />
== Referências ==<br />
<br />
<references><br />
<br />
<ref name=terf-origin><br />
{{cite web<br />
|url=https://hoydenabouttown.com/2008/08/17/carnivalia-transgenderism-and-the-gender-binary/<br />
|title=Carnivalia, transgenderism and the gender binary<br />
|author=Viv Smythe (aka tigtog)<br />
|date=August 17, 2008<br />
|website=Hoyden About Town<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=guardian-smythe><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.theguardian.com/commentisfree/2018/nov/29/im-credited-with-having-coined-the-acronym-terf-heres-how-it-happened<br />
|title=I'm credited with having coined the word 'Terf'. Here's how it happened<br />
|author=Viv Smythe (aka tigtog)<br />
|date=November 28, 2018<br />
|website=The Guardian<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-egbert><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2014/07/16/defending-the-terf-gender-as-political/<br />
|title=Defending the ‘TERF’: Gender as political<br />
|author=C.K. Egbert<br />
|date=July 16, 2014<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-ditum><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2014/07/29/how-terf-works/<br />
|title=How ‘TERF’ works<br />
|author=Sarah Ditum<br />
|date=July 29, 2014<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vice-robbins><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.vice.com/en_uk/article/7bap7y/whats-the-block-blot-martin-robbins-757<br />
|title=I Am Now Officially a Transphobic Twitter Troll<br />
|author=Martin Robbins<br />
|date=August 8, 2014<br />
|website=Vice<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-white><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2015/11/10/why-i-no-longer-hate-terfs/<br />
|title=Why I no longer hate ‘TERFs’<br />
|author=Penny White<br />
|date=November 10, 2015<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-tra-violence><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2018/05/01/trans-activism-become-centered-justifying-violence-women-time-allies-speak/<br />
|title=Trans activism is excusing & advocating violence against women, and it’s time to speak up<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=May 1, 2018<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=sonicfox><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2019/05/welcome-age-ironic-bigotry-where-old-hatreds-are-cloaked-woke-new-language<br />
|title=Welcome to the age of ironic bigotry, where old hatreds are cloaked in woke new language<br />
|author=Helen Lewis<br />
|date=May 1, 2019<br />
|website=The New Statesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-fox><br />
{{cite web<br />
|url=https://bleacherreport.com/articles/1651451-ronda-rousey-vs-fallon-fox-head-to-toe-breakdown<br />
|title=Ronda Rousey vs. Fallon Fox Head-to-Toe Breakdown<br />
|author=Jordy McElroy<br />
|date=May 25, 2013<br />
|website=Bleacher Report<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-marysue><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.themarysue.com/ronda-rousey-and-transmisogyny/<br />
|title=When Role Models Become Problematic: Ronda Rousey and Transmisogyny<br />
|author=Teresa Jusino<br />
|date=August 3, 2015<br />
|website=The Mary Sue<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fallon-fox><br />
{{cite web<br />
|url=https://archive.is/yZfcs<br />
|title=After Being TKO’d by Fallon Fox, Tamikka Brents Says Transgender Fighters in MMA ‘Just Isn’t Fair’<br />
|website=Cage Potato<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-reddit><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.reddit.com/r/GamerGhazi/comments/ah4120/celebrity_terf_ronda_rousey_to_play_sonya_blade/<br />
|title=Celebrity TERF Ronda Rousey to play Sonya Blade in Mortal Kombat 11<br />
|website=reddit<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=pov-terf><br />
{{cite web<br />
|url=https://web.archive.org/web/20191019184351/https://radfemrebecca.wordpress.com/2019/10/06/terfinmymentions/amp/<br />
|title=“This is what I want to do to you” – Dissecting the ‘POV ur a TERF in my mentions’ trend.<br />
|author=Rebecca<br />
|date=October 6, 2019<br />
|website=radfemrebecca.wordpress.com<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vwl><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2017/02/07/vancouver-womens-library-opens-amid-anti-feminist-backlash/<br />
|title=Vancouver Women’s Library opens amid anti-feminist backlash<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=February 7, 2017<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=guardian><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.theguardian.com/uk-news/2017/oct/26/woman-punched-in-brawl-between-transgender-activists-and-radical-feminists<br />
|title=Suspects sought after brawl between transgender activists and radical feminists<br />
|author=Press Association<br />
|date=October 26, 2017<br />
|website=The Guardian<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=statesman1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2018/04/madness-our-gender-debate-where-feminists-defend-slapping-60-year-old<br />
|title=The madness of our gender debate, where feminists defend slapping a 60-year-old woman<br />
|author=Helen Lewis<br />
|date=April 20, 2018<br />
|website=NewStatesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=statesman2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2017/09/trans-rights-terfs-and-bruised-60-year-old-what-happened-speakers-corner<br />
|title=Trans rights, TERFs, and a bruised 60-year-old: what happened at Speakers’ Corner?<br />
|author=Anoosh Chakelian<br />
|date=September 14, 2017<br />
|website=NewStatesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=telegraph><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.telegraph.co.uk/news/2018/04/12/radical-feminist-warned-refer-transgender-defendant-assault/<br />
|title=Radical feminist warned to refer to transgender defendant as a 'she' during assault case<br />
|author=Victoria Ward<br />
|date=April 12, 2018<br />
|website=The Telegraph<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=times1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.thetimes.co.uk/article/transgender-activist-denies-thumping-radical-feminist-wvzgq6fx7<br />
|title=Transgender activist Tara Wolf denies thumping radical feminist<br />
|author=Lucy Bannerman<br />
|date=April 12, 2018<br />
|website=The Times<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=times2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.thetimes.co.uk/article/trans-attacker-tara-wolf-is-a-thug-says-feminist-maria-maclachlan-pq0bwvthv<br />
|title=Trans attacker is a thug, says feminist<br />
|author=Lucy Bannerman<br />
|date=April 14, 2018<br />
|website=The Times<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=standard><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.standard.co.uk/news/crime/transgender-activist-tara-wolf-fined-150-for-assaulting-exclusionary-radical-feminist-in-hyde-park-a3813856.html<br />
|title=Transgender activist Tara Wolf fined £150 for assaulting 'exclusionary' radical feminist in Hyde Park<br />
|author=Martin Coulter<br />
|date=April 13, 2018<br />
|website=EveningStandard<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=dailymail><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.dailymail.co.uk/news/article-5613057/Model-punched-feminist-smashed-120-camera-violent-brawl-walks-free-court.html<br />
|title=Transgender model who punched feminist and smashed her £120 camera in violent brawl at Hyde Park Speakers' Corner protest walks free from court<br />
|author=Bridie Pearson-jones<br />
|date=April 13, 2018<br />
|website=MailOnline<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2017/09/15/historic-speakers-corner-becomes-site-anti-feminist-silencing-violence/<br />
|title=Historic Speaker’s Corner becomes site of anti-feminist silencing and violence<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=September 15, 2017<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2018/04/27/trans-identified-male-tara-wolf-charged-assault-hyde-park-attack/<br />
|title=Trans-identified male, Tara Wolf, convicted of assault after Hyde Park attack<br />
|author=Jen Izaakson<br />
|date=April 27, 2018<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rivers><br />
{{cite web<br />
|url=https://sanfrancisco.cbslocal.com/2018/03/07/transgender-activist-trial-oakland-triple-murder/<br />
|title=Transgender Activist Ordered To Stand Trial For Oakland Triple Murder<br />
|date=March 7, 2018<br />
|website=CBS SF BayArea<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=camptrans><br />
{{cite web<br />
|url=http://eminism.org/michigan/20000812-camptrans.txt<br />
|title='MICHIGAN EIGHT' EVICTED OVER FESTIVAL'S NEW 'DON'T ASK DON'T TELL' GENDER POLICY<br />
|date=August 12, 2000<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=autostraddle><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.autostraddle.com/more-bad-news-oakland-lesbian-couple-and-their-son-brutally-murdered-by-former-lgbt-activist-359026/<br />
|title=Oakland Lesbian Couple and Their Son Murdered By Former LGBT Activist<br />
|author=Riese<br />
|date=November 16, 2016<br />
|website=Autostraddle<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=edinburgh><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.scotsman.com/news/crime/feminist-speaker-julie-bindel-attacked-by-transgender-person-at-edinburgh-university-after-talk-1-4942260<br />
|title=Feminist speaker Julie Bindel 'attacked by transgender person' at Edinburgh University after talk<br />
|author=Gina Davidson<br />
|date=June 6, 2019<br />
|website=The Scotsman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=planettrans><br />
{{cite web<br />
|url=https://planettransgender.com/when-terf-attack-at-hyde-park/<br />
|title=Trans Activists Vilified For Defense against TERF Attack at Hyde Park<br />
|author=Kelli Busey<br />
|date=September 18, 2017<br />
|website=Planet Transgender<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=queerness><br />
{{cite web<br />
|url=https://thequeerness.com/2017/09/29/trial-by-media-over-speakers-corner-fracas/<br />
|title=Trial by media over Speakers’ Corner fracas<br />
|author=Sam Hope<br />
|date=September 29, 2017<br />
|website=The Queerness<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=jamjar><br />
{{cite web<br />
|url=https://twitter.com/magdalenberns/status/988003582250291201<br />
|title=Masked transactivists surround woman on stairwell<br />
|author=Magdalen Berns<br />
|date=April 22, 2018<br />
|website=Twitter<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=dhejne><br />
{{cite web<br />
|url=https://fairplayforwomen.com/criminality/<br />
|title=Study suggests that transwomen exhibit a male pattern of criminality<br />
|date=September 8, 2018<br />
|website=Fair Play For Women<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=wpcrime><br />
{{cite web<br />
|url=https://en.wikipedia.org/wiki/Sex_differences_in_crime#Statistics<br />
|title=Sex differences in crime<br />
|website=Wikipedia<br />
|access-date=May 31, 2019<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=freedman><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.bbc.com/news/uk-england-berkshire-46454454<br />
|title=Rosa Freedman: Professor's door 'covered in urine' after gender law debate<br />
|date=December 5, 2018<br />
|website=BBC News<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-fb><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.facebook.com/VancouverRapeRelief/posts/710603379412445<br />
|title=Vancouver Rape Relief & Women's Shelter - Facebook<br />
|date=August 16, 2019<br />
|website=Facebook<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-twitter><br />
{{cite web<br />
|url=https://twitter.com/VanRapeRelief/status/1166426534321647616<br />
|title=VancouverRapeRelief on Twitter<br />
|date=August 26, 2019<br />
|website=Twitter<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-vancouverisawesome><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.vancouverisawesome.com/2019/08/28/vancouver-rape-relief-centre-targeted-vandalism-threats-transgender-controversy/<br />
|title=Vancouver Rape Relief centre targeted with vandalism, threats over transgender controversy<br />
|author=Jessica Kerr<br />
|date=August 28, 2019<br />
|website=Vancouver is Awesome<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-nationalreview><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.nationalreview.com/2019/08/women-only-rape-relief-shelter-defunded-then-vandalized/<br />
|title=Women-Only Rape-Relief Shelter Defunded, Then Vandalized<br />
|author=Madeleine Kearns<br />
|date=August 28, 2019<br />
|website=National Review<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-citynews><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.citynews1130.com/2019/08/27/vancouver-rape-relief-centre-vandalized-likely-over-restrictions-for-transgender-people/<br />
|title=Vancouver Rape Relief centre vandalized, likely over restrictions for transgender people<br />
|author=Jonathan Szekeres and Lauren Boothby<br />
|date=Aug 27, 2019<br />
|website=City News<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
</references><br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:TERF]]</div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=TERF&diff=818TERF2020-02-28T17:22:50Z<p>Deleted: Tradução de outra parte da página</p>
<hr />
<div>{{PageSeo | description = TERF é uma ofensa usada por ativistas transgênero para depreciar qualquer pessoa que critique esse movimento com base em argumentos feministas.<br />
}}<br />
[[File:Terf-slur-02.png|thumb|300px|Um ''tweet'' típico contendo do termo "TERF"]]<br />
<br />
A palavra '''TERF''' (ou ''terf''; pl. ''terfs'' ou ''terves'') é uma ofensa usada predominantemente por ativistas transgênero e seus aliados contra pessoas que criticam o movimento transgênero com base em argumentos feministas. Como essa ofensa é usada para referir-se a pessoas com argumentos feministas, seu maior alvo costuma ser mulheres. Como tal, ela é normalmente entendida como sendo uma ofensa anti-feminista, sexista e misógina.<br />
<br />
A palavra foi inventada como um acrônimo para ''Trans-Exclusionary Radical Feminist'' (inglês para "Feminista Radical Trans-Exclusionária"), onde a parte "trans-exclusionary" ("trans-exclusionária") refere-se a essas pessoas serem da opinião de que mulheres trans não deveriam ser incluídas dentro da definição feminista de feminilidade, e a parte "radical feminist" ("feminista radical") foi aplicada de maneira neutra para referir-se àquelas pessoas que de fato se descrevem como [https://pt.wikipedia.org/wiki/Feminismo_radical feministas radicais] no seu verdadeiro sentido. Com o tempo, o acrônimo tornou-se um termo ofensivo. Atualmente, a capitalização dessa palavra frequentemente não é feita, e o significado já ambíguo de seu sentido original é inteiramente ignorado. Ainda assim, usuários do termo costumam alegar que se trata de um termo neutro. A parte "trans-exclusionary" ("trans-exclusionária") agora pode se referir a qualquer pessoa que pense que mulheres trans não deveriam poder ter acesso irrestrito a espaços exclusivamente femininos (como vestiários), participar em esportes femininos - onde elas possuem [[Mulheres trans em esportes femininos|vantagens injustas]] -, a relacionamentos com lésbicas etc. Apesar de a maior parte do público poder considerar essas posições como minimamente sensatas, levando em conta que uma "mulher trans" pode ter uma anatomia masculina intacta, ativistas transgênero veem todos esses tipos de "exclusão" como inaceitáveis.<br />
<br />
Um termo associado de maneira próxima a esse é ''SWERF'', que supostamente significa ''Sex-Worker-Exclusionary Radical Feminist'' (inglês para "Feminista Radical Exclusionária de Trabalhadoras do Sexo") e é usado para referir-se àquelas pessoas que veem a indústria sexual (prostituição, pornografia etc.) como altamente exploratória e sexista. Assim como ''TERF'', esse termo é quase sempre proferido como uma ofensa e para deturpar a posição política do indivíduo contra a qual ele é usado. Ironicamente, algumas dessas pessoas chamadas de ''SWERF'' são comumente mulheres que trabalharam na prostituição e tornaram-se ativistas anti-prostituição como resultado de suas próprias experiências como as chamadas "trabalhadoras do sexo".<br />
<br />
== História ==<br />
<br />
=== Origem ===<br />
<br />
O uso mais antigo do termo foi feito por Viv Smythe aka "tigtog" em um ''blog post'' de 2008.<ref name=terf-origin/> Ela defendeu o termo em 2018, num artigo para o The Guardian.<ref name=guardian-smythe/> Ativistas transgênero frequentemente tentam defender o tempo sob a justificativa de que Viv Smythe é uma mulher que alega ser feminista radical, e parece ter usado o termo pela primeira vez de uma maneira que não é depreciativa. Obviamente, as origens benignas do termo não implicam que ele não possa evoluir de forma a tornar-se uma ofensa.<br />
<br />
=== A evolução para discurso de ódio ===<br />
<br />
[[File:Mya-byrne-punches-terfs.jpg|thumb|right|200px|Não é de forma alguma uma ofensa!]]<br />
<br />
A evolução do termo de 2008 até o início e meados dos anos 2010 não foi bem documentada. Em sua maior parte, feministas tiveram que defrontar o termo em redes sociais, onde ele passou a ser regularmente usado para rebaixar as suas posições políticas. Em julho de 2014, o site [https://www.feministcurrent.com/ Feminist Current] publicou dois artigos que faziam referênciam ao termo. O primeiro, escrito por C. K. Egbert e entitulado ''Defending the 'TERF': Gender as political'' ("Defendendo o 'TERF': Gênero como política", em tradução livre do inglês) explica e defende a teoria política por trás das ideias defendidas por feministas que são chamadas de "terf".<ref name=fc-egbert/> O segundo, escrito por [[Sarah Ditum]] e entitulado ''How 'TERF' works'' ("Como o 'TERF' funciona", em tradução livre do inglês), analisa brevemente a situação na qual uma mulher é pressionada a retratar uma declaração em oposição à violência contra a mulher, sob a justificativa de que a declaração veio originalmente de uma feminista que é considerada uma "terf".<ref name=fc-ditum/> Como o Feminist Current é altamente elogiado por feministas radicais, a sua decisão de apoiar as mulheres que foram chamadas de "terf" pode ser vista como um momento decisivo.<br />
<br />
Em agosto de 2014, Vice publicou um artigo intitulado ''I Am Now Officially a Transphobic Twitter Troll'' - "Agora Sou Oficialmente um Troll Transfóbico do Twitter", em tradução livre do inglês - (subtítulo: ''At least according to the 'Block Bot' I am'', ou "Pelo menos, de acordo com o 'Block Bot' eu sou"), do autor Martin Robbins.<ref name=vice-robbins/> No artigo, Robbins fala sobre como o projeto do "Block Bot" no Twitter, que foi criado para ajudar as pessoas a evitarem ''trolls'' abusivos, incluiu autoras e jornalistas feministas como [[Caroline Criado-Perez]] e [[Helen Lewis]] entre as pessoas que deveriam ser bloqueadas. Ironicamente, Lewis parece ter sido incluída na lista por reclamar sobre ''trolls'' abusivos, já que como "evidência" para bani-la incluem-se objeções a ''tweets'' como "kill TERFS" ("matem TERFS"), "burn TERFS" ("queimem TERFS") ou piadas odiosas como "what's better than 1 dead terf? 2 dead terfs" ("o que é melhor que 1 terf morta? 2 terfs mortas").<br />
<br />
Outro artigo do Feminist Current defendendo as pessoas chamadas por essa ofensa foi publicado em novembro de 2015, escrito por [[Penny White]] e entitulado ''Why I no longer hate 'TERFs''' ("Porque eu não mais odeio 'TERFs'", em tradução livre do inglês).<ref name=fc-white/> No artigo, White explica como ela própria costumava acreditar que as chamadas "TERFs" mereciam ser desprezadas, mas mudou de opinião após começar a olhar com mais cuidado para esse problema. Essa experiência parece repetir-se entre muitas mulheres e alguns homens socialmente liberais na atualidade, que começaram sendo apoiadores do movimento transgênero para depois tornarem-se céticos após experiências e observações negativas, por fim levando-os a também serem denominados de "terf" e desprezados por ativistas transgênero e seus aliados. Após isso, o Feminist Current começou a publicar artigos críticos do movimento transgênero com frequência, muito para o enraivecimento dos ativistas transgênero.<br />
<br />
Em junho de 2017, o ativista transgênero [https://en.wikipedia.org/wiki/Mya_Byrne Mya Byrne] foi a San Francisco Pride Parade com uma camiseta com o escrito "I PUNCH TERFS" ("EU SOCO TERFS", em tradução do inglês), decorada com uma grande mancha de sangue falso. Byrne fez o ''upload'' de uma ''selfie'' sua vestindo a camiseta na parada e com o subtítulo "This is what gay liberation looks like #pride #yesallterfs" (inglês para "Isto é o que a liberação ''gay'' parece #orgulho #simtodasasterfs"), o que ocasionou muitas reações negativas.<ref name=fc-tra-violence/> A camiseta seria mais tarde exibida em uma "exposição de arte" na San Francisco Public Library, montada pelo grupo de ativismo trans ''The Degenderettes''. Após reclamações, a biblioteca removeu a camiseta da exibição, apesar de que itens similares mostrando uma mentalidade violenta permaneceram, como um taco de beisebol enrolado com um arame farpado e pintado nas cores da bandeira de orgulho transgênero.<ref name=fc-tra-violence/><br />
<br />
[[File:Sonicfox.png|thumb|right|300px|O ''tweet'' de Dominique McLean glorificando a violência contra as mulheres.]]<br />
<br />
Em abril de 2019, o ''video gamer'' profissional Dominique McLean aka [https://en.wikipedia.org/wiki/SonicFox SonicFox] realizou o ''upload'' de um vídeo no Twitter com a legenda "what I do to terfs" ("o que eu faço com terfs"), no qual um personagem de ''video game'' atinge o pescoço de uma personagem com tanta força que a pele do pescoço dela sai, enquanto a câmera mostra o seu rosto agonizante. McLean pode ser ouvido gritando "terf!" em seu microfone juntamente com cada golpe dado na personagem, no que faz lembrar um linchamento.<ref name=sonicfox/> O ''tweet'' ganhou centenas de milhares de visualizações e milhares de ''retweets'' e curtidas.<br />
<br />
O ''tweet'' de McLean tornou-se ainda pior pelo fato de que esse ódio não é somente direcionado a uma personagem "terf" imaginária, mas à voz da atriz por trás da personagem, [https://pt.wikipedia.org/wiki/Ronda_Rousey Ronda Rousey]. Rousey, que é uma lutadora de MMA (artes marciais mistas), é considerada uma "TERF" por ter dito, com palavras bruscas, que é injusto o lutador de MMA do sexo masculino [[Mulheres trans em esportes femininos#Fallon_Fox|Fallon Fox]] competir contra mulheres.<ref name=rousey-fox/><ref name=rousey-marysue/><ref name=rousey-reddit/> Um ano após a declaração de Rousey, a lutadora de MMA Tamikka Brents sofreu uma concussão e uma fratura do osso orbital durante uma luta contra Fallon Fox,<ref name=fallon-fox/> mas isso não parece ter mudado a opinião dos ativistas trans.<br />
<br />
Após o ''tweet'' de McLean ter sido denunciado por discurso de ódio, o Twitter inicialmente decidiu que ele [[:File:Sonicfox2.png|não quebrava as suas regras]]. Somente após repetidos protestos e várias outras denúncias o Twitter reagiu, removendo o ''tweet'' e emitindo a SonicFox um banimento de meras 24 horas.<br />
<br />
No final de 2019, uma tendência nas redes sociais denominada "POV you're a TERF in my mentions" ("ponto de vista de você ser uma TERF nas minhas menções") teve início, na qual ativistas trans posavam com uma arma (taco de beisebol, espada, machete ou outras), às vezes preparando-se para golpear ou mostrando-os no meio de um golpe, tiradas como se fossem [https://en.wikipedia.org/wiki/Point-of-view_shot uma fotografia de ponto de vista] e com a legenda "POV you're a TERF in my mentions" ("ponto de vista de você ser uma TERF nas minhas menções"), ou alguma variação.<ref name=pov-terf/> As fotografias supostamente representam o ponto de vista de uma "TERF" sendo agredida pela pessoa retratada. Em outras palavras, mulheres chamadas de "TERF" que olham para a foto deveriam imaginar a si próprias sendo violentamente agredidas.<br />
<br />
=== Vandalismos, assédios e agressões na vida real ===<br />
<br />
Em fevereiro de 2017, a recém-aberta Vancouver Women's Library foi recebida por um pequeno grupo de vândalos, incluindo uma pessoa que era claramente do sexo masculino e que alegava ser uma trabalhadora do sexo. Eles arrancaram um pôster, derramaram vinho em um livro e assediaram aqueles que tentaram participar da cerimônia de abertura do estabelecimento. A justificativa que deram foi de que a biblioteca incluía livros que eles diziam supostamente apoiar a ideologia "TERF" e "SWERF".<ref name=vwl/><br />
<br />
<youtube dimensions=500 alignment=right description="A agressão de Tara Wolf a Maria MacLachlan (September 13th, 2017)" container=frame><br />
https://www.youtube.com/watch?v=9_d3ozhSE-U<br />
</youtube><br />
<br />
Em setembro de 2017, um grupo de feministas quis marcar uma reunião para discutir as mudanças propostas pelo [https://www.feministcurrent.com/2018/09/14/never-mind-reforming-gender-recognition-act-theres-no-need-gender-recognition-certificates/ Gender Recognition Act] (GRA), na biblioteca comunitária [https://newxlearning.org/ New Cross Learning] de Londres. A biblioteca teve de cancelar o evento após o assédio de ativistas transgênero. As organizadoras da reunião decidiram encontrar-se na Speakers' Corner, antes de ir ao novo local da reunião, que não havia sido anunciado de forma a protegê-lo de assédio. Na Speakers' Corner, elas foram recebidas por um grupo de ativistas transgênero gritando frases como "when TERFs attack, we fight back" ("quando TERFs atacam, nós revidamos", em inglês). Maria MacLachlan, que estava filmando os protestantes com a sua câmera digital, foi atacada por uma pessoa vinda do grupo de ativistas trans e que então tentou tomar a sua câmera. Após não ter sucesso, o atacante correu para trás de seus amigos, e MacLachlan tentou aproximar-se do grupo para filmar o seu rosto com a câmera. Vários dos ativistas começaram a agredi-la nesse momento. Um dos agressores, que após o evento revelou-se ser Tara Wolf, foi acusado de agressão física. Anteriormente ao evento, ele havia postado que queria "f*der com algumas terfs" em uma rede social. Esse evento pode ser considerado como um marco do ódio crescente que ativistas transgênero demonstram contra feministas, já que nenhuma outra agressão havia sido documentada claramente com relação à ofensa "TERF", e o evento ganhou atenção generalizada nas notícias, sendo coberto pelo The Guardian,<ref name=standard/> The New Statesman,<ref name=statesman1/><ref name=statesman2/> The Telegraph,<ref name=telegraph/> The Times,<ref name=times1/><ref name=times2/> The Evening Standard,<ref name=standard/> e pelo Daily Mail.<ref name=dailymail/> Foi também, é claro, coberto pelo Feminist Current.<ref name=fc1/><ref name=fc2/> Como resultado do evento, muitos ativistas transgênero defenderam e até mesmo celebraram a agressão, levando Meghan Murphy a publicar o texto [https://www.feministcurrent.com/2017/09/21/terf-isnt-slur-hate-speech/ '''TERF' isn't just a slur, it's hate speech''] ("TERF não é só uma ofensa, é discurso de ódio"). Algumas publicações, ao defender os ativistas transgênero, tentaram alegar que o agressor estava na verdade agindo em legítima defesa, e tentaram provar essa alegação através do ''upload'' de cortes cuidadosamente editados da gravação mostrando a agressão,<ref name=planettrans/> ou descrevendo a agressão como "revidando contra ''bullies''" que "provocaram" os ativistas transgênero (ao terem opiniões das quais estes não gostaram, presumivelmente).<ref name=queerness/><br />
<br />
Em dezembro de 2018, a advogada de defesa dos direitos humanos, Prof. [[Rosa Freedman]], encontrou a porta de seu escritório coberta com urina após participar de debates relacionados às mudanças propostas ao Gender Recognition Act do Reino Unido. Ela também alegou ter sido chamada de uma "nazista" (ela é judia) que "deveria ser estuprada" (ela é uma sobrevivente de violência sexual) e de receber telefonemas abusivos anônimos.<ref name=freedman/><br />
<br />
Em 2018, o ativista transgênero Dana Rivers foi a julgamento por homicídio triplo.<ref name=rivers/> As vítimas eram um casal de lésbicas e o seu filho adotivo. Rivers esfaqueou e atirou nas vítimas, antes de tentar colocar fogo em sua casa, em novembro de 2016. Ainda não está claro se Rivers foi motivado pelo ódio contra feministas e lésbicas disseminado por ativistas transgênero. Rivers era, no entanto, membro do grupo [https://en.wikipedia.org/wiki/Camp_Trans Camp Trans], que foi criado para protestar a regra de apenas mulheres poderem participar do Michigan Womyn's Music Festival (aka MichFest).<ref name=camptrans/> A Autostraddle descreveu Rivers como um "ativista transgênero muito conhecido".<ref name=autostraddle/><br />
<br />
Em junho de 2019, [[Julie Bindel]] foi fisicamente agredida por uma pessoa do sexo masculino após dar um discurso sobre a violência de homens contra mulheres, na Universidade de Edimburgo, junto com a Prof. Rosa Freedman.<ref name=edinburgh/> "Ele estava gritando e reclamando e esbravejando, 'você é uma p*** do c******, você é uma cadela do c******, uma Terf do c******' e outras coisas. Estávamos tentando andar até o táxi para levar-nos até o aeroporto, e então ele apenas saltou em minha direção e quase me deu um soco no rosto, mas um segurança afastou-o de mim". Essa pessoa do sexo masculino, que diz se chamar "[[Cathy Brennan]]" (por causa da advogada lésbica e feminista radical de mesmo nome, a quem ele despreza), já havia chamado a atenção em redes sociais por [[:File:Joe-brennan-twitter.jpg|defender agressões físicas]] contra feministas em paradas de Orgulho Gay.<br />
<br />
Em 16 de agosto de 2019, a conta no Facebook do [[Vancouver Rape Relief and Women's Shelter]] relatou que um rato mortou havia sido pregado na moldura de sua porta.<ref name=vrr-fb/> Em 26 de agosto, a sua conta no Twitter seguiu relatando que as suas portas e janelas haviam sido vandalizadas com frases como "FUCK TERFS" ("FODAM COM AS TERFS") e "KILL TERFS" ("MATEM AS TERFS"), assim como "TRANS POWER" ("PODER TRANS").<ref name=vrr-twitter/> O repetido assédio e vandalismos chamaram a atenção local e nacional.<ref name=vrr-vancouverisawesome/><ref name=vrr-nationalreview/><ref name=vrr-citynews/><br />
<br />
=== Galeria ===<br />
<br />
<gallery caption="Discussão sobre o ''tweet'' de ódio de McLean" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Sonicfox3.jpg | McLean defendendo o seu ''tweet'' sob a alegação de que Ronda Rousey é uma "TERF" e, como tal, é merecedora desse desprezo violento.<br />
File:Sonicfox-copycat1.png | Uma imitação do ''tweet'' mostrando outra personagem de ''video game'' morrendo brutalmente, e com a legenda "FUCK TERFS" ("FODAM COM AS TERFS").<br />
File:Sonicfox-copycat2.png | Outra imitação do ''tweet''. O GIF é do personagem de [https://en.wikipedia.org/wiki/Mortal_Kombat_11 Mortal Kombat 11] [https://en.wikipedia.org/wiki/Scorpion_(Mortal_Kombat) Scorpion] queimando viva a sua oponente.<br />
</gallery><br />
<br />
<gallery caption="Assédio e vandalismo ao Vancouver Rape Relief" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Vrr-vandalism1.jpg | Um rato morto pregado à moldura da porta do VRR.<br />
File:Vrr-vandalism2.jpg | O texto "KILL TERFS ... TRANS POWER" ("MATEM AS TERFS ... PODER TRANS") escrito na janela.<br />
File:Vrr-vandalism3.jpg | As frases "FUCK TERFS" ("FODAM COM AS TERFS") e "TRANS WOMEN ARE WOMEN" ("MULHERES TRANS SÃO MULHERES") escritas na porta e na janela.<br />
</gallery><br />
<br />
<gallery caption="Alguns exemplos de ''tweets'' usando 'terf'" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Terf-gallery-1.png | "terf isn't a slur ... terfs don't deserve rights" ("terf não é uma ofensa ... terfs não merecem direitos").<br />
File:Terf-gallery-2.jpg | "All terfs will be arrested on sight" ("Todas as terfs serão presas à vista").<br />
File:Terf-gallery-3.jpg | "It's [https://en.wikipedia.org/wiki/Gay_pride#LGBT_Pride_Month Pride] punch a terf" ("É o Orgulho soque uma terf").<br />
File:Terf-gallery-4.png | Colocando 'terf' logo ao lado de 'nazista'.<br />
File:Terf-gallery-5.png | [https://en.wikipedia.org/wiki/Arthur_Chu Arthur Chu] defendendo o discurso de ódio de SonicFox.<br />
File:Terf-gallery-6.png | "Being a TERF is a choice. Like being a Nazi" ("Ser uma TERF é uma escolha. Assim como ser um nazista").<br />
</gallery><br />
<br />
== Análise do termo ==<br />
<br />
O acrônimo original pode ser dividido em duas metades: "feminista radical" e "trans-exclusionária". Apesar de muitas pessoas chamadas por esse termo não se considerarem feministas radicais, os seus ideais muito frequentemente alinham-se com o [https://pt.wikipedia.org/wiki/Feminismo_radical feminismo radical], tornando essa parte um tanto acurada. A parte "trans-exclusionária", no entanto, é um pouco ambígua, e seu significado parece mudar de acordo com a vontade da pessoa que usa o termo.<br />
<br />
Quando aquele que usa o termo quer justificá-lo como uma descrição objetiva e acurada, ele usará definições simplistas e banais de "exclusão" que se aplicam facilmente a maioria das pessoas contra as quais o termo é utilizado. Exemplos disso podem incluir:<br />
<br />
* Querer que mulheres trans com vantagens anatômicas injustas sejam excluídas de esportes femininos;<br />
* Querer que mulheres trans com anatomia masculina evidente (como genitais masculinos intactos) sejam excluídas de espaços privativos segregados por sexo, como em vestiários;<br />
* Não considerar que mulheres trans sejam ''literalmente'' mulheres, ao apontar que a definição no dicionário de mulher é de um "humano adulto do sexo feminino";<br />
* Querer excluir mulheres trans de alguns grupos políticos que querem ter foco nas lutas únicas às pessoas nascidas com anatomia feminina;<br />
* Querer que crimes cometidos por mulheres trans não sejam registrados como tendo sido cometido por mulheres, especialmente porque os padrões criminosos de mulheres trans parecem mais compatíveis com os padrões criminosos de homens,<ref name=dhejne/> que cometem a vasta maioria dos crimes violentos, especialmente os de natureza sexual.<ref name=wpcrime/><br />
<br />
[[File:Theterfs-delusion.png|thumb|right|500px|Algumas das mentiras hiperbólicas que ativistas trangênero usam para justificar o ódio a feministas]]<br />
<br />
No entanto, uma vez que o termo "TERF" é aplicado a alguém com base nessa pessoa possuir as opiniões supracitadas (que muitas pessoas, inclusive as que não são feministas, concordariam ser sensatas), a definição de "exclusão" é rapidamente alterada para justificar expressões de ódio. Às vezes, o "trans-exclusionária" é até mesmo alterado hiperbolicamente para "trans-exterminatória", de forma a aumentar o seu efeito indutor de pânico. O ''site'' [http://theterfs.com/ ''The TERFs''] chega até mesmo a alegar que pessoas rotuladas como "TERF" querem:<br />
<br />
* Excluir pessoas trans do acesso a moradia (torná-las sem teto);<br />
* Excluir pessoas trans do acesso a emprego (torná-las desempregadas);<br />
* Excluí-las do acesso a educação;<br />
* Excluí-las do acesso a igualdade de acomodação;<br />
* Excluí-las das proteções locais, estaduais, nacionais e das Nações Unidas (!).<br />
<br />
Como tais, as mulheres chamadas de "TERF" são representadas menos como mulheres que simplesmente querem defender os direitos das mulheres baseados em sexo e mais como monstros facistas, o que é então usado para incitar ódio e violência contra elas. É também notável como a exclusão de mulheres trans (de espaços exclusivos para mulheres etc.) torna-se aqui uma suposta exclusão de todas as pessoas trans (do que quer que seja). Na verdade, mulheres chamadas de "TERF" frequentemente dirão de maneira explícita que homens trans são bem-vindos em seus grupos, já que homens trans também sofrem as opressões que todas as mulheres sofrem desde o nascimento. <br />
<br />
A estratégia de ativistas transgêneros de usar definições simples de "TERF" para fazer esse termo parecer acurado, para então distorcer a sua definição para justificar o ódio, é bastante similar à estratégia "troll" que foi observada pelo filósofo Nicholas Shackel, e denominada ''Doutrina de Motte e Bailey'' em um artigo intitulado [https://philpapers.org/archive/SHATVO-2.pdf ''The Vacuity of Postmodernist Methodology''] ("A Vacuidade da Metodologia Pós-Modernista", em tradução livre do inglês):<br />
<br />
<blockquote><em><br />
"Os Truísmos de um Troll são usados para insinuar uma falsidade emocionante, que é uma doutrina desejada, e ainda assim permitir a retirada para uma verdade trivial quando pressionado por um oponente. Ao fazer isso eles exibem uma propriedade que os torna o caso mais simples possível do que eu chamarei de uma Doutrina de Motte e Bailey (já que uma doutrina pode ser uma única crença ou um corpo inteiro de crenças).<br />
<br />
Um castelo de Motte e Bailey é um sistema medieval de defesa no qual uma torre de pedra numa colina (o Motte) é cercado por uma área de terra (o Bailey), a qual por sua vez é envolta por algum tipo de barreira, como uma vala. Por ser escura e úmida, a Motte não é uma habitação de escolha. A única razão para a sua existência é a desirabilidade do Bailey, cuja combinação da Motte e da vala torna relativamente fácil de reter, apesar dos ataques de saqueadores. Quando somente levemente pressionada, a vala torna fácil a derrota de um pequeno número de atacantes enquanto esses tentam atravessá-la: quando fortemente pressionada, a vala não é defensável, e nem o Bailey. Ao invés disso, a pessoa recuará para a insalubre, mas defensável, e talvez inexpugnável, Motte. Eventualmente, os saqueadores desistem, quando alguém está bem posicionado para reocupar a terra desejável.<br />
<br />
Para os meus propósitos, o desejável, mas somente levemente defensável território do castelo de Motte e Bailey, o que quer dizer, o Bailey, representa uma doutrina ou posição filosófica com propriedades similares: desejável ao seu proponente mas somente levemente defensável. A Motte é a posição defensável, mas indesejável, à qual alguém recua quando fortemente pressionado. Acredito ser evidente que os Truísmos de um Troll possuem a propriedade de Motte e Bailey, já que as falsidades emocionantes constituem a região desejável, mas indefensável, dentro da vala na qual a verdade trivial constitui a Motte defensável, mas úmida, à qual alguém se retira quando pressionado."<br />
</em></blockquote><br />
<br />
No nosso caso, a ''Motte'' é uma declaração facilmente defensável, como: ''"Você não considera mulheres trans como literalmente mulheres, logo, você é trans-exclusionária, o que a torna uma TERF"''. Enquanto o ''Bailey'' é: ''"Você quer excluir pessoas trans do acesso a moradia e emprego e, logo, tenho justificativa para odiar você fortemente!"''<br />
<br />
Esse também poderia ser chamado de argumento "isco-e-troca", na qual alguém é "iscado" a concordar com a declaração de que alguém é uma "TERF" através da utilização de uma definição simplista de "exclusão trans", para então essa definição ser alterada para algo ruim, de forma a justificar expressões de ódio.<br />
<br />
=== Inspeção das alegações em ''The TERFs'' ===<br />
<br />
[[File:Theterfs-logo.png|thumb|right|300px|Logotipo real do TheTERFs.com: Rabiscos pretos malignos]]<br />
<br />
It should be noted that ''The TERFs'' offers little more than out-of-context quotes from several decades ago as "evidence" for its hyperbolic claims regarding so-called "TERF" ideology. It also showcases a small number of cherry-picked tweets, half of which are from right-wing sources that also happen to oppose the transgender movement, which trans activists claim proves that feminists are secretly allied with them in a big conspiracy. (This line of thinking is often ridiculed as: "Hitler was a vegetarian, therefore vegetarians are Nazis.")<br />
<br />
Regarding supposed evidence of "real-life violence motivated by TERF ideology," the website lists six examples, of which three don't actually present any violence. Those which do, relate to incidences from several decades ago, in which women tried to evict transwomen from female-only groups or spaces, using physical force or face-to-face threats. Since women are expected to be always nice and passive towards males, even when trying to form radical feminist groups and keep males out of them, this is of course seen as unacceptable. Two examples are about verbal threats, which is a run-of-the-mill experience for feminists opposing transgender activists, and the last one is about the deaths of trans people that are ''assumed'' to be related to lack of access to health care, which to be very blunt has fuck-all to do with feminist ideologies.<br />
<br />
To summarize: there is not a single documented instance of a feminist group going up to a transgender group to assault or threaten them. Any claims of "violence by TERFs" refer either to women trying to evict transwomen from female-only spaces, extremely rare verbal threats, and lots and lots of fabrication. In comparison, transgender activists have gone to women's libraries to vandalize them,<ref name=vwl/> went to feminist meetings to assault women,<ref name=fc1/><ref name=fc2/> appeared with face masks at feminist conferences to intimidate women,<ref name=jamjar/> and the ubiquitous verbal abuse they send in the direction of women fills up [https://terfisaslur.com/ a whole website] set up solely to archive it.<br />
<br />
=== The term 'SWERF' ===<br />
<br />
The word ''SWERF'' is a close relative to ''TERF'' and is applied in a similarly dishonest, misrepresenting way. Women (and men who care about women's rights) who are critical of the sex industry for its exploitative nature are accused of being "sex-worker exclusionary" in an attempt to make them seem hateful towards an oppressed group.<br />
<br />
In fact, the people slurred as "SWERF" tend to be supporters of the [[Nordic Model]] against prostitution, which sees a high-quality welfare system as a necessary component in tackling prostitution, and in alleviating problems faced by women who would otherwise choose to do prostitution out of economic desperation. Further, many of those slurred "SWERF" tend to be women who worked in prostitution themselves.<br />
<br />
Notably, one of the biggest anti-prostitution and anti-pornography feminists [[Andrea Dworkin]] was an ex-prostitute herself, and not ashamed of admitting so. Another notable example is [[Rachel Moran]], who was in prostitution between the ages of 15 and 22, only to become one of the most notable anti-prostitution, pro-Nordic Model activists in recent years.<br />
<br />
== See also ==<br />
<br />
* [[Transgender ideology]]<br />
<br />
=== External links ===<br />
<br />
* [https://terfisaslur.com/ terfisaslur.com - Documenting the abuse, harassment and misogyny of transgender identity politics]<br />
* [https://www.feministcurrent.com/tag/terf/ TERF Archives | Feminist Current]<br />
* [https://speakupforwomen.nz/dont-call-women-terfs/ Don't Call Women 'Terfs' | Speak Up for Women NZ]<br />
* [https://medium.com/@amydyess83/terf-is-hate-speech-and-its-time-to-condemn-it-6efc897ce407 TERF Is Hate Speech and It’s Time to Condemn It]<br />
<br />
== References ==<br />
<br />
<references><br />
<br />
<ref name=terf-origin><br />
{{cite web<br />
|url=https://hoydenabouttown.com/2008/08/17/carnivalia-transgenderism-and-the-gender-binary/<br />
|title=Carnivalia, transgenderism and the gender binary<br />
|author=Viv Smythe (aka tigtog)<br />
|date=August 17, 2008<br />
|website=Hoyden About Town<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=guardian-smythe><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.theguardian.com/commentisfree/2018/nov/29/im-credited-with-having-coined-the-acronym-terf-heres-how-it-happened<br />
|title=I'm credited with having coined the word 'Terf'. Here's how it happened<br />
|author=Viv Smythe (aka tigtog)<br />
|date=November 28, 2018<br />
|website=The Guardian<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-egbert><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2014/07/16/defending-the-terf-gender-as-political/<br />
|title=Defending the ‘TERF’: Gender as political<br />
|author=C.K. Egbert<br />
|date=July 16, 2014<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-ditum><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2014/07/29/how-terf-works/<br />
|title=How ‘TERF’ works<br />
|author=Sarah Ditum<br />
|date=July 29, 2014<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vice-robbins><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.vice.com/en_uk/article/7bap7y/whats-the-block-blot-martin-robbins-757<br />
|title=I Am Now Officially a Transphobic Twitter Troll<br />
|author=Martin Robbins<br />
|date=August 8, 2014<br />
|website=Vice<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-white><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2015/11/10/why-i-no-longer-hate-terfs/<br />
|title=Why I no longer hate ‘TERFs’<br />
|author=Penny White<br />
|date=November 10, 2015<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-tra-violence><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2018/05/01/trans-activism-become-centered-justifying-violence-women-time-allies-speak/<br />
|title=Trans activism is excusing & advocating violence against women, and it’s time to speak up<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=May 1, 2018<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=sonicfox><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2019/05/welcome-age-ironic-bigotry-where-old-hatreds-are-cloaked-woke-new-language<br />
|title=Welcome to the age of ironic bigotry, where old hatreds are cloaked in woke new language<br />
|author=Helen Lewis<br />
|date=May 1, 2019<br />
|website=The New Statesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-fox><br />
{{cite web<br />
|url=https://bleacherreport.com/articles/1651451-ronda-rousey-vs-fallon-fox-head-to-toe-breakdown<br />
|title=Ronda Rousey vs. Fallon Fox Head-to-Toe Breakdown<br />
|author=Jordy McElroy<br />
|date=May 25, 2013<br />
|website=Bleacher Report<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-marysue><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.themarysue.com/ronda-rousey-and-transmisogyny/<br />
|title=When Role Models Become Problematic: Ronda Rousey and Transmisogyny<br />
|author=Teresa Jusino<br />
|date=August 3, 2015<br />
|website=The Mary Sue<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fallon-fox><br />
{{cite web<br />
|url=https://archive.is/yZfcs<br />
|title=After Being TKO’d by Fallon Fox, Tamikka Brents Says Transgender Fighters in MMA ‘Just Isn’t Fair’<br />
|website=Cage Potato<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-reddit><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.reddit.com/r/GamerGhazi/comments/ah4120/celebrity_terf_ronda_rousey_to_play_sonya_blade/<br />
|title=Celebrity TERF Ronda Rousey to play Sonya Blade in Mortal Kombat 11<br />
|website=reddit<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=pov-terf><br />
{{cite web<br />
|url=https://web.archive.org/web/20191019184351/https://radfemrebecca.wordpress.com/2019/10/06/terfinmymentions/amp/<br />
|title=“This is what I want to do to you” – Dissecting the ‘POV ur a TERF in my mentions’ trend.<br />
|author=Rebecca<br />
|date=October 6, 2019<br />
|website=radfemrebecca.wordpress.com<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vwl><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2017/02/07/vancouver-womens-library-opens-amid-anti-feminist-backlash/<br />
|title=Vancouver Women’s Library opens amid anti-feminist backlash<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=February 7, 2017<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=guardian><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.theguardian.com/uk-news/2017/oct/26/woman-punched-in-brawl-between-transgender-activists-and-radical-feminists<br />
|title=Suspects sought after brawl between transgender activists and radical feminists<br />
|author=Press Association<br />
|date=October 26, 2017<br />
|website=The Guardian<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=statesman1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2018/04/madness-our-gender-debate-where-feminists-defend-slapping-60-year-old<br />
|title=The madness of our gender debate, where feminists defend slapping a 60-year-old woman<br />
|author=Helen Lewis<br />
|date=April 20, 2018<br />
|website=NewStatesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=statesman2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2017/09/trans-rights-terfs-and-bruised-60-year-old-what-happened-speakers-corner<br />
|title=Trans rights, TERFs, and a bruised 60-year-old: what happened at Speakers’ Corner?<br />
|author=Anoosh Chakelian<br />
|date=September 14, 2017<br />
|website=NewStatesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=telegraph><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.telegraph.co.uk/news/2018/04/12/radical-feminist-warned-refer-transgender-defendant-assault/<br />
|title=Radical feminist warned to refer to transgender defendant as a 'she' during assault case<br />
|author=Victoria Ward<br />
|date=April 12, 2018<br />
|website=The Telegraph<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=times1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.thetimes.co.uk/article/transgender-activist-denies-thumping-radical-feminist-wvzgq6fx7<br />
|title=Transgender activist Tara Wolf denies thumping radical feminist<br />
|author=Lucy Bannerman<br />
|date=April 12, 2018<br />
|website=The Times<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=times2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.thetimes.co.uk/article/trans-attacker-tara-wolf-is-a-thug-says-feminist-maria-maclachlan-pq0bwvthv<br />
|title=Trans attacker is a thug, says feminist<br />
|author=Lucy Bannerman<br />
|date=April 14, 2018<br />
|website=The Times<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=standard><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.standard.co.uk/news/crime/transgender-activist-tara-wolf-fined-150-for-assaulting-exclusionary-radical-feminist-in-hyde-park-a3813856.html<br />
|title=Transgender activist Tara Wolf fined £150 for assaulting 'exclusionary' radical feminist in Hyde Park<br />
|author=Martin Coulter<br />
|date=April 13, 2018<br />
|website=EveningStandard<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=dailymail><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.dailymail.co.uk/news/article-5613057/Model-punched-feminist-smashed-120-camera-violent-brawl-walks-free-court.html<br />
|title=Transgender model who punched feminist and smashed her £120 camera in violent brawl at Hyde Park Speakers' Corner protest walks free from court<br />
|author=Bridie Pearson-jones<br />
|date=April 13, 2018<br />
|website=MailOnline<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2017/09/15/historic-speakers-corner-becomes-site-anti-feminist-silencing-violence/<br />
|title=Historic Speaker’s Corner becomes site of anti-feminist silencing and violence<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=September 15, 2017<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2018/04/27/trans-identified-male-tara-wolf-charged-assault-hyde-park-attack/<br />
|title=Trans-identified male, Tara Wolf, convicted of assault after Hyde Park attack<br />
|author=Jen Izaakson<br />
|date=April 27, 2018<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rivers><br />
{{cite web<br />
|url=https://sanfrancisco.cbslocal.com/2018/03/07/transgender-activist-trial-oakland-triple-murder/<br />
|title=Transgender Activist Ordered To Stand Trial For Oakland Triple Murder<br />
|date=March 7, 2018<br />
|website=CBS SF BayArea<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=camptrans><br />
{{cite web<br />
|url=http://eminism.org/michigan/20000812-camptrans.txt<br />
|title='MICHIGAN EIGHT' EVICTED OVER FESTIVAL'S NEW 'DON'T ASK DON'T TELL' GENDER POLICY<br />
|date=August 12, 2000<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=autostraddle><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.autostraddle.com/more-bad-news-oakland-lesbian-couple-and-their-son-brutally-murdered-by-former-lgbt-activist-359026/<br />
|title=Oakland Lesbian Couple and Their Son Murdered By Former LGBT Activist<br />
|author=Riese<br />
|date=November 16, 2016<br />
|website=Autostraddle<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=edinburgh><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.scotsman.com/news/crime/feminist-speaker-julie-bindel-attacked-by-transgender-person-at-edinburgh-university-after-talk-1-4942260<br />
|title=Feminist speaker Julie Bindel 'attacked by transgender person' at Edinburgh University after talk<br />
|author=Gina Davidson<br />
|date=June 6, 2019<br />
|website=The Scotsman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=planettrans><br />
{{cite web<br />
|url=https://planettransgender.com/when-terf-attack-at-hyde-park/<br />
|title=Trans Activists Vilified For Defense against TERF Attack at Hyde Park<br />
|author=Kelli Busey<br />
|date=September 18, 2017<br />
|website=Planet Transgender<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=queerness><br />
{{cite web<br />
|url=https://thequeerness.com/2017/09/29/trial-by-media-over-speakers-corner-fracas/<br />
|title=Trial by media over Speakers’ Corner fracas<br />
|author=Sam Hope<br />
|date=September 29, 2017<br />
|website=The Queerness<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=jamjar><br />
{{cite web<br />
|url=https://twitter.com/magdalenberns/status/988003582250291201<br />
|title=Masked transactivists surround woman on stairwell<br />
|author=Magdalen Berns<br />
|date=April 22, 2018<br />
|website=Twitter<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=dhejne><br />
{{cite web<br />
|url=https://fairplayforwomen.com/criminality/<br />
|title=Study suggests that transwomen exhibit a male pattern of criminality<br />
|date=September 8, 2018<br />
|website=Fair Play For Women<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=wpcrime><br />
{{cite web<br />
|url=https://en.wikipedia.org/wiki/Sex_differences_in_crime#Statistics<br />
|title=Sex differences in crime<br />
|website=Wikipedia<br />
|access-date=May 31, 2019<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=freedman><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.bbc.com/news/uk-england-berkshire-46454454<br />
|title=Rosa Freedman: Professor's door 'covered in urine' after gender law debate<br />
|date=December 5, 2018<br />
|website=BBC News<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-fb><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.facebook.com/VancouverRapeRelief/posts/710603379412445<br />
|title=Vancouver Rape Relief & Women's Shelter - Facebook<br />
|date=August 16, 2019<br />
|website=Facebook<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-twitter><br />
{{cite web<br />
|url=https://twitter.com/VanRapeRelief/status/1166426534321647616<br />
|title=VancouverRapeRelief on Twitter<br />
|date=August 26, 2019<br />
|website=Twitter<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-vancouverisawesome><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.vancouverisawesome.com/2019/08/28/vancouver-rape-relief-centre-targeted-vandalism-threats-transgender-controversy/<br />
|title=Vancouver Rape Relief centre targeted with vandalism, threats over transgender controversy<br />
|author=Jessica Kerr<br />
|date=August 28, 2019<br />
|website=Vancouver is Awesome<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-nationalreview><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.nationalreview.com/2019/08/women-only-rape-relief-shelter-defunded-then-vandalized/<br />
|title=Women-Only Rape-Relief Shelter Defunded, Then Vandalized<br />
|author=Madeleine Kearns<br />
|date=August 28, 2019<br />
|website=National Review<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-citynews><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.citynews1130.com/2019/08/27/vancouver-rape-relief-centre-vandalized-likely-over-restrictions-for-transgender-people/<br />
|title=Vancouver Rape Relief centre vandalized, likely over restrictions for transgender people<br />
|author=Jonathan Szekeres and Lauren Boothby<br />
|date=Aug 27, 2019<br />
|website=City News<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
</references></div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=TERF&diff=817TERF2020-02-27T19:50:10Z<p>Deleted: Tradução de mais uma parte do artigo</p>
<hr />
<div>{{PageSeo | description = TERF é uma ofensa usada por ativistas transgênero para depreciar qualquer pessoa que critique esse movimento com base em argumentos feministas.<br />
}}<br />
[[File:Terf-slur-02.png|thumb|300px|Um ''tweet'' típico contendo do termo "TERF"]]<br />
<br />
A palavra '''TERF''' (ou ''terf''; pl. ''terfs'' ou ''terves'') é uma ofensa usada predominantemente por ativistas transgênero e seus aliados contra pessoas que criticam o movimento transgênero com base em argumentos feministas. Como essa ofensa é usada para referir-se a pessoas com argumentos feministas, seu maior alvo costuma ser mulheres. Como tal, ela é normalmente entendida como sendo uma ofensa anti-feminista, sexista e misógina.<br />
<br />
A palavra foi inventada como um acrônimo para ''Trans-Exclusionary Radical Feminist'' (inglês para "Feminista Radical Trans-Exclusionária"), onde a parte "trans-exclusionary" ("trans-exclusionária") refere-se a essas pessoas serem da opinião de que mulheres trans não deveriam ser incluídas dentro da definição feminista de feminilidade, e a parte "radical feminist" ("feminista radical") foi aplicada de maneira neutra para referir-se àquelas pessoas que de fato se descrevem como [https://pt.wikipedia.org/wiki/Feminismo_radical feministas radicais] no seu verdadeiro sentido. Com o tempo, o acrônimo tornou-se um termo ofensivo. Atualmente, a capitalização dessa palavra frequentemente não é feita, e o significado já ambíguo de seu sentido original é inteiramente ignorado. Ainda assim, usuários do termo costumam alegar que se trata de um termo neutro. A parte "trans-exclusionary" ("trans-exclusionária") agora pode se referir a qualquer pessoa que pense que mulheres trans não deveriam poder ter acesso irrestrito a espaços exclusivamente femininos (como vestiários), participar em esportes femininos - onde elas possuem [[Mulheres trans em esportes femininos|vantagens injustas]] -, a relacionamentos com lésbicas etc. Apesar de a maior parte do público poder considerar essas posições como minimamente sensatas, levando em conta que uma "mulher trans" pode ter uma anatomia masculina intacta, ativistas transgênero veem todos esses tipos de "exclusão" como inaceitáveis.<br />
<br />
Um termo associado de maneira próxima a esse é ''SWERF'', que supostamente significa ''Sex-Worker-Exclusionary Radical Feminist'' (inglês para "Feminista Radical Exclusionária de Trabalhadoras do Sexo") e é usado para referir-se àquelas pessoas que veem a indústria sexual (prostituição, pornografia etc.) como altamente exploratória e sexista. Assim como ''TERF'', esse termo é quase sempre proferido como uma ofensa e para deturpar a posição política do indivíduo contra a qual ele é usado. Ironicamente, algumas dessas pessoas chamadas de ''SWERF'' são comumente mulheres que trabalharam na prostituição e tornaram-se ativistas anti-prostituição como resultado de suas próprias experiências como as chamadas "trabalhadoras do sexo".<br />
<br />
== História ==<br />
<br />
=== Origem ===<br />
<br />
O uso mais antigo do termo foi feito por Viv Smythe aka "tigtog" em um ''blog post'' de 2008.<ref name=terf-origin/> Ela defendeu o termo em 2018, num artigo para o The Guardian.<ref name=guardian-smythe/> Ativistas transgênero frequentemente tentam defender o tempo sob a justificativa de que Viv Smythe é uma mulher que alega ser feminista radical, e parece ter usado o termo pela primeira vez de uma maneira que não é depreciativa. Obviamente, as origens benignas do termo não implicam que ele não possa evoluir de forma a tornar-se uma ofensa.<br />
<br />
=== A evolução para discurso de ódio ===<br />
<br />
[[File:Mya-byrne-punches-terfs.jpg|thumb|right|200px|Não é de forma alguma uma ofensa!]]<br />
<br />
A evolução do termo de 2008 até o início e meados dos anos 2010 não foi bem documentada. Em sua maior parte, feministas tiveram que defrontar o termo em redes sociais, onde ele passou a ser regularmente usado para rebaixar as suas posições políticas. Em julho de 2014, o site [https://www.feministcurrent.com/ Feminist Current] publicou dois artigos que faziam referênciam ao termo. O primeiro, escrito por C. K. Egbert e entitulado ''Defending the 'TERF': Gender as political'' ("Defendendo o 'TERF': Gênero como política", em tradução livre do inglês) explica e defende a teoria política por trás das ideias defendidas por feministas que são chamadas de "terf".<ref name=fc-egbert/> O segundo, escrito por [[Sarah Ditum]] e entitulado ''How 'TERF' works'' ("Como o 'TERF' funciona", em tradução livre do inglês), analisa brevemente a situação na qual uma mulher é pressionada a retratar uma declaração em oposição à violência contra a mulher, sob a justificativa de que a declaração veio originalmente de uma feminista que é considerada uma "terf".<ref name=fc-ditum/> Como o Feminist Current é altamente elogiado por feministas radicais, a sua decisão de apoiar as mulheres que foram chamadas de "terf" pode ser vista como um momento decisivo.<br />
<br />
Em agosto de 2014, Vice publicou um artigo intitulado ''I Am Now Officially a Transphobic Twitter Troll'' - "Agora Sou Oficialmente um Troll Transfóbico do Twitter", em tradução livre do inglês - (subtítulo: ''At least according to the 'Block Bot' I am'', ou "Pelo menos, de acordo com o 'Block Bot' eu sou"), do autor Martin Robbins.<ref name=vice-robbins/> No artigo, Robbins fala sobre como o projeto do "Block Bot" no Twitter, que foi criado para ajudar as pessoas a evitarem ''trolls'' abusivos, incluiu autoras e jornalistas feministas como [[Caroline Criado-Perez]] e [[Helen Lewis]] entre as pessoas que deveriam ser bloqueadas. Ironicamente, Lewis parece ter sido incluída na lista por reclamar sobre ''trolls'' abusivos, já que como "evidência" para bani-la incluem-se objeções a ''tweets'' como "kill TERFS" ("matem TERFS"), "burn TERFS" ("queimem TERFS") ou piadas odiosas como "what's better than 1 dead terf? 2 dead terfs" ("o que é melhor que 1 terf morta? 2 terfs mortas").<br />
<br />
Outro artigo do Feminist Current defendendo as pessoas chamadas por essa ofensa foi publicado em novembro de 2015, escrito por [[Penny White]] e entitulado ''Why I no longer hate 'TERFs''' ("Porque eu não mais odeio 'TERFs'", em tradução livre do inglês).<ref name=fc-white/> No artigo, White explica como ela própria costumava acreditar que as chamadas "TERFs" mereciam ser desprezadas, mas mudou de opinião após começar a olhar com mais cuidado para esse problema. Essa experiência parece repetir-se entre muitas mulheres e alguns homens socialmente liberais na atualidade, que começaram sendo apoiadores do movimento transgênero para depois tornarem-se céticos após experiências e observações negativas, por fim levando-os a também serem denominados de "terf" e desprezados por ativistas transgênero e seus aliados. Após isso, o Feminist Current começou a publicar artigos críticos do movimento transgênero com frequência, muito para o enraivecimento dos ativistas transgênero.<br />
<br />
Em junho de 2017, o ativista transgênero [https://en.wikipedia.org/wiki/Mya_Byrne Mya Byrne] foi a San Francisco Pride Parade com uma camiseta com o escrito "I PUNCH TERFS" ("EU SOCO TERFS", em tradução do inglês), decorada com uma grande mancha de sangue falso. Byrne fez o ''upload'' de uma ''selfie'' sua vestindo a camiseta na parada e com o subtítulo "This is what gay liberation looks like #pride #yesallterfs" (inglês para "Isto é o que a liberação ''gay'' parece #orgulho #simtodasasterfs"), o que ocasionou muitas reações negativas.<ref name=fc-tra-violence/> A camiseta seria mais tarde exibida em uma "exposição de arte" na San Francisco Public Library, montada pelo grupo de ativismo trans ''The Degenderettes''. Após reclamações, a biblioteca removeu a camiseta da exibição, apesar de que itens similares mostrando uma mentalidade violenta permaneceram, como um taco de beisebol enrolado com um arame farpado e pintado nas cores da bandeira de orgulho transgênero.<ref name=fc-tra-violence/><br />
<br />
[[File:Sonicfox.png|thumb|right|300px|O ''tweet'' de Dominique McLean glorificando a violência contra as mulheres.]]<br />
<br />
Em abril de 2019, o ''video gamer'' profissional Dominique McLean aka [https://en.wikipedia.org/wiki/SonicFox SonicFox] realizou o ''upload'' de um vídeo no Twitter com a legenda "what I do to terfs" ("o que eu faço com terfs"), no qual um personagem de ''video game'' atinge o pescoço de uma personagem com tanta força que a pele do pescoço dela sai, enquanto a câmera mostra o seu rosto agonizante. McLean pode ser ouvido gritando "terf!" em seu microfone juntamente com cada golpe dado na personagem, no que faz lembrar um linchamento.<ref name=sonicfox/> O ''tweet'' ganhou centenas de milhares de visualizações e milhares de ''retweets'' e curtidas.<br />
<br />
O ''tweet'' de McLean tornou-se ainda pior pelo fato de que esse ódio não é somente direcionado a uma personagem "terf" imaginária, mas à voz da atriz por trás da personagem, [https://pt.wikipedia.org/wiki/Ronda_Rousey Ronda Rousey]. Rousey, que é uma lutadora de MMA (artes marciais mistas), é considerada uma "TERF" por ter dito, com palavras bruscas, que é injusto o lutador de MMA do sexo masculino [[Mulheres trans em esportes femininos#Fallon_Fox|Fallon Fox]] competir contra mulheres.<ref name=rousey-fox/><ref name=rousey-marysue/><ref name=rousey-reddit/> Um ano após a declaração de Rousey, a lutadora de MMA Tamikka Brents sofreu uma concussão e uma fratura do osso orbital durante uma luta contra Fallon Fox,<ref name=fallon-fox/> mas isso não parece ter mudado a opinião dos ativistas trans.<br />
<br />
Após o ''tweet'' de McLean ter sido denunciado por discurso de ódio, o Twitter inicialmente decidiu que ele [[:File:Sonicfox2.png|não quebrava as suas regras]]. Somente após repetidos protestos e várias outras denúncias o Twitter reagiu, removendo o ''tweet'' e emitindo a SonicFox um banimento de meras 24 horas.<br />
<br />
No final de 2019, uma tendência nas redes sociais denominada "POV you're a TERF in my mentions" ("ponto de vista de você ser uma TERF nas minhas menções") teve início, na qual ativistas trans posavam com uma arma (taco de beisebol, espada, machete ou outras), às vezes preparando-se para golpear ou mostrando-os no meio de um golpe, tiradas como se fossem [https://en.wikipedia.org/wiki/Point-of-view_shot uma fotografia de ponto de vista] e com a legenda "POV you're a TERF in my mentions" ("ponto de vista de você ser uma TERF nas minhas menções"), ou alguma variação.<ref name=pov-terf/> As fotografias supostamente representam o ponto de vista de uma "TERF" sendo agredida pela pessoa retratada. Em outras palavras, mulheres chamadas de "TERF" que olham para a foto deveriam imaginar a si próprias sendo violentamente agredidas.<br />
<br />
=== Vandalismos, assédios e agressões na vida real ===<br />
<br />
Em fevereiro de 2017, a recém-aberta Vancouver Women's Library foi recebida por um pequeno grupo de vândalos, incluindo uma pessoa que era claramente do sexo masculino e que alegava ser uma trabalhadora do sexo. Eles arrancaram um pôster, derramaram vinho em um livro e assediaram aqueles que tentaram participar da cerimônia de abertura do estabelecimento. A justificativa que deram foi de que a biblioteca incluía livros que eles diziam supostamente apoiar a ideologia "TERF" e "SWERF".<ref name=vwl/><br />
<br />
<youtube dimensions=500 alignment=right description="A agressão de Tara Wolf a Maria MacLachlan (September 13th, 2017)" container=frame><br />
https://www.youtube.com/watch?v=9_d3ozhSE-U<br />
</youtube><br />
<br />
Em setembro de 2017, um grupo de feministas quis marcar uma reunião para discutir as mudanças propostas pelo [https://www.feministcurrent.com/2018/09/14/never-mind-reforming-gender-recognition-act-theres-no-need-gender-recognition-certificates/ Gender Recognition Act] (GRA), na biblioteca comunitária [https://newxlearning.org/ New Cross Learning] de Londres. A biblioteca teve de cancelar o evento após o assédio de ativistas transgênero. As organizadoras da reunião decidiram encontrar-se na Speakers' Corner, antes de ir ao novo local da reunião, que não havia sido anunciado de forma a protegê-lo de assédio. Na Speakers' Corner, elas foram recebidas por um grupo de ativistas transgênero gritando frases como "when TERFs attack, we fight back" ("quando TERFs atacam, nós revidamos", em inglês). Maria MacLachlan, que estava filmando os protestantes com a sua câmera digital, foi atacada por uma pessoa vinda do grupo de ativistas trans e que então tentou tomar a sua câmera. Após não ter sucesso, o atacante correu para trás de seus amigos, e MacLachlan tentou aproximar-se do grupo para filmar o seu rosto com a câmera. Vários dos ativistas começaram a agredi-la nesse momento. Um dos agressores, que após o evento revelou-se ser Tara Wolf, foi acusado de agressão física. Anteriormente ao evento, ele havia postado que queria "f*der com algumas terfs" em uma rede social. Esse evento pode ser considerado como um marco do ódio crescente que ativistas transgênero demonstram contra feministas, já que nenhuma outra agressão havia sido documentada claramente com relação à ofensa "TERF", e o evento ganhou atenção generalizada nas notícias, sendo coberto pelo The Guardian,<ref name=standard/> The New Statesman,<ref name=statesman1/><ref name=statesman2/> The Telegraph,<ref name=telegraph/> The Times,<ref name=times1/><ref name=times2/> The Evening Standard,<ref name=standard/> e pelo Daily Mail.<ref name=dailymail/> Foi também, é claro, coberto pelo Feminist Current.<ref name=fc1/><ref name=fc2/> Como resultado do evento, muitos ativistas transgênero defenderam e até mesmo celebraram a agressão, levando Meghan Murphy a publicar o texto [https://www.feministcurrent.com/2017/09/21/terf-isnt-slur-hate-speech/ '''TERF' isn't just a slur, it's hate speech''] ("TERF não é só uma ofensa, é discurso de ódio"). Algumas publicações, ao defender os ativistas transgênero, tentaram alegar que o agressor estava na verdade agindo em legítima defesa, e tentaram provar essa alegação através do ''upload'' de cortes cuidadosamente editados da gravação mostrando a agressão,<ref name=planettrans/> ou descrevendo a agressão como "revidando contra ''bullies''" que "provocaram" os ativistas transgênero (ao terem opiniões das quais estes não gostaram, presumivelmente).<ref name=queerness/><br />
<br />
Em dezembro de 2018, a advogada de defesa dos direitos humanos, Prof. [[Rosa Freedman]], encontrou a porta de seu escritório coberta com urina após participar de debates relacionados às mudanças propostas ao Gender Recognition Act do Reino Unido. Ela também alegou ter sido chamada de uma "nazista" (ela é judia) que "deveria ser estuprada" (ela é uma sobrevivente de violência sexual) e de receber telefonemas abusivos anônimos.<ref name=freedman/><br />
<br />
Em 2018, o ativista transgênero Dana Rivers foi a julgamento por homicídio triplo.<ref name=rivers/> As vítimas eram um casal de lésbicas e o seu filho adotivo. Rivers esfaqueou e atirou nas vítimas, antes de tentar colocar fogo em sua casa, em novembro de 2016. Ainda não está claro se Rivers foi motivado pelo ódio contra feministas e lésbicas disseminado por ativistas transgênero. Rivers era, no entanto, membro do grupo [https://en.wikipedia.org/wiki/Camp_Trans Camp Trans], que foi criado para protestar a regra de apenas mulheres poderem participar do Michigan Womyn's Music Festival (aka MichFest).<ref name=camptrans/> A Autostraddle descreveu Rivers como um "ativista transgênero muito conhecido".<ref name=autostraddle/><br />
<br />
Em junho de 2019, [[Julie Bindel]] foi fisicamente agredida por uma pessoa do sexo masculino após dar um discurso sobre a violência de homens contra mulheres, na Universidade de Edimburgo, junto com a Prof. Rosa Freedman.<ref name=edinburgh/> "Ele estava gritando e reclamando e esbravejando, 'você é uma p*** do c******, você é uma cadela do c******, uma Terf do c******' e outras coisas. Estávamos tentando andar até o táxi para levar-nos até o aeroporto, e então ele apenas saltou em minha direção e quase me deu um soco no rosto, mas um segurança afastou-o de mim". Essa pessoa do sexo masculino, que diz se chamar "[[Cathy Brennan]]" (por causa da advogada lésbica e feminista radical de mesmo nome, a quem ele despreza), já havia chamado a atenção em redes sociais por [[:File:Joe-brennan-twitter.jpg|defender agressões físicas]] contra feministas em paradas de Orgulho Gay.<br />
<br />
Em 16 de agosto de 2019, a conta no Facebook do [[Vancouver Rape Relief and Women's Shelter]] relatou que um rato mortou havia sido pregado na moldura de sua porta.<ref name=vrr-fb/> Em 26 de agosto, a sua conta no Twitter seguiu relatando que as suas portas e janelas haviam sido vandalizadas com frases como "FUCK TERFS" ("FODAM COM AS TERFS") e "KILL TERFS" ("MATEM AS TERFS"), assim como "TRANS POWER" ("PODER TRANS").<ref name=vrr-twitter/> O repetido assédio e vandalismos chamaram a atenção local e nacional.<ref name=vrr-vancouverisawesome/><ref name=vrr-nationalreview/><ref name=vrr-citynews/><br />
<br />
=== Galeria ===<br />
<br />
<gallery caption="Discussão sobre o ''tweet'' de ódio de McLean" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Sonicfox3.jpg | McLean defendendo o seu ''tweet'' sob a alegação de que Ronda Rousey é uma "TERF" e, como tal, é merecedora desse desprezo violento.<br />
File:Sonicfox-copycat1.png | Uma imitação do ''tweet'' mostrando outra personagem de ''video game'' morrendo brutalmente, e com a legenda "FUCK TERFS" ("FODAM COM AS TERFS").<br />
File:Sonicfox-copycat2.png | Outra imitação do ''tweet''. O GIF é do personagem de [https://en.wikipedia.org/wiki/Mortal_Kombat_11 Mortal Kombat 11] [https://en.wikipedia.org/wiki/Scorpion_(Mortal_Kombat) Scorpion] queimando viva a sua oponente.<br />
</gallery><br />
<br />
<gallery caption="Assédio e vandalismo ao Vancouver Rape Relief" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Vrr-vandalism1.jpg | Um rato morto pregado à moldura da porta do VRR.<br />
File:Vrr-vandalism2.jpg | O texto "KILL TERFS ... TRANS POWER" ("MATEM AS TERFS ... PODER TRANS") escrito na janela.<br />
File:Vrr-vandalism3.jpg | As frases "FUCK TERFS" ("FODAM COM AS TERFS") e "TRANS WOMEN ARE WOMEN" ("MULHERES TRANS SÃO MULHERES") escritas na porta e na janela.<br />
</gallery><br />
<br />
<gallery caption="Alguns exemplos de ''tweets'' usando 'terf'" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Terf-gallery-1.png | "terf isn't a slur ... terfs don't deserve rights" ("terf não é uma ofensa ... terfs não merecem direitos").<br />
File:Terf-gallery-2.jpg | "All terfs will be arrested on sight" ("Todas as terfs serão presas à vista").<br />
File:Terf-gallery-3.jpg | "It's [https://en.wikipedia.org/wiki/Gay_pride#LGBT_Pride_Month Pride] punch a terf" ("É o Orgulho soque uma terf").<br />
File:Terf-gallery-4.png | Colocando 'terf' logo ao lado de 'nazista'.<br />
File:Terf-gallery-5.png | [https://en.wikipedia.org/wiki/Arthur_Chu Arthur Chu] defendendo o discurso de ódio de SonicFox.<br />
File:Terf-gallery-6.png | "Being a TERF is a choice. Like being a Nazi" ("Ser uma TERF é uma escolha. Assim como ser um nazista").<br />
</gallery><br />
<br />
== Analysis of the term ==<br />
<br />
The original acronym could be split in two halves: "trans-exclusionary" and "radical feminist." Though many people targeted with the word do not see themselves as radical feminists, their ideals most often tend to align with [https://en.wikipedia.org/wiki/Radical_feminism radical feminism] anyway, making that part somewhat accurate. The "trans-exclusionary" part however is rather ambiguous, and its meaning seems to change at the whim of the person using the term.<br />
<br />
When those using the term want to justify it as an objective and accurate description, they will use rather mundane and basic definitions of "exclusion" that applies easily to most people the term is used against. Examples of this might include:<br />
<br />
* Wanting transwomen with unfair anatomic advantages to be excluded from women's sports<br />
* Wanting transwomen with an obvious male anatomy (such as intact male genitals) to be excluded from sex segregated spaces of privacy, such as changing rooms<br />
* Not considering transwomen to be ''literally'' women, by pointing at the dictionary definition that is "adult human female"<br />
* Wanting to exclude transwomen from some political groups that want to focus on struggles unique to people born with female anatomy<br />
* Wanting to exclude crimes committed by transwomen from being recorded as female criminality, especially since the crime patterns of transwomen seem more in line with crime patterns of men,<ref name=dhejne/> who commit the vast majority of violent crimes, specifically sexual violence<ref name=wpcrime/><br />
<br />
[[File:Theterfs-delusion.png|thumb|right|500px|Some of the hyperbolic lies transgender activists use to justify hatred against feminists]]<br />
<br />
However, once the term "TERF" is applied to someone on the basis of them holding these opinions (which many people including non-feminists would agree are sensible), the definition of "exclusion" is quickly sharpened to justify expressions of hatred. Sometimes, the "trans-exclusionary" is even hyperbolically turned into "trans-exterminatory" to increase its panic-inducing effect. The website (or should we say whacksite) [http://theterfs.com/ ''The TERFs''] goes as far as claiming that the people labeled "TERF" want to:<br />
<br />
* Exclude trans people from housing (make them homeless)<br />
* Exclude trans people from employment (make them unemployed)<br />
* Exclude them from education<br />
* Exclude them from accomodation equality<br />
* Exclude them from local, state, national and United Nations protections(!)<br />
<br />
As such, the women labeled "TERF" are represented less as women who simply want to uphold women's sex-based rights, and more like fascist monsters, which is then used to incite hatred and violence against them. It's also noteworthy how exclusion of transwomen (from female-only spaces etc.) turns here into supposed exclusion of all trans people (from whatever). As a matter of fact, women targeted as "TERFs" will frequently say explicitly that they welcome transmen in their groups, since transmen also face the sex-based oppression all women face from birth.<br />
<br />
The strategy of transgender activists of using simple definitions of "TERF" to make the term look accurate, but then twist the definition to justify hatred, is quite similar to a "troll" strategy that has been noted by philosopher Nicholas Shackel, and dubbed the ''Motte and Bailey Doctrine'' in a paper titled [https://philpapers.org/archive/SHATVO-2.pdf ''The Vacuity of Postmodernist Methodology'']:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
"Troll’s Truisms are used to insinuate an exciting falsehood, which is a desired doctrine, yet permit retreat to the trivial truth when pressed by an opponent. In so doing they exhibit a property which makes them the simplest possible case of what I shall call a Motte and Bailey Doctrine (since a doctrine can be a single belief or an entire body of beliefs).<br />
<br />
A Motte and Bailey castle is a medieval system of defence in which a stone tower on a mound (the Motte) is surrounded by an area of land (the Bailey) which in turn is encompassed by some sort of a barrier such as a ditch. Being dark and dank, the Motte is not a habitation of choice. The only reason for its existence is the desirability of the Bailey, which the combination of the Motte and ditch makes relatively easy to retain despite attack by marauders. When only lightly pressed, the ditch makes small numbers of attackers easy to defeat as they struggle across it: when heavily pressed the ditch is not defensible and so neither is the Bailey. Rather one retreats to the insalubrious but defensible, perhaps impregnable, Motte. Eventually the marauders give up, when one is well placed to reoccupy desirable land.<br />
<br />
For my purposes the desirable but only lightly defensible territory of the Motte and Bailey castle, that is to say, the Bailey, represents a philosophical doctrine or position with similar properties: desirable to its proponent but only lightly defensible. The Motte is the defensible but undesired position to which one retreats when hard pressed. I think it is evident that Troll’s Truisms have the Motte and Bailey property, since the exciting falsehoods constitute the desired but indefensible region within the ditch whilst the trivial truth constitutes the defensible but dank Motte to which one may retreat when pressed."<br />
</em></blockquote><br />
<br />
In our case, the ''Motte'' is an easily defensible statement like: ''"You don't consider transwomen literally women, therefore you are trans-exclusionary, which makes you a TERF."'' Whereas the ''Bailey'' is: ''"You want to exclude trans people from housing and employment, therefore I'm justified in hating you with a passion!"''<br />
<br />
It could also be called a "bait-and-switch" argument, where one is "baited" into agreeing with the claim that someone is a "TERF" by using a mundane definition of "trans exclusion," and then the definition is switched into something bad, to justify expressions of hatred.<br />
<br />
=== Inspection of the claims on ''The TERFs'' ===<br />
<br />
[[File:Theterfs-logo.png|thumb|right|300px|Actual logo of TheTERFs.com: Evil black scribbles]]<br />
<br />
It should be noted that ''The TERFs'' offers little more than out-of-context quotes from several decades ago as "evidence" for its hyperbolic claims regarding so-called "TERF" ideology. It also showcases a small number of cherry-picked tweets, half of which are from right-wing sources that also happen to oppose the transgender movement, which trans activists claim proves that feminists are secretly allied with them in a big conspiracy. (This line of thinking is often ridiculed as: "Hitler was a vegetarian, therefore vegetarians are Nazis.")<br />
<br />
Regarding supposed evidence of "real-life violence motivated by TERF ideology," the website lists six examples, of which three don't actually present any violence. Those which do, relate to incidences from several decades ago, in which women tried to evict transwomen from female-only groups or spaces, using physical force or face-to-face threats. Since women are expected to be always nice and passive towards males, even when trying to form radical feminist groups and keep males out of them, this is of course seen as unacceptable. Two examples are about verbal threats, which is a run-of-the-mill experience for feminists opposing transgender activists, and the last one is about the deaths of trans people that are ''assumed'' to be related to lack of access to health care, which to be very blunt has fuck-all to do with feminist ideologies.<br />
<br />
To summarize: there is not a single documented instance of a feminist group going up to a transgender group to assault or threaten them. Any claims of "violence by TERFs" refer either to women trying to evict transwomen from female-only spaces, extremely rare verbal threats, and lots and lots of fabrication. In comparison, transgender activists have gone to women's libraries to vandalize them,<ref name=vwl/> went to feminist meetings to assault women,<ref name=fc1/><ref name=fc2/> appeared with face masks at feminist conferences to intimidate women,<ref name=jamjar/> and the ubiquitous verbal abuse they send in the direction of women fills up [https://terfisaslur.com/ a whole website] set up solely to archive it.<br />
<br />
=== The term 'SWERF' ===<br />
<br />
The word ''SWERF'' is a close relative to ''TERF'' and is applied in a similarly dishonest, misrepresenting way. Women (and men who care about women's rights) who are critical of the sex industry for its exploitative nature are accused of being "sex-worker exclusionary" in an attempt to make them seem hateful towards an oppressed group.<br />
<br />
In fact, the people slurred as "SWERF" tend to be supporters of the [[Nordic Model]] against prostitution, which sees a high-quality welfare system as a necessary component in tackling prostitution, and in alleviating problems faced by women who would otherwise choose to do prostitution out of economic desperation. Further, many of those slurred "SWERF" tend to be women who worked in prostitution themselves.<br />
<br />
Notably, one of the biggest anti-prostitution and anti-pornography feminists [[Andrea Dworkin]] was an ex-prostitute herself, and not ashamed of admitting so. Another notable example is [[Rachel Moran]], who was in prostitution between the ages of 15 and 22, only to become one of the most notable anti-prostitution, pro-Nordic Model activists in recent years.<br />
<br />
== See also ==<br />
<br />
* [[Transgender ideology]]<br />
<br />
=== External links ===<br />
<br />
* [https://terfisaslur.com/ terfisaslur.com - Documenting the abuse, harassment and misogyny of transgender identity politics]<br />
* [https://www.feministcurrent.com/tag/terf/ TERF Archives | Feminist Current]<br />
* [https://speakupforwomen.nz/dont-call-women-terfs/ Don't Call Women 'Terfs' | Speak Up for Women NZ]<br />
* [https://medium.com/@amydyess83/terf-is-hate-speech-and-its-time-to-condemn-it-6efc897ce407 TERF Is Hate Speech and It’s Time to Condemn It]<br />
<br />
== References ==<br />
<br />
<references><br />
<br />
<ref name=terf-origin><br />
{{cite web<br />
|url=https://hoydenabouttown.com/2008/08/17/carnivalia-transgenderism-and-the-gender-binary/<br />
|title=Carnivalia, transgenderism and the gender binary<br />
|author=Viv Smythe (aka tigtog)<br />
|date=August 17, 2008<br />
|website=Hoyden About Town<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=guardian-smythe><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.theguardian.com/commentisfree/2018/nov/29/im-credited-with-having-coined-the-acronym-terf-heres-how-it-happened<br />
|title=I'm credited with having coined the word 'Terf'. Here's how it happened<br />
|author=Viv Smythe (aka tigtog)<br />
|date=November 28, 2018<br />
|website=The Guardian<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-egbert><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2014/07/16/defending-the-terf-gender-as-political/<br />
|title=Defending the ‘TERF’: Gender as political<br />
|author=C.K. Egbert<br />
|date=July 16, 2014<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-ditum><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2014/07/29/how-terf-works/<br />
|title=How ‘TERF’ works<br />
|author=Sarah Ditum<br />
|date=July 29, 2014<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vice-robbins><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.vice.com/en_uk/article/7bap7y/whats-the-block-blot-martin-robbins-757<br />
|title=I Am Now Officially a Transphobic Twitter Troll<br />
|author=Martin Robbins<br />
|date=August 8, 2014<br />
|website=Vice<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-white><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2015/11/10/why-i-no-longer-hate-terfs/<br />
|title=Why I no longer hate ‘TERFs’<br />
|author=Penny White<br />
|date=November 10, 2015<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-tra-violence><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2018/05/01/trans-activism-become-centered-justifying-violence-women-time-allies-speak/<br />
|title=Trans activism is excusing & advocating violence against women, and it’s time to speak up<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=May 1, 2018<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=sonicfox><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2019/05/welcome-age-ironic-bigotry-where-old-hatreds-are-cloaked-woke-new-language<br />
|title=Welcome to the age of ironic bigotry, where old hatreds are cloaked in woke new language<br />
|author=Helen Lewis<br />
|date=May 1, 2019<br />
|website=The New Statesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-fox><br />
{{cite web<br />
|url=https://bleacherreport.com/articles/1651451-ronda-rousey-vs-fallon-fox-head-to-toe-breakdown<br />
|title=Ronda Rousey vs. Fallon Fox Head-to-Toe Breakdown<br />
|author=Jordy McElroy<br />
|date=May 25, 2013<br />
|website=Bleacher Report<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-marysue><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.themarysue.com/ronda-rousey-and-transmisogyny/<br />
|title=When Role Models Become Problematic: Ronda Rousey and Transmisogyny<br />
|author=Teresa Jusino<br />
|date=August 3, 2015<br />
|website=The Mary Sue<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fallon-fox><br />
{{cite web<br />
|url=https://archive.is/yZfcs<br />
|title=After Being TKO’d by Fallon Fox, Tamikka Brents Says Transgender Fighters in MMA ‘Just Isn’t Fair’<br />
|website=Cage Potato<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-reddit><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.reddit.com/r/GamerGhazi/comments/ah4120/celebrity_terf_ronda_rousey_to_play_sonya_blade/<br />
|title=Celebrity TERF Ronda Rousey to play Sonya Blade in Mortal Kombat 11<br />
|website=reddit<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=pov-terf><br />
{{cite web<br />
|url=https://web.archive.org/web/20191019184351/https://radfemrebecca.wordpress.com/2019/10/06/terfinmymentions/amp/<br />
|title=“This is what I want to do to you” – Dissecting the ‘POV ur a TERF in my mentions’ trend.<br />
|author=Rebecca<br />
|date=October 6, 2019<br />
|website=radfemrebecca.wordpress.com<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vwl><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2017/02/07/vancouver-womens-library-opens-amid-anti-feminist-backlash/<br />
|title=Vancouver Women’s Library opens amid anti-feminist backlash<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=February 7, 2017<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=guardian><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.theguardian.com/uk-news/2017/oct/26/woman-punched-in-brawl-between-transgender-activists-and-radical-feminists<br />
|title=Suspects sought after brawl between transgender activists and radical feminists<br />
|author=Press Association<br />
|date=October 26, 2017<br />
|website=The Guardian<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=statesman1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2018/04/madness-our-gender-debate-where-feminists-defend-slapping-60-year-old<br />
|title=The madness of our gender debate, where feminists defend slapping a 60-year-old woman<br />
|author=Helen Lewis<br />
|date=April 20, 2018<br />
|website=NewStatesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=statesman2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2017/09/trans-rights-terfs-and-bruised-60-year-old-what-happened-speakers-corner<br />
|title=Trans rights, TERFs, and a bruised 60-year-old: what happened at Speakers’ Corner?<br />
|author=Anoosh Chakelian<br />
|date=September 14, 2017<br />
|website=NewStatesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=telegraph><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.telegraph.co.uk/news/2018/04/12/radical-feminist-warned-refer-transgender-defendant-assault/<br />
|title=Radical feminist warned to refer to transgender defendant as a 'she' during assault case<br />
|author=Victoria Ward<br />
|date=April 12, 2018<br />
|website=The Telegraph<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=times1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.thetimes.co.uk/article/transgender-activist-denies-thumping-radical-feminist-wvzgq6fx7<br />
|title=Transgender activist Tara Wolf denies thumping radical feminist<br />
|author=Lucy Bannerman<br />
|date=April 12, 2018<br />
|website=The Times<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=times2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.thetimes.co.uk/article/trans-attacker-tara-wolf-is-a-thug-says-feminist-maria-maclachlan-pq0bwvthv<br />
|title=Trans attacker is a thug, says feminist<br />
|author=Lucy Bannerman<br />
|date=April 14, 2018<br />
|website=The Times<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=standard><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.standard.co.uk/news/crime/transgender-activist-tara-wolf-fined-150-for-assaulting-exclusionary-radical-feminist-in-hyde-park-a3813856.html<br />
|title=Transgender activist Tara Wolf fined £150 for assaulting 'exclusionary' radical feminist in Hyde Park<br />
|author=Martin Coulter<br />
|date=April 13, 2018<br />
|website=EveningStandard<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=dailymail><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.dailymail.co.uk/news/article-5613057/Model-punched-feminist-smashed-120-camera-violent-brawl-walks-free-court.html<br />
|title=Transgender model who punched feminist and smashed her £120 camera in violent brawl at Hyde Park Speakers' Corner protest walks free from court<br />
|author=Bridie Pearson-jones<br />
|date=April 13, 2018<br />
|website=MailOnline<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2017/09/15/historic-speakers-corner-becomes-site-anti-feminist-silencing-violence/<br />
|title=Historic Speaker’s Corner becomes site of anti-feminist silencing and violence<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=September 15, 2017<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2018/04/27/trans-identified-male-tara-wolf-charged-assault-hyde-park-attack/<br />
|title=Trans-identified male, Tara Wolf, convicted of assault after Hyde Park attack<br />
|author=Jen Izaakson<br />
|date=April 27, 2018<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rivers><br />
{{cite web<br />
|url=https://sanfrancisco.cbslocal.com/2018/03/07/transgender-activist-trial-oakland-triple-murder/<br />
|title=Transgender Activist Ordered To Stand Trial For Oakland Triple Murder<br />
|date=March 7, 2018<br />
|website=CBS SF BayArea<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=camptrans><br />
{{cite web<br />
|url=http://eminism.org/michigan/20000812-camptrans.txt<br />
|title='MICHIGAN EIGHT' EVICTED OVER FESTIVAL'S NEW 'DON'T ASK DON'T TELL' GENDER POLICY<br />
|date=August 12, 2000<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=autostraddle><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.autostraddle.com/more-bad-news-oakland-lesbian-couple-and-their-son-brutally-murdered-by-former-lgbt-activist-359026/<br />
|title=Oakland Lesbian Couple and Their Son Murdered By Former LGBT Activist<br />
|author=Riese<br />
|date=November 16, 2016<br />
|website=Autostraddle<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=edinburgh><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.scotsman.com/news/crime/feminist-speaker-julie-bindel-attacked-by-transgender-person-at-edinburgh-university-after-talk-1-4942260<br />
|title=Feminist speaker Julie Bindel 'attacked by transgender person' at Edinburgh University after talk<br />
|author=Gina Davidson<br />
|date=June 6, 2019<br />
|website=The Scotsman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=planettrans><br />
{{cite web<br />
|url=https://planettransgender.com/when-terf-attack-at-hyde-park/<br />
|title=Trans Activists Vilified For Defense against TERF Attack at Hyde Park<br />
|author=Kelli Busey<br />
|date=September 18, 2017<br />
|website=Planet Transgender<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=queerness><br />
{{cite web<br />
|url=https://thequeerness.com/2017/09/29/trial-by-media-over-speakers-corner-fracas/<br />
|title=Trial by media over Speakers’ Corner fracas<br />
|author=Sam Hope<br />
|date=September 29, 2017<br />
|website=The Queerness<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=jamjar><br />
{{cite web<br />
|url=https://twitter.com/magdalenberns/status/988003582250291201<br />
|title=Masked transactivists surround woman on stairwell<br />
|author=Magdalen Berns<br />
|date=April 22, 2018<br />
|website=Twitter<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=dhejne><br />
{{cite web<br />
|url=https://fairplayforwomen.com/criminality/<br />
|title=Study suggests that transwomen exhibit a male pattern of criminality<br />
|date=September 8, 2018<br />
|website=Fair Play For Women<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=wpcrime><br />
{{cite web<br />
|url=https://en.wikipedia.org/wiki/Sex_differences_in_crime#Statistics<br />
|title=Sex differences in crime<br />
|website=Wikipedia<br />
|access-date=May 31, 2019<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=freedman><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.bbc.com/news/uk-england-berkshire-46454454<br />
|title=Rosa Freedman: Professor's door 'covered in urine' after gender law debate<br />
|date=December 5, 2018<br />
|website=BBC News<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-fb><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.facebook.com/VancouverRapeRelief/posts/710603379412445<br />
|title=Vancouver Rape Relief & Women's Shelter - Facebook<br />
|date=August 16, 2019<br />
|website=Facebook<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-twitter><br />
{{cite web<br />
|url=https://twitter.com/VanRapeRelief/status/1166426534321647616<br />
|title=VancouverRapeRelief on Twitter<br />
|date=August 26, 2019<br />
|website=Twitter<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-vancouverisawesome><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.vancouverisawesome.com/2019/08/28/vancouver-rape-relief-centre-targeted-vandalism-threats-transgender-controversy/<br />
|title=Vancouver Rape Relief centre targeted with vandalism, threats over transgender controversy<br />
|author=Jessica Kerr<br />
|date=August 28, 2019<br />
|website=Vancouver is Awesome<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-nationalreview><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.nationalreview.com/2019/08/women-only-rape-relief-shelter-defunded-then-vandalized/<br />
|title=Women-Only Rape-Relief Shelter Defunded, Then Vandalized<br />
|author=Madeleine Kearns<br />
|date=August 28, 2019<br />
|website=National Review<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-citynews><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.citynews1130.com/2019/08/27/vancouver-rape-relief-centre-vandalized-likely-over-restrictions-for-transgender-people/<br />
|title=Vancouver Rape Relief centre vandalized, likely over restrictions for transgender people<br />
|author=Jonathan Szekeres and Lauren Boothby<br />
|date=Aug 27, 2019<br />
|website=City News<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
</references></div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=TERF&diff=816TERF2020-02-26T15:10:51Z<p>Deleted: Tradução de parte do artigo do inglês</p>
<hr />
<div>{{PageSeo | description = TERF é uma ofensa usada por ativistas transgênero para depreciar qualquer pessoa que critique esse movimento com base em argumentos feministas.<br />
}}<br />
[[File:Terf-slur-02.png|thumb|300px|Um ''tweet'' típico contendo do termo "TERF"]]<br />
<br />
A palavra '''TERF''' (ou ''terf''; pl. ''terfs'' ou ''terves'') é uma ofensa usada predominantemente por ativistas transgênero e seus aliados contra pessoas que criticam o movimento transgênero com base em argumentos feministas. Como essa ofensa é usada para referir-se a pessoas com argumentos feministas, seu maior alvo costuma ser mulheres. Como tal, ela é normalmente entendida como sendo uma ofensa anti-feminista, sexista e misógina.<br />
<br />
A palavra foi inventada como um acrônimo para ''Trans-Exclusionary Radical Feminist'' (inglês para "Feminista Radical Trans-Exclusionária"), onde a parte "trans-exclusionary" ("trans-exclusionária") refere-se a essas pessoas serem da opinião de que mulheres trans não deveriam ser incluídas dentro da definição feminista de feminilidade, e a parte "radical feminist" ("feminista radical") foi aplicada de maneira neutra para referir-se àquelas pessoas que de fato se descrevem como [https://pt.wikipedia.org/wiki/Feminismo_radical feministas radicais] no seu verdadeiro sentido. Com o tempo, o acrônimo tornou-se um termo ofensivo. Atualmente, a capitalização dessa palavra frequentemente não é feita, e o significado já ambíguo de seu sentido original é inteiramente ignorado. Ainda assim, usuários do termo costumam alegar que se trata de um termo neutro. A parte "trans-exclusionary" ("trans-exclusionária") agora pode se referir a qualquer pessoa que pense que mulheres trans não deveriam poder ter acesso irrestrito a espaços exclusivamente femininos (como vestiários), participar em esportes femininos - onde elas possuem [[Mulheres trans em esportes femininos|vantagens injustas]] -, a relacionamentos com lésbicas etc. Apesar de a maior parte do público poder considerar essas posições como minimamente sensatas, levando em conta que uma "mulher trans" pode ter uma anatomia masculina intacta, ativistas transgênero veem todos esses tipos de "exclusão" como inaceitáveis.<br />
<br />
Um termo associado de maneira próxima a esse é ''SWERF'', que supostamente significa ''Sex-Worker-Exclusionary Radical Feminist'' (inglês para "Feminista Radical Exclusionária de Trabalhadoras do Sexo") e é usado para referir-se àquelas pessoas que veem a indústria sexual (prostituição, pornografia etc.) como altamente exploratória e sexista. Assim como ''TERF'', esse termo é quase sempre proferido como uma ofensa e para deturpar a posição política do indivíduo contra a qual ele é usado. Ironicamente, algumas dessas pessoas chamadas de ''SWERF'' são comumente mulheres que trabalharam na prostituição e tornaram-se ativistas anti-prostituição como resultado de suas próprias experiências como as chamadas "trabalhadoras do sexo".<br />
<br />
== História ==<br />
<br />
=== Origem ===<br />
<br />
O uso mais antigo do termo foi feito por Viv Smythe aka "tigtog" em um ''blog post'' de 2008.<ref name=terf-origin/> Ela defendeu o termo em 2018, num artigo para o The Guardian.<ref name=guardian-smythe/> Ativistas transgênero frequentemente tentam defender o tempo sob a justificativa de que Viv Smythe é uma mulher que alega ser feminista radical, e parece ter usado o termo pela primeira vez de uma maneira que não é depreciativa. Obviamente, as origens benignas do termo não implicam que ele não possa evoluir de forma a tornar-se uma ofensa.<br />
<br />
=== A evolução para discurso de ódio ===<br />
<br />
[[File:Mya-byrne-punches-terfs.jpg|thumb|right|200px|Não é de forma alguma uma ofensa!]]<br />
<br />
A evolução do termo de 2008 até o início e meados dos anos 2010 não foi bem documentada. Em sua maior parte, feministas tiveram que defrontar o termo em redes sociais, onde ele passou a ser regularmente usado para rebaixar as suas posições políticas. Em julho de 2014, o site [https://www.feministcurrent.com/ Feminist Current] publicou dois artigos que faziam referênciam ao termo. O primeiro, escrito por C. K. Egbert e entitulado ''Defending the 'TERF': Gender as political'' ("Defendendo o 'TERF': Gênero como política", em tradução livre do inglês) explica e defende a teoria política por trás das ideias defendidas por feministas que são chamadas de "terf".<ref name=fc-egbert/> O segundo, escrito por [[Sarah Ditum]] e entitulado ''How 'TERF' works'' ("Como o 'TERF' funciona", em tradução livre do inglês), analisa brevemente a situação na qual uma mulher é pressionada a retratar uma declaração em oposição à violência contra a mulher, sob a justificativa de que a declaração veio originalmente de uma feminista que é considerada uma "terf".<ref name=fc-ditum/> Como o Feminist Current é altamente elogiado por feministas radicais, a sua decisão de apoiar as mulheres que foram chamadas de "terf" pode ser vista como um momento decisivo.<br />
<br />
Em agosto de 2014, Vice publicou um artigo intitulado ''I Am Now Officially a Transphobic Twitter Troll'' - "Agora Sou Oficialmente um Troll Transfóbico do Twitter", em tradução livre do inglês - (subtítulo: ''At least according to the 'Block Bot' I am'', ou "Pelo menos, de acordo com o 'Block Bot' eu sou"), do autor Martin Robbins.<ref name=vice-robbins/> No artigo, Robbins fala sobre como o projeto do "Block Bot" no Twitter, que foi criado para ajudar as pessoas a evitarem ''trolls'' abusivos, incluiu autoras e jornalistas feministas como [[Caroline Criado-Perez]] e [[Helen Lewis]] entre as pessoas que deveriam ser bloqueadas. Ironicamente, Lewis parece ter sido incluída na lista por reclamar sobre ''trolls'' abusivos, já que como "evidência" para bani-la incluem-se objeções a ''tweets'' como "kill TERFS" ("matem TERFS"), "burn TERFS" ("queimem TERFS") ou piadas odiosas como "what's better than 1 dead terf? 2 dead terfs" ("o que é melhor que 1 terf morta? 2 terfs mortas").<br />
<br />
Outro artigo do Feminist Current defendendo as pessoas chamadas por essa ofensa foi publicado em novembro de 2015, escrito por [[Penny White]] e entitulado ''Why I no longer hate 'TERFs''' ("Porque eu não mais odeio 'TERFs'", em tradução livre do inglês).<ref name=fc-white/> No artigo, White explica como ela própria costumava acreditar que as chamadas "TERFs" mereciam ser desprezadas, mas mudou de opinião após começar a olhar com mais cuidado para esse problema. Essa experiência parece repetir-se entre muitas mulheres e alguns homens socialmente liberais na atualidade, que começaram sendo apoiadores do movimento transgênero para depois tornarem-se céticos após experiências e observações negativas, por fim levando-os a também serem denominados de "terf" e desprezados por ativistas transgênero e seus aliados. Após isso, o Feminist Current começou a publicar artigos críticos do movimento transgênero com frequência, muito para o enraivecimento dos ativistas transgênero.<br />
<br />
Em junho de 2017, o ativista transgênero [https://en.wikipedia.org/wiki/Mya_Byrne Mya Byrne] foi a San Francisco Pride Parade com uma camiseta com o escrito "I PUNCH TERFS" ("EU SOCO TERFS", em tradução do inglês), decorada com uma grande mancha de sangue falso. Byrne fez o ''upload'' de uma ''selfie'' sua vestindo a camiseta na parada e com o subtítulo "This is what gay liberation looks like #pride #yesallterfs" (inglês para "Isto é o que a liberação ''gay'' parece #orgulho #simtodasasterfs"), o que ocasionou muitas reações negativas.<ref name=fc-tra-violence/> A camiseta seria mais tarde exibida em uma "exposição de arte" na San Francisco Public Library, montada pelo grupo de ativismo trans ''The Degenderettes''. Após reclamações, a biblioteca removeu a camiseta da exibição, apesar de que itens similares mostrando uma mentalidade violenta permaneceram, como um taco de beisebol enrolado com um arame farpado e pintado nas cores da bandeira de orgulho transgênero.<ref name=fc-tra-violence/><br />
<br />
[[File:Sonicfox.png|thumb|right|300px|O ''tweet'' de Dominique McLean glorificando a violência contra as mulheres.]]<br />
<br />
Em abril de 2019, o ''video gamer'' profissional Dominique McLean aka [https://en.wikipedia.org/wiki/SonicFox SonicFox] realizou o ''upload'' de um vídeo no Twitter com a legenda "what I do to terfs" ("o que eu faço com terfs"), no qual um personagem de ''video game'' atinge o pescoço de uma personagem com tanta força que a pele do pescoço dela sai, enquanto a câmera mostra o seu rosto agonizante. McLean pode ser ouvido gritando "terf!" em seu microfone juntamente com cada golpe dado na personagem, no que faz lembrar um linchamento.<ref name=sonicfox/> O ''tweet'' ganhou centenas de milhares de visualizações e milhares de ''retweets'' e curtidas.<br />
<br />
O ''tweet'' de McLean tornou-se ainda pior pelo fato de que esse ódio não é somente direcionado a uma personagem "terf" imaginária, mas à voz da atriz por trás da personagem, [https://pt.wikipedia.org/wiki/Ronda_Rousey Ronda Rousey]. Rousey, que é uma lutadora de MMA (artes marciais mistas), é considerada uma "TERF" por ter dito, com palavras bruscas, que é injusto o lutador de MMA do sexo masculino [[Mulheres trans em esportes femininos#Fallon_Fox|Fallon Fox]] competir contra mulheres.<ref name=rousey-fox/><ref name=rousey-marysue/><ref name=rousey-reddit/> Um ano após a declaração de Rousey, a lutadora de MMA Tamikka Brents sofreu uma concussão e uma fratura do osso orbital durante uma luta contra Fallon Fox,<ref name=fallon-fox/> mas isso não parece ter mudado a opinião dos ativistas trans.<br />
<br />
Após o ''tweet'' de McLean ter sido denunciado por discurso de ódio, o Twitter inicialmente decidiu que ele [[:File:Sonicfox2.png|não quebrava as suas regras]]. Somente após repetidos protestos e várias outras denúncias o Twitter reagiu, removendo o ''tweet'' e emitindo a SonicFox um banimento de meras 24 horas.<br />
<br />
No final de 2019, uma tendência nas redes sociais denominada "POV you're a TERF in my mentions" ("ponto de vista de você ser uma TERF nas minhas menções") teve início, na qual ativistas trans posavam com uma arma (taco de beisebol, espada, machete ou outras), às vezes preparando-se para golpear ou mostrando-os no meio de um golpe, tiradas como se fossem [https://en.wikipedia.org/wiki/Point-of-view_shot uma fotografia de ponto de vista] e com a legenda "POV you're a TERF in my mentions" ("ponto de vista de você ser uma TERF nas minhas menções"), ou alguma variação.<ref name=pov-terf/> As fotografias supostamente representam o ponto de vista de uma "TERF" sendo agredida pela pessoa retratada. Em outras palavras, mulheres chamadas de "TERF" que olham para a foto deveriam imaginar a si próprias sendo violentamente agredidas.<br />
<br />
=== Real-life vandalism, harassment, and assaults ===<br />
<br />
In February 2017, the newly opened Vancouver Women's Library was met with a small group of vandals, including a very obviously male person who claimed to be a female sex worker. They ripped off a poster, poured wine on a book, and harassed those trying to partake in the opening celebration. Their stated reason was that the library included books which they deemed to support so-called "TERF" and "SWERF" ideology.<ref name=vwl/><br />
<br />
<youtube dimensions=500 alignment=right description="The assault by Tara Wolf on Maria MacLachlan (September 13th, 2017)" container=frame><br />
https://www.youtube.com/watch?v=9_d3ozhSE-U<br />
</youtube><br />
<br />
In September 2017, a group of feminists wanted to hold a meeting to discuss proposed changes to the [https://www.feministcurrent.com/2018/09/14/never-mind-reforming-gender-recognition-act-theres-no-need-gender-recognition-certificates/ Gender Recognition Act] (GRA) in the [https://newxlearning.org/ New Cross Learning] community Library in London. The library had to cancel the event after harassment by transgender activists. The organizers of the meeting decided to meet at Speakers' Corner, before going to the newly chosen meeting place, which was not announced to protect it from harassment. In Speakers' Corner, they were met with a group of transgender activists shouting slogans, notably "when TERFs attack, we fight back." Maria MacLachlan, who was filming the protesters with her digital camera, was attacked by someone running out of the trans activist group, who then tried to grab her camera. As the unsuccessful attacker ran back behind his friends, MacLachlan tried to get closer to the group to get his face on camera. Several of the activists started assaulting her in that moment. One of the attackers, later revealed to be Tara Wolf, was ultimately charged with assault by beating. Prior to the event, he had posted that he wants to "f*ck up some terfs" on social media. The event could be considered a cornerstone in the escalating hatred transgender activists show against feminists, as no such clearly documented assault in relation to the slur "TERF" existed before, and the event gained widespread attention in the news, being covered by The Guardian,<ref name=guardian/> The New Statesman,<ref name=statesman1/><ref name=statesman2/> The Telegraph,<ref name=telegraph/> The Times,<ref name=times1/><ref name=times2/> The Evening Standard,<ref name=standard/> and The Daily Mail.<ref name=dailymail/> Of course, it was also covered by Feminist Current.<ref name=fc1/><ref name=fc2/> In the aftermath of the event, many transgender activists online defended or even celebrated the assault, leading Meghan Murphy to publish the piece [https://www.feministcurrent.com/2017/09/21/terf-isnt-slur-hate-speech/ '' 'TERF' isn't just a slur, it's hate speech'']. Some publications in support of transgender activists have tried to claim that the assailant was really acting in self-defense, and tried to prove this claim by uploading carefully edited cuts of the recording showing the assault,<ref name=planettrans/> or by framing the assault as "standing up to bullies" who "provoke" transgender activists (by having opinions they don't like, we have to presume).<ref name=queerness/><br />
<br />
In December 2018, human rights lawyer Prof. [[Rosa Freedman]] found her office door covered in urine after attending debates surrounding proposed changes to the UK's Gender Recognition Act. She also reported being called a "Nazi" (she is Jewish) who "should be raped" (she is a survivor of sexual violence) and receiving abusive anonymous phone calls.<ref name=freedman/><br />
<br />
In 2018, transgender activist Dana Rivers was on trial for triple murder.<ref name=rivers/> The victims were a lesbian couple and their adoptive son. Rivers stabbed and shot the victims, before trying to set their house on fire, in November 2016. It remains unclear whether Rivers was motivated by the hatred against feminists and lesbians promulgated by transgender activists. Rivers was, however, a member of the group [https://en.wikipedia.org/wiki/Camp_Trans Camp Trans], which was created to protest the women-only rule of the Michigan Womyn's Music Festival (aka MichFest).<ref name=camptrans/> Autostraddle described Rivers as a "very well-known transgender activist."<ref name=autostraddle/><br />
<br />
In June 2019, [[Julie Bindel]] was physically attacked by a trans-identifying male person after holding a keynote speech about male violence against women at the Edinburgh University, together with Prof. Rosa Freedman.<ref name=edinburgh/> "He was shouting and ranting and raving, 'you're a f***** c***, you're a f****** bitch, a f****** Terf" and the rest of it. We were trying to walk to the cab to take us to the airport, and then he just lunged at me and almost punched me in the face, but a security guard pulled him away." The male person, who calls himself "[[Cathy Brennan]]" (after famous lesbian and radical feminist lawyer, whom he despises) had previously stood out on social media for [[:File:Joe-brennan-twitter.jpg|encouraging physical violence]] against feminists at Gay Pride events.<br />
<br />
In August 16, 2019, the Facebook account of [[Vancouver Rape Relief and Women's Shelter]] reported that a dead rat had been nailed to their door frame.<ref name=vrr-fb/> On August 26, their Twitter account followed up by reporting their door and windows were vandalized with phrases such as "FUCK TERFS" and "KILL TERFS" as well as "TRANS POWER".<ref name=vrr-twitter/> The repeated harassment and vandalism garnered attention in local and national news.<ref name=vrr-vancouverisawesome/><ref name=vrr-nationalreview/><ref name=vrr-citynews/><br />
<br />
=== Gallery ===<br />
<br />
<gallery caption="Discussion of McLean's hate tweet" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Sonicfox3.jpg | McLean defending his tweet on the grounds that Ronda Rousey is a "TERF" and as such deserving of the violent contempt<br />
File:Sonicfox-copycat1.png | A copycat tweet showing another video game character dying brutally, with the caption "FUCK TERFS"<br />
File:Sonicfox-copycat2.png | Another copycat tweet. The GIF is of [https://en.wikipedia.org/wiki/Mortal_Kombat_11 Mortal Kombat 11] character [https://en.wikipedia.org/wiki/Scorpion_(Mortal_Kombat) Scorpion] burning his opponent alive.<br />
</gallery><br />
<br />
<gallery caption="Harassment and vandalism of Vancouver Rape Relief" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Vrr-vandalism1.jpg | A dead rat nailed to the door frame of VRR<br />
File:Vrr-vandalism2.jpg | The text "KILL TERFS ... TRANS POWER" written on the window<br />
File:Vrr-vandalism3.jpg | The phrases "FUCK TERFS" and "TRANS WOMEN ARE WOMEN" written on the door and window<br />
</gallery><br />
<br />
<gallery caption="Some examples of tweets using 'terf'" perrow=3 widths=400px heights=200px><br />
File:Terf-gallery-1.png | "terf isn't a slur ... terfs don't deserve rights"<br />
File:Terf-gallery-2.jpg | "All terfs will be arrested on sight"<br />
File:Terf-gallery-3.jpg | "It's [https://en.wikipedia.org/wiki/Gay_pride#LGBT_Pride_Month Pride] punch a terf"<br />
File:Terf-gallery-4.png | Putting "terf" right aside "nazi"<br />
File:Terf-gallery-5.png | [https://en.wikipedia.org/wiki/Arthur_Chu Arthur Chu] supporting SonicFox's hate speech<br />
File:Terf-gallery-6.png | "Being a TERF is a choice. Like being a Nazi."<br />
</gallery><br />
<br />
== Analysis of the term ==<br />
<br />
The original acronym could be split in two halves: "trans-exclusionary" and "radical feminist." Though many people targeted with the word do not see themselves as radical feminists, their ideals most often tend to align with [https://en.wikipedia.org/wiki/Radical_feminism radical feminism] anyway, making that part somewhat accurate. The "trans-exclusionary" part however is rather ambiguous, and its meaning seems to change at the whim of the person using the term.<br />
<br />
When those using the term want to justify it as an objective and accurate description, they will use rather mundane and basic definitions of "exclusion" that applies easily to most people the term is used against. Examples of this might include:<br />
<br />
* Wanting transwomen with unfair anatomic advantages to be excluded from women's sports<br />
* Wanting transwomen with an obvious male anatomy (such as intact male genitals) to be excluded from sex segregated spaces of privacy, such as changing rooms<br />
* Not considering transwomen to be ''literally'' women, by pointing at the dictionary definition that is "adult human female"<br />
* Wanting to exclude transwomen from some political groups that want to focus on struggles unique to people born with female anatomy<br />
* Wanting to exclude crimes committed by transwomen from being recorded as female criminality, especially since the crime patterns of transwomen seem more in line with crime patterns of men,<ref name=dhejne/> who commit the vast majority of violent crimes, specifically sexual violence<ref name=wpcrime/><br />
<br />
[[File:Theterfs-delusion.png|thumb|right|500px|Some of the hyperbolic lies transgender activists use to justify hatred against feminists]]<br />
<br />
However, once the term "TERF" is applied to someone on the basis of them holding these opinions (which many people including non-feminists would agree are sensible), the definition of "exclusion" is quickly sharpened to justify expressions of hatred. Sometimes, the "trans-exclusionary" is even hyperbolically turned into "trans-exterminatory" to increase its panic-inducing effect. The website (or should we say whacksite) [http://theterfs.com/ ''The TERFs''] goes as far as claiming that the people labeled "TERF" want to:<br />
<br />
* Exclude trans people from housing (make them homeless)<br />
* Exclude trans people from employment (make them unemployed)<br />
* Exclude them from education<br />
* Exclude them from accomodation equality<br />
* Exclude them from local, state, national and United Nations protections(!)<br />
<br />
As such, the women labeled "TERF" are represented less as women who simply want to uphold women's sex-based rights, and more like fascist monsters, which is then used to incite hatred and violence against them. It's also noteworthy how exclusion of transwomen (from female-only spaces etc.) turns here into supposed exclusion of all trans people (from whatever). As a matter of fact, women targeted as "TERFs" will frequently say explicitly that they welcome transmen in their groups, since transmen also face the sex-based oppression all women face from birth.<br />
<br />
The strategy of transgender activists of using simple definitions of "TERF" to make the term look accurate, but then twist the definition to justify hatred, is quite similar to a "troll" strategy that has been noted by philosopher Nicholas Shackel, and dubbed the ''Motte and Bailey Doctrine'' in a paper titled [https://philpapers.org/archive/SHATVO-2.pdf ''The Vacuity of Postmodernist Methodology'']:<br />
<br />
<blockquote><em><br />
"Troll’s Truisms are used to insinuate an exciting falsehood, which is a desired doctrine, yet permit retreat to the trivial truth when pressed by an opponent. In so doing they exhibit a property which makes them the simplest possible case of what I shall call a Motte and Bailey Doctrine (since a doctrine can be a single belief or an entire body of beliefs).<br />
<br />
A Motte and Bailey castle is a medieval system of defence in which a stone tower on a mound (the Motte) is surrounded by an area of land (the Bailey) which in turn is encompassed by some sort of a barrier such as a ditch. Being dark and dank, the Motte is not a habitation of choice. The only reason for its existence is the desirability of the Bailey, which the combination of the Motte and ditch makes relatively easy to retain despite attack by marauders. When only lightly pressed, the ditch makes small numbers of attackers easy to defeat as they struggle across it: when heavily pressed the ditch is not defensible and so neither is the Bailey. Rather one retreats to the insalubrious but defensible, perhaps impregnable, Motte. Eventually the marauders give up, when one is well placed to reoccupy desirable land.<br />
<br />
For my purposes the desirable but only lightly defensible territory of the Motte and Bailey castle, that is to say, the Bailey, represents a philosophical doctrine or position with similar properties: desirable to its proponent but only lightly defensible. The Motte is the defensible but undesired position to which one retreats when hard pressed. I think it is evident that Troll’s Truisms have the Motte and Bailey property, since the exciting falsehoods constitute the desired but indefensible region within the ditch whilst the trivial truth constitutes the defensible but dank Motte to which one may retreat when pressed."<br />
</em></blockquote><br />
<br />
In our case, the ''Motte'' is an easily defensible statement like: ''"You don't consider transwomen literally women, therefore you are trans-exclusionary, which makes you a TERF."'' Whereas the ''Bailey'' is: ''"You want to exclude trans people from housing and employment, therefore I'm justified in hating you with a passion!"''<br />
<br />
It could also be called a "bait-and-switch" argument, where one is "baited" into agreeing with the claim that someone is a "TERF" by using a mundane definition of "trans exclusion," and then the definition is switched into something bad, to justify expressions of hatred.<br />
<br />
=== Inspection of the claims on ''The TERFs'' ===<br />
<br />
[[File:Theterfs-logo.png|thumb|right|300px|Actual logo of TheTERFs.com: Evil black scribbles]]<br />
<br />
It should be noted that ''The TERFs'' offers little more than out-of-context quotes from several decades ago as "evidence" for its hyperbolic claims regarding so-called "TERF" ideology. It also showcases a small number of cherry-picked tweets, half of which are from right-wing sources that also happen to oppose the transgender movement, which trans activists claim proves that feminists are secretly allied with them in a big conspiracy. (This line of thinking is often ridiculed as: "Hitler was a vegetarian, therefore vegetarians are Nazis.")<br />
<br />
Regarding supposed evidence of "real-life violence motivated by TERF ideology," the website lists six examples, of which three don't actually present any violence. Those which do, relate to incidences from several decades ago, in which women tried to evict transwomen from female-only groups or spaces, using physical force or face-to-face threats. Since women are expected to be always nice and passive towards males, even when trying to form radical feminist groups and keep males out of them, this is of course seen as unacceptable. Two examples are about verbal threats, which is a run-of-the-mill experience for feminists opposing transgender activists, and the last one is about the deaths of trans people that are ''assumed'' to be related to lack of access to health care, which to be very blunt has fuck-all to do with feminist ideologies.<br />
<br />
To summarize: there is not a single documented instance of a feminist group going up to a transgender group to assault or threaten them. Any claims of "violence by TERFs" refer either to women trying to evict transwomen from female-only spaces, extremely rare verbal threats, and lots and lots of fabrication. In comparison, transgender activists have gone to women's libraries to vandalize them,<ref name=vwl/> went to feminist meetings to assault women,<ref name=fc1/><ref name=fc2/> appeared with face masks at feminist conferences to intimidate women,<ref name=jamjar/> and the ubiquitous verbal abuse they send in the direction of women fills up [https://terfisaslur.com/ a whole website] set up solely to archive it.<br />
<br />
=== The term 'SWERF' ===<br />
<br />
The word ''SWERF'' is a close relative to ''TERF'' and is applied in a similarly dishonest, misrepresenting way. Women (and men who care about women's rights) who are critical of the sex industry for its exploitative nature are accused of being "sex-worker exclusionary" in an attempt to make them seem hateful towards an oppressed group.<br />
<br />
In fact, the people slurred as "SWERF" tend to be supporters of the [[Nordic Model]] against prostitution, which sees a high-quality welfare system as a necessary component in tackling prostitution, and in alleviating problems faced by women who would otherwise choose to do prostitution out of economic desperation. Further, many of those slurred "SWERF" tend to be women who worked in prostitution themselves.<br />
<br />
Notably, one of the biggest anti-prostitution and anti-pornography feminists [[Andrea Dworkin]] was an ex-prostitute herself, and not ashamed of admitting so. Another notable example is [[Rachel Moran]], who was in prostitution between the ages of 15 and 22, only to become one of the most notable anti-prostitution, pro-Nordic Model activists in recent years.<br />
<br />
== See also ==<br />
<br />
* [[Transgender ideology]]<br />
<br />
=== External links ===<br />
<br />
* [https://terfisaslur.com/ terfisaslur.com - Documenting the abuse, harassment and misogyny of transgender identity politics]<br />
* [https://www.feministcurrent.com/tag/terf/ TERF Archives | Feminist Current]<br />
* [https://speakupforwomen.nz/dont-call-women-terfs/ Don't Call Women 'Terfs' | Speak Up for Women NZ]<br />
* [https://medium.com/@amydyess83/terf-is-hate-speech-and-its-time-to-condemn-it-6efc897ce407 TERF Is Hate Speech and It’s Time to Condemn It]<br />
<br />
== References ==<br />
<br />
<references><br />
<br />
<ref name=terf-origin><br />
{{cite web<br />
|url=https://hoydenabouttown.com/2008/08/17/carnivalia-transgenderism-and-the-gender-binary/<br />
|title=Carnivalia, transgenderism and the gender binary<br />
|author=Viv Smythe (aka tigtog)<br />
|date=August 17, 2008<br />
|website=Hoyden About Town<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=guardian-smythe><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.theguardian.com/commentisfree/2018/nov/29/im-credited-with-having-coined-the-acronym-terf-heres-how-it-happened<br />
|title=I'm credited with having coined the word 'Terf'. Here's how it happened<br />
|author=Viv Smythe (aka tigtog)<br />
|date=November 28, 2018<br />
|website=The Guardian<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-egbert><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2014/07/16/defending-the-terf-gender-as-political/<br />
|title=Defending the ‘TERF’: Gender as political<br />
|author=C.K. Egbert<br />
|date=July 16, 2014<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-ditum><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2014/07/29/how-terf-works/<br />
|title=How ‘TERF’ works<br />
|author=Sarah Ditum<br />
|date=July 29, 2014<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vice-robbins><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.vice.com/en_uk/article/7bap7y/whats-the-block-blot-martin-robbins-757<br />
|title=I Am Now Officially a Transphobic Twitter Troll<br />
|author=Martin Robbins<br />
|date=August 8, 2014<br />
|website=Vice<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-white><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2015/11/10/why-i-no-longer-hate-terfs/<br />
|title=Why I no longer hate ‘TERFs’<br />
|author=Penny White<br />
|date=November 10, 2015<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc-tra-violence><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2018/05/01/trans-activism-become-centered-justifying-violence-women-time-allies-speak/<br />
|title=Trans activism is excusing & advocating violence against women, and it’s time to speak up<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=May 1, 2018<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=sonicfox><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2019/05/welcome-age-ironic-bigotry-where-old-hatreds-are-cloaked-woke-new-language<br />
|title=Welcome to the age of ironic bigotry, where old hatreds are cloaked in woke new language<br />
|author=Helen Lewis<br />
|date=May 1, 2019<br />
|website=The New Statesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-fox><br />
{{cite web<br />
|url=https://bleacherreport.com/articles/1651451-ronda-rousey-vs-fallon-fox-head-to-toe-breakdown<br />
|title=Ronda Rousey vs. Fallon Fox Head-to-Toe Breakdown<br />
|author=Jordy McElroy<br />
|date=May 25, 2013<br />
|website=Bleacher Report<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-marysue><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.themarysue.com/ronda-rousey-and-transmisogyny/<br />
|title=When Role Models Become Problematic: Ronda Rousey and Transmisogyny<br />
|author=Teresa Jusino<br />
|date=August 3, 2015<br />
|website=The Mary Sue<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fallon-fox><br />
{{cite web<br />
|url=https://archive.is/yZfcs<br />
|title=After Being TKO’d by Fallon Fox, Tamikka Brents Says Transgender Fighters in MMA ‘Just Isn’t Fair’<br />
|website=Cage Potato<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rousey-reddit><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.reddit.com/r/GamerGhazi/comments/ah4120/celebrity_terf_ronda_rousey_to_play_sonya_blade/<br />
|title=Celebrity TERF Ronda Rousey to play Sonya Blade in Mortal Kombat 11<br />
|website=reddit<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=pov-terf><br />
{{cite web<br />
|url=https://web.archive.org/web/20191019184351/https://radfemrebecca.wordpress.com/2019/10/06/terfinmymentions/amp/<br />
|title=“This is what I want to do to you” – Dissecting the ‘POV ur a TERF in my mentions’ trend.<br />
|author=Rebecca<br />
|date=October 6, 2019<br />
|website=radfemrebecca.wordpress.com<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vwl><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2017/02/07/vancouver-womens-library-opens-amid-anti-feminist-backlash/<br />
|title=Vancouver Women’s Library opens amid anti-feminist backlash<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=February 7, 2017<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=guardian><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.theguardian.com/uk-news/2017/oct/26/woman-punched-in-brawl-between-transgender-activists-and-radical-feminists<br />
|title=Suspects sought after brawl between transgender activists and radical feminists<br />
|author=Press Association<br />
|date=October 26, 2017<br />
|website=The Guardian<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=statesman1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2018/04/madness-our-gender-debate-where-feminists-defend-slapping-60-year-old<br />
|title=The madness of our gender debate, where feminists defend slapping a 60-year-old woman<br />
|author=Helen Lewis<br />
|date=April 20, 2018<br />
|website=NewStatesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=statesman2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.newstatesman.com/politics/feminism/2017/09/trans-rights-terfs-and-bruised-60-year-old-what-happened-speakers-corner<br />
|title=Trans rights, TERFs, and a bruised 60-year-old: what happened at Speakers’ Corner?<br />
|author=Anoosh Chakelian<br />
|date=September 14, 2017<br />
|website=NewStatesman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=telegraph><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.telegraph.co.uk/news/2018/04/12/radical-feminist-warned-refer-transgender-defendant-assault/<br />
|title=Radical feminist warned to refer to transgender defendant as a 'she' during assault case<br />
|author=Victoria Ward<br />
|date=April 12, 2018<br />
|website=The Telegraph<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=times1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.thetimes.co.uk/article/transgender-activist-denies-thumping-radical-feminist-wvzgq6fx7<br />
|title=Transgender activist Tara Wolf denies thumping radical feminist<br />
|author=Lucy Bannerman<br />
|date=April 12, 2018<br />
|website=The Times<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=times2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.thetimes.co.uk/article/trans-attacker-tara-wolf-is-a-thug-says-feminist-maria-maclachlan-pq0bwvthv<br />
|title=Trans attacker is a thug, says feminist<br />
|author=Lucy Bannerman<br />
|date=April 14, 2018<br />
|website=The Times<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=standard><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.standard.co.uk/news/crime/transgender-activist-tara-wolf-fined-150-for-assaulting-exclusionary-radical-feminist-in-hyde-park-a3813856.html<br />
|title=Transgender activist Tara Wolf fined £150 for assaulting 'exclusionary' radical feminist in Hyde Park<br />
|author=Martin Coulter<br />
|date=April 13, 2018<br />
|website=EveningStandard<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=dailymail><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.dailymail.co.uk/news/article-5613057/Model-punched-feminist-smashed-120-camera-violent-brawl-walks-free-court.html<br />
|title=Transgender model who punched feminist and smashed her £120 camera in violent brawl at Hyde Park Speakers' Corner protest walks free from court<br />
|author=Bridie Pearson-jones<br />
|date=April 13, 2018<br />
|website=MailOnline<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc1><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2017/09/15/historic-speakers-corner-becomes-site-anti-feminist-silencing-violence/<br />
|title=Historic Speaker’s Corner becomes site of anti-feminist silencing and violence<br />
|author=Meghan Murphy<br />
|date=September 15, 2017<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=fc2><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.feministcurrent.com/2018/04/27/trans-identified-male-tara-wolf-charged-assault-hyde-park-attack/<br />
|title=Trans-identified male, Tara Wolf, convicted of assault after Hyde Park attack<br />
|author=Jen Izaakson<br />
|date=April 27, 2018<br />
|website=Feminist Current<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=rivers><br />
{{cite web<br />
|url=https://sanfrancisco.cbslocal.com/2018/03/07/transgender-activist-trial-oakland-triple-murder/<br />
|title=Transgender Activist Ordered To Stand Trial For Oakland Triple Murder<br />
|date=March 7, 2018<br />
|website=CBS SF BayArea<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=camptrans><br />
{{cite web<br />
|url=http://eminism.org/michigan/20000812-camptrans.txt<br />
|title='MICHIGAN EIGHT' EVICTED OVER FESTIVAL'S NEW 'DON'T ASK DON'T TELL' GENDER POLICY<br />
|date=August 12, 2000<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=autostraddle><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.autostraddle.com/more-bad-news-oakland-lesbian-couple-and-their-son-brutally-murdered-by-former-lgbt-activist-359026/<br />
|title=Oakland Lesbian Couple and Their Son Murdered By Former LGBT Activist<br />
|author=Riese<br />
|date=November 16, 2016<br />
|website=Autostraddle<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=edinburgh><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.scotsman.com/news/crime/feminist-speaker-julie-bindel-attacked-by-transgender-person-at-edinburgh-university-after-talk-1-4942260<br />
|title=Feminist speaker Julie Bindel 'attacked by transgender person' at Edinburgh University after talk<br />
|author=Gina Davidson<br />
|date=June 6, 2019<br />
|website=The Scotsman<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=planettrans><br />
{{cite web<br />
|url=https://planettransgender.com/when-terf-attack-at-hyde-park/<br />
|title=Trans Activists Vilified For Defense against TERF Attack at Hyde Park<br />
|author=Kelli Busey<br />
|date=September 18, 2017<br />
|website=Planet Transgender<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=queerness><br />
{{cite web<br />
|url=https://thequeerness.com/2017/09/29/trial-by-media-over-speakers-corner-fracas/<br />
|title=Trial by media over Speakers’ Corner fracas<br />
|author=Sam Hope<br />
|date=September 29, 2017<br />
|website=The Queerness<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=jamjar><br />
{{cite web<br />
|url=https://twitter.com/magdalenberns/status/988003582250291201<br />
|title=Masked transactivists surround woman on stairwell<br />
|author=Magdalen Berns<br />
|date=April 22, 2018<br />
|website=Twitter<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=dhejne><br />
{{cite web<br />
|url=https://fairplayforwomen.com/criminality/<br />
|title=Study suggests that transwomen exhibit a male pattern of criminality<br />
|date=September 8, 2018<br />
|website=Fair Play For Women<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=wpcrime><br />
{{cite web<br />
|url=https://en.wikipedia.org/wiki/Sex_differences_in_crime#Statistics<br />
|title=Sex differences in crime<br />
|website=Wikipedia<br />
|access-date=May 31, 2019<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=freedman><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.bbc.com/news/uk-england-berkshire-46454454<br />
|title=Rosa Freedman: Professor's door 'covered in urine' after gender law debate<br />
|date=December 5, 2018<br />
|website=BBC News<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-fb><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.facebook.com/VancouverRapeRelief/posts/710603379412445<br />
|title=Vancouver Rape Relief & Women's Shelter - Facebook<br />
|date=August 16, 2019<br />
|website=Facebook<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-twitter><br />
{{cite web<br />
|url=https://twitter.com/VanRapeRelief/status/1166426534321647616<br />
|title=VancouverRapeRelief on Twitter<br />
|date=August 26, 2019<br />
|website=Twitter<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-vancouverisawesome><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.vancouverisawesome.com/2019/08/28/vancouver-rape-relief-centre-targeted-vandalism-threats-transgender-controversy/<br />
|title=Vancouver Rape Relief centre targeted with vandalism, threats over transgender controversy<br />
|author=Jessica Kerr<br />
|date=August 28, 2019<br />
|website=Vancouver is Awesome<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-nationalreview><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.nationalreview.com/2019/08/women-only-rape-relief-shelter-defunded-then-vandalized/<br />
|title=Women-Only Rape-Relief Shelter Defunded, Then Vandalized<br />
|author=Madeleine Kearns<br />
|date=August 28, 2019<br />
|website=National Review<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
<ref name=vrr-citynews><br />
{{cite web<br />
|url=https://www.citynews1130.com/2019/08/27/vancouver-rape-relief-centre-vandalized-likely-over-restrictions-for-transgender-people/<br />
|title=Vancouver Rape Relief centre vandalized, likely over restrictions for transgender people<br />
|author=Jonathan Szekeres and Lauren Boothby<br />
|date=Aug 27, 2019<br />
|website=City News<br />
}}<br />
</ref><br />
<br />
</references></div>Deletedhttps://feministwiki.org/pt/w/index.php?title=Feminismo_anti-prostitui%C3%A7%C3%A3o&diff=815Feminismo anti-prostituição2020-02-25T19:10:44Z<p>Deleted: Tradução da página em inglês</p>
<hr />
<div>{{esboço}}<br />
<br />
'''Feminismo anti-prostituição''' refere-se ao ativismo [[Feminismo|feminista]] focado em abolir a exploração das mulheres provinda do comércio sexual. Feministas anti-prostituição apoiam o [[modelo nórdico]], que vê a prostituição como inerentemente exploratória e uma afronta aos direitos das mulheres. Feministas anti-prostituição notáveis incluem [[Melissa Farley]], [[Rachel Moran]], [[Andrea Dworkin]], [[Julie Bindel]], [[Sheila Jeffreys]] e [[Gail Dines]]. O feminismo anti-prostituição sobrepõe-se ao [[feminismo anti-pornografia]], que é focado nos danos causados pela indústria [[Pornografia|pornográfica]], incluindo os efeitos das mídias pornográficas na sociedade.<br />
<br />
<!-- Links para outras linguagens: --><br />
<br />
[[en:Anti-prostitution feminism]]</div>Deleted